Acordei no outro dia era 7:30 da manhã e a casa estava um silêncio. Decidi tomar banho antes de descer com a cara amassada e me arrumei.
- Bom dia – disse aparecendo na cozinha onde Bruce estava sentado lendo jornal
- Bom dia, Lucy. Sente-se pra comer. Pattie e Diane foram para o mercado comprar algumas coisas e Justin ainda está dormindo, por que não vai acorda-lo? – ele dizia sem tirar o olho do jornal.
- Tudo bem, já volto pra tomar café e trago o Justin comigo – sorri saindo da cozinha e subindo em direção do quarto do Justin.
Abri a porta devagar e ele permanecia dormindo feito um anjo.
- Justin – sussurrei sacudindo-o devagar – acorda Justin, vem tomar café da manhã comigo – pude notar um sorriso em seus lábios mas seus olhos permaneceram fechados.
- Bom dia pra você também – ele disse abrindo os olhos sonolento – que horas são?
- 8 horas – disse olhando para o relógio na cabeceira da sua cama.
- Está cedo, Lucy. Me deixa dormir mais um pouco – pediu se virando para o outro lado.
- Não Justin – disse o sacudindo – acorda, não quero tomar café sozinha – resmunguei – daqui a pouco todos chegam e você ainda está aí.
Ele bufou e me olhou com cara fechada.
- Isso tudo é amor ou o que? Nem dormir eu posso mais – e então se levantou bravo, indo em direção ao banheiro e se trancando.
Pude ouvir alguém chegar e desci as escadas.
- Chegaram finalmente – disse Bruce abraçando Jazzy e Jaxon.
- Cadi xusten? – Jazzy perguntou correndo pela casa procurando-o.
- Abo – Jaxon falou fazendo todos rirem. Era o seu ‘’acabou’’ e ele levantava as mãozinhas.
- Estou aqui – Justin apareceu descendo as escadas, fazendo Jaxon e Jazzy darem um pulo e correndo até ele – saudade de você princesa – ele disse beijando a sua testa e dando um abraço apertado nela – e você homem aranha, está cada vez maior – ele pegou Jaxon no colo e o virou de ponta cabeça, fazendo Jaxon soltar uma gargalhada gostosa.
- Quim é ela, xusten? – Jazzy perguntou olhando pra mim que permanecia no canto da sala de braços cruzados e com um sorriso bobo no rosto.
- Ela é uma amiga do Justin e veio conhecer vocês – Justin explicou me fitando com um sorriso nos lábios.
Jaxon me olhou com um sorriso sapeca e agarrou as minhas pernas.
- Moxa munita – ele ria com um dos seus dedos na boca, abaixei pra ficar na sua altura e dei um beijo na sua bochecha.
- Olá homem aranha. Gostei da sua roupa – disse apontando para a sua camiseta, que aliás, sua roupa era uma fantasia do homem aranha.
- Como voxê chama? – Jazzy perguntou com vergonha.
- Lucy, e você?
- Jazzy – ela disse olhando para o Justin – plincesa Jazzy.
- Que nome bonito, Jazzy. Me dá um abraço? – pedi com os braços apertos, ela deu alguns passos e olhou para o Justin e ele sorrio, indicando pra ela ir e ela foi, me dando um abraço forte.
Logo Jeremy e Erin apareceu e Justin me apresentou a eles. Jeremy era seu pai e pai de Jazzy e Jaxon, Erin era sua mulher e mãe dos irmãos de Justin. Ela era muito simpática e Jeremy também.
- Ainda estuda, Lucy? – Jeremy perguntou enquanto sentávamos na mesa pra tomar o café da manhã.
- Sim, estou no ultimo ano.
- E como fez pra vim viajar com o Justin? – ele perguntava na maior naturalidade enquanto eu sentia meu coração disparar e algumas das minhas palavras ainda falhavam pra sair de nervoso.
- Scooter né pai – Justin respondeu por mim, revirando os olhos em seguida.
- Minha carga horária na faculdade nem é tão grande agora que estou no ultimo ano e qualquer informação eles me ligam.
- Espero que você não perca aula por conta do Justin – Jeremy fitou o filho que segurava Jaxon em uma perna e Jazzy em outra.
- Pode ficar sossegado, senhor – respondi com um sorriso nos lábios – estou aqui a trabalho e fazendo o que gosto, isso também faz parte da faculdade.
