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História Lieblingsmensch - Esse seja o nosso.


Escrita por: ddwertrud e rollxrcoster

Notas do Autor


Oi gente, primeiro desculpa por não ter tido postagem ontem, mas depois de todas as informações postadas precisamos realinhar a história e decidir os próximos acontecimentos, e por segundo, agora a história vai aos poucos mudando, não vamos mais ter tanto tempo pulado e os dois vão se tornar mais presentes na vida um do outro.
Por fim, esperamos que gostem do capitulo de hoje e que estejam gostando da história ♥

Capítulo 20 - Esse seja o nosso.


Fanfic / Fanfiction Lieblingsmensch - Esse seja o nosso.

31 de Dezembro de 2017 - Munique

Narração em 3ª pessoa

De longe era possível ver o colombiano andando com certa dificuldade por conta da bebida, vez ou outra escorava-se nas paredes e respirava fundo. Os pensamentos que o rodeiam eram uma incógnita, depois de mais uma das clássicas bebedeiras com Vidal, James rodeava o local a procura do amigo.

Sentia que não fazia parte daquele lugar, muito menos era como aquelas pessoas, se dirigiu até a extensa varanda da cobertura e pôs-se a reencostar em um grande pilar enquanto observava a mistura de cores que o céu recebia após os fogos de artifícios.

Sem mais e nem menos, virou-se como se tivesse tido um momento de lucidez e saiu do hotel, parando o primeiro táxi que havia visto, sem se importa se era para outra pessoa. Apenas entregou o endereço que seu coração lhe mandava.

- James -

Horas Antes

Sai do banho ao som de um hit colombiano, sentia que a noite prometeria de uma forma ou outra. Coloquei minha calça skinny preta seguida de uma camisa branca e fui para frente do espelho começar a arrumar meu demorado cabelo.

Não demorou até que a música fosse interrompida pelo toque típico do iphone e “Chile” começasse a brillhar na tela.

- Fala hermano, já estou aqui embaixo. Vai demorar ainda?

- Me dê 5 minutos e eu estou descendo.

Odiava fazer as coisas sob pressão mas como era o último dia do ano apenas relevei e terminei de arrumar meu cabelo, desci até a grande porta de minha casa pegando um casaco antes por conta do intenso frio que fazia em Munique.

[...]

Não tinha como não chamar atenção quando estamos falando de Vidal, ao cruzar a esquina todos os olhares curiosos das pessoas que estavam na fila se voltaram ao carro do chileno, não tinha certeza se era de fato o carro ou o estrindente som que saia se sua caixa.

Descemos do carro sob olhares alheios e soltei uma risada nasalada enquanto ouvia Arturo prometer ao manobrista que lhe daria um alto cachê caso o mesmo cuidasse direito do carro, se eu bem conhecia meu amigo ele certamente não entregaria esse cachê pois voltaria carregado para casa.

Entramos no enorme hotel que se encontrava no centro de Munique e não demorou até que alguns garçons vieram nos oferecer champanhe, aceitei mesmo a contra gosto e quando o mesmo se virou saindo dali, encarei meu amigo que apenas concordou com a cabeça, precisávamos de bebida de verdade.

Pedi um copo de vodka na intenção de beber aos poucos, mas no fundo sabia que isso não aconteceria, Vidal foi logo no whiskey.

[...]

Não sabia que horas eram e muito menos onde se encontrava meu amigo, a única certeza que eu tinha era que estava encostado no bar enquanto tentava algum contato com o barman que parecia não entender uma palavra sequer, até que uma moça, aparentemente espanhola, chegou ao meu lado, apenas sorri a cumprimentando.

Acabamos por engatar em uma conversa sobre diferenças culturais, confesso que na verdade não prestava atenção em ⅓ do que a mesma dizia já que meu foco estava em sua boca. Resolvi por acabar com a pequena distância que existia entre nós e colei nossos lábios, sua unha arranhava minha nuca enquanto minha mão passava por toda extensão de seu corpo.

- Acho que podemos ir para um lugar mais calmo. - A mesma me disse quando nos separamos.

- Na verdade, eu acho que a noite está apenas começando e ainda temos muito para aproveitar do que nos trancar em algum canto. - Respondi piscando para mesma enquanto me virava e saia de lá.

[...]

Andei até a vasta varanda me encostando em um pilar que ali existia, o aglomerado de pessoas já começava a chegar, já tinha desistido de encontrar Vidal em todo esse meio, então apenas fiquei parado observando a tudo e a todos.

5.

Foquei meu olhar apenas no céu.

4.

Desliguei-me de tudo a minha volta.

3.

Sentia como se ali não fosse meu lugar, não com essas pessoas.

2.

Bem ao longe já se era possível enxergar alguns resquícios de fogos.

1.

As pessoas já começavam a se abraçar e desejar que o ano que acabara de se iniciar seja diferente de todos os passados.

