História Life Trails - Amor

Nick POV

[...]

Acabei de chegar em Londres e mal vejo a hora de voltar. Peguei o primeiro voo do dia, pra conseguir adiantar ao máximo o trabalho por aqui. Se eu não viesse era capaz do meu pai ter um treco, já não sei até quando vou aceitar viver assim, não é o que quero! E o que eu queria agora é está lá em Newport esperando pela Demi, para que não precisasse mais sair do lado dela. Em tão pouco tempo ela é e fez tudo o que ninguém mais conseguiu fazer e a cada dia que se passa, vejo que ela é a mulher da minha vida, a pessoa que me completa. Nós ainda estamos novos eu sei, mas sinto que podemos ir muito longe e juntos. Quero fazer ela feliz todos os dias, para que eu receba a melhor recompensa que é o sorriso dela, se depender de mim ele nunca sairá do seu rosto. A cada dia eu me apaixono mais por aquela mulher.

E como agora estou aqui em Londres, mais longe ainda dela, vou resolver logo essas reuniões, para que eu consiga voltar o quanto antes para tê-la em meus braços novamente.

[...]

Depois de horas dentro de uma sala, pessoas falando sem parar, números e mais números, mal tive tempo de almoçar. Terminamos a ultima reunião. Com muita insistência e também por causa da minha importância aqui, consegui trazer a reunião que aconteceria amanha de manhã pra hoje, o que levou a estarmos aqui ainda na empresa as 21:00h da noite. Me despedir de todos ali, só querendo uma cama pra dormir.

- Senhorita Maia, ligue para meu piloto e peça que ele esteja preparado ainda hoje as 23:30min para irmos pra casa.

- Sim, senhor Nicholas.

- Obrigada, assim que terminar pode ir pra casa e por conta do dia de hoje, está de folga na segunda.

- Nossa, muito obrigada, senhor Nicholas.

Fala ela dando um sorriso, dou um sorriso e aceno com a cabeça indo pro Hotel.

Passando pelo saguão, decido ir logo até o restaurante pedir um jantar pra mim e solicitar que enviem pro meu quarto.

- Boa noite senhor, o que deseja?

- Boa noite. Quero um rosbife com purê e um suco natural. Peço que entreguem no meu quarto, ok?

- Sim, senhor. Em poucos minutos seu jantar será servido no seu quarto.

- Obrigado.

[...]

Depois que terminei de comer, tomo um banho quente pra relaxar. Coloco só uma calça de moletom e decido arrumar logo minhas coisas, para não perder tempo e daqui a pouco está indo pro aeroporto. Como foram poucas coisas logo termino de arrumar. Sinto meu celular começar a tocar, o procuro e atendo no segundo toque, me fazendo sorrir vendo quem estava ligando.

Ligação ON

- Oi pequena.

- Oi grandão, estou com saudades.

Dou um sorriso, por saber que ela fazia um biquinho.

- Oh, eu também estou. Mas como você se está? Chegou bem em Newport?

- Eu to bem e você? E cheguei bem sim, estaria ainda melhor se você já estivesse aqui ne.

- Eu to bem também, princesa. E é sobre isso que tenho que falar com você...

Falo com  pesar no final, segurando a risada, só pra vê sua reação.

- Ah não Nick, só não me diz que você não vai voltar amanha também.

Fala deixando a voz meio tristinha.

- Então...

- Fala logo Nicholas.

Dou um risada e falo logo.

- Não bobinha. Quero saber se você quer tomar café da manha amanha comigo?

- Ai mds, é serio??? Ah seu idiota, fica ai me enganando. Isso não se brinca

Fala ela tentando parecer brava, mas sei que está sorrindo. Dou um sorriso também e continuo.

- Então bravinha, pode me responder ou terei que tomar café aqui mesmo com alguma Londrina?!

É, estou cutucando a onça (kkkk).

- Ah você não é nem doido né. E é claro que eu aceito.

- Que bom então. Daqui a pouco já estou indo pro aeroporto.

- Você não vai nem dormir, pra descansar um pouco?

- Pequena, não se preocupe com isso, são 10 horas de voo, vou ter tempo de sobra pra dormir.

- Ah, então fico mais tranquila. Mas é pra dormir mesmo hein.

Fala ela toda preocupada, me fazendo dá uma risada.

- Pode deixar, senhorita. Estarei bem descansado quando chegar ai. E você já pensou no que iremos fazer?

