História Life Trails - Por Que Não?

Demi Pov

[...]

Ouço alguma coisa atrás de mim e acordo do transe em que eu estava após o beijo. MDS, EU BEIJEI O NICK. Foi o melhor beijo que eu já dei! A forma como ele segurou minha cintura, como se não quisesse que eu saísse dali, mesmo estando alterados, rolou carinho, sentimento... JÁ CHEGA DEMETRIA!

Olho para trás e saio rapidamente dos braços do Nick. Zoey tinha caído no chão, ela não tava nada bem. Olho pro relógio e já são 00:30. Tenho que ir pra casa, não posso ficar aqui com o Nick.

-Zoey levanta, vamos. Você fica lá em casa.

Falo tentando levantar ela. O Dean tava largado no outro sofá. Olho para trás e o Nick ainda estava parado onde nos beijamos. Zoey olhou para mim e continuou lá parada.

-Anda Zo, temos que ir. Vai ficar tarde.

Falo novamente e consigo levantar ela e colocá-la no sofá. Até que Nick sai de, sei lá que mundo ele estava, e vem até onde estamos.

-Não precisa ir embora Demi, podem dormir aqui e amanha vocês vão pra casa.

Olho para ele e parece estar nervoso por eu estar querendo ir embora.

-E-é De-ms v-amo-s fi-car a-qui me-ssmo.

Fala Zo, toda embolada. Acho que eles nem viram que eu cumpri com o meu desafio. Olho para o Nick novamente e dou risada dele tentando fazer uma carinha de cachorro perdido para que eu fique.

-Ok, vamos ficar, mas amanhã cedo iremos embora. Nick onde eu e a Zoey podemos dormir?

-Subindo a escada, a terceira porta a esquerda.

-Ta bom. Até mais. Boa sorte com o Dean.

Digo já pegando a Zoey para se apoiar em mim e irmos subir as escadas. Ele olha confuso para mim e aponto para o morto do Dean todo largado no sofá.

-Vou virar babá agora. Até mais. E Demi sobre...

Rio do que ele fala e quando vejo sobre o que ele quer falar, eu o interrompo.

-Vai mesmo. Agora vou dar um banho nessa aqui. Tchau.

Nem espero ele continuar a falar e começo minha maratona de subir a escada com uma Zoey bêbada e falando coisas sem sentido.

Assim que consigo chegar ao quarto, coloco a Zoey debaixo do chuveiro com água gelada. Ela dá uns gritos (escandalosa sempre), mas nem ligo. Depois pego uma toalha ali no banheiro, a enxugo e coloco suas peças intimas novamente. Coloco ela debaixo do edredom e vou tomar um banho também. Assim que termino vejo se tem alguma coisa ali e pego uma camisa grande que achei no closet. Vejo se ela já ta dormindo e vou para varanda dar um tempo. Depois vou lá embaixo, fazer um café para mim e pegar um remédio para Zo tomar quando acordar.

[...]

Quando vejo que já são 01:45 decido ir á cozinha. Chegando lá, me deparo com tudo escuro, sem sinal de pessoas. Vou até cozinha e acendo a luz.

-Precisa de ajuda?

Tomo um susto e olho para trás de uma vez.

-Que susto, meu! Quer me matar, Nick?

-Desculpe. E isso jamais passaria pela minha cabeça.

Fala ele se aproximando.

-Hm. Onde fica o pó de café?

Pergunto vendo ele se aproximar, a cada passo dele dou um para trás. Até que bato em algo, dever ser a bancada. Ele se aproxima totalmente e estica os braços, depois se afasta novamente e me entrega o pote de café.

-Aqui está.

Ele fala olhando fixamente aos meus olhos. Mas depois começa a intercalar entre meus olhos e minha boca. Quando vejo ele se aproximando novamente pego o pote de sua mão e desvio dele indo á cafeteira.

-Obrigada. Você quer uma xícara também?

