História Ligeiramente Grávidos - Capítulo 29

O ômega ficava cada vez mais vermelho e já sentia o suor escorrendo por sua têmpora. Mesmo com todo mundo olhando para si preocupado e o fato de estar pensando nas coisas mais broxantes possíveis, não tinham feito a maldita da ereção se desfazer. 

Chanyeol sentiu um insight e pareceu entender o que acontecia. O ômega cruzava as pernas fortemente e se remexia incomodado, o que fez com que sua suspeita aumentasse. 

— Por que vocês não vão na frente e daqui um pouquinho a gente vai também? — Sugeriu e sorriu amarelo, escorando-se na perna do ômega sorrateiramente, colocando seu braço na frente do ventre do mesmo. 

Os olhos dos rapazes se estreitaram com o modo suspeito como os dois estavam agindo. 

— É que ele ainda não acabou a massagem sabe. E tava tão bom... — O ômega sorriu nervoso e quase gemeu quando o antebraço de Chanyeol resvalou em seu membro. 

— A gente pode esperar. — Chen voltou a se acomodar.

— Não! — Kyungsoo disse alto demais, assustando os meninos, que olharam para ele confusos.

— Tem certeza que está bem? — Kris perguntou com a sobrancelha arqueada, revezando seu olhar entre os dois. . 

— Claro, claro. Ótimo. — O Do sorriu meio quadrado, rezando por dentro para que eles fossem embora depressa. 

— Só vamos logo pra esses dois estranhos fazerem o que quer que seja. — Tao girou os olhos e saiu da água. 

Kyungsoo nunca pensou que ficaria tão feliz por alguma frase que fosse dita pelo Huang.

Baek e Sehun olharam desconfiados para os dois e depois encararam o alfa, como se pudessem ver todas as segundas e terceiras intenções do mesmo. 

Kai deu de ombro e levantou-se timidamente, tentando se esconder atrás de Xiumin, que se abaixou e sussurrou algo no ouvido de Kyung, fazendo com que o mesmo arfasse e levasse a mão até a boca. Foram em direção à sauna fria, olhando para trás de maneira furtiva, tentando entender o que aqueles dois estavam aprontando. Quando finalmente sumiram de vista, Kyungsoo suspirou aliviado, passando a toalha pelo rosto para secar o suor. 

— Obrigado. — Disse baixinho, evitando olhar para o mais velho. 

— Como vamos, hm, lidar com isso?

— Esperar e ver se passa? — Perguntou incerto. 

— Imagine o Yifan de calcinha e sutiã. — Disse brincalhão, fazendo o ômega rir alto e um senhor olhar bravo em direção aos dois. 

— Não adianta. Eu já tentei me focar em outras coisas, mas fica cada vez pior. 

— É porque você está muito focado nisso. Sem falar que a água quente piora a situação. 

— E o cheiro... — Kyungsoo deixou escapar. 

— Hm?

— O cheiro de vocês. — O ômega suspirou e escondeu o rosto entre as mãos. — Pelo menos os outros foram embora, mas você está colado em mim... 

A ficha do alfa pareceu cair e ele automaticamente se afastou um pouco. A água quente tinha ativado a circulação deles, tornando o cheiro mais forte e sufocante para o ômega. 

— Se quiser posso te deixar sozinho. 

— Se você for, os meninos vão vir atrás de mim.

— Vamos fazer da maneira tradicional então. — Sorriu de lado, fazendo o ômega se arrepiar e sua ereção repuxar. 

Maldito!

— E como é que eu vou sair daqui? — Perguntou entredentes. 

— Enrola a toalha e põe na frente. É só você vir atrás de mim. Tem uma ala de banheiros logo ali. — Apontou para a direita. 

— E se alguém ver?

— São todos homens, Soo. Eles entendem muito bem como nossos pênis têm vida própria. — Acariciou o rosto vermelho e sorriu, tentando tranquilizá-lo.

Kyung concordou e se levantou de costas, embolando a toalha rapidamente e colocando em frente a sua ereção assim que saiu de dentro d'água. Viu o alfa se levantar e esperar que ele fosse até ele, segurando em sua cintura e juntando seu corpo ao dele. Andaram de uma maneira estranha até o banheiro, já que a ereção do ômega estava dolorida e se resvalava contra a toalha e contra a perna de Chanyeol, fazendo-o apertar a cintura do maior com mais força. 

