Eu e Justin passamos a tarde toda juntos, fazia um bom tempo que não fazíamos isso. Eu estava em repouso absoluto, então, assistimos filmes e comemos pipoca durante a tarde. Quando deu 17h, Candy chegou junto com Margarett. Elas haviam estudados pela manhã e de tarde elas foram ao shopping a pedido do Justin, já que Candy estava toda preocupada comigo e com os bebês que ela não pode visitar ao hospital.
- Eu fico feliz que você esteja bem, mana. – Ela disse me abraçando. – E como está o Austin? E o Dylan?
Sorri.
- Eles estão bem, pequena. – Respondi. – A nossa próxima visita vai ser daqui... meia hora. – Disse olhando para o relógio. – Você quer ir junto?
Um sorriso enorme brotou dos seus lábios.
- Eu posso?
- Claro que sim.
- Então eu quero! – Ela disse animada, me abraçando em seguida.
Justin estava sentado em outro sofá nos olhando com um sorriso nos lábios.
- Margarett, você está dispensada por hoje. – Eu disse. – Obrigada por ter ficado com Candy nesse tempo que eu tive os meninos.
- Não precisa agradecer, menina Lucy. – Ela sorriu. – E fico feliz por te ter de volta inteirona aqui, Justin estava se sentindo perdido sem você nessa casa.
Gargalhei.
- Obrigada, Margarett! Você sempre salvando a minha vida.
Ela sorriu.
- Estarei sempre ao seu disposto, Lucy.
Me levantei e fui em sua direção, a abraçando em seguida. Depois ela se despediu de todos nós e saiu da mansão, indo embora.
- Será que dá tempo de eu ir tomar banho? – Candy perguntou e eu a fitei. – Quero ver meus sobrinhos cheirosa.
Justin começou a rir junto comigo.
- Pode sim, Candy. – Eu disse. – Mas vá logo.
Ela assentiu e saiu correndo em direção as escadas, subindo a própria.
Durante o tempo que Candy foi tomar banho, fiquei na sala junto com o Justin assistindo alguns filmes que passavam, e a gente tentava ao máximo não deixar no canal onde passava noticiários de famosos porque sempre passava algo sobre o Justin e os bebês e ele preferiu não ver o que as pessoas tinham a dizer, não por enquanto.
Não estávamos fugindo da realidade, mas acredito eu que a realidade é o que vivemos, não o que os outros tem a dizer. E sinceramente, o que os outros têm a dizer não importam pra nós, eles são apenas os outros.
Minutos tempos Candy desceu a escada já pronta, segurando uma bolsinha junto. Ela estava com o cabelo solto e um pouco molhado, vestia uma calça jeans, uma sapatilha e uma blusa de manga curta florida. Ela seria uma menina linda quando crescesse, já estou vendo o trabalho que vai me dar.
- Já estão prontas, donzelas? – Justin perguntou rindo baixo em seguida.
- Sim. – Eu e Candy respondemos em um coro e nos entreolhamos.
Fomos em direção a garagem onde a Range Rover de Justin estava estacionada, enquanto eu e Candy entravamos no carro, Justin foi conversar com alguns seguranças, voltando minutos depois.
- Aconteceu alguma coisa, Nemo? – Perguntei enquanto ele ligava o automóvel.
- Não, amor. – Ele respondeu. – Eu só pedi que um carro de seguranças nos acompanhassem até o hospital, boatos de que lá está cheio de paparazzi.
Torci a boca.
- Concordo, foi um pouco difícil de eu sair de lá com a Hannah hoje mais cedo.
Ele me olhou e franziu a testa.
- Você deveria ter me avisado pra eu pelo menos ter mandado alguns seguranças pra lá, imagine se algum paparazzo te derrubasse? O médico disse que você precisa de repouso.
- A Hannah me ajudou, Justin. Não precisa se preocupar.
Ele riu fraco.
- Como se a Hannah fosse forte o suficiente pra lutar contra 10 homens. – Ele me olhou e voltou a olhar pra direção. – Eu me preocupo sim, seria estranho da minha parte não me preocupar com a minha mulher.
Sorri por aquilo, sentindo algumas borboletas no estomago. Com a minha mulher.
Encerramos o assunto, ouvindo o resto do caminho a Candy contar como estava sendo ter aula com Margarett. Ela nos contou as coisas que havia aprendido e o quanto gostava da companhia, disse também que considerava Margarett uma avó.
- Uma avó? – Justin perguntou. – Seria melhor se você a considerasse como uma... mãe.
Engoli seco. Eu sentia tanta saudade dos meus pais.
Candy ficou em silencio, eu também.
- Me desculpa. – Ele murmurou. – Eu não penso muito antes de falar, preciso parar com isso.