Ele ainda estava parado, mas quando falo com ele, se vira para mim e diz:

-Vou aceitar, sim.

Dá um sorriso e vai se sentar no balcão que separa a cozinha do outro cômodo.

-Ok.

Digo e dou um sorriso me virando para começar a fazer. E ficamos em silêncio, até que ele é quebrado por Nick.

-Minha camisa ficou bem em você, hein.

Quando ouço isso, meu rosto já esquenta. Devo estar que nem um pimentão.

-E-é. Eu tinha tomado um banho e para não colocar minha roupa novamente, procurei por uma e achei essa.

Digo virando para ele e o vejo olhar meu corpo descaradamente.

-Tudo bem, devo ter esquecido lá. Mas não tem problema, você está linda assim também.

Ele fala agora olhando em meus olhos e por fim, me dá um sorriso.

-Obrigada.

Sorrio de volta e me viro novamente para terminar o café. Assim que termino, pego duas xícaras, as sirvo de café e vou em direção ao balcão. Dou uma para Nick e fico com a minha. Fico olhando para minha xícara e sinto o olhar de Nick em mim. E ficamos nesse silêncio, que no caso não foi um silêncio ruim, daqueles em que você fica desconcertada, mas sim como se já estivesse bom de estarmos ali juntos. Termino meu café e coloco minha xícara na pia. Olho para Nick e ele está concentrado em seu café.

-Hmm. Bom, já vou indo. Boa noite.

Falo chamando sua atenção. Ele olha para mim e concorda com a cabeça. Olho para saída da cozinha e para ele novamente. Começo a andar, e quando estou quase na escada, ouço meu nome.

-Demi, espera!

Olho para trás e Nick está vindo.

-Oi, aconteceu alguma coisa?

Pergunto olhando para ele.

-Não, mas vai acontecer.

-O que?

Pergunto ainda tentando entender o que ele quer dizer.

-Isso!

Após se calar, ele me puxa pela cintura rapidamente e me rouba um beijo. Fico sem reação, até que ele pede espaço com sua língua, e então acabo cedendo e me envolvo no beijo (mais uma vez). Passo meus braços em volta de seu pescoço e começo um carinho em sua nuca, dando uns leves arranhões, ás vezes. Ele segura firme em minha cintura, como se não quisesse que aquele momento se acabasse, mas o ar se perde e então nos separamos. Ele me abraça firme e deixa um beijo em meu pescoço.

-Não poderia deixar você ir sem fazer isso. Queria que acontecesse com a gente estando em nosso estado normal.

Ele fala no meu ouvido.

-Que bom que você fez isso.

Digo colocando minha cabeça encostada em seu ombro, podendo sentir seu cheiro amadeirado vindo do seu pescoço.

-Então, por que recuou lá na cozinha?

Ele pergunta confuso agora olhando em meus olhos.

-Não sei, ainda estava confusa. Na verdade, ainda estou, mas é mais forte que eu.

Digo olhando em seus olhos.

-Eu te entendo.

Ele fala dando um sorriso, me fazendo sorrir também.

-Mas agora eu tenho realmente que ir pro quarto.

-Ta bom, eu te acompanho até lá.

Ele fala e começamos a subir as escadas. Quando estamos em frente a minha porta, ele vem e me dá outro abraço.

-Boa noite, pequena.

Ele fala em meu ouvido novamente e eu lhe dou um sorriso pelo apelido.

-Boa noite, grandão.

Falo rindo e ele rir comigo também. Aproximo-me e lhe dou um selinho.

-Até amanhã.

Falo com nossos lábios próximos um ao outro.

-Até amanhã.

Ele fala e deixa um selinho em meus lábios novamente. Afasto-me e entro no quarto.

Quando fecho a porta, um sorriso nasce em meu rosto. Não sei o que é isso, mas, é muito bom. Por mais que eu tenha vindo para cá com um pensamento, o destino está me mostrando outra coisa. E meu coração e minha mente gritam sim. Então, por que não?!

[...]