Suspirou ao chegar até o seu destino e deu graças aos céus por não ter ninguém no banheiro. Ouviu Chanyeol trancando a porta e tirou a toalha, olhando para baixo e suspirando resignado. Como é que aquela merda de pau não tinha amolecido depois de tanta vergonha e dor era um mistério. Mas ele continuava lá, duríssimo, e não parecia que ia desistir tão cedo. 

— Quer ajuda? — Chanyeol deu um sorrisinho malicioso, passando a língua pelos lábios enquanto encarava o corpo do ômega descaradamente. 

Kyungsoo olhou para baixo e maneou a cabeça em um sinal afirmativo, sentindo o alfa puxá-lo para ele de uma vez, grudando as bocas em um beijo intenso. Suspirou alto quando as mãos do mais velho deslizaram por suas costas e pararam em sua cintura, segurando-o com firmeza e o puxando para seu colo. Sugou sua língua vagarosamente e ouviu-o arfar entre o beijo, apertando suas coxas com vontade. 

Foi colocado na pia, com o alfa entre suas pernas, e logo seu pescoço foi atacado pela boca do mesmo, que beijava e lambia a pele macia e cheirosa com devoção, arrancando gemidos baixinhos e ofegos do ômega, que apertou o mármore com força ao sentir os dedos se fechando em torno de sua ereção, deslizando-se sobre ela em um ritmo lento. 

Embrenhou suas mãos nos cabelos platinados e puxou o alfa para outro beijo, deixando que seus gemidos se perdessem entre os lábios macios do mais alto, que sugavam os seus com tanta avidez. Gemeu mais alto quando o dedão deslizou sobre sua glande, espalhando seu pré-gozo pela área sensível. 

Chanyeol, que já estava ficando excitado com o cheiro de excitação que o moreno emanava e com os gemidos manhosos que se desprendiam daqueles lábios cheios e gostosos, juntou seu falo ao do mais novo, usando sua mão para estimulá-los juntos.  Kyungsoo se afastou um pouco do alfa para poder olhar para baixo, vendo seu pênis indo de encontro ao do maior, que ficava mais duro e maior a cada vez que a mão deslizava sobre ele. Sentia o calor do membro contra o seu, as veias resvalando nas suas, os pré-gozos se misturando. Gemeu mais alto e levou sua mão até seus testículos, estimulando-os com suavidade a medida que Chanyeol aumentava o ritmo em que os masturbava. 

O alfa afundou seu rosto no pescoço do menor, respirando fundo e sentindo sua mente nublar quando o cheiro de morango invadiu seu sistema respiratório. Levou sua mão até a bunda do ômega e apertou com força, puxando-o mais para frente e investindo contra o corpo pequeno, simulando breves estocadas. 

Logo sentiu as duas mãos de Kyungsoo rodeando suas ereções, movimentando-se rapidamente sobre elas, aumentando a pressão vez ou outra, fazendo os pênis se afundarem de encontro um ao outro, as glandes deslizando uma na outra de uma maneira deliciosa. Molhou a ponta dos dedos levemente e levou-as até os mamilos sensíveis, massageando-os com delicadeza, sendo agraciado por gemidos mais altos do menor, que tentava abafá-los contra seus lábios, mordendo-os vez ou outra. 

O moreno sentiu seu pênis se enrijecendo ainda mais e as contrações pélvicas que indicavam que logo gozaria, então aumentou a velocidade da masturbação, assim como a pressão que fazia nos falos, se liberando pouco tempo depois em suas próprias mãos, gemendo entre o beijo intenso que trocava com o alfa. Continuou a movimentar sua mão, espalhando seu sêmen pelo pênis rijo de Chanyeol, que lateja contra sua palma. Sentiu a língua quente do mais alto em sua orelha e os gemidos roucos e baixos do alfa, que faziam seu corpo se arrepiar. 

O maior espalmou as mãos nas coxas branquinhas e as apertou com força, descontando um pouco do prazer que sentia com a mão quente e macia que deslizava por seu falo em um ritmo constante e veloz, o cheiro intenso de Kyungsoo deixando tudo ainda mais prazeroso. 

— Channy... — A voz doce e arrastada do ômega chegou ao ouvido do alfa e se espalhou pelo corpo dele como um choque elétrico, fazendo-o afundar ainda mais os dedos no outro e um rosnado ficar preso em sua garganta à medida que seu falo parecia ficar ainda mais rijo, se é que era possível. 