- Bom, isso que eu queria combinar com você. Mas podemos decidir quando você chegar. E a noite temos um jantar aqui em casa com minha mãe, Zoey e o Dean.

- Ótimo então. E Dean e Zoey?

- Pois é, ela contou pra mim e para minha mãe sobre os dois. E como ela vai ficar aqui em casa por um tempo, minha mãe falou pra ela chamar ele também.

- Ah sim, entendi. E porque ela vai ficar ai com vocês por um tempo?

- Os pais dela foram pra a Austrália, vão ficar lá uns seis meses. Coisas do trabalho.

- Entendi. Princesa queria continuar conversando com você, mas daqui a pouco eu já tenho que ir pro aeroporto. E antes tenho que ligar para o meu piloto.

- Tudo bem, grandão. Eu também já estou indo dormir. Boa viagem e ate depois. Beijos.

- Boa noite, pequena. Durma bem e obrigada. Ate depois, beijos.

Ligação OFF

Assim que termino a ligação, confiro as horas e vejo que já são 22h15min. Só pego uma camisa e um casaco, coloco um tênis e pego meus pertences indo em direção à porta. Ligo para o piloto e ele confirma que já está quase tudo pronto. Vou até o elevador e aperto o térreo. Chego à recepção e faço meu check out, solicito a eles um taxi e imediatamente me avisam que já tem um na portaria me esperando. Agradeço e vou em direção à saída.

[...]

Depois de horas de voo, chego finalmente em Newport. Consegui dormir durante todo voo, mas sinto que ainda estou cansado. Mas só de saber que daqui a pouco irei me encontrar com a Demi, o cansaço parece que some. Chego em casa e tudo está em silencio. Vou até a cozinha, salas e não encontro ninguém. Deixo pra lá e vou em direção do meu quarto tomar um banho e trocar de roupa. No caminho mando uma mensagem pra Demi.

Mensagem ON

- Bom dia, pequena. Dormiu bem? Acabei de chegar em casa, só vou tomar um banho e daqui a pouco passo ai pra te pegar, ok?

Que logo recebo uma resposta.

- Bom dia. Dormi sim. E ok, já estou terminando de me arrumar.

- Tudo bem então, ate daqui a pouco. Beijos <3

- Beijos <3

Mensagem OFF

Tomo meu banho, coloco uma bermuda, uma camisa azul, boné e por fim coloco meus óculos. Pego minha carteira e celular. E desço indo até a garagem. No caminho encontro alguns empregados, os cumprimento rapidamente e sigo meu caminho.

[...]

Já estávamos aqui na cafeteria, esperando nossos pedidos. E eu não conseguia tirar os olhos da Demi, ela estava muito linda. Na verdade ela sempre está linda. E mesmo se passando só um dia, já estava na necessidade de olhar pra ela, vê seus lindos olhos, seu sorriso que parece só existir para mim, sua risada, seu cheiro, seu cabelo, todo seu corpo. Mesmo em pouco tempo sinto a necessidade de estar sempre perto dela. E ela percebendo meu olhar para ela, dá um sorriso meio envergonhado e vejo o ruborizar de suas bochechas, a deixando mais linda ainda.

- Você é linda, sabia? E fica mais linda ainda com vergonha.

Falo pegando em sua mão em cima da mesa, fazendo um carinho em seus dedos.

- Besta. E você também está lindo... Senti sua falta!

Fala olhando em meus olhos, me causando um misto de sentimentos só com esse olhar.

- Eu também senti, e muita! Fiz de tudo para que chegasse aqui hoje de manha, não iria aguentar chegar só a tarde.

- Que bom, que conseguiu. Eu também não iria aguentar esperar mais tempo.

E assim que ela termina ficamos ali naquele silencio, mas não um silencio desconfortável. Era como se as palavras não fosse necessárias, a gente sabia o que estávamos sentindo e com um olhar podíamos enxergar isso. Mas nem tudo dura pra sempre, a garçonete chega com nossos pedidos, nos trazendo a realidade. Afasto minha mão e dou um sorriso pra ela, que logo retribui.

Tomamos nosso café em meio de conversas, brincadeiras, contamos como foram nossos dias, ela quis saber mais sobre Londres, mas como não tinha ido passear não deu pra ver muita coisa. Mas prometi que um dia iremos lá e poderemos conhecer todos os lugares, o que fez da um imenso sorriso. Assim que terminamos, paguei a nossa conta e fomos em direção ao carro. E ela começou com as perguntas, querendo saber onde a gente iria. Porque quando passei na casa dela, eu disse que já tinha escolhido o que iríamos fazer. O que a deixou mega curiosa.

