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História Ligações Perigosas - 3. Lembranças


Escrita por: nialltransudoo

Notas do Autor


Estou de volta! Vim com mais um capítulo fresquinho para vocês!
Espero que gostem, desculpem qualquer erro ortográfico e boa leitura! <3

Capítulo 4 - 3. Lembranças


Fanfic / Fanfiction Ligações Perigosas - 3. Lembranças

- Jenna acorda! Acorda logo! – Ouvi a voz de Harry me despertando. – Pega suas coisas, rápido!

- O que está acontecendo? – Vou me levantando aos poucos e vejo ele andando de um lado para o outro arrumando as coisas. Ainda bem que não temos muitas coisas.

-Depois eu te explico tudo, só me obedeça! – Esse jeito mandão dele me dá raiva, mas resolvi obedecer, porque realmente parece urgente. Em menos de 2 minutos eu já peguei todas as minhas coisas e ele as dele. – Jenna, vamos pelas escadas de incêndio, não quero que ninguém nos veja.

Eu concordei com a cabeça indo logo atrás dele. Descemos o mais rápido possível até chegarmos no carro. Quando entramos ele pediu para que eu abaixasse a cabeça e foi o que eu fiz, estava com medo de todo esse alvoroço. Depois de uns cinco minutos eu levanto olhando para a estrada.

- O que foi que aconteceu? De quem a gente estava fugindo Harry?! – Perguntei quase gritando.

- Calminha aí, okay?  - Ele olhou sério para mim, acho que realmente gritei. – Eu vi dois carros chegando praticamente iguais aos da noite na sua casa, homens desceram e todos usavam terno preto e óculos escuros, achei muito suspeito e estranho. Por isso saímos às pressas, tenho quase certeza de que estavam atrás de você.

- Mas por que estariam atrás de mim? O que eu fiz? Já não basta tudo que aconteceu comigo.

- Olha Jenna, eu também queria entender o mais os motivos por estarem atrás de você, mas não sei! – Ele continuava sério e olhando para a estrada.

- Como não sabe? Você simplesmente cai do céu para me salvar e não sabe de nada?  - Digo alterando o tom da minha voz de novo.

- Está achando ruim eu ter te salvado é? Se você quiser te largo agora mesmo na beira da estrada para morrer sozinha.

Confesso que fiquei surpresa com o modo que ele falou, como se minha vida não valesse nada para ele. Não entendo quem ele é e porquê está me ajudando ele nem sequer gosta de mim. Ficamos em silêncio por um tempo. Até eu não me aguentar e fazer mais perguntas.

- Quem eram aqueles caras Harry? Eu preciso saber. – Ele continua concentrado na estrada e finge não me ouvir. – Será que dá para você me responder pelo menos alguma coisa? Ou você está ficando surdo?

- E será que dá para você calar a matraca um pouco? E que tal guardar suas perguntas para outra hora.

- Idiota! – Grito bem perto do ouvido dele só para deixa-lo com mais raiva. Mas ele só me ignora de novo. – Como você consegue ser tão chato hein?

Ele continuou me ignorando, às vezes eu via ele me olhando de rabo de olho, mas a cara de grosso, chato e idiota ainda continuava. Não fazia ideia para onde ele estava me levando, mas não quis perguntar, sabia que não ia me responder mesmo. Depois de uns 30 minutos, entramos em uma rua um pouco esburacada, como se estivesse abandonada. Andamos nela por uns 5 minutos até chegar em um portão alto de grades velhas e enferrujadas. Olhando ao redor só tinha mato e árvores, parece que estávamos no meio do nada. Por incrível que pareça os portões se abriram com um controle remoto. Entrando no quintal percebi que a casa era toda murada. Ao contrário do portão, a casa estava bem conservada, não era uma casa enorme apenas um andar, mas grande o suficiente para viver uma família. A grama ao redor da casa estava desgastada, dentro do quintal havia apenas uma árvore com um balanço, muito estranho ter um balanço, será que tem alguma criança aqui?

- Que lugar é esse? – Perguntei ainda fascinada e observando cada detalhe do que via.

- Minha casa. Meu esconderijo. – Ele respondeu parando o carro e em seguida desceu indo em direção a porta de entrada que era de madeira. Também desci do carro e o segui. Quando entramos nos deparamos com a sala e a cozinha divididas por um balcão. Harry me mostra o quarto onde vou dormir, é pequeno, mas aconchegante. Mais no final do corredor tem três portas, um banheiro, um escritório e o quarto do Harry, que é o único lugar que ele não me mostra. Harry adora um mistério, já era de se esperar.

- Você mora sozinho? – Perguntei pra ele.

- Moro. – Ele disse se sentando no sofá cinza da sala.

- É que está tudo tão arrumado, tudo limpinho...

- E o qual o problema? Não acredita que eu saiba limpar uma casa? – Ele disse dando uma risada. - Senta aí. Vou ditar umas pequenas regras para que tenhamos uma boa convivência nesta casa, o que eu acho bem difícil. Primeiro não saia da casa sem minha permissão.

- Mas porquê? Isso aqui é um cativeiro por acaso? – Falei revirando os olhos.

