História Lightning In The Dark - Where is Justin?

''Por favor, diga alguma coisa.''

POV. Lucy

Ryan já havia chegado e estávamos indo pra garagem onde ele havia estacionado seu carro.

- Onde está a Hannah?

- Ela teve que ficar no Canadá por conta do hospital, está tendo muito trabalho no final do ano. – Ele riu desanimado. – Vim pra cá a trabalho e o Justin teve sorte de me pegar por aqui.

- Você trabalha no que? – Perguntei enquanto saiamos da mansão. – Acho que nunca perguntei.

- Sou advogado. – Ele respondeu acelerando seu Mustang conversível. – Eu ia perguntar a sua profissão, aí lembrei... – ele riu.

- Graças a minha profissão estou aqui. – Ri baixo. – Hum, advogado... Hannah soube escolher.

Ele ficou vermelho, corado mesmo. Ri ainda mais.

- Não precisa ficar com vergonha, Ryan.

- Não estou com vergonha. – Ele riu. – Mas o jeito que você falou foi engraçado.

- Tudo bem então. – Dei os ombros. – E você não vai mesmo me contar o que o Justin está aprontando?

- Ele pediu pra eu guardar segredo...

- Mas Ryan...

- Lucy, não. – Ele riu. – Não insista, por favor.

- Tudo bem. – Revirei os olhos.

- E como anda o seu relacionamento com ele? Você está tratando bem o meu amigo?

Eu ri.

- Acho que sim. Ele já te ligou reclamando?

- Ainda não, só o ouvi choramingar enquanto vocês estavam longe.

- Isso é um bom sinal, então devo estar cuidando muito bem dele.

- Eu sei que está. Conheço o Justin desde pequeno, por conta da fama ele se privou de se apaixonar apesar de ser um coração mole, mas com você foi inevitável. – Ele riu. – Lembro-me quando ele me ligou e disse: ‘’bro, nem te conto da novidade’’ e eu perguntei o que era, ai ele: ‘’lembra que o Scooter ia arranjar uma psicóloga pra mim?’’ e eu disse que sim; Na época ele não queria nenhuma psicóloga, e então ele disse: ‘’ele arranjou uma que é muito gostosa. ’’ – Comecei a rir.

- Justin Bieber sendo Justin Bieber. – Comentei. – Lembro-me do começo que ele tentou me negar ao máximo como psicóloga, ele dizia que não era nada contra o meu trabalho mas que ele não estava louco pra ter uma.

- Estava tão louco que fugiu do Scooter, cancelou shows e apareceu na sua formatura. – Ele riu. – Ele realmente te ama Lucy.

Senti meu coração bater mais forte. O Justin Bieber me ama. Apesar de tudo o que eu passo com ele, é meio que complicado imaginar que eu, logo eu fiz o Justin cair em um encanto que até hoje procuro e não encontro. Ainda parece que eu estou dormindo e sonhando, nada parece real.

Ryan corria em uma estrada escura onde havia a pista e do lado dela apenas arvores e terrenos que não dava pra enxergar muito bem por conta da noite. O farol e a lua era a única coisa que clareava aquilo tudo.

Ryan começou a diminuir a velocidade e o olhei confusa. Olhei pra frente e pude avistar a pista fechada com alguns cones.

- O que aconteceu aqui? Será que foi algum acidente?

- Não sei. – Ele olhava atentamente. – Mas não tem nenhum policiamento aqui, é estranho.

Ryan parou o carro e deu ré, indo pra outra pista que voltava pra cidade.

- Vou ter que fazer outro caminho que vai demorar ainda mais, quer ligar para o Justin e avisar?

- Pode ser. – Disse pegando meu celular e discando o numero do Justin.

Chamou, chamou, mas ninguém atendeu.

- Estranho. – Disse olhando para o visor pra ver se tudo estava correto. – Ninguém atende.

- Ele deve estar ocupado demais.

Ri baixo. Mas, por um momento eu tive uma sensação horrível. Senti um calafrio na minha espinha e me arrepiei inteira.

- Está tudo bem, Lucy? – Ryan perguntou preocupado.

- Sim, não se preocupe. – Sorri. – Tive uma sensação estranha, mas não deve ser nada demais.

- Se você precisar de alguma coisa me avisa, Justin te deixou sob os meus cuidados. – Ele riu.

- Está tudo bem. Depois eu tento ligar pra ele novamente.

Ryan fez todo o caminho pra Los Angeles e seguiu outra rota, indo pra outra estrada mais movimentada. Eu nunca havia conversado sozinha com ele, não que eu me lembre e por incrível que pareça o assunto havia fluido. Ele disse que seu sonho era ser jogador de basquete, mas que infelizmente não iria dar muito dinheiro por conta da sua altura. Contou até mesmo das coisas que ele fazia com o Justin e o Chaz quando eles eram pequenos.

- O Justin sempre quis ser cantor, mas raramente alguém apoiava ou acreditava nele. – Ele dizia. – Lembro-me até hoje quando meu pai me chamou pra contar que a Pattie havia ligado e que o Justin estava indo viajar pra uma reunião e eu achei estranho, deveríamos ter nossos 14 anos ou menos e pra mim reunião era coisa de gente grande, aí ele me contou dias depois que um homem queria produzir o Justin. Quando eu vi um vídeo seu cheio de visualizações no Youtube eu não conseguia acreditar que meu amigo estava famoso.

