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História Lifeline - Acho que estou me apaixonando por ela.


Escrita por: gcaroliny

Capítulo 34 - Acho que estou me apaixonando por ela.


Justin Bieber.

Polinésia Francesa, Bora Bora.

08:12 a.m, 14/10/2015.

A perna da Jayde estava em cima do meu corpo nu quando eu acordei mais cedo. Seu cabelo negro estava no meu rosto, e ela tinha um braço rodeando o meu peitoral. Eu me lembro vagamente do que aconteceu ontem, e tenho certeza que não estava totalmente sã. Eu não transaria com Jayde em circunstância alguma. A minha intenção quando eu a trouxe comigo, era passarmos um tempo como amigos, sem segundas intenções.

— Bom dia, Biebs. - ela resmunga acordando.

Limpo os olhos e visto minha cueca. Minhas costas queimam, e eu sei que é obra das unhas grandes dela. Quando eu viro para o espelho, vejo as marcas avermelhadas no meu pescoço.

— N-nós não deveríamos ter feito isso. - digo entre dentes. Jayde enrola o corpo no lençol e fica ao meu lado.

— Você me disse que gostou da nossa noite, Biebs. - choraminga manhosa enquanto agarra meus ombros.

— Porque eu achei que estava transando com outra pessoa! E pare de me chamar de Biebs, inferno. - esbravejo. -  Eu não tinha porra de segunda intenção nenhuma quando te trouxe aqui. Você não entende o significado da palavra amizade, Jayde?!

— Aurora o nome da outra? - diz com nojo. - Você me fodeu forte, e foi tão gostoso… Você pode ser bruto comigo de novo se quiser. - sorri maliciosa.

— Qual o seu problema? - a minha paciência já tinha se esgotado. - Eu não quero fazer sexo de bom dia com você. Na verdade, eu não quero fazer merda de sexo nenhum com você. O que você fez?! - urro irritado.

— Ora, eu não fiz nada. Quando você vai entender que o tesão falou mais alto e nós transamos?

— Eu não sinto tesão por ti. - rebato.

— E isso aí?

— Nunca ouviu falar em ereção matinal? Pare de ser tão dissimulada. - eu estou de costas para ela, e visto uma bermuda jeans. Sinto seus braços magros me agarrando, e eu termino de fechar o zíper.

— Vamos transar de novo, Bieber. Eu sei que você gostou.

Quando eu me viro, Jayde derruba propositalmente o lençol do corpo, e eu a tenho totalmente nua na minha frente. Agarro a cintura dela e a empurro contra a parede.

— Isso não vai se repetir, escutou?

— Não quer me tocar? Eu estou molhadinha pra você. - murmura tocando seus seios.

Me afasto dela e bufo irritado. Minha cabeça volta para a noite anterior, e eu me lembro de quando comemos duas fatias de lasanha. Meia hora depois, eu peguei meu violão e fui para o lado de fora, então ela me acompanhou. Antes de cantar para Jayde, eu me lembro de ter tomado o vinho da taça que estava na mão dela.

— O que você colocou na minha comida?! - digo alto e irritado me aproximando do seu corpo encostado na parede.

— Nada. - rebate rápido.

— Diga!

— Eu já disse que nada!

Não contente com a resposta dela, eu decido revirar toda a sua mala. Jogo todas as roupas dela enquanto escuto Jayde gritar para que eu pare de fuçar as coisas dela. Enfio a mão em um dos bolsos da mala e acabo encontrando um saquinho transparente com pequenos tabletes. Abro e cheiro, tendo a certeza de que aquilo era uma droga. Já tinham me oferecido essa merda.

— Sério mesmo, Jayde?! Você me drogou com LSD?! - grito e ela nega.

— N-não é isso.

— Você usa, é isso? - debocho. Eu sei que ela não usa. - Você triturou essa porra e colocou na minha comida e no vinho, não foi? Responde, caralho!

— Não f-foi por mal, Justin.

Fecho meu punho e respiro fundo. Viro em uma rapidez extrema, e estupidamente soco a parede ao meu lado. LSD era uma droga alucinógena, e isso explicava o fato de eu ter enxergado Aurora no lugar dela.

— Só me drogando mesmo que você consegue ter uma relação sexual comigo.

— Justin, eu…

— Você tem noção de como vai ser difícil explicar essa porra pra ela?! - grito.

— Eu sinto muito.

— Não, você não sente.

Minha respiração está ofegante, e minha raiva só cresce a cada minuto. Dou meia volta e vou arrumar minhas coisas. Nem fodendo que eu passo mais um dia com ela.

— Justin, eu realmente sinto muito. - diz e eu ignoro. - Posso falar com ela se você quiser e…

— Não. Só vai piorar essa merda mais ainda. Eu estou irritadíssimo com você Jayde, eu juro. Minha intenção era realmente passar uns dias curtindo o lugar como amigos, e você simplesmente estragou a porra toda.

Ela fica calada me vendo arrumar a mala, e eu agradeço por isso. Antes de sair da casa, aviso que mandaria alguém para buscá-la, e então volto para Chicago. Realmente espero que Aurora ainda esteja lá e não tenha ido para a Carolina do Norte.

