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História Life is Strange: A Última Dança - Boatos e Sombras


Escrita por: LariBjj

Notas do Autor


Queridos, voltei!
Eu disse que precisava de duas semanas hahah

E aí, como vocês estão? Espero que bem ^^

Ah, um aviso antes: pretendo postar os capítulos às terças feiras, a partir da semana que vem.
Enfim, vamos ao capítulo. Boa leitura :)

Capítulo 7 - Boatos e Sombras


Um mês depois...

 

P.O.V Max:

Recebi mais cedo uma mensagem convite do Clube Vortex, em uma rede social, sobre uma festa de meio de semestre que vão fazer na piscina da Academia Blackwell. Eles devem ter disparado para todos os alunos. Me pergunto o que Rachel e Chloe pensaram quando viram a mensagem, se ela e Chloe iriam a uma festa como essa. Então, me lembro que minha amiga de infância não é mais aluna da Blackwell. De qualquer forma, acredito que as duas não iriam. Aparentemente a única coisa que as duas não abominam da Blackwell é o grupo de teatro; e Chloe aceita mais por ser algo que a Rachel gosta muito do que por apreciar o teatro em si.

Pensar em Rachel as vezes me faz lembrar da conversa que tivemos há um mês. Ainda não consigo acreditar no que ela me contou. O pior é ter que esconder esse segredo de Chloe. Às vezes eu penso que não vou conseguir, que o melhor é contar logo tudo pra Chloe. Mas eu fiz uma promessa para Rachel. Agora sou sua cúmplice.

Tirando o clima pesado que as vezes toma conta de nossas conversas justamente por conta desse segredo — é claro que Chloe não é idiota, e percebe que algo está errado —, estamos nos saindo muito bem enquanto amigas. Bem, Rachel e Chloe são mais que amigas, e por conta disso, tento não atrapalhar a relação amorosas delas. Não quero empatar foda, grosseiramente dizendo. Foi em um desses dias que marquei um encontro com Kate Marsh; um café da tarde. Por ter me aproximado muito de Chloe e Rachel desde que nos vimos pela primeira vez, há dois meses e meio, acabei me afastando um pouco de Kate e acho que ela se sentiu deixada de lado.

— Oh, Max, que bom que você veio! — diz Kate, assim que entro no dormitório dela.

— Hey, Kate...! — cumprimento, hesitante.

Pedimos um café por telefone e quando chego, a mesa de centro do quarto já está arrumada com uma toalha, dois copos descartáveis da loja cheios da bebida quente e algumas guloseimas doces.

Ela me convida a sentar e logo retomamos a conversa.

— Então, como você está? Parece que nossa última conversa aqui já faz tanto tempo... — diz Kate, cabisbaixa.

— Eu estou bem. Ando muito ocupada com os trabalhos do semestre, principalmente o de Cultura e Mídia Digital — respondo, um pouco desajeitada. — E você, como está?

— Não muito bem, na verdade... Mas sei que Deus há de me reservar um futuro melhor.

— Isso é ótimo, Kate.

Exibo o sorriso mais leve que consigo, e ela me retribui com um sorriso fraco e melancólico.

Tomo um gole do meu café.

— Então, com quem você está fazendo o trabalho de Cultura e Mídia Digital? — pergunto, tentando amenizar a cena de tensão.

— Com o Daniel. Dacosta. Ele tem boas ideias. E ele... me apresentou para um amigo dele essas semanas. — Kate cora e desvia o olhar.

— Ah, é? — Tento conter a curiosidade em meu tom, mas não consigo deixar de sorrir.

— Max! Por Deus! Eu não o vejo assim! — O rosto de Kate enrubesce ainda mais. Eu rio.

— Qual é o nome dele?

— Luke Parker.

— Ah! Ele é bonitinho, Kate.

— Max! — Me repreende novamente. Levanto as mãos em um sinal de redenção. Segundos depois, Kate prossegue com uma pergunta: — Você... já sentiu algo por alguém?

A pergunta me pega desprevenida.

— E-eu? — gaguejo.

Alguém bate à porta.

— Só um minuto, Max. — Kate se levanta do pequeno sofá para atender a pessoa.

Se eu já senti algo por alguém...?

 

— Quando você fez isso? — pergunto à Chloe.

Estamos deitadas na carroceria da caminhonete dela, uma de frente para a outra, esperando Rachel sair da aula de teatro. Eu passo de leve meus dedos sobre o braço direito da minha amiga, contornando os detalhes de sua tatuagem.

— Há um bom tempo. — Chloe ri. — Quatro anos, eu acho. Eu tatuei essa caveira e Rachel tatuou um dragão.

Emito um grunhido em concordância, e continuo estudando cada centímetro de tinta, cada detalhe.

— Ela tem algum significado? — questiono.

— Um significado profundo e poético? Na verdade, não. Ela é só um jeito de mandar o mundo se fuder, estampado na minha pele.

Eu solto uma risada nasal.

— Parece com você.

Ela busca os meus olhos, parecendo curiosa.

— Você gosta?  

— Eu gosto de quase tudo em você, Chloe — afirmo, com sinceridade. Só percebo o que disse depois que as palavras saem da minha boca. Sinto as orelhas queimarem.

Os lábios claros de Chloe se curvam em um sorriso, enquanto estuda meu rosto com seus olhos azuis — ainda mais azuis misturados aos seus fios de cabelo ao pôr do sol. Meu coração dispara.

