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História Lifeline - Before the End - Aposta


Escrita por: DixBarchester

Notas do Autor


Oiezinho

Lifeline está chegando no seu 5º capítulo e eu fico cada vez mais feliz com todo o apoio que vcs me dão, muito obrigada, de coração, isso dá um baita gás pra continuar.

Vamos ver como Natalie Cooper está lidando com o furação Daryl Dixon em sua vida, eu adoro esse cap, porque mostra que ela é totalmente louca kkkkkkkkk

Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 5 - Aposta


Fanfic / Fanfiction Lifeline - Before the End - Aposta

 

 

• NATALIE COOPER •

Abri os olhos incomodada com a luz do sol nascente que entrava pela janela do meu quarto, que eu tinha esquecido aberta. Procurei o celular pela cama e olhei as horas... 6:48hs.

Joguei o braço direito sobre os olhos e murmurei um palavrão qualquer. Que tipo de idiota acordava antes da sete da manhã em um sábado?

Mal lembrava a hora que eu tinha ido dormir. Sabia que era tarde, porque fiquei remoendo meu tédio e escrevendo muito...

Tentei dormir de novo, mas sabia que depois de ver a maldita claridade não conseguiria. Virei de bruços e olhei o meu diário jogado no chão, estava aberto no último texto que eu tinha escrito:

"Você é uma incógnita.
Eu te olhei rápido demais
e pensei que fosse o bastante
pra entender quem você era de verdade.
Eu estava errada. 
Percebi que cada vez que eu te olho,
eu te enxergo diferente.
Você é um quebra-cabeças de
mil peças tortas que veio sem manual
e tudo que eu consigo pensar é que
quero montar cada parte de você
pra ver a figura completa.
Sinto que vai ser uma imagem triste. 
Espero estar errada outra vez."

Eu tinha escrito sobre Daryl Dixon... Na verdade eu tinha escrito sobre ele algumas vezes naquela semana, fragmentos soltos sobre o modo como os músculos dele se mexiam conforme ele trabalhava, sobre os olhos muito azuis, ou então, sobre as palavras que ele puxava com o sotaque carregado.

Não era como se eu estivesse apaixonada pelo cara, nem nada disso. Deus me livre.

Não me entenda mal. Daryl era bonito sim, mas durante toda essa semana ele foi só diversão. Eu nunca fui de me apaixonar.

Foi interessante ver o modo como ele reagia a mim. Pensei mesmo que a gente ia sair e dar uns pegas. O natural da vida. Nada novo.

Pensei que tinha sacado tudo sobre ele, um caipira marrento, bad boy do interior, terror das virgens quem sabe.

Mas então, na noite passada, eu vi outro lado dele e me pareceu um lado um tanto solitário e triste, mudou meu modo de enxergá-lo. Fiquei pensado sobre isso durante a madrugada e então o texto saiu naturalmente.

Eu realmente queria montar o quebra-cabeças. Chame-me de curiosa, obstinada, enxerida ou o que for. Eu mesma não entendo esse interesse. Na verdade eu já teria enjoado de qualquer outro cara por muito menos.

Mas Daryl Dixon tinha algo... Eu ainda não sabia bem o que era. Um magnetismo... Ele não era como os homens que eu conhecia. E cá entre nós, eu realmente já tinha conhecido muitos homens.

Acho que aquele caipira de olhos azuis era único e eu me vi interessada nisso. Durante a semana eu só queria saber como era a "pegada do sul", mas depois daquela noite e do que ele tinha me dito sobre a vida dele, eu simplesmente queria entendê-lo.

Não era algo que dava pra explicar, mas seja o que fosse eu não estava pensando em desistir dele ainda. Mesmo que o cretino tivesse arrumado aquele apelido ridículo pra mim.

Acabei levantando e tomando um banho. Meu pai ainda estava dormindo e tentei não fazer muito barulho. Desci pra cozinha e decidi fazer algumas panquecas.

Era Peter quem sempre cozinhava desde que eu cheguei, isso porque dava pra contar nos dedos as coisas que eu já tinha feito na cozinha, sempre havia alguém em casa pra fazer isso. Minha mãe não ficava sem uma empregada e uma cozinheira, então nunca tive que aprender.

Mas na minha nova casa eu não tinha isso. E nem sentia falta. Na verdade, eu estava gostando de ter uma casa pra cuidar, me fazia sentir útil e o tempo passava mais rápido.

