Dulce P.O.V
-Por que vocês estavam gritando ontem? É por causa dos dodói que vocês estão no pescoço?-Juro que se eu não tivesse envolvida na situação estaria gargalhando com a Blanca e Cláudia porque a cara que a Demi fez foi hilária.
-Meu amor,a tia Demi e eu ontem nós estávamos...bri-brincando...nos machucamos. - Não achei desculpa melhor.
-Blincando de que tia? - perguntou a pequena me fitando com seus olhos castanhos e curiosos.
-É tia,brincando de quê? - perguntou Blanca segurando o riso.
-De...- tentei pensar em algo mas nada saiu.
-Médico. - falou Claudia caindo na gargalhada com a Blanca e pude notar que até minha mãe riu.
-Até você mãe !? - perguntei.
-Desculpa,querida mas,sejamos sinceras, essa situação embaraçosa é realmente "histórica" - Respondeu minha mãe rindo junto com minhas duas irmãs.
-Tia,poque elas tão lindo?
-Nada não amor.
-tia,podemos blincar depois de médico? - O que dizer para sua sobrinha pequena,que nem consegue pronunciar a letra "R",que o "brincar" é mais aprofundado.
-Mais tarde a gente vai ver filme,ou esqueceu de mim? - Falou Demi fingindo tristeza.
-Não. - levantou do meu colo,sentou no colo da Demi e abraçou ela.
-Okay,agora vamos comer e chega de zoar a irmã de vocês... - Falou minha mãe olhando para Cláudia e Blanca,então olhou para meu pescoço e depois pra Demi. - Na mesa e perto da Clara,resto tá liberado. - Claudia,Blanca,eu e até Demi riu.
-Poxa,nem pra liberar sua filha da zoeira Dona Blanca Saviñón? - Falei de brincadeira mas no fundo eu estava com saudade dessa minha mãe brincalhona.
-Quem mandou fazer saliência de madrugada e marcar território no corpo dessa pobre moça,que vai sofrer com as brincadeiras de suas irmãs Senhorita Dulce María Saviñon? - Falou rindo.
O café da manhã foi recheado de brincadeiras e Claro eu e Demi fomos muitos Zoadas pelas minhas queridas irmãs.Fomos para a sala e fizemos uma competição no Video-game de futebol.Demi estava ganhando de 3X1 de Blanca quando o jogo terminou e o celular dela tocou.Ela franziu o cenho olhando a tela do celular e atendeu sumindo no corredor em direção aos quartos.Era minha vez de jogar,programamos para cada jogo ter 20 minutos,jogamos mais duas partidas e Demi ainda não havia voltado.Me levantei do chão,onde estávamos todas sentadas,e fui atrás dela.Quando cheguei no corredor trombei com Demi que não estava com uma cara muito boa.
-Tudo bem?- perguntei.
-Não,quando você se torna bem sucedido em algo,você tem sucesso e com o sucesso vem inimigos.No meu caso os inimigos não são apenas FBI,CIA,Interpol ou algum governo da puta que pariu.Até hoje todos que eu matei eram inocentes,nunca matei ninguém "certo". - riu amargamente,olhou para os meus lábios,fechou os olhos,mordeu os próprios lábio,negou com a cabeça como se respondesse algo interno e depois me olhou. - Você é do FBI,isso não deveria acontecer.
-O que não deveria acontecer Demi?
-Por que você me salvou do tiro?
-Eu...
-Não minta Dulce.
-Eu...não sei. - falei suspirando.
-Sabe por que eu te ajudei? - neguei com a cabeça. - Pelo mesmo motivo que você me ajudou.Eu sinto algo por você e você também,não negue. Se isso fosse mentira nada teria acontecido essa madrugada. - Ela me deu um beijo calmo e intenso.Depois soltou um suspiro pesado e saiu voltando para sala e me deixando sozinha no corredor.