Nós quase tivemos que fazer um pouso de emergência por conta do tempo, mas tudo ocorreu bem. No carro, eu pedi que o motorista seguisse para minha casa, para que depois eu fosse procurar Aurora. Tomei banho, vesti uma roupa e praguejei mentalmente por causa das marcas no meu pescoço. No caminho, dou uma olhada na internet, e vejo que há diversas notícias sobre ontem. Maldição! Não chovia mais quando o carro parou perto do meio fio, e mesmo longe, eu via a sombra de alguém na janela da casa dela. Minha blusa branca de mangas longas ficava grudado ao meu peitoral, e eu não demorei para andar até a varanda de lá. Hesito, mas fecho o punho e bato duas vezes na porta.

— Tem alguém na porta, Aurora. - ouço uma voz masculina dizer do outro lado.

Me arrepio por uma fração de segundos por conta do vento frio, e então alguém gira a maçaneta. Vejo o corpo baixinho dela enquanto a porta vai abrindo, e Aurora tem um sorriso no rosto. Ela veste um moletom azul, uma legging preta e pantufas. Seu cabelo tem uma parte solta, e outra presa em um pequeno rabo de cavalo.

— Justin? - diz surpresa sem o sorriso.

— Eu.

— O que faz aqui?

— Eu vim te ver. - respondo simples.

Aurora olha para o carro do outro lado e depois para a minha roupa. A voz de antes pergunta quem é, e Grace ignora enquanto olha para mim.

— Você não estava em Bora Bora?

— Eu posso entrar?

Ela hesita, mas me dá passagem para entrar. A primeira coisa que eu faço é olhar para sala pra saber quem era a pessoa, e descubro que é Martin. Ele tem uma xícara na mão, e assiste televisão.

— O que você veio fazer aqui, de verdade? - Aurora questiona mais uma vez.

— Nós precisamos conversar, não acha?

Grace revira os olhos, e eu sei que é porque respondi a pergunta dela com outra pergunta. Martin vira o rosto e levanta do sofá, se aproximando.

— Tive que aturar essa maldita três noites. Olha bem o que você vai falar. - é a primeira coisa que ele diz, e então soca meu ombro direito.

— Sobe logo, Martin. - ela diz seca. - Justin e eu precisamos conversar.

Ele obedece, e eu sigo para o sofá esperando ela. Aurora volta da cozinha com uma xícara de café e senta ao meu lado. “Nós estávamos falando sobre você”, ela diz dando um gole na sua bebida. Eu assinto, e fico sem jeito quando Grace olha para o meu pescoço marcado.

— Eu tenho uma coisa pra falar. - aviso baixo.

— Eu também.

Aurora apoia a xícara na perna e me olha indecisa. Nós acabamos falando na mesma hora.

— Transei com a Jayde.

— Jeffrey e eu nos beijamos.

Engulo em seco, e ela arregala os olhos. Não sei o que falar, e por isso passamos longos minutos apenas nos entreolhando. Esfrego minhas mãos suadas na calça jeans e respiro fundo.

— Você beijou aquele médico?

— Ele me beijou. Na verdade, eu nem retribui. E você transou com a sua amiga? - destaca em deboche.

— Eu sei que vai parecer mentira, mas… O que aconteceu… Pare de me olhar assim. - resmungo irritado. - Eu também estou irritado com você, se é isso que quer saber.

Aurora apenas me olhava, e eu sentia vontade de sacudi-la para que ela falasse alguma coisa.

— Eu não tinha segundas intenções quando chamei Jayde para viajar comigo, eu só queria aproveitar uns dias com uma amiga e esquecer você. - bufo. - Na noite passada, depois de jantarmos, eu cantei uma música enquanto tocava meu violão, e depois nós transamos. Mas, eu não estava na minha consciência normal. Eu fodi com ela porque achei que era você, eu tinha te visto lá. - explico e Aurora me olha com o cenho franzido. - E eu descobri mais cedo o porquê disso. Jayde me drogou. Ela colocou a porra de uma droga na minha comida. - minha respiração está ofegante, e eu me sinto mal quando vejo Aurora inexpressiva. - Por que você não está fazendo nada? Me bate, me xinga, porra! Faz alguma coisa.

— Eu sei o quão irritante eu fui naquele dia do hospital, e eu notei isso um dia depois. Inclusive, te liguei dez vezes para me desculpar, e você não fez questão de atender minhas ligações.

— Eu estava irritado com o jeito que você me respondeu naquele dia. - digo ríspido.

— Eu também te liguei antes de ontem, Justin. Eu te liguei três vezes. Deixei o meu orgulho de lado treze vezes e você ignorou.

— Fomos idiotas impulsivos, tá legal? Definitivamente, eu não queria ter transado com aquela mulher.

— Jeffrey me beijou quando nós estávamos voltando do barzinho. - ela diz. - Você viu as fotos, eu sei. Eu assisti seu video na rádio. Ele me deixou na porta de casa e se despediu com um beijo. Eu não retribui, apenas o afastei e esclareci as coisas entre nós.