Eu estava feliz. Viver com o meu pai era muito melhor do que eu imaginei que seria. Claro que eu ainda sentia falta das festas e dos amigos, fazia dias que eu não tomava um porre ou fazia algo "Natalie", mas eu sabia que cedo ou tarde daria jeito nisso.

Preparei as coisas na bancada da cozinha e comecei. Eu nunca tinha feito panquecas, mas não devia ser difícil. Foi o que eu pensei.

Minutos depois, eu tinha uma cozinha inteira bagunçada, farinha até no cabelo, e apenas uma panqueca, que não estava com a melhor cara, todas as outras tinham queimado, grudado na panela e uma delas tinha voado para o teto quando eu tentei virá-la como na TV. Era um desastre completo.

— Bom dia. — Ouvi meu pai entrar na cozinha e me virei para fitá-lo. Sua expressão era de puro divertimento. — Tivemos um furacão e um terremoto no mesmo dia, é isso? — Perguntou, apontando a cozinha.

— Pelo menos sobrou uma panqueca. — Entrei na brincadeira. — Tenho certeza que está gostosa.

Empurrei o prato com a panqueca desmantelada pela mesa, alcancei um garfo e tirei um pedaço levando-o a boca.

— Argh! Isso está horrível! — Fiz uma careta e meu pai caiu em um ataque de risos.

Tudo bem, parece que estava bem claro que eu era um desastre na cozinha. Fazer o que, não é? Não dava pra ser perfeita em tudo...

— Acho que é melhor eu cozinhar de agora em diante. — Meu pai comentou, molhando um pano e passando no meu rosto. Eu assenti enquanto ria.

Meia hora depois eu já tinha arrumado a cozinha e estava saboreando as deliciosas panquecas de Peter Cooper. Graças a Deus que alguém naquela casa sabia cozinhar decentemente.

➷•➷•➷•➷•➷

Saímos pra caçar antes do almoço. Ou melhor, saímos para não caçar, já que matar animais ainda estava totalmente fora de cogitação. Mas finalmente eu aprenderia a atirar e estava muito eufórica sobre isso.

De cara percebi que aquilo não era tão fácil quanto nos filmes, minha mira até que era aceitável, mas o coice que a arma dava, na hora do disparo, atrapalhava muito.

Depois de quase uma hora inteira de prática, usando uma arma com silenciador, para não atrapalhar os outros caçadores da região. Eu finalmente consegui acertar uma sequência inteira de latas.

Esqueci totalmente as instruções de "não fazer barulho" e comecei a pular e gritar em comemoração.

— Chupa essa mundo! Eu sou a Angelina Jolie em "O Procurado"! Eu sou foda pra caralho! — Pulei no meu pai e dei-lhe um beijo estralado na bochecha.

Eu gostava de vê-lo sorrir. Minha mãe nunca ria de nada do que eu fazia, na verdade ela sempre fazia cara feia e achava impróprio. Tudo que eu ganharia, em situações como aquela, seria um sermão sobre as maneiras apropriadas e inapropriadas para uma jovem mulher como eu.

Que se fodessem as boas maneiras. Pau no cu delas. Eu comemoraria sim, gritaria sim, e faria a dancinha da vitória sim, mesmo que ela fosse um tanto ridícula.

Eu não era o tipo que me importava muito com micos e manter poses ou reputações. Eu não era do tipo que me importava e ponto. Na verdade eu oscilava entre momentos de maturidade absurda, para momentos de total falta dela.

E não, eu não era bipolar, bipolaridade é uma doença séria, com a qual eu não fui diagnosticada, mesmo que minha mãe tenha se empenhado muito pra isso. Acho que pra Deborah Spelman era mais aceitável ter uma filha com problemas psicológicos, do que ter uma que era simplesmente... "uma Cooper".

Talvez eu fosse louca mesmo, no sentido coloquial, não no clínico. Mas eu era jovem e o que seria da juventude sem um tanto de loucura, não é?

Foi nesse momento, enquanto eu ainda me gabava, que um esquilo passou correndo praticamente em cima do meu pé e eu levei um baita surto.

— Era só um esquilo. — Meu pai riu, apontando o buraco de uma árvore onde o bichinho havia se escondido.

— Sério? Eu nunca vi um esquilo tão de perto! — Fiquei empolgada.

Após duas ou três instruções de como me aproximar sem ser notada, eu consegui pegar o bichinho, quase no mesmo momento em que alguém saiu do meio das árvores opostas.

— Ah, mas é claro que tinha que ser a dona Bochechas, gritando no meio da floresta e espantando todos os animais! — Daryl Dixon resmungou assim eu me viu.