Fui para meu quarto e sentei na cama.Ela tinha razão,isso não deveria acontecer.Eu sou a agente encarregada de prendê-la e ela é a procurada que sequestrou meu amigo.E aqui estamos nós,eu a ajudando,ela me ajudando,Dios mío eu fiquei com ela.Isso é loucura,é loucura eu ter me entregado a ela da forma que me entreguei,é loucura me sentir bem nos braços dela.Todo dia eu me lembrava de Roberta e de tudo,mas nesses últimos dias com Demi aqui eu a esqueci.
Limpei as lágrimas que caiam sem eu saber o por que e voltei para a sala.Demi não estava lá e Clara estava chorando nos braços da minha mãe.
-Que foi meu amor?- perguntei sentando no sofá e a pegando no colo,a pequena logo me abraçou forte.
-Tia Demi sa-saiu sem dize nada...Ela vai volta tia? - perguntou me olhando com os olhinhos cheios de lágrimas.
-Não sei meu amor. - a pequena chorou mais ainda.
-Vai atlás dela tia. - pediu fazendo um biquinho.
Ouvi meu celular tocar,entreguei a Clara para minha mãe e me levantei.Era o celular do trabalho e quem ligava era Anahí.
-Pode falar.
-Oi Dulce,você pediu para te avisar se acontecesse algo grave então por isso liguei.
-O que aconteceu Anahí?
-Demétria foi vista em um bar,de acordo com testemunha,ela estava bebendo quando levantou,saiu do bar e atirou em uma mulher na rua sem motivos.
-O QUE? QUANDO ISSO? - Senti os olhares da minha mãe e das minhas irmãs em mim.Clara parou de chorar e me olhou também.
-Ontem,por volta das quatro da manhã. - Isso é impossível a menos que ela tenha um clone,Demi estava comigo o dia inteiro e a madrugada...sem comentários.
-Você tem alguma prova de que foi ela?
-Sim,foi encontrado DNA dela no local do crime.
-DNA?
-Sim,um fio de cabelo loiro. - Loiro? O cabelo dela está todo rosa.
-Vocês tem certeza disso?
-Sim,por que?
-Só quero ter certeza apenas.Alguma notícia do Louis?
-Não,mas as buscas continuam.
-Obrigada Anahí.
-De nada Dul e melhoras.Tchau.
-Tchau.
Desliguei o telefone e sentei na poltrona que havia na sala."quando você se torna bem sucedido em algo,você tem sucesso e com o sucesso vem inimigos...nunca matei ninguém "certo" essas palavras de Demi ecoavam na minha cabeça.E se Demi tivesse inimigos? E se eles armaram isso para ela? Porque era óbvio que Demi não fez isso.
-Está tudo bem filha?- levantei meu olhar e vi minha mãe com um olhar de preocupada.
-Está sim. - Eu precisava pensar e só tem um lugar que eu consigo pensar direito.Me levantei e fui pro meu quarto.
Peguei minha jaqueta,minha carteira,a chave do meu carro e por último minha arma que já estava com as balas.
-Vou sair. - falei passando pela sala e já saindo do apartamento.Dirigi pela cidade entrei em um bar,"O" bar.
Esse lugar foi o primeiro lugar que pisei quando sai do exército.Sentei na mesa que sempre sento e logo o Vin (garçom) deixou um copo com refri e vodka e um prato com um Sanduíche dentro em cima da mesa.Sempre vinha aqui e pedia isso e ele se acostumou,desde então é só eu sentar que ele já me traz.
Fiquei um bom tempo ali,depois fui pro parque onde fiquei até fechar.Era 23Hrs quando voltei pra casa abri a porta e estavam minha mãe,Blanca e Claudia deitadas nos sofás e dormindo,Clara não estava ali.Ouvi um barulho vindo dos quartos e automaticamente tirei a arma da minha cintura. Caminhei devagar e sem fazer barulho,a luz por baixo da porta do quarto de Clara estava acesa.Me aproximei da porta e ouvi um pedido de socorro de Clara abafado.Chutei a porta com tudo e apontei a arma.
-NÃO SE MEXA.
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