História Like a Rolling Stone - Ela tem nome e sobrenome: Susana Pevensie

Apesar do interesse recíproco que ela demonstrou para ele, a jovem o fitava, mas paqua ela o encarar, até que ela quebrou o silêncio.

—Prazer em conhecê-lo, Ben Wittaker.

— O prazer é todo meu! A senhorita está bem? Parece meio abalada. — Ben perguntou com um sorriso doce em seus lábios.
— E-eu estou bem, obrigada.
— Certeza?
— Sim, bem eu irei agora. muito obrigada por ter me salvado daquele cara, até um dia Ben Wittaker.

— Não há porque agradecer, Susana. Bem, quer que eu lhe leve até em casa? Aquele louco pode voltar...
—Não, muito obrigada Ben, minhas amigas estão me esperando agora, mais uma vez muito obrigada, até mais ver! — Susana lhe lançou um sorriso, amarelo e triste mas mesmo assim um sorriso que fez com o que o coração de Ben se derretesse.
—Até mais ver Susana! — Ben a lançou um sorriso e ela se foi.
Ben a encarou até a saída e antes dela sair lhe lançou um olhar sem dúvida um olhar confuso e melancólico, mas ainda assim o olhar mais lindo que ele já viu em toda a sua vida.

Susana voltara para o seu alojamento, tentou abrir um livro e se  concentrar mas era inútil, o encontro com Ben Wittaker tinha sido extremamente perturbador. Ela não conseguia parar de pensar nele, ele era inacreditavelmente parecido com Caspian. Só não idêntico pelo o cabelo curto e a ausência do sotaque telmarino, mas tinham os mesmos olhos, lábios, sorriso, tom de voz, expressão meiga...
Aquilo parecia até loucura ou uma peça muito grande pregada pelo destino, Susana que passou tanto tempo tentando esquecer Nárnia,  esquecer  Caspian e tudo volta à tona e a fazia lembrar de tudo que ela demorou tanto tempo para apagar de sua memória.
Desde que voltou de Nárnia pela a segunda vez, Susana evitava a todo custo falar de Caspian pois era doloroso encarar o fato que nunca mais iria vê-lo e a dor da saudade apertava de uma forma muito intensa, assim ela preferia guardar toda a dor para sí mesma embora soubesse que sozinha não conseguiria ter forças para encarar tudo.
Mas, depois que Edmundo e Lúcia voltaram de sua terceira ida a Nárnia tudo mudou, eles relataram a viagem á bordo do Peregrino da Alvorada, entre suas aventuras falaram de Lilliandil,a estrela filha de Ramandú, contaram sobre o interesse que Caspian tinha em relação a ela.
Depois que soube que ele pretendia se casar, Susana sentiu a maior dor que até então poderia ter sentido.
Onde estava todo aquele amor que ele dizia ter?
E as juras de amor eterno?
E todas as vezes que declararam seu amor um pelo o outro foi mentira pela parte dele?
Ele não passa de um traidor.
Era isso em que ela acreditava, a sua dor a impedia de raciocinar e assim ela decidiu o esquecer, ignorar totalmente a sua existência, assim como ela ignorava a existência de uma guerra lá fora, a existência de pessoas que só queriam vê-la mal, mas para esquecer dele precisaria esquecer de Nárnia e assim ela o fez.
No novo mundo sem Nárnia que Susana resolveu criar não havia Reis e Rainhas, centauros, faunos e dríades, apenas havia sua família, ela mesma, dinheiro e prestígio diante da sociedade. Mas, por dentro daquela garota arrogante que era Susana Pevensie vivia aquela que um dia em uma terra muito distante foi chamada de Rainha Susana, a Gentil.
Mas então, com a morte de sua família Nárnia voltou aos seus pensamentos,  ela se lembrava de cada detalhe desde quando entrou no guarda- roupa na casa do tio Kirke. E agora a existência de Caspian batia em sua porta  e jogava em sua cara a sua segunda ida a Nárnia, mas agora o destino colocou Ben Wittaker em seu caminho, jogando tudo em sua mente o que ela tanto lutou para apagar.
— PORQUÊ ASLAM? PORQUÊ? PORQUÊ ESTÁ FAZENDO ISSO COMIGO?— ela gritava em meio á lágrimas desesperadas. — o que eu fiz para merecer isso? Eu não aguento... eu não aguento mais!— sua voz ia diminuindo entre soluços á medida que perdia as forças, de um lado uma garrafa de whisky cheia, ela abraçava seu travesseiro como se fosse a sua única tábua de salvação.
Se Susana tivesse dado ouvidos ao que Eustáquio e Jill tinham à falar talvez esse sofrimento seria amenizado.


Ben chegara em casa, não tinha o menor interesse em seus trabalhos de faculdade naquele momento, por enquanto ele apenas se deitara em sua cama e pôs-se a pensar sobre o ocorrido na biblioteca da faculdade.
Aquela jovem sem dúvida era a criatura mais adorável que seus olhos já viram, ela parecia completamente indefesa perto daquele cara, ele não sabe o porque mas teve a necessidade de protegê-la.
Ela despertou em Ben uma vontade irresistível de cuidar dela, ele não sabe o que mais chamou atenção nela se era sua fragilidade, beleza, graciosidade ou os seus olhos, azuis e tristes, iguaizinhos aos que o visitavam tantas vezes em sonho.
E a tristeza estampada em seus olhos? Era um enigma que Ben mais queria desvendar, mas será que teria oportunidade, será que a veria novamente?
Seu coração dizia que sim.
Ele imediatamente começou a cogitar lugares em que ela iria com frequência, talvez a biblioteca, mas uma coisa ele sabe, ela é da London University.
Ben então percebeu que aquele encontro o fez despertar algo que ele nunca sentiu antes na vida, se antes a mulher de seus sonhos não passava de um misterioso par de belos olhos azuis, hoje ela tem nome e sobrenome: Susana Pevensie.

Paul Starkey chegou a sua casa irado. Porquê diabos aquele cara tinha que se meter entre ele e Susana? Imediatamente foi para o porão de sua casa, onde havia um altar macabro com ossos e sangue humano, então ele se dirigiu até lá e pronunciou palavras quase inaudíveis e naquele lugar o mal estava presente.
 — Ó Grande Tash!
— Acho que não está cumprindo bem a missão que lhe foi dada, Rabadash.