Resolvi por não perder mais meu tempo ali, não estava certo passar minha virada desse jeito, agradeci quando encontrei o elevador no andar e apertei o térreo, rezando para que fosse o mais rápido possível. Sai quase que correndo e entrei no primeiro táxi que ali passara, sem me importar se era do casal que acabara por ficar lá atrás deferindo alguns xingamentos para mim.

Sem muita chance de comunicação, apenas mostrei ao mesmo a fachada do lugar que precisava estar.

- Eloá -

O casaco de paetê pesava em meu ombro mas ao menos me deixava quentinha na fria noite que fazia em Munique no ano novo. Já faziam dois dias que minha mãe e a de Miha haviam voltado para suas casas depois de dias e um natal incrível juntas. E depois de uma ceia em família, nós decidimos passar a noite da virada na inauguração de uma nova balada que havia aqui. A festa estava linda, a música e o ambiente muito bons, mas eu não me sentia à vontade passando ao redor de desconhecidos. Me sentia frustrada por gastar lookinho em uma noite única do ano. Mas, como há males que vêm para bem, eu me encontrava sóbria e voltando sozinha para casa, já que Miha estava se divertindo e eu não a privaria disso. No momento que me despedi do taxista e sai do quentinho do carro, o frio quase me surrou fazendo com que eu andasse rápido até a república, o caminho até o meu andar teria sido calmo se não fosse pelo susto que eu havia tomado ao ver que um homem muito conhecido por mim estava sentado na frente da minha porta.

- O que está fazendo aqui? - Pergunto alto atraindo a atração do colombiano para mim.

- Feliz ano novo Eloá. - Ele diz com a língua enrolada me fazendo rir e agachar em sua frente.

- Pelo visto a festa terminou bem apenas para o chileno. - Ele apenas concorda com a cabeça e prossigo. - Venha, vamos, vou chamar um táxi pra você. - Ele consegue se levantar sozinho e caminhamos até a calçada enquanto ligo para táxi.

- Não está com frio? - O moreno pergunta invadindo o silêncio que estava.

- Um pouco, mas seu táxi já está chegando.

- Não. - Ele diz enquanto eu aponto para o veículo que se aproximava

- Que? James, você precisa ir pra casa. - Digo já o vendo parar do nosso lado.

- Vamos comigo então.

- Não acho que seja uma boa ideia.

- Vamos, por favor. Assim eu já entrego seu presente. - Eu queria negar, mas presente e James, mesmo que eu não queira assumir, são uma proposta tentadora.

Quando caio na consciência já estamos na frente da casa dele e eu estou tentando ajudá-lo com o portão, mas assim portão de rico parece mais um espaçonave, e eu não sabia nem como agir. Depois de alguns minutos James conseguiu abrir e logo já estávamos dentro de casa, confesso que estava encantada, mas como nós faz a fina, fingi que tava acostumadissima, toda plena ela.

- Quer alguma coisa? - Sim, um milhão de euros.

- Meu presente. - Por favor dinheiro.

- Sim, Eloá. Mas você quer algo aqui de baixo? - Ah sim, talvez esse sofá ou tv que nem cabe na minha casinha. - Tipo água ou comida. - Ele completa quando percebe que eu estava pensando longe. Provavelmente em seus móveis ricos.

- Ah, não, obrigada.

- Ta bom, eu vou pegar água pra mim. - Ele responde mostrando um resquício de bebice. Te peguei no pulo colombiano safado querendo pagar de sóbrio pra cima de mim. Acabei por rir de meus pensamentos e me assustei com um James já de volta a sala. - Do que tá rindo?

- De meus pensamentos. - Ele apenas nega rindo.

- Não sei por que ainda pergunto. - Ele ri e eu faço a cena de indignada. - Vem, vamos pegar seu presente. - Caminhei atrás do mais alto até um lugar que julguei ser seu quarto e enquanto o mesmo procura por algo no closet eu, fazendo jus a metida que sou, deixo minha bolsa em uma estante e sento na cama. - Vejo que já ficou a vontade. - James diz voltando do outro cômodo.

- Isso te incomoda? - Pergunto fazendo as sobrancelhas do mais velho se juntarem em sinal de dúvida.

- Você estar sentada na minha cama? - O tom confuso me faz revirar os olhos pelo não raciocínio.  

- Não. - Digo óbvia. - Esse meu jeito. - Agora o receio corrói minha última frase.

- Metido? - Concordo com a cabeça. - Não, eu até que gosto. - Ele diz enquanto toma um pouco da água da garrafinha que até então eu não havia percebido estar ali. - Por que isso está na sua cabeça? - Sinto seu dedo gelado tocar meu nariz durante sua última pergunta.

- Não sei, eu só pensei e perguntei. - Dou de ombros porque essa confusão na minha cabeça me confunde.