Jeremy abriu um sorriso e assentiu com a cabeça, sem dizer mais nenhuma palavra.
Naquela manhã conheci Ryan e Chaz, amigos de infância de Justin. Chaz era meio fechado, mas Ryan era o mais brincalhão e eu sabia que poderia me dar melhor com ele. Conversamos sobre várias coisas até que Ryan nos dá uma ideia de irmos em uma balada que tinha na cidade ao lado, que ao contrario de Stratford, era mais movimentada.
- Obvio que vamos – Justin se levantou do sofá todo sorridente e eu permaneci quieta no meu lugar.
- Brother, eu e o Chaz vamos pra aquela balada sempre e tem muita mulher bonita – Ryan falava todo empolgado.
- Justin vai fazer a rapa – Chaz comentou rindo – você vai né, Lucy? – quando Chaz perguntou, todos os olhares daquela sala foram pra mim.
- Não sei... – respondi baixando meu olhar.
- Como não sabe? – Justin riu pelo nariz – É OBVIO QUE VOCÊ VAI.
- Justin, por favor, não vim pra cá pra ir em balada...
- Veio pra me ajudar, pra ser meu braço direito mas apesar disso somos amigos, não se lembra? – ele franziu a testa – e você vai, Lucy. Por que não iria? Vai ser legal. Você tem que analisar meus comportamentos em publico também - ele disse rápido e soltando uma risada em seguida.
Eu sabia que aquele ‘’analisar meus comportamentos em publico’’ era apenas uma forma de eu aceitar sair com eles, que ele não estava nem ligando se eu estava anotando em algum lugar o que ele fazia era certo ou errado.
Eu não conseguia contrariar Justin porque a ultima palavra era sempre dele e ele de fato me convenceu a ir.
Passamos o dia todo fazendo nada, só conversando, contando piadas e o Justin sempre relembrava de algumas coisas da infância que passou com os meninos.
Quando deu 20h, Chaz e Ryan foram embora pra se arrumar e eu subi pra poder tomar banho porque provavelmente eu iria demorar mais que eles. Quando eu estava pegando a toalha e entrando no banheiro que tinha no meu quarto, ouvi alguém bater na porta:
- Lucy – Justin apareceu só com a cabeça na porta – você quer ir mesmo, né? Não está se sentindo forçada? Se você quiser a gente pode fic...
- Justin – o interrompi – relaxa – sorri tentando o acalma-lo – não me importo de ir, vai ser legal, tudo bem?
Ele me deu um sorriso feliz como se estivesse contente com a minha resposta e em seguida deu uma piscadela, fechando a porta. Entrei no banheiro pra poder tomar banho antes que eu me atrasasse e Justin poderia cortar meu pescoço fora.
Era 22h e eu já estava pronta. Impecavelmente pronta. Eu usava uma blusa que aparecia um pouco a barriga, uma saia de babado preta com alguns detalhes em vermelho, salto alto e enrolei a ponta dos meus cabelos, minha maquiagem não era tão forte mas ficou do jeito que eu queria. Quando sai do quarto dei de cara com o Justin que ficou paralisado durante alguns segundos sem falar nada.
- Você está lindo! – disse cortando o silencio.
Ele estava realmente muito lindo. Ele usava uma regata preta que deixava todas as suas tatuagens a mostra, inclusive seu braço forte, uma calça preta e um par de supras preto com detalhes dourado no pé e um boné, mas dava pra ver que seu cabelo estava alinhado perfeitamente como todas as vezes que eu o vi. E uma corrente que esbanjava ouro no pescoço.
- Você também – ele tinha um sorriso lindo estampado nos lábios.
- Obrigada – sorri como agradecimento.
Descemos dando de cara com Pattie, Bruce, Diane e Jeremy na sala. Erin tinha levado Jazzy e Jaxon pra dormir.
- Que bom que vocês desceram, preciso avisa-los de uma coisa – Pattie disse se acomodando na sofá e encarando eu e Justin - Justin, a Lucy pode dormir com você? É que o Jeremy e a Erin não tem onde dormir e eu ia coloca-los no quarto onde Lucy estava...
- Pode – Justin disse colocando suas mãos no bolso da calça – tudo bem Lucy? – ele perguntou me fitando.
- Tudo – minha voz provavelmente deve ter falhado e Justin percebeu. Dormir no mesmo quarto que o Justin?