Olhei pra ele por meio segundo e soube que estava com uma bela ressaca. Eu mesma já tinha ficado daquele modo muitas vezes pra não reconhecer.

— Foi mal, Daryl. Foi minha culpa. — Peter disse, erguendo as mãos.

— Eu acertei cinco tiros de uma vez! — Expliquei animada, apontando as latas com a cabeça, já que com as mãos eu segurava o pequeno esquilinho. — Eu sou uma prodígio!

Daryl me encarou como se eu fosse uma alien tapada, o que não era novidade, afinal ele sempre me encarava daquela forma.

— Esse esquilo é meu! Eu já teria alcançado ele, se você não ficasse berrando. — Ignorou totalmente meu comentário anterior e deu um passo na minha direção, estendendo a mão pra pegar o pequeno de mim. — Ele vai ser meu almoço hoje.

— Nem pensar. — Dei um tapa na mão estendida e aquilo pareceu ter pegado Daryl realmente de surpresa. — Deixa o Tico em paz, ele tem que voltar pro Teco.

— Cooper... — Ele protestou, depois de mais uma daquelas encaradas "você é lesada ou o quê?

Peter estava pronto pra responder, quando eu senti uma fisgada no dedo e soltei um grito. No susto, acabei abrindo as mãos e o esquilo correu pra longe. O danadinho tinha me mordido.

— Você está bem? — Meu pai perguntou, segurando minhas mãos entre as dele e examinando meu dedo. — Podemos ir no médico e ver isso.

— Não é nada. — Olhei a mordida minúscula e levei o dedo a boca para limpar o filete sangue. — Isso foi culpa do Daryl.

Encarei-o e ele apagou aquela expressão de deboche.

— Por um acaso eu te mandei segurar o esquilo, Bochechas?

Resolvi ignorar o apelido ridículo. Quanto mais nervosa eu ficasse, mais Daryl continuaria com ele.

— Não, mas você assustou o coitadinho e ele quis se defender. — Retruquei de cabeça erguida.

Daryl apenas revirou os olhos, como se estivesse cansado demais pra discutir.

— Desculpe por isso, Daryl. Eu te pago pela caça do esquilo, assim seu tempo não vai ter sido perdido. — Meu pai ofereceu, apaziguador.

— Deixa pra lá, Cooper. — Respondeu, se virando pra ir embora.

Reparei em uma arma estranha nas costas dele, um tipo de arco e flecha futurista ou algo assim.

— O que é isso? — Perguntei, com o dedo mordido ainda na boca.

Daryl fingiu que não me ouviu, então meu pai respondeu:

— É uma besta.

— Eu sei que o Daryl é um besta, pai. Estava falando do arco nas costas dele. — Debochei incapaz de perder a piada.

— É bésta, não bêsta! — Daryl corrigiu minha pronuncia irritado.

— É uma Horton Scout HD 125? — Ouvi meu pai indagar interessado e foi como ouvir alguém falar grego. — Você não tinha uma dessas, tinha?

Os dois começaram uma conversa paralela, da qual eu fiquei totalmente de fora, a única coisa que eu entendi é que Daryl tinha ganhado a arma de um tal de Jess, meio-irmão do pai dele.

Me senti excluída enquanto os dois falavam em termos técnicos que eu não entendia, aparentemente Daryl gostava o suficiente daquela coisa pra se empolgar em uma conversa sobre ela e até se esquecer que estava indo embora.

Fiquei observando enquanto Daryl mostrava o quão longe as flechas chegavam, ele acertava o alvo proposto todas às vezes, ficou claro que era um expert naquilo.

Era bem sexy, não dava pra negar.

— Posso tentar? — Perguntei, depois que meu pai testou a tal besta e também acertou todos os alvos.

Os dois trocaram um olhar e Daryl assentiu com uma expressão divertida.

— Quero só ver... — Duvidou, cruzando os braços. — Isso não é pra garotinhas da cidade.

Recebi as instruções diretamente do meu pai, enquanto Daryl observava de longe ainda na mesma pose.

Eu tinha certeza que conseguiria, tinha certeza absoluta. Eu tinha acertado com a arma, quanto mais de dificuldade as flechas podiam apresentar?

Peguei o trambolho, quer dizer, a besta, e me preparei. Aquela coisa era mais pesada do que eu esperava e era muito desengonçada também. Respirei fundo e encontrei o melhor jeito de mirar na latinha que Daryl tinha colocado no lugar. Eu tinha certeza que eu conseguiria.

Mas...