Deixou seus dentes afundarem no ombro do menor enquanto chegava ao seu ápice, derramando-se nas mãos do moreno, que arfou surpreso ao sentir a mordida do alfa se afundando em sua pele. Viu o alfa se escorar em seu ombro, respirando de uma maneira errática e ofegante. Sentiu um beijinho em seu pescoço e acariciou os cabelos platinados, sentindo os lábios do alfa se rasgarem em um sorriso. 

— Isso foi, uau. — Chanyeol disse baixo, deslizando as mãos pelas costas no moreno com suavidade. 

— Obrigado pela ajuda. — Kyungsoo disse e sorriu de lado, vendo o alfa olhar confuso para si, mas logo a expressão de surpresa foi substituída pelo enorme sorriso do mais velho, que começou a distribuir vários beijos em seu rosto. 

— Acabou que quem me deu uma mãozinha foi você. — Disse contra os lábios do moreno, sorrindo e selando sua boca na dele. 

— Falando em mão.... — Indicou as mãos meladas e Chanyeol o puxou pela cintura, ajudando-o a ficar em pé. 

Abraçou o menor por trás enquanto o mesmo lavava as mãos, afundando seu nariz nos cabelos cheirosos do mesmo. Quando viu que ele tinha acabado, virou-o para si e afagou o rosto corado e suado, sorrindo bobamente ao pensar em como ele era lindo. 

— Me beija. — Kyung sussurrou e ergueu-se nas pontas dos pés, puxando o alfa para si pelo pescoço. Sentiu a boca macia do mais alto contra a sua e suspirou satisfeito ao sentir a língua quente do mesmo resvalando na sua, as bocas se movendo em um ritmo lento e mais calmo.

Ouviram uma batida na porta e se separaram rápido, gritando um já vai e pegando alguns pedaços de papel toalha para se limparem. Lavaram a mão rapidamente e abriram a porta, ainda suados e meio ofegantes. 

Kyungsoo automaticamente fechou o semblante ao ver o tal Alex do outro lado da porta, exibindo aquele corpo esbelto e esguio, como se jogasse em sua cara o quão gordo estava. Tudo bem, isso era paranoia de sua cabeça, mas ficava difícil não sentir-se feio quando olhava para o jovem a sua frente. 

O loiro correu os olhos pelos cabelos desalinhados, as bocas inchadas e a mordida gritante no ombro do mais baixo e sentiu seu rosto esquentar, desviando o olhar.

— Er, desculpem interromper... — Disse meio sem jeito, dando passagem para que os dois saíssem. 

— Sem problema, a gente já tinha terminado. — Kyungsoo disse de maneira insinuante, sorrindo de lado para o outro ômega, que apressou-se em se despedir e entrar no banheiro. Logo em seguida, o moreno se sentiu infantil e se perguntou porque estava agindo daquele jeito. 

Chanyeol não sabia se ficava surpreso ou se ria. Não imaginava que Kyungsoo fosse ciumento. E se era, porque tinha proposto um relacionamento aberto? Pensou depois de certo tempo, coçando o queixo, mas foi interrompido pelo menor. 

— Vamos logo, os meninos devem estar esperando. — Segurou a mão do alfa e saiu puxando o mesmo.

— Não acredito que vocês mandaram a gente ir embora pra dar umazinha. — Tao quase gritou, virando o pescoço de Kyungsoo para que pudesse ver melhor as marcas dos dentes que contrastavam na pele clara. 

— Fala baixo! — O moreno deu um tapa estalado no chinês e fuzilou-o com o olhar. — Não foi nada disso!

— Ah ta. E eu sou virgem. —— Disse com ironia, girando os olhos em seguida. 

— Soo, você não tá com fome? É perigoso ficar tanto tempo sem comer. — Lay interrompeu a discussãozinha e sentou-se ao lado do moreno, afagando seus cabelos.

— Não sei, acho que sim, mas eu não posso ficar comendo toda hora. Eu tô enorme. — Fez um bico e se escorou no ombro do beta. 

— Do Kyungsoo, você pare com isso agora! — O chinês falou de uma maneira séria, que não era usual, fazendo o ômega engolir em seco. — Não tem nada de errado com você, pare de ficar colocando coisas na sua cabeça. — Disse mais suavemente, deixando um beijinho na testa do moreno. 

