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História Ligeiramente Grávidos - Capítulo 74


Escrita por: FreakUnicorn

Notas do Autor


Olá, pessoas lindas da Tia Vick!

Leiam as notas finais e deixem sua opinião, será importante para o futuro da fanfic. Boa leitura. ❤

Capítulo 74 - Capítulo 74


 

— Eu preciso falar com meu pai, tentar fazer ele vir a público e dizer que foi tudo uma armação. 

Todos estavam reunidos na sala, exceto Suho, que ainda estava trabalhando, Chen, que nos últimos dias vinha sumindo por várias horas, sem dizer aonde ia, e Lay, que tinha tomado um chá e um calmante e fora se deitar. 

— Você sabe que ele não vai admitir nada, Soo. O Kris disse que ele está sendo chantageado, você acha que ele vai correr algum risco pra livrar a pele do Yixing? — Sehun tentava não soar rude, mas era óbvio que o Do não iria se comprometer. 

— Você viu o estado dele, Hunnie! Ele não vai aguentar passar por isso de novo! — A voz do ômega estava trêmula, assim como suas mãos, que se remexiam, inquietas.

— Nós sabemos que ele está sofrendo, mas ir até seu pai não vai resolver o problema. As chances dele fazer você ficar nervoso e passar mal de novo são enormes, e nós já falamos sobre isso. — Minseok, que estava ao seu lado, acariciava sua perna.

— Eu posso gravar a conversa, sei lá, nós precisamos fazer alguma coisa! Qualquer coisa! — Kyung estava visivelmente alterado e sua nuca logo começou a doer, sinal de que sua pressão começava a se alterar. Respirou fundo, enquanto fechava os olhos e apertava a mão de Chanyeol, tentando se controlar. 

O alfa olhou receoso em sua direção ao perceber seu desconforto, perguntando se ele queria se deitar, recebendo um aceno negativo em resposta. 

— Vamos ser racionais. — Yifan chamou a atenção de todos. — O Yixing vai passar por uma fase difícil, é um fato, mas logo as pessoas se esquecem, ainda mais quando não conseguirem provar que ele é culpado. O que ele precisa é do nosso apoio e cuidado, não que nós fiquemos mais abalados que ele. 

Kyungsoo mordeu os lábios e desviou o olhar, sentindo as palavras acertando-o como um tapa. 

— Eu sei que pra você é mais difícil, Soo. Seus hormônios e instintos estão a flor da pele, é normal se descontrolar. — O chinês tentou consertar o que disse, dando um sorrisinho amarelo na direção do ômega, que parecia um pouco magoado. 

— Nós não podemos deixar ele sair sozinho, muito menos permitir que ele fale com qualquer mídia novamente. - Minseok entrou no meio, tentando apaziguar o clima pesado. 

— Como aqueles repórteres sabiam que o Lay estaria lá? — Jongin perguntou. 

— Adivinha só quem deve ter armado tudo? — Baek girou os olhos. 

— Não importa, vou abrir um processo contra os jornais e as emissoras. Eles provocaram tumulto e colocaram a vida doYixing em perigo. 

— Acha que vai ganhar?

— Provavelmente. — Deu de ombros, já que quase nunca perdia um caso como esse. 

— Não é a toa que ele é o "Rei dos Processos". — Sehun disse com um leve tom de deboche, rindo da careta que o mais velho fez.

— Espero que renda uma boa grana, o Lay não vai conseguir um trabalho tão cedo. — Chanyeol suspirou, puxando Kyungsoo para si, acariciando sua barriga em um gesto que já se tornara quase hábito. 

Sentiu o ômega se encolhendo um pouco, provavelmente por se sentir culpado pela situação do melhor amigo. Depositou um beijo nos cabelos negros, abraçando-o com mais força. Kyungsoo permitiu-se aproveitar a sensação de segurança e proteção que o alfa oferecia, relaxando um pouco e se aconchegando mais contra ele. 

— E o pior é que não vai fazer diferença se ele vai ou não ser inocentado, o nome dele vai estar manchado para sempre. — Baekhyun disse de uma maneira pessimista. Tinha pensado que o que acontecera consigo fora horrível, mas agora via que não chegava nem aos pés da situação de Yixing, e ele tinha medo de que ainda pudesse piorar. 


 

Suho estava sentado dentro do carro, o olhar perdido no horizonte, enquanto tentava colocar suas ideias no lugar. Já fazia um bom tempo que deixara a firma onde trabalhava, mas não tinha conseguido ânimo o suficiente para ir para casa. Se antes não estava fácil tentar disfarçar ao menos um pouco o que sentia por Yixing, agora, com o chinês passando por problemas, a vontade de abraçá-lo e dizer que cuidaria dele era quase gritante, e ele tinha que se segurar para não fazer nenhuma burrada. 

O pior de tudo é que começava a culpar Kyungsoo pelo que estava acontecendo, mesmo que no fundo soubesse que ele não podia impedir nada daquilo. Felizmente, embora uma parte egoísta dissesse que o ômega devia simplesmente se render e ir embora, a maior parte de sua personalidade, a que não estava afetada pelo ciúme, sabia que entregá-lo para um psicopata era loucura. 

