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História Ligações Perigosas - Cold


Escrita por: LadyLunaRiddle

Notas do Autor


Hello pessoinhas, eis-me aqui depois de um tempão.
Me perdoem mas a inspiração, faculdade, inspiração, provas, inspiração e vida pessoal eoe, inspiração...atrapalharam vir escrever e postar o cap.
Espero que gostem!

Capítulo 12 - Cold


Fanfic / Fanfiction Ligações Perigosas - Cold

"Como posso dizer isso sem quebrar

Como posso dizer isso sem assumir

Como posso colocá-la em palavras

Quando é quase demais para a minha alma sozinha"

Música: Hurts like Hell- Fleurie

Frio, era um sentimento muito recorrente nos últimos tempos, isto quando se referia ao que ela podia sentir, não só a nível físico, como interior.

Mexendo no veludo das cortinas das janelas do seu quarto, abrira vendo os jardins que ela um dia tanto gostara, ali impávidos e serenos, bem cuidados como sempre, como se alguém tivesse se encarregado disso, o vermelho, rosa e branco abundava naquele jardim e resplandecia em suas cores, sob o orvalho que lhe cobria as pétalas, com o Sol que nascia preguiçoso no horizonte.

Mas, ela não conseguia apreciar devidamente aquele espectáculo, na realidade tudo parecia cinza e preto na realidade.

Astoria sentia que sua vida estava estagnada no tempo, como se ela estivesse fora do que sucedia, tudo acontecia num redemoinho e rápido demais á sua volta.

Meses haviam passado desde que sua vida tinha começado a ser desse jeito, tudo acontecia de forma normal, monótona e sem vida pelo menos no seu ver, enquanto que todo o mundo á sua volta, vivia em alegria e harmonia, na época que podia se intitular de ouro para a Noruega, tudo corria de feição aquelas terras cobertas de longas montanhas que não se via o fim.

Ela não conseguia achar graça ao que sucedia a sua volta, sentia-se em baixo e tinha plena consciência disso, mas o sentimento que mais demarcava sem dúvida era a raiva flamejante de ter deixado que isso acontecesse com ela e pior ainda, por ter permitido ser-se idiota.

Ela sabia de tantas conhecidas suas, outras rainhas e princesas pelo Mundo, que nenhum casamento aristocrático ou da realeza podia ser igual a um conto de fadas como os que sua mãe contava á ela ,em pequena.

Mas tola e burra, preferira deixar-se acreditar no que ele lhe dizia, no modo como levou acreditar que podia ser diferente, no modo como a seduziu. Burra, mil vezes burra, Astoria Greengrass …Malfoy, mas ainda assim, não podia sair e evadir-se dele, eram casados para toda uma vida.

Sabia e sentia a presença dele a toda hora, a suas costas, sabia que ele a observava de longe, ela não lhe permitia aproximar mais do que necessário, não podia conceber ele próximo demais, era muito, era demasiado…já bastava o que sofria, não queria olhar o sofrimento que lhe infligira, ela sabia que ele estava sofrendo, não era burra, mas ainda não estava compassiva o suficiente como para se permitir ter alguma dose de pena, simplesmente ele buscara o que estava colhendo.

Todo o Mundo na Corte, sabia da situação dos seus soberanos, mais rápido do que cochicho entre os aristocratas, é os cochichos entre os criados, sabia que não partilhavam cama e evitavam ao máximo encontrar-se, sem contar que muito culpavam a sua ex-dama de companhia Hermione Weasley, a discussão nos aposentos a meses atrás, os criados ouviam ouvido tudo, contando entre si, que por sua vez contaram a suas damas e Lady’s e isso acabara-se espalhando em menos de um dia.

Se a sua vida estava ruim, imagine-se como não estaria a dela, mas por mais que tentasse sentir alguma pena, novamente não conseguia, com alguma angústia, ela sabia reconhecer que endurecera o seu coração de uma forma que não sabia se iria recuperar um dia.

Se não tivessem sabido da sua gravidez, muito provavelmente estariam preocupados com a descendência dos Malfoy , nenhum deles desejava um bastardo no trono e muitos nobres e aliados de Draco, começaria a duvidar da própria força do seu governo, coisa que ela sabia que contava imenso até para a sua protecção e aliança para derrubar Tom do seu trono e proteger também seu povo.

Muito dependia dela e isso pesava ainda mais na sensação de estagnamento e tristeza que lhe assolara com força, ela simplesmente não podia remoer seu sofrimento em paz, tudo exigia que ela continuasse aparentando força no que ela sabia que bem no seu fundo, estava bem minguado.