— Caramba! Você é vesga ou o quê, Bochechas? — Daryl debochou grosseiramente, quando a flecha caiu no chão, nem perto da porcaria da lata que estava em um tronco.

Tive que me controlar pra não falar um palavrão ou pra não tentar acertar a próxima flecha nele.

Peter disse alguma coisa sobre a pressão do vento ou sei lá o que, tentando me defender, mas obviamente que o Dixon idiota não deixaria aquilo passar.

— Por que não tenta de novo? — Meu pai incentivou e trocamos um sorriso.

— Pode tentar o quanto quiser, Bochechas. Você nunca vai conseguir.

O Daryl Dixon que debochava era muito mais irritante que o Daryl Dixon que se esquivava de mim a todo momento. Ele ainda devia estar bêbado ou a ressaca estava realmente forte.

O fuzilei por um instante e então tive uma ideia maravilhosa, da qual aquele caipira sexy não gostaria nadinha.

— Então acha mesmo que eu sou incapaz de derrubar a latinha com a flecha? — Perguntei erguendo uma sobrancelha.

— Eu tenho certeza. Sua postura está totalmente errada. Mas pode tentar aí, já perdi meu esquilo mesmo. — Apontou dando de ombros.

— Okay. Então vamos fazer uma aposta. Se eu conseguir, você, Daryl Dixon, vai me levar pra sair na próxima sexta, pra um lugar muito legal, onde eu possa dançar a noite inteira e encher a cara. Finge que não ouviu a última parte, pai. — Olhei pra Peter de relance e ele riu divertido. — O que acha, matador de esquilos indefesos?

Daryl me encarou totalmente incrédulo e sacudiu a cabeça.

— Primeiro: Eu acho que você é louca. Segundo: Por que diabos eu faria a merda de uma aposta com você? Terceiro: Seu pai não ia gostar de você andando comigo por aí. — Apontou e mais uma vez pensei ter visto o menino triste da noite anterior.

Meu pai ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Que isso, vão em frente crianças, apostem aí, divirtam-se! Eu sou só um expectador. — Encostou em uma das árvores. — Além disso, Daryl, eu ensinei a Natalie a atirar, acho que ela consegue se virar. Tenho certeza que você não vai fazer nada estúpido.

Sorri abertamente com a resposta do meu pai e encarei Daryl desafiadora.

— Além do que, é uma via de mão dupla, se eu não conseguir você pode pedir o que você quiser também. — Dei de ombros.

Aquilo pareceu convencê-lo. Daryl se endireitou e pensou por um instante.

— Então se você errar, e eu sei que você vai, eu quero que você pare de me perseguir, de pensar que somos amiguinhos ou de fazer seja lá o que for as doideiras que passam na sua cabeça. Você vai parar de me rodear. — Propôs sério e eu tive que segurar o riso.

— Justo. — Concordei com um aceno e entreguei a besta para o meu pai enquanto pegava o celular no bolso.

Liguei a câmera e Daryl claramente não estava entendendo nada. Comecei a gravar um vídeo:

— Okay. Isso é uma aposta entre mim, Natalie Cooper... — Acenei para a tela. — E o senhor Daryl Dixon... — Apontei a câmera pra ele que bufou, fazendo as caras de sempre. — Peter Cooper vai ser o juiz. Dá tchauzinho, pai.

Meu pai acenou para o celular tentando manter a pose séria, mas eu podia ver que ele devia estar morrendo de rir.

— Pra que essa merda? — Daryl questionou rudemente.

— Isso são provas. — Respondi calma — Então... — Voltei o aparelho pra mim. — A aposta é a seguinte: Eu tenho que derrubar essa lata... — Peguei a lata no chão e a coloquei no tronco novamente. — Com essa flecha. — Recolhi o outro objeto. — Se eu conseguir derrubar a lata com a flecha, o senhor Daryl Dixon vai me levar, nessa sexta, em uma balada maravilhosamente legal, onde eu possa me acabar de dançar e beber muito. Caso eu não consiga derrubar a latinha com a flecha, eu vou parar de tentar ser legal com ele e parar de tentar ser amiga dele. Em resumo, vou simplesmente fingir que ele não existe e ele vai pensar que eu nem vivo mais aqui em Dawsonville. Azar o dele. Fechado, Daryl?

Estendi minha mão direita pra selar a aposta e continuei gravando com a esquerda. Ele olhou de mim para minha palma e revirou os olhos.

— Certo. — Respondeu a contragosto, enquanto era obrigado apertar minha mão.

Era a primeira vez que nos tocávamos e eu não pude deixar se sorrir vitoriosa, enquanto sentia a textura áspera e o aperto firme contra a minha palma.