- Não se preocupe, xi biber. – Candy disse passando a mão no seu ombro. – Você sabe porque eu não considero a Margarett a minha mãe?
Justin me olhou.
- Não, por que?
- Porque eu considero a Lucy a minha mãe, e você... o meu pai.
Abri um dos maiores sorrisos por ouvir aquilo e fitei Justin, que também me olhava sorrindo.
- Obrigado por isso, Candy. – Ele disse. – Fico por feliz por saber disso, você é muito especial.
Então, ela chegou perto do banco do motorista onde Justin estava sentado e beijou a sua bochecha. Foi um dos gestos mais lindos que eu já vi e senti meus olhos lacrimejarem.
No começo eu sentia muito medo da Candy não gostar do Justin, ou então, não se acostumar com essa vida de câmeras, holofotes, pessoas 24 horas por dia querendo saber das nossas vidas, não ter lugar fixo pra morar, viajar sempre, não poder conviver muito com pessoas normais e não ser alguém normal, ainda mais quando você é nova e seus pais, aqueles que conviviam com você a todo instante, partem pra sempre. Mas, Candy me surpreendeu muito, as únicas vezes que a vi chorando ou sofrendo por algo foi por saudade da mamãe e do papai, mas acredito que isso seja normal já que tudo aconteceu tão rapidamente que mal tínhamos tempo de nos preparar. Jazzy e Jaxon se tornaram seus melhores amigos, já que pra eles também era difícil encontrar alguém porque a vida deles também não é fácil.
Candy se adaptou melhor e mais rápido que todos nós e aquilo sem dúvidas era algo de se surpreender, era muito bom pra mim.
Assim que chegamos ao hospital, quando Justin entrou com o carro dentro do estacionamento, já podíamos sentir os flashes nas janelas e uma multidão intensa de paparazzi. Justin estacionou o carro e olhou para o retrovisor, vendo o carro dos seguranças atrás de nós. Ele pegou seu celular e discou o número.
- Podem vir quatro homens aqui na porta do carro? – Ele pediu. – Vai ser difícil a Lucy e a Candy saírem sem nenhuma escolta. – Então ele deu uma pausa, provavelmente escutando o que o segurança dizia na outra linha. – Estou aguardando, obrigado!
Em questão de segundos, havia quatro seguranças perto de cada porta do carro. Justin me olhou e assentiu.
- Candy, não abra a sua porta ainda. – Eu disse. – Vou sair do carro e eu mesma abro, te pegando.
- Tudo bem. – Ela respondeu e Justin destravou as portas.
Sai do automóvel e os flashes aumentaram. Fui até a porta de trás do carro e abri, pegando na mão da Candy. Três seguranças estavam perto de mim e sai de perto do carro, sentindo alguma coisa pegar na minha outra mão.
Olhei pra trás e Justin sorriu, enquanto entrelaçava os nossos dedos.
Entramos correndo dentro do hospital junto com seis seguranças. Justin mostrou a carteirinha que ganhamos do hospital onde provava que viemos visitar os nossos filhos e logo autorizaram a nossa passagem.
Entramos em um elevador e Justin apertou o andar do próprio, que logo fechou as portas e subiram.
- Os seguranças vão ficar lá em baixo? – Candy perguntou. – Não tem perigo de aqueles homens subirem?
Justin riu fraco.
- Não se preocupe, aqui estamos seguros. – Ele disse passando a mão no seu cabelo e ela assentiu.
Logo a porta do elevador foi aberta, indicando que chegamos ao nosso andar. Justin saiu em primeiro e segurou na minha mão, enquanto Candy estava do meu lado.
Eu reconhecia aquele corredor, era onde Austin e Dylan estavam.
A luz estava fraca e andamos até chegar em uma parede enorme de vidro, onde dava pra olhar dentro dela. Avistei rapidamente os dois deitados dormindo, cada um em uma incubadora.
Como doía ver aquilo.
Candy me olhou enquanto eu sentia algumas lágrimas caírem, limpando-as em seguida. Ela saiu de perto de mim e foi até o Justin, e a ouvi sussurrar:
- Onde eles estão? – Ela perguntou.
Justin pegou Candy no colo e apontou com o dedo onde eles estavam, então, ela logo sorriu, conhecendo seus mais novos sobrinhos.
Ficamos alguns minutos em silêncio só vendo as enfermeiras arrumarem e ficarem por perto deles, até que uma delas se aproximou do vidro e abriu uma porta na nossa lateral, saindo da própria.
- Lucy? – Ela perguntou me olhando. – Vocês são pais do Austin e Dylan?
- Sim. – Justin respondeu por mim. – Eles estão bem?