- Está tudo bem mesmo? Qualquer coisa eu vejo o que faç... – Pattie insistiu provavelmente vendo a minha reação.
- Sim senhora – a interrompi antes dela terminar de falar qualquer coisa – não precisa se preocupar – disse forçando um sorriso.
Pattie relaxou seu ombro, provavelmente acreditando que não teria qualquer outro problema. Eu sei que não teria, mas dormir no mesmo ambiente que o Justin Bieber já é um problema em si.
- Que bom querida. Podem ir então, juízo – Ela disse se levantando e dando um beijo na testa de Justin que logo fez uma careta.
- Não tenho mais 10 anos, mãe – ele disse revirando os olhos e bufando, fazendo todos da sala rirem.
Saímos da casa dando de cara com a Ferrari do Justin, que ele logo a destravou. Eu paralisei.
- Que foi? – ele perguntou abrindo a porta do motorista.
- Você que vai dirigindo? – Perguntei confusa.
- Sim – ele riu – por que?
- Não é meio perigoso?
- Claro que não, Lucy – ele soltou uma risada – entra aí – ele entrou no carro e abriu a porta do passageiro pelo lado de dentro e eu entrei – coloca o cinto – ele pediu sem olhar pra mim, dando uma acelerada no carro e ligando em seguida para o Ryan.
– Eaí bro – ele disse – Ahm, tudo bem – ele riu – Nos encontramos lá – foi a ultima coisa que ele disse logo finalizando a ligação.
- Pensei que você ia buscar o Ryan e o Chaz – falei.
- Não, eles decidiram nos encontrar lá mesmo – ele riu pelo nariz.
Depois disso fomos calados até chegarmos na boate, onde já permanecia lotada. Olhei para o relógio que tinha no carro de Justin e marcava 22:40h. Então saímos do carro e ele jogou a chave pra um homem guardar a Ferrari e veio atrás de mim, colocando sua mão na minha cintura e me levando pra entrada da boate. Senti todos os olhares em nós.
- Não liga pra esses olhares... – ele riu – afinal, você está com o Justin Bieber essa noite.
- Espero que eles saibam quem eu sou – comentei baixo pra que somente o Justin pudesse ouvir.
- Aposto que amanhã vai estar estampado em todos os jornais e sites ‘’a nova pretendente de Justin Bieber’’ – ele dizia atrás de mim com a sua boca perto do meu ouvido, me causando leves arrepios.
- Na próxima vez me avisa que eu venho com um jaleco e uma faixa dizendo que sou a sua psicóloga, aí, sem chance de soltarem noticias falsas.
Justin começou a rir e entramos na boate,encontrando Chaz e Ryan na frente do bar que estava lotado.
- Você está bonita, Lucy – Ryan disse me fitando de cabeça aos pés.
- É mesmo... Está linda! – Chaz concordou.
- Ô, tira o olho aí – Justin deu um tapa de leve no peito dos meninos o que me fez soltar uma risada baixa.
- Relaxa aí, Bieber... A psicóloga é sua – Chaz continuou dando em seguida uma piscadela.
Olhei para o Justin e ele tinha uma cara fechada.
- Uma dose de vodka, por favor – ele pediu pro bar-man e ignorando totalmente os meninos.
O olhei confusa.
- O que foi? – ele perguntou sem entender.
- Eu que te pergunto – disse tirando o copo de perto dele – Justin, você sabe quem você é, né?
- Sim – ele riu fraco – Lucy, por favor – ele disse pegando a vodka da minha mão – já não basta a minha mãe, o Scooter, agora você também? – perguntou virando a dose de vodka e fazendo uma careta.
- Você sabe o que eu estou fazendo aqui, certo? O que eu sou sua também? Espero que sim. E espero também que você saiba maneirar nessa bebida porque todos desse lugar estão de olho em você e qualquer passo errado que você der...
- Eu sei que tudo isso, não começa. – ele falou estressado e eu só o fitei indignada.
O deixei fazer o que quisesse então, ele não tinha mais 10 anos e sabia das consequências de cada ato, por falta de aviso não foi. Eu reconheço também que não era certo. Isso podia foder comigo, com o meu emprego e com tudo. Justin iria encher a cara e amanhã isso estaria em todas as manchetes e Scooter me acordaria dando a noticia que eu estava demitida em menos de uma semana de emprego. Mas eu queria saber onde o Justin chegaria com isso tudo.