- Eu imagino como deve ter sido pra você. Quando eu fui viajar com o Justin pela primeira vi um porta-retrato na casa dos avós dele que tinha uma foto sua e dele pequeno, que eu me lembre vocês estavam em um campo de futebol.

- Eu me lembro dessa foto. – Ele riu. – O Justin sempre se destacava por ser o mais engraçado da turma. Ele raramente estava mal humorado ou triste, era o contrário, se algum de nós estivesse de baixo astral ele nos fazia rir até sentir dor na barriga.

- Conheço muito essa peça, até hoje ele é assim.

- Às vezes me esqueço de que você mora com ele 24 horas por dia. – Ele tinha seu olhar preso na estrada, mas pude ouvir mais uma risada escapar dos seus lábios.

Tentei ligar novamente para o Justin, mas ninguém atendeu. Eu tentava ignorar, mas eu ainda tinha a sensação ruim comigo e aquilo estava me atormentando. Eu sentia uma necessidade enorme de ver o Justin pra saber se tudo estava bem.

- Acho que chegamos. – Ryan disse enquanto diminuía a velocidade do carro e entrava em um lugar cheio de arvores, no fundo havia uma casa enorme e muito linda. – Aqui é a casa de campo que o Justin comprou.

- Não acredito... – Disse abismada.

- Eu disse que ele estava realmente apaixonado por você. – Ele riu, parando o carro na entrada. – Acho que está entregue.

- Obrigada Ryan. – O agradeci, abrindo a porta do carro.

- Quer que eu lhe espere entrar?

- Acho que não é preciso. – Olhei pra casa. – Mas está tudo apagado.

- Coisa de Justin Bieber, Lucy. – Ele riu. – Você tem o meu número? Caso precisem de algo podem me ligar.

- Não tenho, marca aqui. – Disse entregando meu celular.

Ryan marcou o seu número e me entregou de volta.

- Obrigada novamente, Ryan. Manda beijo pra Hannah caso você fale com ela.

- Pode deixar Lucy. – Ele sorriu. – Bom ‘’encontro’’. – Ele disse encontro em aspas o que me fez rir.

- Obrigada. – Agradeci mais uma vez, saindo do carro e fechando a porta.

Ryan acelerou o carro e foi em sentido a saída do local. O vi se distanciar cada segundo mais e me virei de frente pra casa, avisando o quanto linda ela era. Havia muitas flores e era toda branca de madeira, típica casa de boneca.

O Justin ainda me mata.

Andei até a escada que havia ali, subindo seus degraus e entrando em um rancho todo de madeira. Lá havia uma cadeira e alguns vasos. Olhei pra porta na minha frente e respirei fundo. Eu sentia meu estomago com borboletas, parecia até que era o meu primeiro encontro com o Justin.

Dei três batidas de leve na porta e esperei.

Eu podia ouvir apenas os grilos e barulhos de insetos vindo do jardim e do mato ao redor, ouvi também o barulho de água e era do riacho que havia ali por perto. Olhei pra porta novamente e ninguém havia aberto. Nenhum sinal.

Dei mais três batidas.

Provavelmente o Justin estava arrumando tudo e não havia me escutado ou então ele deu uma saída e estava por vir. Esperei mais 5 minutos de frente a porta e logo cansei, sentando nas escadas.

Meu relógio marcava quase 21h. Era quase impossível o Justin ter saído pra ter comprado alguma coisa sabendo que eu chegaria a qualquer momento, me deixando sozinha nesse lugar que não tinha nenhuma segurança e não havia nem sinal de pessoas.

Decidi esperar por mais 10 minutos, foi quando a sensação ruim começou a piorar, junto dela começou a me vir um medo terrível.

Liguei para o celular do Justin pra ver se ele me atendia, mas, nenhum sinal. Aquela porcaria só chamava chamava chamava.

- Provavelmente está no vibratório e ele não está ouvindo. – Sussurrei comigo mesma pra me tranquilizar.

Tirando o Justin a minha única chance era de ligar para o Ryan. Mas ele já teve todo o trabalho de me trazer aqui e ainda teve que fazer dois caminhos diferentes.

Tudo bem, mas o que eu faço agora?

Eu olhava o visor do meu celular e não havia sinal de ninguém, quem dirá do Justin. Eu tive sorte por aquele lugar ter sinal, caso não estivesse eu estava mesmo ferrada.

Depois de quase meia hora, eu havia desistido de esperar e o medo me invadia a cada instante. Decidi deixar a preocupação e o orgulho de lado e liguei para o Ryan:

- Lucy? – Ele atendeu no terceiro toque.

- Ryan, você tem noticia do Justin? – Perguntei com a voz tremula.

- Não, por quê? Ele não está com você?

- Desde quando você me deixou aqui ele não apareceu até agora. Faz quase 40 minutos que eu estou o esperando e não há nenhum sinal, eu estou realmente preocupada.