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História Lies - Capítulo 27


Escrita por: buhhsmoak

Notas do Autor


Bom, esse é o último capítulo.
Não coloquei como fanfic finalizada porque ainda falta o Epílogo, mas para isso preciso de uns dias para digerir o fim de Lies. rss

Farei os agradecimentos quando postar o Epílogo, mas já quero dizer que fico muito feliz em ter tantas pessoas lendo e gostando de Lies. Essa foi uma fanfic muito especial e espero que o Capítulo 27 seja tão emocionante para vocês quanto foi para mim enquanto escrevia.

Capítulo 27 - Capítulo 27


POV ~ Oliver

Nunca na minha vida eu corri tanto. Diggle disse que viu Felicity sair do buker a cinco minutos sendo que eu nem mesmo sabia que ela estava nele e que ela não atendia o telefone, mas conseguiu rastreá-la até um bairro distante e pouco movimentado. Ela estava estranha nos últimos dias e eu achei que fosse por causa da gravidez, só que eu era o unico que se aproximava e ela mudava de assunto, então o problema era comigo.

Estacionei a moto na frente de um casarão onde Diggle disse que o sinal do GPS dizia que ela estava, eu nem mesmo estava com meu traje, ainda estava de terno por ter ido resolver algumas coisas que a própria Felicity me pediu para a empresa e disse que era necessário ir de social. Aquele era um lugar digno de um filme de terror e eu já comecei a pensar o pior. Passei pelo portão que estava aberto e com uma flecha pronta para ir contra qualquer um que estivesse fazendo mal a minha mulher, eu entrei. 

A primeira sala estava com tudo revirado, como se a muito tempo ninguém fosse ali. A casa tinha janelas quebradas e partes das paredes estava com o que foi papel de parede um dia sujo e descascando. Não era possível ouvir nenhum barulho, só meus passos tomavam conta do lugar.

- Oliver?

A voz de Felicity ecoou pelo comunicador ao invés de ouvir Diggle me orientando o que fazer. Parei e olhei em volta sem entender nada.

- Felicity? Você está bem?
- Nunca estive melhor. - sua voz parecia contida, mas nem se aproximava de alguém que corria perigo.
- O que está acontecendo?
- Me escute ok? - ouvi ela respirar fundo. - Enquanto isso pode deixar sua aljava sobre a mesa que tem no meio da sala, por favor?
- Que brincadeira é essa, Felicity? - olhei para a mesa, mas também olhei a minha volta tentando encontrar alguma câmera que estivesse me monitorando.
- A brincadeira é que eu sempre pensei que era suficiente sozinha. - comecei a andar pela sala e vi uma porta do outro lado. - Só que agora minha vida não existe sem você, sem nosso amigos e principalmente... sem nosso filhos.

Segui por aquela porta onde um grande corredor levava até outra porta onde uma luz fraca era possível ser vista mesmo que a distância.

- Sei que nossa vida nem sempre será um mar de rosas, que a vida que levamos sempre trará duvidas do que nos aguarda, mas eu tenho certeza que juntos sempre encontraremos um caminho.

Parei de frente a porta e senti um arrepio subir pela minha espinha, coloquei a mão na maçaneta. Não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que ela estava ali, do outro lado. Girei a maçaneta e fui abrindo a porta devagar. Uma corrente de ar trouxe um cheiro de flores que eu não esperava e assim que a porta estava totalmente aberta precisei de alguns segundos para acreditar no que estava vendo.

A primeira coisa que meus olhos se focaram foi em minha mulher, parada do outro lado de um cômodo quase sem paredes, vestida de noiva. Meus olhos encheram de lágrimas no segundo que ela sorriu para mim. Aquele lugar parecia alheio ao resto daquele casarão, porque apesar de não ter mais paredes e o teto, tudo foi organizado para um casamento, desde o corredor onde a noiva deveria passar, até as cadeiras brancas onde todos que conheciam nosso segredo estavam olhando para mim.

- Pai?

Olhei para o lado e vi meu filho me encarando, ele estava de smoking e segurava uma caixa pequena nas mãos.