- Nick, me fala vai, por favor.

Fala ela toda manhosa, mas mesmo assim me segurei.

- Relaxa, já estamos chegando.

- Aff, ta bom.

Fala ela emburrando a cara, me causando uma risada. Quando vejo que o sinal fechou, pego sua mão com delicadeza e deixo vários beijinhos ali, vendo que ela suavizou mais o rosto. Viro seu rosto para mim, segurando em seu queixo, dou um sorriso, que a faz sorrir também. Me aproximo e deixo um longo selinho em seus lábios. Que ela logo trata de transformar em beijo, me abraçando pelo pescoço. Ficamos ali naquele beijo lento e carinhoso, até que ouço buzinas atrás da gente, me fasto e vejo que o sinal está verde. Dou um selinho rápido e nela e sigo o nosso caminho.

Quando chegamos no nosso destino, a vejo ficar confusa por não entender que lugar era aquele. E trato logo de explicar.

- Estamos em um clube de golf, quando eu era mais novo vinha muito aqui com meu pai. Ele me contava que foi aqui que conheceu minha mãe.

Falo chamando sua atenção pra mim, logo me aproximo, lhe abraçando pela cintura e deixando um beijo em sua bochecha. Ela dá um sorriso como se tivesse entendido e me abraça pelo pescoço.

- Então quer dizer que o mocinho sabe jogar Golf?!

- Isso mesmo, e diga-se de passagem sou bom viu. E hoje vou te ensinar algumas coisas.

- Hum, bom né?! E quem disse que eu preciso que me ensinem hein... haha

Fala ela beijando minha bochecha e sair do nosso abraço, indo em direção onde fica os carrinhos, rebolando, me dando um ótima visão do seu corpo.

- Ah, então quer dizer que a senhorita sabe jogar golf?

Falo me aproximando dela, já que a mesma tinha parado e virando pra mim dando um sorriso convencido.

- Não só sei, como vou ganhar de você. Quando era pequena, eu e meu pai sempre jogávamos e ele me levava em algumas competições que tinha lá em Miami.

- Entendi, então vamos ver quem é o melhor.

Falo já bem perto dela, a pegando de surpresa, quando a abraço pela cintura e a levanto do chão indo até um dos carrinhos, que eu já tinha pedido para deixarem pronto.

- Nick!!!

- O que foi? To fazendo nada.

Falo assim que a coloco sentadinha no banco e deixo um beijo na sua boca, e dou a volta indo me sentar no lado do volante. Ela da um sorriso e pega seu celular e tira uma foto da paisagem e depois uma nossa.

[...]

Depois de algumas partidas, resolvemos parar, pois já estávamos com fome e cansados. E não é que a Dems ganhou de mim, nem acredito. E agora ela está me zoando sem parar.

- Viu eu falei que ia ganhar. Haha

- Muito engraçado, isso foi sorte. Da próxima vez quero vê se você vai ganhar, mocinha. Eu que facilitei pra você.

Falo andando mais a frente, indo em direção do restaurante aqui. E só a ouço rir mais de mim.

- Ah, não vai ficar com raiva né. Acontece, amor.

Fala ela me abraçando por trás, assim que eu paro ouvindo do que ela me chamou. Dou um sorriso e me viro ficando de frente, a vendo sorrir mas olhando pra baixo. Abraço sua cintura com um braço e outro em direção ao seu rosto, fazendo com que ela olhe pra mim.

- Do que você me chamou?

- Amor?

Fala ela como se não tivesse certeza, dando uma risadinha no final olhando pra mim. Começo uma seção de beijos por todo seu rosto, a fazendo rir.

- Você também é meu amor, só meu.

Falo olhando em seu olhos, e vejo ela dá o sorriso mais lindo, aquele que você sorrir com os olhos. E antes que ela fale alguma coisa, a puxo pra mim e inicio um beijo lento, cheio de sentimentos que logo começa a ganhar intensidade. Mas como estávamos em publico, vou diminuindo o ritmo, com vários selinhos. Me afasto um pouco, dando tempo de vê-la com os olhos fechados e um sorriso no rosto.

- Vamos comer?

- Sim.

Fala ela me abraçando mais e deitando sua cabeça no meu ombro. A abraço firme, também não querendo sair dali, dos seu braços.

- Me espera aqui, rapidinho. Vou pegar nossa comida e vamos para um lugar só para nós dois.

