História Like Air - I swear fealty to you.

- Clarke? Mas o que você...

- Minha resposta é sim. - interrompi Lexa, ignorando todo seu espanto por eu estar ali na sua frente. 

- O que? - ela disse parecendo confusa. Me aproximei e segurei suas mãos, entrelaçando nossos dedos. 

- Eu disse que minha resposta é sim. Eu aceito vim morar com você. 

O sorriso que Lexa abriu nesse momento poderia ficar gravando na minha memória para sempre, ela me abraçou e começou a beijar todo meu rosto, minhas mãos, meus ombros, todo lugar que ela conseguisse ela estava depositando um beijo. E eu apenas aproveitei e me juntei aquela felicidade.

Seu abraço era quase insuportável de tão apertado, mas sinceramente eu não me importava, queria ser feliz ali, com ela e sem mais nenhum problema para atrapalhar nossa relação. Me afastei de seu abraço, e pude ver seus olhos brilhando, brilhando tanto quanto uma estrela no céu. Ver aquele rosto transbordando felicidade me fez querer chorar, um choro de agradecimento.

- Então quer dizer que você abandonou toda sua vida por mim?

- Não, eu abandonei todo o resto que não importa muito para ficar com a minha vida. - Falei mostrando um sorriso sincero, e pude ver uma lagrima cair sobre o rosto de Lexa, continuei - Não dá pra suportar viver longe de você, nem se for pra manter um relacionamento distante, eu já tentei e como você disse uma vez, não era certo, não daria certo. 

- Você tem certeza que escolheu corretamente? 

- Lex, não tenho uma vida se você não estiver por perto, o tempo todo. Não rola. 

- Então ficará me aguentando para sempre? Tem certeza que consegue? - A felicidade estampada em seu rosto fez meu coração bater tão rápido que se fosse possível, eu explodiria. Era por isso que eu estava ali, era por aquela felicidade, pela felicidade de Lexa. 

Depois que entramos em sua casa, ficamos no sofá até tarde conversando, e eu falei como minha mãe reagiu ao saber e Lexa ficou tão em choque quanto qualquer um que eu contasse ficaria, ela não imaginou que minha mãe pudesse ter uma reação daquela, ela disse que no mínimo minha mãe mandaria alguém vim aqui e matar ela por ela ter pegado sua filha. Sorri e bati em seu ombro de leve, Lexa as vezes exagerava, de uma maneira um tanto peculiar. Falei que no meio tempo que não nos falamos me aproximei bastante de Bellamy, Lexa fez uma cara de quem não gostou muito, franzindo todo o cenho e cruzando os braços e falando algo como "Sério? O quão próximo foi? Posso me preocupar com essa amizade?". Lexa com ciúmes era o ser humano mais lindo do mundo, de verdade. 

Senti falta de conversar com Lexa sem ter uma preocupação, sem ter algo que sempre deixasse o clima estranho entre nós duas. Quando já estava quase marcando 4 horas da manhã, Lexa adormeceu no sofá, e eu ainda tagarelava sobre várias coisas aleatórias. Busquei um cobertor e o coloquei por cima dela, me deitando em seguida ao seu lado no sofá, me aninhando ao seu corpo. 

[...]

Acordei poucas horas depois quando senti a luz do sol vindo da grande janela de vidro, pousar sobre meu rosto. Levantei e percebi que estava sozinha, havia esquecido que Lexa sempre acorda primeiro que eu. Andei até a cozinha e estava vazia também, resolvi subir para seu quarto e lá estava Lexa, já com uma calça preta de tecido e uma blusa simples listrada.

- Vai sair? 

- Oi, bom dia pandinha. - Ela falava indo de um lado para o outro terminando de se arrumar. - Vou na faculdade de novo, pegar uns últimos papéis e umas coisas que ficaram na minha antiga sala. 

- Vou com você. 

- Não precisa, eu não vou demorar. 

- Na verdade - me sentei em sua cama - Preciso devolver uns livros que peguei na biblioteca, e pegar todas as minhas coisas do meu quarto no dormitório... à não ser que você tenha mudado de ideia e não me queira mais na sua casa. - provoquei, fazendo ela se virar para me encarar com uma sobrancelha erguida. 

- Vá se vestir. 

- Não demoro. - corri pro banho e percebi que não tinha nenhuma roupa minha limpa aqui. - Lexa?

- Sim?

- Estou sem roupas limpas aqui. 

- Veste alguma minha, deve servir. 

Depois de pronta, desci as escadas e vi pela porta que já estava aberta, Lexa dentro do seu carro. 

- Lex, a faculdade é logo alí, por que vamos de carro? 

- Quero te levar a um lugar depois que sairmos de lá. - falou sorridente. Fechei a porta e entrei no carro com pressa

- Que lugar? - perguntei curiosa. 

- Calma pandinha, você vai ver. 

Não demorou nem cinco minutos e já estávamos na garagem da faculdade, quando descemos do carro, Lexa seguiu para sua antiga sala e eu fui em direção ao meu quarto, primeiro para pegar os livros que iria devolver para a biblioteca, depois disso eu teria que voltar ao quarto de novo para poder pegar todas as minhas coisas. Lexa teria que me ajudar nessa parte. 

Depois de passar exatos trinta minutos dentro da biblioteca, finalmente saí dali querendo voltar rápido para o quarto, mas fui impedida por um repórter e um cara acompanhando com uma câmera na mão.