Suspirou, escorando a cabeça no volante, sentindo seu coração já cansado de tanto sofrimento auto infligido bater meio descompassado, movido pela insegurança e pela ansiedade, enquanto o alfa tentava decidir se devia ou não conversar com Yixing. 

Tinha medo de ouvir as palavras que tinha quase certeza que ouviria, da rejeição que já suspeitava que receberia se tornar real e palpável. Conseguia ver que, muito provavelmente, seus sentimentos não eram retribuídos, mas ouvir as palavras saindo da boca do beta seria como um soco bem dado. Porém, a dúvida e a incerteza que pairavam sobre si, instigando-o dia a dia a se perguntar como seria caso tentasse e o chinês não o recusasse, eram equivalentes ao seus receios. 

Sabia que sofreria se sua suspeita de que ele era apaixonado por Kyungsoo se confirmasse, mas também tinha certeza que sofrer aos poucos, diariamente, se martirizando por ser covarde e não abrir o jogo logo, era muito pior. Pegou o celular, talvez ligar fosse mais fácil, pensou, encarando o número de Lay, tentando reunir coragem para clicar no "chamar". Alguns minutos se passaram, e ele continuava a encarar o aparelho, se indagando se não estava sendo covarde demais por pensar em fazer aquilo por telefone. 

Tudo o que desejava era alguém para poder conversar, alguém que não tomaria partido, que não tinha nenhum envolvimento com aquilo. Naquelas horas, arrependia-se por se dedicar tanto ao trabalho e negligenciar sua vida pessoal. Sorriu amargo, se perguntando o quão no fim do poço alguém podia estar para não ter ao menos um amigo. 

Não que estivesse se desfazendo dos meninos, gostava muito deles e tinha uma enorme consideração, mas nenhum deles seria capaz de ouvi-lo e ajudá-lo naquele momento. Nem mesmo Yifan, que fora seu confidente por longos meses, principalmente depois que Kyungsoo tinha chegado, trazendo consigo o amargor do ciúme e da inveja, que vira e mexe brotavam no peito do alfa, fazendo-o desejar voltar no tempo e ser menos idiota. 

Como queria ter tido coragem de se declarar para Yixing antes que toda a atenção do chinês fosse dirigida a Kyungsoo, antes que fosse obrigado a ver os olhos do beta brilharem de uma maneira diferente toda vez que ele olhava para o ômega, quase que com adoração. Embora as vezes pensasse que pudesse ter sido pior. E se tivesse se declarado e depois fosse trocado pelo ômega? Não se sentiria ainda pior caso fosse dispensado tão facilmente?

Sacudiu a cabeça em negação, tentando empurrar aqueles pensamentos tóxicos para longe. Não adiantava ficar remoendo o passado, precisava ter iniciativa e agir, para que não se arrependesse novamente de ter deixado o tempo passar sem tomar uma decisão. Jogou o celular no banco e colocou o cinto, respirando fundo antes de ligar o carro, enquanto dizia para si mesmo que não deixaria seu medo impedi-lo. Iria contar para o Zhang que era apaixonado por ele. 

Chegou em casa e estranhou ao ver que quase todos estavam na sala, um silêncio pesado tomando conta do ambiente, sem falar nas expressões nada agradáveis presentes em seus rostos. Imediatamente pensou em Yixing, já que sabia que o chinês tinha ido até a delegacia aquela tarde. 

— O que aconteceu? 

Kris respirou fundo, indicando que Junmyeon se sentasse ao seu lado, explicando ao outro o que tinha acontecido. Todos observavam o rosto do moreno sendo tomado pela preocupação e pela indignação à medida que Yifan ia falando. Não era novidade para ninguém na casa que ele gostava do beta, mesmo que ele achasse que estava sendo muito discreto. Talvez Kyungsoo, que não o conhecia há tanto tempo, não tivesse percebido, mas com certeza o ômega sabia que havia algo ali, e talvez fosse esse um dos motivos para ele viver protelando a conversa com Yixing.  

Junmyeon já ia se levantar para ir até o quarto do chinês quando sentiu a mão de Yifan em seu braço, um sussurro sendo deixado próximo ao seu ouvido, dizendo que Kyungsoo estava com ele. O menor sentiu-se murchar automaticamente, um sabor amargo tomando sua boca ao notar que tinha sido substituído até mesmo em seu papel de consolar o beta. 

Minseok, que havia percebido há tempos o que acontecia ali, viu o semblante de Kris se tornar mais rígido quando Suho se levantou repentinamente, deixando a sala a passos duros. Suspirou, vendo o chinês apertar as mãos com força, enquanto se esforçava para não ter nenhuma reação. 

— Devo dormir no meu quarto hoje? — Perguntou, sem ânimo, olhando na direção de Xiumin, que foi pego encarando-o com uma expressão de pena, coisa que não agradou o maior. 

— Se não se sentir confortável dormindo com o Lay e com o Soo... Só uma noite não vai fazer mal, e um dos meninos pode dormir com eles. — Disse, olhando na direção dos alfas, vendo eles concordarem com um leve aceno de cabeça. 

