História Liga Da Justiça- Início - A Tropa Dos Lanternas Verdes- Epílogo

Um ano depois no planeta Ysmault, o céu  estava coberto por densas nuvens que tanto durante o dia quanto a noite escondia a luz que vinha do sol do seu sistema. Era considerado um dos planetas mais frios de todo o universo. Raios eram constantes e na maioria das regiões no planeta aconteciam tempestades de neve. Era considerado o planeta proibido, pois ficava entre o limite dessa dimensão e da outra. Muitos criminosos enviados para a zona fantasma, tentavam escapar por esse planeta. Mas não só criminosos, mas também seres inferiores e entidades como demoníacas. Existiam algumas bases espalhadas em várias regiões onde ficavam vigias fortemente armados. A maioria deles eram guerreiros muito habilidosos que foram condenados ou desertaram de suas corporações e exércitos. Traidores, assassinos, monstros de todas as espécies que cumpriam sua pena arriscando suas vidas, vigiando cada região desse planeta com a esperança de talvez sobreviver e saírem livres do planeta proibido. 

Dois vigias faziam suas rondas em uma das regiões mais afastadas do planeta Ysmault. Os dois eram humanoides. Um deles era um humanoide chamado Tumbro do planeta Khundia e o outro era do planeta Nyberg e se chamava Ambri.

-Não dormi nada na outra noite. Odeio esse lugar. - lamentava Tumbro.

-Você não viu nada ainda. Está aqui apenas a dois dias. Eu estou três semanas. Isso é o inferno. - disse Ambri pegando uma lança e colocando na bolsa e depois recarregou sua arma. O vento soprava forte e não se ouvia nada a não ser o forte zumbido do vento e o barulho das folhas se agitando nas árvores onde a maioria estavam mortas e cobertas pela neve.

-É a primeira vez que sai em uma ronda aqui? É muito perigosa essa região?

-Aqui não é um dos melhores lugares para se estar. Falam de muitas coisas nesse planeta. Muita gente não dura muito pra falar. - disse Ambri para Tumbro.

Os dois seguiam pela floresta escura e a neve só aumentava e a escuridão era muito densa. Os dois usavam tochas para iluminar o caminho. Diante deles estavam uma passagem estreita entre as árvores. Eles seguiram pelo caminho até dar de cara com um estranho círculo no chão.

-Mas o que é isso? - perguntava Ambri.

Os dois olhavam para um círculo negro no chão com um triangulo de ponta cabeça e na outra parte a metade de um círculo dividido em cinco partes. Esse círculo tinha trinta metros de diâmetros.

-Quem será que fez isso aí?- perguntou Tumbro.

-Nem quero saber. Vamos embora daqui. - disse Ambri saindo e apontando sua tocha para outra direção.

Os dois andaram mais alguns metros até chegar em um campo mais aberto e a alguns metros na frente entraram em uma floresta com árvores altas.

-Você já encontrou algum Lanterna Vermelho por aqui? - perguntou Tumbro.

-Até agora não. Mas se encontrar corra o mais rápido que puder. - disse Ambro. - Dizem que eles atacam mais ao sul. Devem ter alguma base escondida por aqui.

-E se eles atacarem nossa base. Nós teríamos chances contra eles?

-Existem mais ou menos mil vigias com as armas mais modernas da Galáxia. Podemos parar qualquer coisa na base. Esse planeta tem a sua órbita completamente vigiada. Nada sai daqui. É por isso que estamos aqui. - disse Ambri rindo e apontando sua arma depois de ouvir alguma coisa.

-Não é nada. - disse Ambri.

-Sabe, já ouvi falar de muitas histórias. Dizem que estás florestas são assombradas por seres mortos que escapam da zona fantasma. Dizem que alguns que escapam da zona fantasma depois de ficar muito tempo presos lá, voltam como mortos.

-São apenas lendas. - disse Ambri rindo de Tumbro.

Ouviram outro barulho no meio da mata como se rodeasse os dois.

-Deve ser algum animal.

-Não sei Tumbro, quase não existem animais nesse planeta esquecido pelo criador.

Mas um barulho começava a rodear os dois. Os dois estavam com as armas prontas.

-Deve ser algum fugitivo da zona fantasma. Melhor sair daí ou vai levar tiro seu fugitivo de merda. -dizia isso quando do outro lado alguma coisa salta em Tumbro o agarrando e puxando paro a mata. Apenas se escutou gritos que se calaram rapidamente e Ambri ficava olhando de um lado para o outro apontando sua arma em várias direções.

-Droga Tumbro, responda, onde você está? - gritava Ambri.

De repente Ambri ouviu barulhos como se alguém estivesse comendo e então passos de todas as direções começaram a ser ouvidos por ele. Ambri correu sem nem olhar para trás.