Eu achava injusto as pessoas estarem 24h em cima dele, ele estava de férias e queria paz. Mas as vezes eu acho que ele precisa parar e pensar que ele é o Justin Bieber e foi algo que ele escolheu querendo ou não, e que as pessoas sempre vão estar por perto querendo saber tudo sobre ele, cada passo que ele der.
- Lucy, me desculpa... – ele pediu chegando mais perto de mim enquanto eu estava sentada em uma das cadeiras altas que tinha no bar, na frente do balcão.
- Está tudo bem, Justin – o fitei, seus olhos já estavam vermelhos e a sua voz saia meio fraca.
- Vamos dançar, Bieber – Ryan disse o puxando.
- Vem, Lucy – Justin me puxou pela mão e eu o soltei
- Pode ir – disse o fitando – daqui a pouco eu vou – no primeiro momento ele me olhou desconfiado e eu dei um sorriso de canto e ele pareceu acreditar, logo sendo convencido pelo Ryan, entrando na multidão e sumindo da minha visão.
Fiquei ali olhando o movimento, as pessoas que passavam por perto só sabiam falar que Justin Bieber estava naquele lugar. E devo dizer que aquela não era uma boate qualquer... Todos ali pareciam ser empresários, gente de muito dinheiro.
- Uma moça dessa sozinha... – um cara disse sentando do meu lado sorrindo. Seu halito não era tão bom, provavelmente ele estava embriagado. Fiquei em silencio – Como você chama?
O ignorei.
- Não vai me responder? – ele perguntou soltando uma risada pelo nariz.
Revirei os olhos e bufei, pensando no que eu merecia pra receber essas coisas uma hora dessas.
- Lucy e você?
- James... – ele disse estendendo a mão até chegar na minha, pegando-a e levando até a sua boca, depositando um beijo nela- você é daqui?
- Não... Sou de Nova York – disse tirando a minha mão de cima da sua.
- E o que faz perdida no Canada?
- A trabalho – sorri.
- Você trabalha em que?
- Sou psicóloga.
- Psicologa? – ele me olhou surpreso – bela profissão. Trabalha em algum consultório?
- Não – respondi olhando a multidão tentando encontrar Justin.
- Na onde então? – ele perguntou e eu o olhei.
- Se eu te contar você não vai acreditar, então...
- Prometo que acredito – ele disse rindo. Naquele exato momento o Justin chegou, dando de cara com James conversando comigo. Sua fisionomia de alegre, mudou pra emburrado e suas bochechas coraram.
- Está tudo bem, Lucy? – ele perguntou e eu assenti – quem é esse cara? – ele sussurrou no meu ouvido.
James começou a rir de ver o Justin colado comigo.
- Não acredito que você está acompanhado desse bichinha...
- Não fala assim dele – me levantei da cadeira brava dando um olhar furioso pra aquele homem.
- Vai defender ele, é? Famosinho de merda. E você é uma interesseira pra estar com ele, ele não tem nada além de dinheiro – o cara em peitou o Justin e em segundo foi parar no chão, com a boca sangrando.
Coloquei minha mão no rosto assustada com aquela cena.
Justin Bieber tinha batido em um cara numa balada.
- Vamos sair daqui – Ryan disse tirando Justin e eu o acompanhei, saindo do transe.
-
- VOCÊ ESTÁ LOUCO? – Eu berrava com o Justin enquanto ele permanecia calado, saindo da boate – ME RESPONDE JUSTIN, VOCÊ ESTÁ LOUCO? AMANHÃ SÓ VÃO ESTAR FALANDO DISSO...
- EU QUERO QUE SE FODA O QUE FALAM OU DEIXAM DE FALAR – ele parou e começou a gritar furioso no mesmo tom que eu - EU NÃO IA ABAIXAR A CABEÇA PRA AQUELE MARMANJO QUE ESTAVA DANDO EM CIMA DE VOCÊ E AINDA ME XINGOU NA CARA DURA. VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE ELE TE CHAMOU DE INTERESSEIRA? EU BATI NELE POR CONTA DISSO, NÃO PORQUE ELE ME XINGOU. EU SOU OFENDIDO TODOS OS DIAS E NÃO LIGO, NÃO ME IMPORTO, ESTOU ACOSTUMADO, MAS ELE NÃO SABE NEM O TEU NOME PRA ABRIR AQUELA BOCA DE MERDA E FALAR ALGUMA COISA DE VOCÊ – Ele gritava, a veia do seu pescoço estava assaltada e ele tinha o rosto vermelho, todos do estacionamento nos olhava assustado – entra no carro – ele ordenou e eu entrei, acenando pra Ryan e fechando a porta em seguida. Justin deu uma acelerada e saiu quase voando.
