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História Life Is Worth Living - Somos um só.


Escrita por: ChrisAndCriss

Notas do Autor


Espero que gostem! ^-^

Boa leitura! ;)

[flashback em itálico e centralizado]

Capítulo 13 - Somos um só.


- Amor, está na hora de acordar...

- Mas eu quero dormir mais um pouquinho, quero ficar mais um pouco aqui com você, está tão bom...

Kurt apertou um pouco mais Blaine contra si que sorriu e lhe deu um pequeno beijo no queixo.

- Eu sei, também queria ficar aqui o dia todo, mas nós precisamos trabalhar ou não vamos conseguir fazer o nosso casamento dos sonhos, lembra?

- Droga...

Kurt se levantou preguiçosamente e foi para o banho enquanto Blaine desceu para preparar o café.

(...)

Para quem não está entendendo nada do que está acontecendo, vou explicar.

Alguns anos se passaram desde que nós nos formamos e saímos daquele inferno que chamávamos de escola e hoje estamos cada um cursando nossa faculdade que queríamos e trabalhando. É um pouco cansativo, mas nós decidimos fazer assim já que os pais de Blaine estão viajando pelo mundo junto com meu pai e sua, agora esposa, Penny. Por isso, não achamos justo pedir nenhuma ajuda financeira deles para nos ajudar a fazer o nosso casamento.

Oh sim, eu e Blaine ainda estamos noivos. Estamos juntando para fazer o casamento que nós dois sonhamos. Não é algo muito grande, mas queremos que saia do jeito mais certo possível.

Ainda antes de nós começarmos a morar juntos e depois de uma briga feia que tivemos, Blaine conseguiu me convencer a ir a um psicólogo para tratar da minha depressão.

Que, aliás, esse foi um dos motivos da nossa grande briga que quase causou nossa separação, pois eu estava no meio de uma crise querendo mais uma vez me cortar, mesmo depois de ter prometido a Blaine que nunca mais faria aquilo. Ele, por sua vez, não estava tão bem naquele dia e resultou em uma grande discussão.

Kurt estava em seu quarto em um completo silêncio de olhos fechados e deitado em sua cama enquanto Burt estava na sala assistindo a algum jogo de beisebol na televisão.

Com aquele silencio intenso, os pensamentos do castanho começaram a toma-lo mais uma vez. Mesmo que tudo estivesse aparentemente bem em sua vida, sua mente sempre o traía. Ele começou a imaginar se um dia Blaine o abandonaria cansado daquilo tudo, afinal ele reconhecia que era nada além de uma pedra no caminho do moreno, como uma de suas vozes diziam. Ele pensou que se talvez gostasse de mulheres as coisas poderiam ser diferentes ou mais fáceis. Talvez seu pai ficasse mais orgulhoso de si. Será que sua mãe morreu de desgosto de ter um filho daquele jeito? Será que Blaine o havia pedido em casamento sob alguma ameaça do seu pai ou seria apenas pena ou não queria carregar o remorso de ter uma possível morte em suas costas?

Com tudo aquilo, as lágrimas já escorriam pelo rosto de Kurt sem o mínimo esforço. O castanho odiava ter aqueles tipos de pensamentos, mas era quase inevitável quando ele se encontrava sozinho como agora.

Guiado por essas vozes, ele outra vez recorreu ao único jeito de para-las. Foi até o seu estojo e no seu apontador encontrou a única lâmina ao seu alcance já que Burt, com a ajuda de Blaine, haviam recolhido qualquer objeto cortante que estava ao alcance do castanho.

- K? Kurt? Seu pai disse que você estava aqui…

Blaine disse entrando no quarto ainda escuro. Ele procurou o interruptor e acendeu a luz para enxergar onde podia estar Kurt. De repente, ouviu um barulho de ferro caindo no chão bem baixo vindo do banheiro.

- De novo não…

O moreno correu e abriu a porta do banheiro vendo seu namorado chorando abraçado em suas próprias pernas e a lâmina no chão ainda limpa, o que fez o Anderson respirar aliviado.

- Outra vez, Kurt?

- D-desculpa… - o Hummel respondeu soluçando.

- Desculpa? Quantas vezes mais você vai tentar tirar a própria vida e me pedir desculpas?! Isso é sério, Kurt!

- E-eu sei…

- Não sabe não. Você trata sua vida como se fosse nada! Todos têm problemas, Kurt, todos! Mas as pessoas tentam vencê-los, não tirar a própria vida! - Blaine esbravejou andando de um lado a outro nervoso.

- Se quer me chamar de fraco, frágil, vai em frente, não precisa fazer rodeios Blaine...

- Não foi o que eu disse, não faça drama, Kurt!

- Drama? Você acha o que? Que eu faço isso pra aparecer? Que eu não passo de um mimado? É isso?!