- Isso é para o senhor. – esticando a caixa em minha direção. 
- Filho. – peguei a caixinha, mas o trouxe para um abraço apertado. Eu precisava disso para acreditar que tudo o que estava acontecendo era verdade. 
- Agora você tem que ir, pai. – se soltando de mim e dando alguns passos para o lado.
- E eu posso te acompanhar até minha menina?

Donna estava com um vestido rosa e com flores enfeitando uma trança que caia por seu ombro.

- Não poderia ter a companhia de alguém melhor para representar minha mãe. – a abracei, tentando segurar a emoção. 
- Meu filho, que esse seja o passo mais importante de vocês e que nossos meninos possam trazer muita alegria a nossas vidas. – segurando meu rosto entre as mãos.

Ela se colocou ao meu lado e nos posicionamos de frente para onde Felicity estava. Vi Diggle de relance, mas não consegui tirar meus olhos dela. Seu vestido era lindo tanto quanto ela, não entendo sobre termos só que seus ombros estavam livres de qualquer pano e o vestido era bufante da cintura para baixo. Perfeita como eu sempre imaginei que ela estaria. Meu filho segurou minha mão, do lado oposto de Donna e assim caminhamos de encontro a minha futura esposa. Ouvia uma musica de fundo, mas nada me atraia mais do que o olhar dela esperando por mim.

- Ela está linda, não? – ouvi Donna dizer. 
- Linda. – consegui dizer sem que minha voz se perdesse com o nó em minha garganta. – Como sempre sonhei que ela estaria.

Estávamos na metade do caminho quando ela entregou o buque que segurava para Laurel, e para minha surpresa começou a caminhar em nossa direção. Parei sem conseguir prosseguir, a cada passo que ela dava meu coração dava um salto. William e Donna se afastaram, caminhando até o altar, enquanto eu esperava minha mulher.

- Quando as mágoas se vão, é hora de realizar nossos sonhos. - parando a minha frente e estendendo a mão. - Não quero caminhar até o altar em sua direção, quero caminhar do seu lado, assim como faremos pelo resto de nossas vidas.

Segurei em sua mão e senti como a palma estava gelada, como a minha. Queria abraça-la e dizer tudo que estava em minha mente, mas tínhamos que ir em frente. Ofereci meu braço para ela se apoiar e sorrindo para mim começamos a caminhar. Seus passos ainda eram vacilantes, mas ela quase não colocava peso sobre mim, o que deixava claro o quanto estava confiante. A cada passo eu podia ver com mais clareza quem estava presente por tê-la ao meu lado. Barry, Caitlin, Sara, Laila, Curtis, Lance. Não eram muitos, mas todos importantes na mesma medida. Paramos de frente para Diggle, me virei para beijar sua testa e o brilho de seus olhos era tudo que eu precisava naquele momento. Enlaçando nossas mãos, nos viramos para Diggle que aguardava para dar inicio a cerimônia.

- Eu mais do que qualquer um aqui esperei por esse momento a cada segundo desde que conheci esses dois. Sempre soube que a vida uniria ambos de um jeito ou de outro. – sorrindo para nós. – Teremos mais desafios com a nova vida que virá em breve e com a vida que já faz parte de nossa realidade. – olhando para Willian. – Mas a união de Felicity e Oliver já provou diversas vezes que nada é mais forte do que o amor que sentem um pelo outro.

Eram nossas mãos enlaçadas que me faziam acreditar que aquilo era verdade, que eu não estava somente sonhando pela milésima vez com nosso casamento depois de passar a noite em claro sem conseguir dormir por ela não estar do meu lado.