Mas algo como um pequeno movimento em seu ventre, lhe fez ter um sorriso involuntário, ao menos alguma boa coisa em maré de tanta coisa triste em seu caminho, seu filho crescia bem e segundo o curandeiro, iria ser incrivelmente forte e saudável, que era o ela mais desejava. Esse bebé a fazia não perder a fé e ceder ao lado melancólico, era uma força por si só.

Alisara a sua barriga sob sua camisola branca, voltando a olhar da janela dos seus aposentos, um toque na porta despertara-a de seus devaneios, voltara o olhar para a porta, sem precisar na realidade disso para saber que quem tocava a porta naquela hora da manhã, era Pansy com seu café da manhã.

—Bom dia, Pansy…

Esta olhara dando um longo sorriso, vendo-a ali perto da janela.

—Hoje, acordou cedo, Tory…

—Verdade…não tenho muito sono, só fome mesmo…

—Esse bebé gosta de comer…

Astoria dera um sorriso mais cheio e mais animado, assentindo e voltando a alisar seu ventre levemente avolumado.

—Ama, perderei a forma…

Pansy rira-se com que ela havia dito, pousando a bandeja na sala onde ela recebia as visitas, algo que a surpreendeu, fazendo arquejar a sobrancelha.

—Espero alguém hoje de manhã?

—Sim, Tory…você disse á uma semana que hoje tinha o café da manhã com o Lord Rabastan Lestrange…

Ela limitara-se a assentir, havia esquecido complemente, esse era alguém que havia-se esforçado muito para fazer-se presente em sua vida, na realidade. Ela podia desconfiar do que poderia ser, mas nunca fora do género covarde, se ele queria de alguma forma, matá-la sob as ordens do seu soberano, ela lembrara-lhe-ia o que havia acontecido com o último que tentara.

E de qualquer forma, os amigos perto mas os inimigos mais perto ainda.

—É verdade, tinha esquecido…

Pansy limitara-se a assentir, mas Astoria via que ela estava meio irrequieta, mexendo compulsivamente as mãos, isso era sinal que ela queria falar alguma coisa, mas tinha certeza que ela não iria gostar.

—Diga, que foi Pansy?

—Mas, eu não disse nada…

—Esta mexendo as mãos freneticamente…

—Eu…hm…hoje eu queria ir no povoado…e…

Isso fizera remexer-se desconfortavelmente no seu assento, no povoado, não era só ir no povoado, porque lá em um pequeno Chateau, vivia Hermione, Draco fizera questão que ela não ficasse no Castelo, muito em conta, ela achava que era para ela não sentir-se tão mal com os cochichos que circulavam sobre ela, que não eram nada amistosos, sem contar que muitos nobres haviam-lhe voltado costas, ela vivia um pequeno Inferno, nada mais do que justo, na sua opinião, já que ela vivia o seu próprio.

Mas, Pansy era tanto amiga de infância sua, como de Hermione, não era justo com ela, proibir de se verem, não era assim tao cruel.

—Pode ir…eu sei onde você quer ir…

Pansy olhara para ela, com um olhar meio triste, que ela preferira olhar para o lado e não afrontar o que aquele olhar queria dizer, era saudades de um tempo que não voltaria, ela não perdoaria Hermione e sabia bem demais, que esta nunca se perdoaria.

Decidira-se, a ver as roupas que estavam sob a cama, vendo entrar a sua camareira com o vestido que iria vestir naquele dia.

—Voltarei antes do anoitecer…

—Está bom…até logo.

Pansy dera um leve assentimento de cabeça, saindo em seguida, enquanto ela encaminhava-se para perto da camareira que lhe ajudaria a vestir.

Passando uma boa meia hora, encontrava-se devidamente vestida e ainda faltava o resto, sua camareira tratava do cabelo e ainda faltava a maquilhagem.

Suspirara com algo de fome, ela queria mesmo comer e seu bebé concordava com ela, já que chutava sem fim, ao que ela sorria meio boba para o ventre, era um movimento tão bom.

Mas os movimentos em seu cabelo cessaram, até que olhou no chão, vendo uma vénia bem pronunciada de sua camareira, algo de tensão tomara conta de seu rosto, fazendo sumir o sorriso que antes exibia, sabendo que aquilo só acontecia na presença de uma pessoa.

Draco encontrava-se na porta, olhando-a . Que ele faria ali e com aquela expressão séria e ultrajada?

Algo lhe dizia que seu dia não iria começar bem.

 


Notas Finais




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