- Gosto disso, dessa sua espontaneidade. - Sorrio com suas palavras e ele continua. - Agora, seu presente. - Ele diz enquanto estica o braço e me entrega um pacote. Eu começo a abrir o pacote e ele volta a falar. - Eloá, foi difícil achar algo pra você, de verdade, mas no momento que achei esse nada parecia ser mais a sua cara. - Ele termina e eu confirmo quando tenho o livro em minhas mãos.

“Lugar de mulher é onde ela quiser.”

Eu não tinha palavras para descrever minha reação. Ok, parece pouco, mas não para mim que apoio tanto essa causa e receber um presente desses de alguém de fora é gratificante demais. Eu abracei James e disparei zilhões de obrigadas.

- Realmente, nada poderia me deixar mais feliz que isso. - Digo folheando o livro.

- Fico feliz que tenha gostado. - Ele tem o sorriso mais lindo nos lábios que me faz acanhar e corar. - O que foi? Por que está com vergonha? - Uma de suas mãos vai até minha bochecha e o carinho de seus dedos me faz ter vontade de abraçar ele e dormir juntinho pro resto da vida.

- Não entendo. - Meus pés mais rápidos que eu começam a conhecer cada canto do quarto. - Por que é assim comigo?  

- Eu não sei o que é, mas você tem se tornado alguém que eu preciso ter por perto. - Sento-me no outro lado da cama para ter mais facilidade em digerir as coisas que estavam por vir. - Eu não sei como, ou quando isso aconteceu, mas eu sei que desde a primeira vez que nos vimos, na boate, eu senti algo diferente que só agora percebo. Eloá você é uma pessoa especial, e não só pra mim, todos ao seu redor sentem isso, mas comigo é diferente, ser só seu amigo é insuficiente. - O suspiro que sai de sua boca é audível devido ao silêncio que se instalou no quarto. - Desculpa estar falando assim de uma vez e nessa situação. Eu não quero que você fique confusa com tudo isso, mas não posso mais guardar esse sentimento só pra mim, e não quero alimentá-lo sozinho. - Se fosse possível os pensamentos serem ouvidos os meus nada diriam pois eu estava ainda tentando entender se aquilo era real ou se talvez estivesse tendo alguma alucinação por causa das drogas. - Eu sei que deve ser difícil mas preciso que diga algo. - Por momentos não soube o que responder mas nada me parecia mais verdadeiro do que o já vinha me assombrando.

- Eu tenho medo. - As sílabas saem tão rápidas que talvez tenha sido difícil para assimilar. - Parece bobo, eu sei, mas essa vida de vocês é uma loucura. - As últimas palavras saem da minha boca praticamente inaudíveis.

- Olha, eu sei. - Em poucos segundos tenho um James em minha frente. - Mas podemos tentar ir devagar, sem pressa e cobranças, apenas tendo um ao outro. - O carinho que seus dedos faziam em minha palma provocavam sensações que apenas ele conseguia. - O futuro é incerto, e nossas vidas uma caixinha de surpresas, não sabemos o dia de amanhã e é isso que tem que nos motivar a fazer valer a pena cada segundo de hoje, e eu não quero mais perder um segundo da minha vida que poderia estar passando ao seu lado.

- Eu. - Respiro fundo para procurar o ar que parece ter fugido. - Eu não. - As palavras parecem estar fazendo uma maratona para longe de mim e a proximidade de James só me faz encontrar uma maneira de demonstrar que minha vontade é a mesma que a dele, e então minha única ação é selar nossos lábios. O choque de contato de nossos corpos é como uma corrente elétrica, havia muito calor e era como se cada célula de nossos corpos fossem ânions e cátions prontos para se alterarem com as substâncias do outro. A maneira tímida com que meus dedos percorriam pelos braços e ombros de James fazendo com que o mesmo me puxasse mais para perto, sem interromper o beijo cheio de saudades e desejo. A consciência que me tomava aos poucos apenas me fazia ter certeza que aquilo era a coisa mais certa que eu poderia estar fazendo. De forma delicada eu sentia minhas costas nuas, devido ao meu casaco espalhafatoso já estar longe e o pequeno top cobrir apenas meus seios, ir de encontro ao colchão gelado e em poucos segundos o moreno quebrou nosso contato carnal passando a me analisar com um sorriso no rosto. - O que foi? - As palavras saem de forma calma de meu lábios agora vermelhos devido ao longo tempo em que tive James por ali.

- Não acredito que isso esteja acontecendo, agora, sem ninguém para atrapalhar. - Minha primeira reação é rir junto a ele e me sentar fazendo com que nossos rostos fiquem a poucos centímetros longe. Levei uma de minhas mãos até sua maçã do rosto fazendo carinho e em seguida depositei um beijo ali.

- É ano novo James. - Digo antes de depositar um beijo no outro lado. - Vamos fazer com que esse seja o nosso.


Notas Finais


Eeeeee amanhã temos a continuação e o rumo desses dois ♥
O que estão achando?


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