- Quer saber? É isso mesmo! Isso tudo só pode ser carência sua! Quer ser sempre o centro das atenções, por isso faz essas coisas estúpidas!

- E parece que dá certo então, porque você não me deixa em paz! Porque ainda está aqui? Porque não me deixa morrer de uma vez?! Que inferno! Será um estorvo a menos para o mundo e você vai poder seguir sua vida! - Kurt tremia de raiva e dor por ouvir aquilo de Blaine - Vai embora! Qualquer um vai ser melhor do que ter um namorado que mais parece uma criança estúpida. Vai embora, Blaine! Vai embora…

Kurt caiu de joelhos no chão aos prantos repetindo "vai embora" como se fosse um mantra e aquilo fez o coração de Blaine doer e correr para abraça-lo ainda no chão.

- Me perdoa, Kurt! Por favor, eu não queria dizer aquelas coisas, me perdoa, por favor…

- Não Blaine, você merece coisa melhor. Se eu morrer a culpa não vai ser culpa sua, eu sei que está comigo apenas por medo de eu finalmente morrer e você ficar com um sentimento de culpa, mas não precisa. Eu estou te libertando, vai embora.

- Eu não quero essa liberdade, Kurt! Não quero viver em um mundo onde você não exista! Será que você não entende que eu não posso, não consigo viver sem você?!

- Me ajuda, Blaine… - Kurt finalmente se entregou ao abraço do moreno chorando ainda mais que antes - Eu não aguento mais isso…

- Vamos falar com seu pai e nós vamos procurar ajuda, tudo bem?

Kurt assentiu e continuou abraçado a Blaine.

Nesse mesmo dia nós ficamos bem outra vez e Blaine me explicou que só estava passando por um dia estressante e acabou descontando em mim e nos perdoamos pelas coisas horríveis que dissemos. Depois falamos com meu pai e ele nos ajudou a encontrar um psicólogo.

Na semana seguinte, fui a minha consulta e desde então venho me tratando com alguns remédios que antes me incomodavam, mas hoje simplesmente aprendi a conviver com eles.

(…)

- Finalmente casados! – Blaine disse sorrindo feito bobo ao chegarem em casa.

- Sim.

Kurt respondeu sério fazendo Blaine estranhar aquele comportamento do seu, agora, marido.

- K, você não está feliz?

- E-eu estou amor, acredite! Mas é que...

- Oh, já entendi... – o moreno pegou as mãos do castanho – Amor, nós não precisamos fazer isso agora...

- Mas Blaine...

- Kurt, isso não é uma obrigação e tudo que importa é que agora estamos unidos para sempre! Agora somos um só.

- Eu só estou inseguro... – Kurt ficou cabisbaixo – E se você não gostar do meu corpo ou eu não for bom pra você...

- Kurt... – ele levantou o rosto do Kurt carinhosamente – O que te faz pensar que eu não tenho essas mesmas inseguranças? Eu estou tão nervoso quanto você, meu amor, então saiba que se vamos fazer isso, não precisa ficar nervoso, pois estamos na mesma situação.

- Eu te amo tanto. O que eu fiz pra te merecer?

- O mesmo que eu fiz pra te merecer! Eu te amo.

Os dois deram um selinho e Kurt foi para o banho e trocou de roupa, seguido de Blaine que fez o mesmo.

Apagaram tudo e se deitaram um de frente para o outro.

- B...

- Sim?

- Você quer...?

- Só quando você quiser como eu disse mais cedo, o que importa é que estamos juntos e felizes.

- Tudo bem... – Kurt disse e depois de um breve silencio, ele tornou a falar – Blaine, posso te pedir uma coisa?

- Mas é claro!

- Me beija?

- Eu amo esse seu jeito.

Blaine disse e atendeu ao pedido de Kurt o beijando. O que era para seu algo calmo do jeito que começou, se tornou mais quente e os dois só se desgrudaram quando perceberam que precisavam respirar.

- Nossa...

- B, o que você acha de tentarmos vencer nossa insegurança juntos?

- Com você, eu aceito qualquer coisa.

Os dois tornaram a se beijar e deixaram as coisas simplesmente acontecerem como deveria ser.

(...)

- Boa noite, K. Eu te amo.

Blaine deu um selinho de boa noite no marido ao seu lado e apagou seu abajur. Kurt, por sua vez, não o respondeu.

- Blaine, eu estava pensando... – ele tornou a acender seu abajur – Nós já estamos casados a cinco anos!

- E o que tem? – Blaine se sentou na cama outra vez encarando seu marido curioso – Não vai me dizer que já cansou e quer o divórcio...

- Não. – Kurt permaneceu sério – Eu acho que já está na hora...

- Na hora de quê?

 

- Blaine, acho que está na hora de sermos pais.


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim! <3

Beeijos e até o próximo!


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