- Simplesmente siga a regra e não saia de casa, a não ser que eu vá com você. Segundo, não entre no meu quarto em hipótese alguma.

- O que tem lá dentro de tão misterioso?

- Nada que seja da sua conta. Terceiro, se quiser ligar para alguém você fala comigo porque meu celular é bloqueado para não conseguirem rastrear onde estamos. Quarta e última regra, não fale e nem traga ninguém para cá. Esse lugar é secreto e não quero estranhos na minha casa. Entendeu tudo direitinho Jenna? – Ele finalmente termina o falatório.

- Entendi Harry, isso tudo é muito chato, será que dá para você me explicar o que está acontecendo? Porque até agora você não responde as minhas perguntas?

- Estou cansado, outra hora a gente conversa. Já falei demais.  – Ele se levanta e vai para o quarto dele na maior cara de pau, como se a vida estivesse às mil maravilhas. Que raiva de garoto!

Depois de comer um sanduíche vou para o quarto, ainda não consigo chamar de “meu” quarto, ainda não me acostumei a tudo isso. Saber que vou ficar aqui sob os olhos desse idiota é horrível. Não poder fazer nada é sufocante. Eu quero minha vida de volta, quero minha casa, meu quarto, minha liberdade e quero mais que tudo meus pais! Meu peito ainda dói ao lembrar deles, não consigo segurar as lágrimas que escorrem devagar pelo meu rosto, é uma dor tão grande, estou despedaçada e não sei se algum dia terei como juntar os cacos de novo. Ver eles morrerem na minha frente e não poder fazer nada é a pior sensação do mundo. Me lembro da mochila que meu pai deixou para mim. Resolvo ver o que tem dentro, não tive tempo antes, foi tudo muito rápido.

Além das roupas que tinha dentro da bolsa e do envelope, que inclusive eu ainda não abri, tinha uma sacola de plástico bem grosa e cinza, dentro dela tinha uma arma dourada muito linda, não consegui conter o sorriso que se formava em meu rosto, aposto que essa arma era do meu pai e ele me deu. Dentro da sacola tinha um bilhete dizendo para eu sempre andar com essa arma e cuidar muito bem dela, pois era um presente muito especial. O último presente que me meu pai me deu e eu amei.

Um envelope marrom também estava dentro da mochila, dentro dele tinha uma cópia de uma certidão de nascimento, a minha certidão de nascimento com meu nome completo, o verdadeiro nome. “Jenna Wate Miller” e outros dados meus, como data de nascimento, peso e o nome dos meus verdadeiros pais: “Marie Kate Wate e Pai desconhecido”, pelo jeito meu pai não me registrou. O que será que tem por trás do meu nascimento? Uma coisa interessante é que o local de nascimento é em Amsterdã, na Holanda. Eu não nasci na Inglaterra e sim na Holanda, porquê? Mais uma pergunta para minha lista.

Dentro da mochila tinha uma caixinha preta. Peguei a caixa devagar, essas coisas eram tudo que eu tinha dos meus pais. Dentro dela tinha algumas fotos, a primeira era uma minha bem pequenininha no colo da minha mãe, no verso da foto estava escrito “5 anos, o dia em que você chegou. ” Meu coração acelerou e uma saudade tão grande tomou conta de mim. Minha mãe, tão linda com seus cabelos loiros caindo sob os olhos, eu conseguia ver sua ternura e seu amor por mim, ela me amava mesmo eu não sendo sua filha de sangue, ela me amava e morreu por mim. Em outra foto eu já estava maior, meu cabelo estava com duas trancinhas e meu pai me segurava em cima do seu ombro. Tinha mais umas três fotos da minha família, uma na viajem, uma no circo e uma comigo treinando com meu pai. Por fim, uma foto bem antiga preta e branca mostrava um rosto que me parecia familiar, mas não fazia ideia de quem era, seus olhos eram escuros e seus cabelos batiam no ombro. Ela tinha um sorriso lindo no rosto e estava ao lado direito da minha mãe. Uma outra garota estava à esquerda dela, tinha cabelos ondulados enormes, olhos claros e era muito linda. No verso da foto estava escrito:     “ 16 anos. Giselle, Eu e Kate. ” Era ela, de cabelo curto, a Kate, a minha mãe biológica! No fundo da caixinha tinha uma pulseira de ouro bem pequena e delicada com uma pérola linda, era tão pequena que devia ter sido de um bebê e eu sei que esse bebê só podia ser eu.

Não sei bem o porquê, mas ver a foto da minha mãe biológica e dessa pulseirinha me deixou muito abalada, saber que ela pode estar por aí em algum lugar me deixa desnorteada, sem saber o que fazer. Eu sei que meus pais pediram para eu ir atrás dela, mas será que devo mesmo ir? Ela me deixou uma vez pode muito bem me abandonar de novo. E vai saber se ela ainda lembra de mim? Será que ela ainda se importa comigo? Eu não sei o que fazer. Eu estou com medo, medo de tudo isso que aconteceu e medo do que ainda pode acontecer.


Notas Finais


Quantas emoções para Jenna, mds!
E ai? O que acharam do capítulo?
Espero que tenham gostado muito.
Obrigada pela leitura e até o próximo capítulo!

Beijos de Luz! :*


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