- Agora os votos. 
- Acho que agora é comigo. – se virando para mim. – A semanas atrás nosso menino me disse que tinha sonhado com a mãe. – olhando para Willian, que estava do lado de Donna no altar. – Ela dizia para ele que fosse um bom menino, coisa que ele já é. – sorrindo. – Só que ela tinha um recado para mim. – desviando os olhos para nossas mãos, e quanto voltou a me encarar seus olhos estavam com ainda mais lágrimas. – Ela pediu que eu desse ao filho dela a vida que ela não poderia dar, que eu pudesse me casar com você logo e que futuramente seu filho pudesse me ver como uma segunda mãe. E aqui estamos, dando a todos nós a família que merecemos ter. – respirando fundo, com as lágrimas escorrendo por seu rosto.
- Gratidão, essa é a palavra que sempre vem a minha mente sempre que penso em você. Eu errei muito e mesmo assim você nunca desistiu de mim, de nós. Você sempre teve a palavra certa nos momentos em que eu nem mesmo sabia por onde ir. A cada dia em que eu acordava do seu lado eu agradecia por ter esse privilégio e quando eu quase te perdi, foi com se tudo tivesse perdido o sentido. Quero sempre ter a oportunidade de estar a seu lado, quero sempre fazer por merecer tudo o que a vida tem a nos dar. Muito obrigado, amor. Por ser a luz que guia meu caminho, ser a força que me ajudar a nunca desistir e por me dar a família que jamais pensei merecer.
- Acho que agora posso fazer uma pergunta desnecessária a vocês. – rindo. – Felicity Megan Smoak, você aceita se casar com Oliver Jonas Queen por livre e espontânea vontade?
- Sim. – sorrindo de um modo que a fez ficar ainda mais linda. 
- Oliver Jonas Queen, você aceita se casar com Felicity Megan Smoak por livre e espontânea vontade? 
- Com toda certeza, sim. 
- As alianças.

Entreguei a ele a caixinha que William tinha me dado e peguei somente a de minha esposa. Segurei sua mão e deslizei a joia por seu dedo anelar sentindo meu coração se encher de tanta alegria que eu quase não conseguia lidar. Fazendo o mesmo ela colocou a aliança em meu dedo, beijando minha mão onde a aliança agora repousava.

- Com o poder a mim investido eu agora os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Segurando seu rosto entre minhas mãos eu beijei minha esposa. Aquele era somente um dos muitos beijos que eu daria nela, mas com toda a certeza tinha um gosto especial por saber que agora eu finalmente poderia dormir em paz sabendo que nosso amor seria para sempre.

- Te amo. – ouvindo as palmas de todos que estavam presentes.
- Te amo, Oliver. – me abraçando pela cintura.

Senti outro abraço e quando olhei para baixo vi William nos abraçando também. Ele chorava e sorria ao mesmo tempo.

- Muito obrigado meu filho. – abaixei para que ele pudesse olhar em meus olhos. – Espero que eu possa ser o pai que você precisa que eu seja. 
- Você já é pai. – me abraçando pelo pescoço. – Amo você. 
- Também te amo. 
- A mamãe deve estar muito feliz.
- Com certeza ela está.

Quando me levantei todos nossos amigos vieram nos cumprimentar eu só conseguia pensar naquele que não teria, porque mesmo que eu estivesse feliz ao extremo faltava minha irmã para viver aquilo com a gente.

- Todos vão para a recepção que planejamos, mas antes quero que você venha comigo. – disse Felicity me puxando pela mão quando William saiu correndo para ir com Diggle.
- Onde vamos?
- Você vai ver. – apertando minha mão.

Seguimos para o lado oposto de onde todos estavam indo. Onde um arco de pedra dava passagem para uma sala pequena que mais parecia um velho jardim de inverno. Além outro corredor ligava a casa, voltando ao estado deplorável do caminho que fiz antes de chegar a meu casamento.

- Eu queria te dar um presente de casamento que você nunca mais pudesse esquecer, mas ao mesmo tempo que te desse esperança novamente. – parando na entrada de uma sala ampla onde todas as janelas estavam quebradas, levando ao interior a iluminação da rua.

Vi um vulto do outro lado da sala e nem precisei que algo fosse dito para saber quem estava ali. O choro veio antes que eu pudesse vê-la, mas em poucos segundos eu estava recebendo o abraço que faltava. O de minha irmã.