Ela concorda com cabeça e vai se afastando de mim. Deixo um beijo em sua bochecha e entro no restaurante. Pego o meu pedido e a encontro parada de costas para mim, olhando pro lugar lindo que é aqui. Lhe abraço por trás e ela logo relaxa em mim.

- Já podemos ir.

Fico do seu lado, entrelaço nossas mãos e a guio até o carrinho que estávamos. E vou levando a gente para um lugar mais no fim do clube, de lá da pra ver o mar e algumas praias. Paro nosso carrinho perto de uma arvore e desço, pegando nossa cesta com um pano que pedi no restaurante para nós. Coloco tudo no chão e chamo para sentar entre minhas pernas. Então começamos a comer, as vezes falávamos alguma coisa, mas estávamos aproveitando o momento e aquela vista. Depois que terminamos de comer, colocamos as coisas dentro da cesta e a abraço pela cintura, fazendo com que ela se encoste em mim. Ficamos um tempinho assim, até que ela se vira de lado, olhando para meu rosto, dá um sorriso que logo retribuo.

- Me fala da sua mãe. Você sempre cita seu pai, mas que eu me lembre nunca falou dela. Se não quiser falar, tudo bem também.

Termina de falar e pega em minha mão, entrelaçando nossos dedos e começando um carinho nos meus dedos. Com seu pedido me lembro da minha mãe, ela era como minha melhor amiga. Contava tudo para ela e ela sempre estava lá por mim, mesmo quando descobriu a doença, não deixava de se preocupar comigo. Eu a amava muito, amo muito na verdade. Porque sei que ela sempre estará comigo, eu a sinto em meu coração.

- Tudo bem, eu falo. Ela morreu tem uns 5 anos mais ou menos. Ela descobriu uma doença, um tumor no pulmão, e já estava um pouco avançado. Mas ainda tínhamos chances e quando pensávamos que ela estava melhorando, ela descobriu algumas traições do meu pai. Que acabou a deixando muito debilitada, ela amava meu pai, era uma verdadeira companheira pra ele. Mas então ela morreu dois meses depois disso. E foi quando meu pai se dedicou totalmente a empresa da família, quase nunca estava em casa e quando estava, não me dava mais tanta atenção. Eu fui praticamente criado pela Jô a partir disso, ela é como uma mãe pra mim agora.

- Nossa Nick, eu sinto muito.

Fala ela dando um sorriso reconfortante pra mim e em seguida me abraçando.

- Tudo bem. Hoje eu consigo falar disso sem problemas, mas no inicio era difícil mesmo falar dela. Eu não queria aceitar, sabe?!

- Eu entendo. Também fiquei assim com o meu pai.

Fala ela olhando para o horizonte, com um olhar vago.

- O que aconteceu com ele? Se quiser falar lógico.

Falo a puxando mais para mim e lhe abraçando pela cintura.

- Ele morreu num acidente de trabalho, pelo menos foi que falaram para nós, a uns dois anos. E para mim foi bem difícil vê que ele não estaria aqui mais comigo e com minha mãe.

- Entendo e sinto muito também. Mas não descobriram nada sobre isso não?

- Pois é, só disseram isso para nós. E na época eu culpava o dono da empresa que ele trabalhava o Paul Maxford.

Ela fala e quando ouço aquele nome, tomo susto. Pois não me era estranho.

- O que foi, você conhece esse cara?

Ela pergunta agora olhando para mim.

- Não, só tive a sensação de já ter ouvido esse nome em algum lugar.

- Ah sim, talvez. Ele era muito conhecido lá em Miami. Dono das empresas Construction Maxford.

- É, deve ser por isso mesmo.

- Mas agora vamos deixar isso pra lá e fazer algo mais legal.

Ela fala dando um sorrisinho com a língua entre os dentes, sentando no meu colo. Linda.

- E o que a senhorita, sugere?

- Isso aqui.

Fala já se aproximando do meu rosto, começando um beijo cheio de sentimentos e segundas intenções. Que eu não tardei em corresponder, pedindo espaço com a minha língua, começando uma disputa sem um ganhador. Desci minhas mãos para suas coxas, apertando, alisando e a puxando mais para mim como se fosse possível. Enquanto ela dava arranhões no pescoço causando arrepios e rebolava no meu colo. Quando o ar faltava, alternávamos beijos e mordidas no pescoço e já voltávamos para mais beijos sedentos.

Quando ela para e me olha, já entendo o que ela quer dizer. Nos levantamos rapidamente, pegamos nossas coisas e fomos correndo até o meu carro rindo.

[...]