Ambri corria o máximo que podia e quando olhou atrás dele, viu que alguma coisa o perseguia. Ele deu a volta e depois de alguns minutos viu algumas pegadas na neve, então segue correndo e procura encontrar o caminho de volta para a base. Ambri senta atrás de uma árvore depois de ficar cansado. Ele respira com dificuldade e apoia sua cabeça em sua arma com os olhos fechados até que percebe um barulho a sua volta e vê um ser estranho parado e olhando a sua volta movendo sua cabeça rapidamente. Parecia que tentava farejar algo. Ambri prepara sua arma e prende sua respiração.

Ele preparava-se para atacar a criatura quando viu outras se aproximando e então recuou. Eram várias e todas estavam desfiguradas. Ambri já tinha visto algumas coisas parecidas com essas, mas nunca tantas e agora ele estava sozinho. Então tentou ir para outra árvore próxima, mas acabou escorregando na neve e caiu chamando a atenção do grupo de criaturas que correu em sua direção.

Ambri se levanta e atira acertando em um deles que cai e depois mira nos outros. Sua arma é potente o suficiente para derrubar as criaturas, mas elas acabam se levantando e continuam correndo atrás dele. Ambri então corre desesperadamente.

Ele entre as árvores escorregando e passando por baixo de galhos até que dá de cara com outra horda ainda maior, então ele mergulha em um lago e tenta fugir das dezenas de criaturas que o perseguia. Ambri nada até o outro lado e quando saiu, vê algumas criaturas nadando e indo atrás dele. Ambri quase sem forças tenta correr tropeçando e caindo em um buraco. Ambri olha pra cima e vê uma figura olhando pra ele e estendendo a mão.

-Venha logo, não temos tempo. - disse a figura.

Ambri deu a mão e seguia seu salvador que entrava pela floresta e depois de passar por algumas passagens, entraram em uma caverna que tinha a entrada coberta por árvores. Depois de entrarem, Ambri ficou atrás da figura que ficava olhando as dezenas de criaturas passarem correndo em outra direção.

-Obrigado por salvar minha vida. - dizia Ambri quase sem voz depois de correr tanto. A figura estava coberta por um agasalho e um capuz. - Você é um vigia também?

-Não sou vigia, mas já fui. - dizia a misteriosa figura tirando capuz. Então Ambri viu que seu salvador na verdade era uma salvadora. Seus cabelos ruivos se soltavam depois de tirar o capuz e uma cicatriz podia se ver em seu rosto.

Ambri começou a sentir um medo imenso, pois imaginou que estaria nas mãos de um criminoso e desertor pois como ela disse, já tinha sido uma vigia. E vigias não eram bem vistos por criminosos.

-Não tenha medo, o perigo está lá fora. - disse a mulher indo para o interior da caverna.

-Por que me salvou e quem é você? - perguntou Ambri.

-Eu te salvei porque seria mais um para aumentar o exército deles assim como seu amigo. Eu não sou ninguém. Apenas alguém que busca vingança, mas antes preciso sair desse inferno. - disse a mulher.

Ambri pensou em seu colega que já era e olhou para aquela mulher e começou a reconhecer.

-Droga, não é possível, eu te conheço. Você é a Laira. - dizia Ambri com espanto. - Achei que estivesse morta.

-Não posso morrer enquanto não cumprir uma promessa e ninguém vai me atrapalhar e muito menos você. - disse a mulher indo pra cima de Ambri encostando uma faca em seu pescoço.

-Você não precisa se preocupar comigo. Apenas quero continuar vivo.

De repente lá fora, um forte vento soprava e uma nevasca se formava.

-Está ouvindo, eles estão vindo, melhor me seguir antes que eles apareçam. - disse Laira mostrando certa tensão.

-De quem você está falando?- perguntou Ambri.

-Os Lanternas Negros.- disse Laira indo até o interior da caverna enquanto Ambri olhou para trás e apenas viu a neve aumentando e junto com ela, a escuridão tomava conta da floresta. Ambri se assustou e correu atrás de Laira e os dois desapareceram no interior da caverna.

Enquanto lá fora, dezenas de criaturas mortas caminhavam lentamente e atrás delas, vinham caminhando lentamente três seres sombrios com mais de dois metros de altura, com olhos brancos como a neve e seus corpos estavam envolvidos por sombras negras. Eles caminhavam entre a horda de mortos e cada um dos três tinham um anel que emanava uma energia sombria e um vento forte e gélido soprava trazendo junto com eles uma energia estranha e diferente do poder da luz das tropas. Era as trevas na sua origem e em sua mais pura forma e por onde passavam, trazia junto com eles a morte.