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História Lightning - Capítulo 12


Escrita por: MorteRubra

Notas do Autor


Na capa: como imaginei o Scream (só que de cabelo de ouriço)

Capítulo 13 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Lightning - Capítulo 12

-Senhor rabugento, por favor, ande devagar. Suas pernas são cumpridas demais para mim.

-Você que é pequena!

-Sou, mas me dê uma chance para mostrar que eu sou legal, está bem?! – Se colocou em frente a ele – Olha, eu quero vocês como amigos. Quero que todos vejam que vocês podem ser amigos.

-Os humanos não importam se queremos ser amigos ou não. Ou o quanto sofremos, ou por quanto tempo viveram confortáveis a custa de nossas torturas. Não se importam se só queremos ter uma vida normal, como qualquer um. Nos veem como uma aberração, e como tal, querem acabar com a gente. Você tem uma ideia legal, repórter, mas duvido que te escutem.

-Ei, não fale assim, grandão. Pensei que éramos amigos – Viu Scream finalmente desfazer a carranca que marcava seu rosto.

Um homem vestindo uma calça camuflada e uma camisa cinza cuja a estampa era uma pizza faltando uma das fatias, estava vindo até ele. Tinha cabelos pretos e olhos azuis escuros. Uma garotinha de cabelos castanhos e olhos tão azuis quanto os dele. A camisa dela estava com a fatia de pizza que faltava na do pai.

-Oi, Derick. E aí sua guerreirinha? – Se abaixou para receber um abraço da garota – Como você está? – Se levantou com ela em seu colo.

-Tio Scream, aprendi uns golpes novos no karatê.

-É mesmo?! Já consegue derrubar um de nós?

-Claro que não. Vocês são muito fortes...

-E um homem normal? Tem que se defender dos caras maus.

-Esses eu vou usar o golpe que vocês me ensinaram.

-Será que consegue? Deixa eu ver esses dentinhos... – A pequena abriu bem a boca para que ele pudesse ver – Hum... Essas presinhas até que estão grandinhas para uma humana, mas não sei se tem força... – Ela lhe mordeu a mão que ele usava para levantar seus lábios – Au! – Afastou de súbito a mão, mas a garota tinha mordido tão forte que foi puxada para baixo, mas seu pai a segurou.

-Viu?! Eu sei morder!

-Está bem, danadinha. Talvez saiba se defender – A garota abraçou sua perna, já que era a altura que alcançava.

-Ih Scream... Ela aprendeu a nova habilidade de grudar.

-Vish... E agora? Como solta? Deixa eu ver aqui... – Tentou a puxar – Eita que essa cola é poderosa! Como é que desgruda?! – Sacodiu a perna, a fazendo rir – Hum... Vou ter que usar minha arma secreta – Lhe fez cócegas, a fazendo rir e se soltar dele – Há! Consegui! – A pegou no colo e a jogou para cima, altura o suficiente para que Luanna ficasse bem preocupada, e mais ainda o pai dela, mas a garotinha achou bem divertido – Chega. Não quero mais! Pega aí Smiley – A jogou para outro Nova Espécie que passava ali. Também um primata.

-E quem disse que eu quero essa chatinha? Quero não! - A jogou para outro macho. Esse não era um oficial. Parecia ser da zona selvagem, por estar tão arranhado e descabelado. Era um felino. Seu cabelo caramelo parecia realmente uma juba e tinha brilhantes olhos de mel. Até o formato de sua boca era um tanto “estranho”, parecendo mais a de um leão.

-Olha, achei janta! Vou colocar na panela agora!

-Papai, o tio Wild quer me cozinhar de novo!

-Ei, eu sei que da vontade de morder, mas devolve minha filha aí! – Foi atrás dela.

-Vocês gostam mesmo de crianças.

-Não é sempre que temos a oportunidade de ver uma. E Anastácia gosta muito de nós.

-Eu percebi. Vocês são ótimos tios.

-Somos mesmo – Continuou tendo que quase correr para acompanhar os passos de Scream.

-Que golpe é esse que ela estava falando que vocês ensinaram?

-Segundo outras garotinhas que conhecemos, a maioria dos machos humanos são maus, que só se importam com o próprio prazer, não se importando com o tamanho ou a idade delas – Ficou chocada com a informação. Eles não só estavam convivendo com crianças, mas com crianças que sofreram abuso. Talvez isso ajudasse as crianças. Novas Espécies não eram homens comuns, o que talvez significasse que eles não fariam como os homens que já conheceram. Seria outro motivo para não ir a público; protege-las – Isso nunca aconteceu com a Anastácia, mas prevenção nunca é demais. Humanos tem dentes feitos para esmagar, e não para rasgar. Mas, se morder o lugar certo, ainda podem causar um bom estrago. Bom o suficiente para que ela consiga fugir de seja lá quem estiver a atacando.