— Tem três bebês lindos dentro de você, e é sua obrigação mantê-los saudáveis. — Suho disse em tom paternal. — Não se sinta feio por estar fazendo algo tão maravilhoso quanto dar a luz à novas vidas. 

Kyungsoo sentiu o carinho presente nas palavras do alfa soterrando todas suas incertezas e medos. Ele estava certo, não colocaria seus filhos em segundo plano por algo tão frívolo quanto a aparência. 

— Você é perfeito, Soo. — Xiumin, que tinha se aproximado do moreno, segurou as mãos do mais novo entre as suas e as afagou de leve.

— E gostoso pra caralho. — Baek soltou, para não perder o costume de só falar merda. 

— Estragou o momento. — Chen disse. — Tinha que ser o Baekhyun. 

— Só tô sendo sincero. Soo, tu não é uma paçoca, mas só de sentir o cheiro já dá vontade de comer. 

— Mas hoje tu tá que tá em, Baek! — Kyungsoo disse e girou os olhos, mas não conseguiu conter o sorrisinho que escapou por entre os cantos de seus lábios. 

— Vou usar essa, vai que cola. — Jongdae disse em tom de zombaria. 

— Vai na minha que é só sucesso! 

— Nossa senhora, vou sair daqui antes que me contamine com o que quer que vocês tenham. — Tao fez cara de nojo e saiu da sauna jogando o cabelo. 

— Vem, vamos nos trocar e comer alguma coisa. — Yixing disse e puxou o ômega, passando o braço ao redor dele.

— Depois vamos para a área de descanso, você precisa renovar as energias porque amanhã é nosso encontro e eu pretendo te cansar bastante. — O Byun deu um tapinha na bunda do moreno e desviou do murro que veio em sua direção, saindo correndo na frente e mandando um beijo soprado para Kyungsoo, fazendo um coraçãozinho com a ponta dos dedos. 

— Seu cu não será perdoado. — Chen disse e riu da cara de tacho do ômega. 

— Não, seu dia é só amanhã.

— Mas você foi com o Xiumin para Jeju no domingo, e o seu dia com ele era só na segunda! — Bateu os pés na cama e cruzou os braços, nem um pouco disposto a desistir. 

— Eu estou cansado... — Murmurou, voltando a se enroscar em Minseok.

— Por favor, Kyunggie, eu só quero dormir abraçadinho com você. — Baek disse com um bico, tentando convencer o moreno a ir para sua casa naquela noite.

Kyungsoo não pôde deixar de achar fofa a carinha que o mais velho fazia. Puxou o rosto do mesmo para si e colou suas bocas em um beijo rápido.

— Só dormir, ouviu bem?!

— Só dormir. — Concordou e sorriu feliz, se agarrando ao mais novo.

— Já ouvi isso antes... — Xiumin disse e sorriu de lado, abraçando o moreno do outro lado. 

— Vou arrumar suas coisas. — Baek sorriu contente e correu até o armário do ômega. Pegou duas trocas de roupa, incluindo a cueca rosa que adorava, e então viu a ponta da meia 7/8 que compraram para ele e a calcinha de renda preta. Sorriu malicioso e pegou as peças, escondendo-as entre as outras roupas.

— O que você tá aprontando aí? — O moreno perguntou estreitando os olhos, desconfiado do sorrisinho cafajeste presente nos lábios do ruivo.

— Hã? Nada, nada. — Sorriu amarelo e guardou as coisas na bolsa.

— Alguma coisa, Lee? 

— Nada, Wu. Quem quer que seja, possui muita gente trabalhando para ele. Nunca entram em contato diretamente com o Sr. Do. 

— Deve ser alguém rico. Provavelmente do círculo social do pai do Kyung.

— Consegui interceptar uma ligação, mas não reconheci a voz. Mas as ordens eram claras, ele estava perdendo a paciência e queria o ômega o mais rápido possível. 

Kris suspirou e levou a mão até os cabelos loiros, bagunçando-os em sinal de nervosismo. 

— Tome cuidado, Yifan, esse homem não parecia estar de brincadeira. — Alertou-o. 

— Por isso mesmo não podemos deixar ele chegar até o Kyung. Preciso que você me ajude a descobrir como o Do está sendo chantageado, talvez possamos usar isso a nosso favor. Não duvido que a ameaça dele seja real e ele tente ferrar nossas vidas.

— Farei o melhor possível.

— Obrigado. E mantenha-me informado.

— Como estão as coisas? — Lay perguntou preocupado.

— Nada boas.