 

— Desculpe a demora, Max. Alguém me trouxe cartas da minha família — Kate agita alguns papéis em sua mão. Sua fala me tira de meus pensamentos.

— Tudo bem. — Sorrio.

— Então, do que estávamos falando?

— Acho que sobre a Blackwell — afirmo, e Kate não me contraria.

Seguimos a conversa falando sobre a Academia e os trabalhos que estamos tendo. Falamos sobre nossas famílias.  A família da Kate parece ser bem rígida com relação a costumes e tradições. Neste momento, Kate parece mais segura em me contar sobre sua vida pessoal, mas ainda assim consigo notar sua postura rígida e tensa, como se falar da família pudesse ser um enorme pecado, e Deus fosse puni-la por isso.

Ouço passos do lado de fora e uma voz fina e conhecida fazendo exigências a outras meninas. Victoria e suas amigas inseparáveis. Ou lacaias. Esse segundo termo se encaixa melhor na situação. Não acredito que alguém possa tratar as amigas desse jeito.

Digo isso para Kate.

Ela demora algum tempo até me responder algo.

— Recentemente, Victoria começou a me chamar de vadia. Espalhou boatos horríveis... sobre eu e Luke Parker e Daniel Dacosta. Coisas obscenas. — As palavras de Kate parecem se arrastar, como se ela estivesse revivendo a situação.

— Mas por que ela faria isso?! — pergunto. Isso é horrível! Agora eu entendo porque Chloe e Rachel querem pregar uma peça na Victoria.

— Eu não sei. Eu nem converso com ela. A única vez que trocamos algumas palavras foi quando eu entrei no vestiário e a ouvi falando para as amigas sobre ter avisado ao Diretor Wells a respeito da festa de boas vindas das meninas. Mas eu só contei disso para você... — Ela pareceu pensar por alguns segundos. Eu engulo a seco. — Max, você contou sobre esta armação da Victoria para alguém?  

Tento manter a linearidade e calma enquanto respondo.

— Não, Kate. Eu não contei para ninguém que você descobriu isso. — Pelo menos eu não estava mentindo ao dizer isso; estava omitindo. Eu realmente não disse à Chloe e Rachel que tinha sido a Kate que me forneceu as informações. Só disse que Victoria tinha nos delatado. 

Mas, de alguma forma, Victoria descobriu que Kate passou as informações e agora está ferrando com a imagem dela.

— Oh, Max... Você me conhece. Eu nunca faria algo que é errado. Não me oponho à vontade de Deus; não sou uma filha promíscua; eu não... — neste momento, a voz embargada de Kate é convertida em lágrimas e soluços ressentidos. Ela cobre o rosto com as mãos e se encolhe, como se a exposição gerada pelo boato fosse como armas letais apontadas para a garota religiosa; como se só tivesse lhe restado a culpa para se proteger dos ataques.

 Eu apoio meus braços em seus ombros, tentando reconforta-la.

— Kate, eu sinto muito. Você não é, de maneira alguma, isso que a Victoria diz por aí. E eu tenho certeza de que seus pais sabem quem é a filha que eles criaram. Victoria nunca vai conseguir tirar isso de você — digo, confiante.

— Você acha isso? — Ela pergunta, fungando.

— Eu tenho certeza disso.

E tenho certeza de que Victoria vai ter o que merece. 

 

Na noite anterior...

 

P.O.V Chloe

Tô à toa no PC do meu quarto. Eu tava deitada fumando um cigarro e pensando na Rach, mas aí levantei e vim pro PC. A insônia me fode.

A madrugada é silenciosa e fria. Fecho a janela à minha frente e, quando me sento na cadeira, uma mensagem pula na minha tela. Rachel. Começamos a conversar.

Rachel: Hey, C.

Chloe: Hey, Rach

Rachel: Desculpa ter vindo pra casa. Eu tive que vir. As coisas estão complicadas com meus pais.

Chloe: Relaxa.

Rachel: Tá fazendo o que agora que eu não to aí?

Chloe: Agora to fazendo nada no computador. Antes tava deitada fumando. E pensando em você.

Rachel: Devia pensar no câncer de pulmão que você vai ter daqui a pouco.

Chloe: Ah, cala boca. Nem falo mais o que ia falar.

Rachel: É brincadeira, C.

Rachel: Preciso mesmo falar que te amo e que queria estar aí te beijando? Você já não sabe disso?

Rachel Amber disse que me ama.

Chloe: É... bom, nesse caso, podemos matar essa sua vontade de me beijar. Tá afim de vir aqui em casa assistir um filme amanhã depois da sua aula?

Rachel: Mas e a Max?

Chloe: Ela disse que vai ver uma amiga da Blackhell.

Rachel: Ah Saquei

Chloe: E aí, você aceita?

Rachel: Que pergunta besta

Rachel: Amanhã estarei aí pra matar minha vontade ;*

Chloe: Demoro.


Notas Finais


Coitada da Kate :( ainda bem que ela tem a Max pra desabafar, mas Max também esconde a verdade dela... e está errada por fazer isso?
E o flashback da Max com a Chloe diz alguma coisa?

Por fim, quanto à Chloe e Rachel, será que veremos esse "filme" no próximo capítulo? hehehe

Espero que tenham gostado. Até a semana que vem, pessoas!


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