- O casamento de vocês é tudo o que eu mais desejei. – me agarrei a ela, sem consegui parar de chorar. – E ter a chance de ver as duas pessoas mais importantes da minha vida se casarem é tudo que eu preciso para não desistir.
- Thea. – me afastei somente para ver seu rosto, graças a Felicity que tinha acendido algumas luzes de emergência. – Você conseguiu se libertar? – vendo as roupas que ela usava, que pareciam com as que Malcolm vivia ostentando por ser da liga dos assassinos.
- Não, eu somente fiz um acordo para ver vocês.
- Não volte, fique com a gente.
- Não posso e preciso que confie em mim. 
- Eu vou... eu vou te ajudar a se livrar. – entrando em desespero por saber que ela ainda estava a mercê daquele infeliz.
- Não, você não fará nada. Eu preciso de confie em mim e que viva sua vida da melhor força que conseguir. – segurando meu rosto. – Estou em paz por saber que vocês estão finalmente casados e que eu serei tia de novo. – olhou para Felicity sorrindo, mas logo me encarava séria de novo. – E para que cada um de vocês fique bem, precisam me deixar ir e não tentem me encontrar de maneira nenhuma.
- Como você quer que eu prometa isso de novo agora que está aqui?
- Porque não estou sozinha e tenha certeza que se eu não voltar a festa de casamento de vocês não vai terminar com somente o corte do bolo. – me abraçando de novo. – Eu te amo, Ollie. E eu prometi uma vez e vou prometer de novo... eu vou voltar. Não sei quando nem como, mas essa é uma promessa que vou cumprir nem que seja a última coisa que eu faça na vida. – beijando meu rosto quando se afastou e indo abraçar a Felicity. – Cuida deles por mim, minha irmã. – chorando juntas. – E se você der o nome da minha sobrinha de Samanta eu volto e te mato. – rindo.
- Não terá que fazer isso, é um menino. – me puxando para perto e me trazendo para o abraço. – E se chamará Tommy.

Não sei por quanto tempo ficamos ali chorando, porque eram tantas surpresas no mesmo dia que eu precisaria de muitos dias para assimilar.

- Então serei pai de mais um menino? – a beijando. 
- Sim, de mais um. – sorrindo entre as lágrimas.
- Sejam felizes, ok? – se afastando, mas eu não consegui soltar sua mão. – Por favor, Ollie. 
- Eu te amo, e nunca vou desistir de você.
- Eu sei, mas aprendi com o melhor e sei que tudo um dia vai se resolver. – me abraçando e novo e se soltando de vez.

Ela se aproximou de uma das janelas e antes de pular se virou para nós.

- Vivam por mim cada segundo, cada momento dos meus sobrinhos e cada vitória contra o crime. E quando eu voltar quero saber com riqueza de detalhes o quanto você foram felizes, ok?
- Combinado. – Felicity respondeu, porque eu não tinha condições de dizer nada.
- Adeus. – finalmente pulando a janela e sumindo na noite.

Ficamos abraçados no meio daquela sala imensa sentindo a ausência dela voltar a tomar conta de tudo. Me agarrei a minha esposa e deixei que toda a tristeza de perder minha irmã de novo fosse embora, porque daria a Thea o que ela queria. Eu seria feliz e faria minha família ainda mais feliz.

- Temos uma festa para ir. – eu disse quando a soltei.
- Sim, temos. – sorrindo.
- E eu preciso dançar com minha esposa, porque ela já fez muito por mim. Preciso que ela sinta a cada segundo a partir de hoje o quanto ela é importante.
- Ela já sabe disso e tem mais alguém bem ansioso para começar a viver essa felicidade que a Thea deseja para a gente.

Olhei para a porta e vi o William sorrindo. Abrimos nossos braços e ele disparou em nossa direção, nos abraçando. Ali estava nossa família. Como sabíamos, nem sempre tudo seria fácil, mas eu tinha certeza que tudo valeria a pena, cada segundo até o dia em que teríamos minha irmã de volta a nosso convívio seria vivido da melhor maneira e com toda certeza que além disso também. Porque agora... era para todo o sempre.

FIM



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