Suspiro me encostando no sofá, e não sei o que dizer.

— Acho que posso chamar meu coração de burro. - ela bufa. - Ele está me dizendo para acreditar na sua história.

— Eu disse a verdade. - murmuro sem vontade.

— Espero não me arrepender por tomar essa decisão, Justin. Estou te dando um voto de confiança, e espero mesmo que seja uma história genuína.

— Nunca fui tão sincero como agora, Grace. Eu voltaria no tempo se pudesse.

— Tudo bem, então… Já que estamos esclarecendo as coisas, eu não retribui mesmo o beijo de Jeffrey. Nunca quis nada além de amizade com ele.

Meu sangue ferve, e eu sinto vontade de socar a cara daquele cirurgião maldito por beijar Aurora.

— Acredito em você. - respondo simples. - Sempre percebi que ele queria algo a mais com você. Cara sem noção.

— Eu não conhecia o seu lado ciumento, Bieber. - gargalha e eu enrugo o nariz.

— Ciúme na medida certa é sempre saudável. Só não estava muito satisfeito com a sua ingenuidade em relação a ele. Você tem uma vagina, obviamente, e seu amigo estava atrás dela.

— Mas ele ainda continua sendo um bom amigo. - diz mordendo os lábios.

— Contanto que os lábios dele estejam distantes do seu, não tem problema… - dou de ombros brincando e ela ri. - Eu não me importo se você tiver amigos homens, Grace, o problema mesmo é se eles quiserem roubar o meu lugar, entende?

— Engraçadinho. - sussurra tentando levantar do sofá, mas eu seguro na cintura ela e a trago para o meu colo. - O que foi?

— E nós? Como ficamos?

— Hm… Ficamos bem? Gosto de você, Justin, e não quero que nós fiquemos com raiva um do outro.

— O que? Repete.

— Eu não quero que…

— Não, a parte de antes.

— Que eu gosto de você? - pergunta e eu assinto aliviado. - Não se faça de bobinho, cara pálida. - gargalha tentando levantar, mas eu a puxo novamente. - Apesar desse detalhe, sinto muito em dizer, mas eu não vou transar com você pela próxima uma semana. - avisa.

Eu fico incrédulo, e a sigo até a cozinha. Aurora ri da minha cara, e coloca a xícara na pia.

— Não quando você transou com aquela mulher. - revira os olhos.

— Então, eu não vou te beijar pela próxima uma semana. Não quando você beijou aquele homem. - repito em deboche e Aurora cruza os braços com uma expressão engraçada.

— Você aguenta uma semana, Bieber? Sério?

Nego rindo e me aproximo dela, prensando seu corpo contra o balcão e beijando-a. Eu sentia falta dos lábios dela. Quando estou quase a colocando em cima do balcão, Martin aparece coçando a garganta no cômodo.

— Que porra. Vocês estavam de mal há quinze minutos atrás. - bufa irritado.

— Fica quieto, Martin. - brinco e me afasto dela.

Nós ficamos conversando por cerca de meia hora, quando eu sugeri com fôssemos para algum parque fazer um piquenique. Não foi uma ideia tão ruim, o único problema era que tinha apenas nós três. Celeste estava de plantão, segundo Martin.

Aurora preparou os lanches, e o amigo dela dirigiu até lá, já que eu estava sem carro. Tinha várias crianças por ali, e alguns adultos espalhados pela grama, e nós fomos logo procurar um lugar para ficar. As pessoas não ficavam me olhando como eu esperava, o que foi algo que me fez agradecer muito. Nós forramos o pano, e colocamos a cesta no canto. Aurora sentou ao meu lado enquanto encostava a cabeça no meu ombro, e eu agarrei a cintura dela. Martin ficou ao meu lado, bufando a cada gole que dava no refrigerante.

— O momento constrangedor de segurar vela chega para todos, não é? - ele diz e Grace ri baixo.

— Não comece com os seus dramas. - ela revira os olhos.

Pouco menos de meia hora e algo bem inesperado acontece. Duas das cinco crianças vêm nos chamar para brincar. Martin e eu negamos, sendo Aurora a única a concordar. Ela nos chama de careta, o que não nos incomodou. Tinha um golden entre todas as crianças, que logo foi pra cima da Grace na intenção de brincar. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias enquanto ouvíamos os gritos da baixinha. Eu sorrio de lado quando vejo que as pestes correm atrás dela.

— Você tá fodido, cara. - ele diz ao meu lado e eu concordo bebendo meu refrigerante. - Sei o que você vai dizer, e antes de qualquer coisa, espero que pense bem quando for fazer alguma coisa pra ela. Eu juro que te quebro do mesmo jeito que quebrei aquele maldito Sloan.

— É… Acho que estou me apaixonando por ela. - murmuro sem jeito.


Notas Finais


felizmente meu casal está em pas
trailer:::: https://www.youtube.com/watch?v=ZAKUOjyeWcw


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