— Tudo bem, qualquer coisa me chamem, boa noite. — Se despediu, deixando a sala em seguida. 

Baek, que notara a tensão naquele pequeno diálogo, olhava inquisidoramente na direção de Minseok, que desviou o olhar, tentando fugir das perguntas que o ruivo com certeza estava doido para fazer. Não se achava no direito de se meter na vida dos meninos, embora quisesse muito poder ajudá-los. 


 

No dia seguinte, Junmyeon saiu cedo, antes mesmo que Minseok fizesse o café. O beta suspirou, se sentando em frente a Yifan, que remexia a comida sem muito interesse. 

— Quer falar sobre isso? — Perguntou, sabendo que o alfa saberia sobre o que ele estava falando. 

— Talvez depois. — Não estava pronto para falar tão claramente sobre o assunto, mesmo que fosse com Xiumin. 

— Se precisar de mim sabe onde me encontrar. — Lançou-lhe um sorriso confortador. 

O chinês apenas concordou com a cabeça, voltando e mexer no hashi. 

— Bom dia! —  Baek cumprimentou, arrastando Sehun pela orelha, sendo seguido por Jongin e Chanyeol, que, pra variar, estava só de cueca. 

— O que ele fez agora? — O mais velho perguntou, rindo do biquinho presente nos lábios do loiro. 

— Eu não quero ir pra faculdade, hyung, é o primeiro dia dos meninos fazendo os doces e eu quero ver eles. — Fez birra, fugindo do aperto do ruivo para ir até o beta, se jogando em cima dele de um jeito dramático, fazendo-o rir baixo. 

— Mas você precisa ir para divulgar a inauguração. — Apertou o nariz do mais novo, que fez uma pequena careta. 

— Mas o Nini vai ficar pra gravar eles, eu também posso. — Bateu o pé, apontando para o moreno, que mantinha-se afastado, encarando os próprios pés. — E eu posso divulgar pelo celular, você sabe. — Voltou a encarar o mais velho, fazendo uma carinha de súplica. 

Minseok suspirou, Sehun sabia ser bem pirracento quando queria.

— Tudo bem, mas só hoje, ouviu? E de tarde você vai trabalhar. 

Sehun sorriu grande, puxando o rosto redondo para si em um movimento repentino, que pegou-o desprevenido. Baekhyun sorriu malicioso e Yifan quase se engasgou ao ver o alfa selando seus lábios nos do beta em um movimento rápido e superficial, mas que foi o suficiente para deixar o mais velho envergonhado. Os olhos de Chanyeol pareciam que iam saltar das órbitas a qualquer momento, chocado demais com a cena que se desenrolava bem na sua frente. 

— Obrigado, hyung. — Sorriu de lado, dando mais um beijinho no beta antes de se levantar.

 

 


Notas Finais


Panfletagem marota da short XiuSoo. Se ainda não viu dá um pulinho lá pra dar uma força pra tia >>> https://www.spiritfanfiction.com/historia/doctor-crush-11700409 <<<



IMPORTANTE: Quando eu comecei a fanfic, não imaginava que ela ficaria desse tamanho. No início, eu achei que ela ficaria no máximo com 60 capítulos, mas eu fui me empolgando e abrindo brechas na história e hoje acredito que ela passe (bastante) dos 100.

Só que, eu, particularmente, não tenho paciência com fanfics grandes, então acabo ficando com medo de que vocês se cansem e acabem desistindo de acompanhar. São raras as(os) leitoras(es) que me acompanham desde o início, e não sei se os outros cansaram da história ou simplesmente pararam de comentar. Felizmente, estão sempre surgindo leitores novos, mas não sei até onde vocês vão estar dispostos a continuar por aqui.

Eu queria aprofundar a história SuLay, a Taoris, o descobrimento de uma possível bi ou pansexualidade por parte do Chen, desenvolver melhor o relacionamento entre os meninos, sem falar que ainda estamos no início do segundo trimestre de gestação, por volta do quarto mês, e ainda tem muita água pra rolar.

Eu tô dando uma segurada na história do pai do Soo e do alfa psicopata, porque, quando chegar em um determinado ponto, a fic automaticamente vai pro final, mas também tenho medo de que vocês acabem se perdendo ou esquecendo alguma coisa. Eu mesma tive que reler a história toda pra me situar e ajeitar o plot, porque já tinha me perdido no meio da história.

Eu não esperava que Ligeiramente Grávidos atingisse esse patamar, tanto de capítulos quando de favoritos e leitores/comentários, e eu realmente cheguei em um ponto em que não sei o que fazer.

Desculpem a enrolação, mas agora indo ao que realmente interessa:

VOCÊS QUEREM QUE EU CONTINUE DESENVOLVENDO AS HISTÓRIAS PARALELAS E O RELACIONAMENTO DOS MENINOS OU PREFEREM QUE EU SIMPLIFIQUE A HISTÓRIA E TERMINE ELA NOS PRÓXIMOS 10/15 CAPÍTULOS?

É MUITO importante que vocês deixe a opinião de vocês, porque é através dela que eu vou decidir o que fazer com a história.

Desculpem o textão e não desistam de mim. ❤


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