- Sim. – Ela sorriu. – Eles estão respondendo o alimento muito bem.
Senti uma felicidade enorme me invadir.
- Vocês querem vê-los mais de perto? – Ela perguntou.
- Queremos! – Respondi antes de Justin, que logo me olhou e sorriu.
Ela assentiu.
- Me acompanhe então.
Acompanhamos a enfermeira, entrando naquela sala onde havia alguns bebês prematuros, assim como Dylan e Austin. Fomos em direção a incubadora deles.
Eles estavam de fralda e não vestiam mais nada e aquilo me incomodou um pouco.
- Eles não estão com frio? – Perguntei enquanto os olhava dormir.
- Não. – A enfermeira respondeu sorrindo. – Essa sala é térmica, existem testes onde vemos qual é a temperatura certa pra eles.
Assenti, voltando a olhar Dylan dormindo, enquanto Justin e Candy estavam perto de Austin.
Ele segurava minha irmã no colo pra que ela pudesse vê-lo melhor e eu ouvi ela dizer:
- Eles só dormem?
Ri baixo e Justin me olhou, sorrindo.
- Eles são novinhos e precisam dormir. – Justin respondeu.
Depois, ela veio até eu pra poder olhar Dylan. Eu não podia pega-la no colo porque infelizmente, eu não podia fazer força, mas Justin logo se aproximou de nós e a segurou.
- Eles se parecem com você, Justin. – Candy disse enquanto apontava pra Dylan.
Olhei pra Justin e algumas lágrimas caiam sob seu rosto e um sorriso maravilhoso estava estampado nos seus lábios.
Me aproximei com calma dele e dei um selinho rápido, então, ele me olhou e mandou beijo no ar.
Justin é a melhor pessoa do mundo, definitivamente.
[...]
Ficamos o tempo todo perto de Dylan e Austin, até acabar o horário de visita. Após isso, saímos do hospital e eu estava mais aliviada por ter os visto, mas, eu ainda os queria em casa. A enfermeira disse que eles estavam melhor e provavelmente iriam embora mais rápido.
Na saída do hospital, os seguranças já nos esperavam. Notei que havia diminuído a quantidade de paparazzi e antes que saíssemos do hospital, Justin chamou um segurança que veio na nossa direção.
- Senhor Bieber. – Ele disse. – O diretor do hospital expulsou mais que a metade dos paparazzi.
Arregalei meus olhos.
- Ele falou algo de mim? – Justin perguntou. – Que precisava conversar comigo?
- Não senhor, ele só pediu que eles tivessem mais respeito com o senhor.
Aquilo sem dúvidas era de ficarmos surpresos. Se fosse qualquer outra pessoa, falaria um monte de porcaria sobre o Justin, querendo queimar ainda mais a sua imagem.
Fomos até o carro com mais agilidade e rapidez, já que havia diminuído a quantidade de câmeras e tumulto. Justin logo entrou no automóvel depois que eu e Candy adentramos, então, ele acelerou o próprio e saiu do estacionamento do hospital, voltando ao destino da mansão.
O relógio já marcava 19 horas e estava escurecendo, seria a minha primeira noite sem Dylan e Austin ao meu lado e aquilo me incomodava tanto. Justin notou a minha tristeza e começou a conversar comigo e com a Candy durante o caminho, enquanto tentava me entreter.
Quando chegamos na mansão, avistei um carro parado perto do gramado.
- É o Ryan. – Justin disse enquanto estacionava a Range Rover.
O fitei.
- Será que ele descobriu algo? – Perguntei.
- Vamos ver. – Ele disse, desligando o automóvel e destravando as portas.
Sai do carro junto com Justin e abri a porta pra Candy, a ajudando a sair. Fomos em direção a porta da sala da mansão em passos rápidos, entrando em seguida e avistando Hannah e Ryan sentados no sofá.
- Brother! – Ryan disse assim que nos viu, se levantando e vindo na minha direção.
Cumprimentamos-os e notei que Ryan segurava um papel em mãos e na mesa de centro da sala tinha um notebook que provavelmente era dele.
- Vocês estão muito tempo aqui? – Perguntei.
- Faz uns 20 minutos. – Hannah disse.
Justin me olhou e depois, olhou pra Ryan.
- Bro, eu estou ansioso... – Ele torceu a boca. – Será que você pode me falar se você conseguiu algo?
Ryan olhou pra Hannah e depois me olhou, por fim, trocando olhares com Justin.
- Consegui, Justin! – Ele disse. – E soube também que quem divulgou sobre a gravidez da Lucy para o TMZ foi o Milk. – Ele deu uma pausa. – O próprio filho da puta que vendeu todas as suas informações pessoais.
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