Fomos em silencio da boate até a casa de seus avós. O relógio ainda marcava 2:05h e aquela noite tinha sido um fracasso. Justin tinha batido em cara por culpa minha, sendo que a minha função ali era impedi-lo de cometer qualquer agressão em publico pra que o seu nome não fosse estampado em jornais, revistas e sites no outro dia como alguém mal falado, provavelmente Scooter me mataria, sem contar também que discutimos no estacionamento com todo mundo vendo.
No começo eu pensei que falariam sobre o Justin ter bebido, mas não, teria motivos ainda piores que esses pra mídia aplaudir nas nossas costas.
Assim que chegamos, Justin parou o carro na frente da casa dos seus avós e ficou parado olhando pra frente, em silencio. Ameacei abrir a porta do carro pra sair e ele me segurou:
- Me desculpa – ele disse rápido, olhando para a sua mão que permanecia no meu braço me impedindo de dar qualquer passo – eu tentei me controlar, mas quando eu vi aquele cara conversando com você e depois falando aquilo tudo, não me aguentei... – ele olhava pra baixo.
- Está tudo bem, vamos entrar – disse soltando a sua mão e saindo do carro.
Logo após eu sair, ele esperou um tempo e saiu também, trancando o carro e abrindo a porta da casa, onde estava um silencio porque provavelmente todo mundo já estava dormindo. Fomos para o quarto em silencio.
Tinha um colchão no chão e a minha mala também estava lá, peguei o meu pijama e fui no banheiro me trocar enquanto Justin se trocava no quarto. Quando voltei, ele estava sentado na cama vestindo apenas uma bermuda, com seu peitoral todo a mostra.
- Dorme na minha cama que eu durmo no colchão no chão – ele disse.
- Não precisa, Justin. A cama é sua e você que vai dormir nela – disse me jogando no colchão que estava no chão, a cama do Justin era de solteiro e aquelas que tinham cama em baixo pra puxar.
Me virei de costas para o Justin e ele apagou a luz em seguida.
- Boa noite, Lucy.
- Boa noite – respondi tentando fechar os olhos.
Mas era impossível de dormir. Passava trocentas coisas na minha cabeça e só de imaginar que eu estava dormindo no mesmo quarto que o Justin Bieber, isso me impedia até de fechar os olhos.
Estava um total silencio, podendo só ouvir a nossa respiração.
- Lucy... – ele sussurrou.
- Ahm... – disse ainda de olhos fechados.
- Você me desculpou, né?
- Sim – ri pelo nariz – está tudo bem.
- Que bom – mesmo no escuro eu tinha certeza de que ele tinha sorrido.
- Justin...
- Hum... – ele resmungou.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode – estávamos conversando baixinho onde só nós ouvíamos.
- Por que você me defendeu daquele modo?
Ele demorou alguns segundos pra me responder.
- Porque eu não aguentei ver aquele cara dando em cima de você e depois saindo falando tanta besteira que eu tive vontade de...
- Justin – disse o cortando – está tudo bem.
- Lucy...
- Fala.
- Espero que você esteja preparada pra estar em todos os jornais, sites e revistas amanhã.
- Eu estou preparada desde quando aceitei trabalhar com você, Justin.
Senti uma mão procurando a minha e quando ele achou, entrelaçou nossos dedos.
- Espero que você se acostume com isso, e me desculpa por ter acabado com a sua noite.
- Não precisa pedir desculpas, peça para o Ryan e para o Chaz que estavam animados.
- Eles estão acostumados – ele disse soltando uma risada baixa.
- Eu vou me acostumar, mas saiba que o meu trabalho não é ir com você pra balada, e sim estar com você em qualquer e todos os momentos.
- Eu sei que sim – ele disse beijando a minha mão – boa noite, Lucy. Bons sonhos.
- Boa noite, Justin – disse fechando os meus olhos e caindo no sono.
De mãos dadas com o Justin Bieber.
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