Se um aperto de mão é assim, imagina só a pegada.... Mordi o lábio inferior e sorri com o pensamento depravado.

Entreguei o celular para o meu pai e ele passou a filmar tudo.

— Vamos começar. — Declarei, preparando a besta.

Senti Daryl me observar e sorri. Peguei a flecha e fiz menção de armá-la, mas ao invés disso, segurei-a na mão e caminhei até a tronco. Com a flecha empurrei a latinha, que sem nenhuma dificuldade rolou pelo chão.

— Tenho certeza que vamos nos divertir muito na sexta, Baby Dix. — Afirmei vitoriosa, com um sorriso sapeca.

— Não me chama assim. Nunca mais. — Rosnou entredentes. — E isso é besteira, você nem disparou a flecha.

— Você me chama de Bochechas eu te chamo de Baby Dix, é muito justo. — Dei de ombros. — E nossa aposta não dizia nada sobre atirar a flecha, só dizia que eu tinha que derrubar a latinha com ela. Você nunca especificou como eu teria que fazer isso. Então eu fiz do meu jeito...

Daryl começou a andar de um lado para o outro totalmente frustrado.

— Isso é trapaça! — Apontou com raiva.

— Isso se chama usar as palavras da forma correta. Mas caso ainda esteja com dúvidas, você pode ver o vídeo. — Respondi muito calma.

Percebi que meu pai praticamente se retorcia pra não rir e pisquei pra ele.

— Ela está certa, Daryl. Está tudo aqui, ela falou mil vezes "derrubar a latinha com essa flecha". Acho que você perdeu essa, cara...

Daryl soltou um palavrão qualquer, que eu não fui capaz de entender. Depois apenas arrancou a besta da minhas mão e a pendurou nas costas.

— Você é uma patricinha trapaceira! Espero que você aproveite sua vitória roubada, porque isso é primeira e última coisa que você vai conseguir de mim. — Ele praticamente cuspiu. Sua frustração era tanta, que eu pude senti-la na minha própria pele. — Sua filha é um demônio, espero que saiba disso, Cooper.

Se virou, caminhando para o mesmo lugar do qual viera.

— Esteja pronto pra se divertir na sexta, Baby Dix. — Cantarolei, enquanto ele se afastava batendo os pés.

Me virei e meu pai me encarava negando com a cabeça.

— Natalie Cooper, você não presta. Que orgulho! Igualzinha a mim. — Riu, se aproximando e beijando minha testa. — Vamos, essa sua façanha merece comemoração.

E aquele foi outro dos momentos que eu percebi o quanto meu pai era maravilhoso. Minha mãe teria condenado aquilo até o último dia da minha existência.

Era tudo novo e incrível.

Quando a noite caiu, e eu finalmente fui me deitar, depois de um dia todo jogando sinuca com meu pai e recebendo umas aulas de direção, eu estava totalmente feliz.

Peguei o diário que estava no chão e rabisquei as primeiras coisas que vieram na minha mente:

"A felicidade é fogo.
Ela pode ser fugaz
como a chama de um fósforo,
constante como brasas de carvão
ou intensa e destruidora
como labaredas de uma explosão.
Eu sou faísca,
já coloquei foco em muitos fósforos,
essa chama acabou facilmente com a brisa.
Eu sou faísca,
descobri que meu pai é carvão
espero que as brasas da nossa felicidade
durem para sempre. 
Eu sou faísca,
Daryl Dixon é gasolina,
desconfio que a explosão causada
pelo nosso atrito vai gerar
as maiores labaredas
que o mundo já viu..."

 


Notas Finais


Como conquistar o Crush, por Natalie Cooper (part 2):
5 - Arranje um apelido fofo e constrangedor.
6 - Engane ele
7- Obrigue-o a te levar pra sair.
kkkkkkkkkkkkk eu não aguento essa menina.

A história da besta do Daryl, e a marca dela, são verídicas, isso e contado no jogo "Survival Instint"

Eu gosto de como a Natalie oscila entre o madura e imatura, acho que faz parte da idade que ela tem e do que ela é. O legal aqui é justamente isso, não tem APZ tão cedo, então ela não é forçada a amadurecer (Como a Char, de uma outra fic, pra quem não sabe)
Já o Daryl, mesmo com 22, foi obrigado a amadurecer por causa de certas coisas.

Espero que tenham gostado.
Se quiserem deixar comentários falando o que acharam eu vou amar ler e responder todos eles s2

Bjss e até o próximo.


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