-Bem pensado.

-Pensando bem, seria ótimo podermos viver no mundo humano.

-Mudou de ideia rápido... Por que?

-Nós iriamos ouvir e sentir o cheiro do medo das crianças. Poderíamos salva-las.

-E ainda ousam chamar vocês de animais. São mais humanos... Digo... Pensam muito mais no bem do próximo do que os humanos. Aliás... Por que não gostam de ser chamados de humanos, ou “homens”? Vocês preferem ser chamados de “machos”. Por que?

-Crescemos ouvindo esse conceito dos caras que nos “criaram”. Não gostamos de ser chamados de “homens”, porque é o mesmo de nos chamar de humanos. Não somos humanos. Somos melhores do que isso.

-Se acha melhor que os humanos?

-É o que Luci diz de nós.

-Luci? Aquela fêmea daquele macho gigante que vimos depois da palestra?

-Ela mesma. Luci diz que somos melhores que os humanos. Biologicamente, e moralmente. Se uma médica está dizendo isso, quem sou eu na fila do pão?!

-Essas expressões, pegaram dela também?

-Aprendemos um pouco de cada humano e acabamos pegando algumas manias. Essa expressão peguei de um dos mecânicos.

-Mecânicos? Ih, adoro carros! Podemos ir ver? – Ele acabou sorrindo com a sua empolgação repentina.

-Podemos. Inclusive um dos SUV precisa de supervisão. Estava com um barulho estranho. Vamos pega-lo e ir até lá.

-Tudo bem. Podem... – Scream a puxou de súbito para trás quando um dos cavalos passou correndo na frente dela. Não o ouviu chegando. Normalmente cascos batendo no asfalto fazem muito barulho.

-Desculpa moça – O Nova Espécie que estava em cima dele gritou.

-Cuidado Sneaky!

-Cavalos não tem a mesma precisão de um carro – O ouviu dizer, embora Luanna não tivesse lhe escutado.

-Rabugento, você é muito quentinho, mas está me esmagando – Sua voz saiu abafada por estar nos braços de Scream.

-Hum? – Olhou para a repórter, quase “desaparecendo” entre seus braços – Opa! Desculpa – A soltou.

Apesar de poder respirar de novo, o calor dos braços de Scream lhe fizeram falta, então simplesmente o abraçou de novo.

Scream tinha pouca experiência em contato físico. As fêmeas Espécies já tinham o procurado muitas vezes para compartilhar sexo, pois gostavam de sua aparência, tamanho e força, mas elas não gostavam muito de abraços ou beijos. Só queriam sexo e pronto. Sempre o expulsavam depois disso, o que deixava triste e frustrado. Via como Valiant, Snow, Hate e Freedom eram felizes com suas fêmeas, e como elas estavam constantemente lhes fazendo algum carinho, dizendo palavras doces ou apenas ficando abraçadas com eles. Queria isso também. Mas Equality era uma fêmea Espécie muito diferente das outras, e todos os outros tinham fêmeas humanas. Sabia que as fêmeas Espécies eram difíceis demais de se convencer, mas sempre teve um pé atrás com humanos em geral. Com as fêmeas não era tão diferente, então estava sempre em um dilema de tentar convencer uma das fêmeas Espécies ou se arriscar com uma fêmea humana. O que queria mesmo era cuidar de uma fêmea presente, como Shadow fez. Mas sabia como elas era frágeis psicologicamente. Não sabia se estava pronto para isso, ou se elas estariam. Além disso, eram protegidas demais para conseguir chegar perto de alguma e mostrar que era um bom macho. Mas agora, tinha uma pequena fêmea ali, insistindo em contato físico. Era um aperto constante em volta de seu tronco, e sentia sua respiração quente contra o seu peito. Era uma sensação nova, e muito boa. Tentou se lembrar de como Hate, sendo tão grande, aconchegava Luci em seus braços, e fez o mesmo.

-Estou fazendo isso certo? – A ouviu rir, gostando do som.

-Tem que apertar um pouquinho.

-Posso acabar te esmagando...

-Não vai. É só fazer um pouco de pressão – O fez. Mesmo tendo tanto cuidado, Scream era forte demais. Foi um “abraço de urso”, mas, ainda assim, foi bom. A soltou quando sentiu que ela afrouxou seu aperto, e ambos se afastaram – Viu?! Não me esmagou – Viu que Scream tinha uma expressão confusa – O que foi?

-Uma sensação estranha...

-Estranho bom, ou estranho ruim?

-...Estranho bom. Eu acho.

-Que bom. Então vamos lá pegar aquele carro – Cheirou, vendo que o cheiro dela tinha ficado nele. Era um cheiro bom, quando não estava com o perfume.



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