- Clarke Griffin? - falou já apontando o microfone em minha direção

- Sim? Posso ajudar?

- Pode responder algumas perguntas? 

- Sim... - não quis ser rude, olhei séria para ele

- Como é a adaptação na faculdade? Acha que é algo muito difícil? - Então ele não tá aqui para saber sobre o porque que eu abri mão do papel na série? 

- Não, na verdade. Encontrei o meu espaço aqui, eventualmente...

- Como vai conciliar a faculdade agora que o show está prestes a sua grande estreia? Alguma coisa que vai deixar aqui para trás? 

- Mas... - olhei confusa para ele. - Eu não estou mais no elenco, vou me dedicar agora apenas para a faculdade e coisas normais da vida, nada de fama. - falei sincera mostrando um pequeno sorriso. O repórter ficou sem graça, percebi que ele não sabia disso. 

- Ah, eu não sabia. Pedi uma licença ao superior daqui para poder te entrevistar, eu não sabia que você não está mais no elenco. 

- É, eu abri mão. Há algo mais importante para mim agora. 

- Podemos saber o que é esse algo importante? - perguntou com curiosidade, bem no exato momento em que Lexa vinha em minha direção, sorri para ela e deixei que ela se aproximasse. 

- Lexa Woods, essa mulher incrível ao meu lado. - falei já pegando na mão de Lexa e a puxando para perto de mim - ela é o algo importante que eu estava falando. Na verdade, a pessoa. - Lexa sorriu com vergonha, e eu não pude deixar de ver a cara de espanto do repórter, porém agora ele teria um belo artigo para ser publicado, e eu não me importaria.

- Agora se nos der licença, temos umas coisas para resolver. - Lexa disse com aquela voz autoritária dela e saímos dali. 

- Não acredito que ele não sabia que você largou o papel. - Lexa disse sorrindo, quando estravamos no meu quarto para buscar minhas coisas. 

- Será que ele estava apenas fingindo? - fingi um espanto e Lexa sorriu me dando um tapa de leve no braço - Se estava ou não, eu não ligo mais.

- Está bem rebelde a senhorita Clarke Griffin. - sorri para ela. 

Quando finalmente guardei todo o resto das minhas roupas e coloquei meus pertences numa caixa, tranquei o quarto e respirei fundo. Acho que agora vai ser um novo começo, um real, apaixonante e lindo começo. Lexa segurou minha mão e perguntou se eu estava pronta para ir, assenti e seguimos de volta para o seu carro. 

Já na estrada, fiquei curiosa para saber onde Lexa estava me levando, mas não perguntei nada, conhecendo ela, não iria me dizer nem uma só palavra. Observei todas as ruas que passamos e desconheci todas elas, com certeza eu não conhecia o bairro. Lexa diminuiu a velocidade quando entrou em uma rua bem calma, cheia de casas muito bem arrumadas, com jardins e todas essas coisas. Olhei para ela com uma cara que dizia "o que estamos fazendo aqui?", e ela apenas abriu um sorriso empolgado. 

- Que lugar é esse? - falei quando Lexa parou o carro de frente a uma casa mediana e muito bonita. 

- Você é muito curiosa. 

- Claro que sou, não estou entendendo Lexa, que casa é essa? 

- Não se pode fazer uma surpresa para você em paz. - Lexa bufou descendo do carro, desci em seguida, seguindo ela. 

- Surpresa? Lexa Woods, de quem é essa casa, onde estamos? - Parei e cruzei os braços, ela revirou os olhos e tirou uma chave do boldo de sua calça. 

- Clarke Griffin, bem vinda a seu novo lar. Nosso lar. - O QUE? abri minha boca formando um O.

- Lexa... Você...?

- Sim, comprei essa casa pra gente, queria algo mais a nossa cara, não gosto muito de apartamentos. - ela falava de boas enquanto eu continuava sem reação. - Vem, vamos entrar, já está mobiliada. 

- Não estou acreditando. 

- Não está acreditando em que, pandinha? 

- Que você gastou horrores nessa casa sendo que poderíamos morar na sua casa. Lexa, essa casa deve ter custado muito dinheiro. Olha o tamanho dela! E você comprou sem ao menos saber se eu iria dizer sim? E se eu tivesse dito não? Meu Deus! - falei tudo muito rápido, quase sem respirar e Lexa apenas começou a gargalhar bem na minha cara.

- Já coloquei a outra casa a venda, e mesmo se você me dissesse um não, que eu sabia que seria um sim, eu viria morar aqui. Quero ficar longe daquele lugar. - ela olhou para a casa enquanto falava e olhou de volta para mim - Vai querer entrar e aprovar todas as mobílias da casa ou vai ficar ai me olhando com essa cara?

- Vamos entrar. - Abri um sorriso do tamanho do mundo e vi Lexa fazendo um ufa me fazendo gargalhar.

A casa era muito mais bonita por dentro do que por fora, se é possível. Todas as paredes estava pintada em cor de gelo, e tinha um belo e enorme ilustre no meio da sala e outro na sala de jantar, os moveis eram rústicos modernos, deixando o ambiente ainda mais agradável. Andei por toda a casa admirada que Lexa fez tudo isso por mim, por nós.

- Ainda não acredito. - falei alto.

- Em que? - posicionou seus braços ao redor da minha cintura por trás.

- Que eu te amo mais do que tudo.

- Eu também te amo Clarke.

- Está tudo incrível Lexa, e eu ainda acho que você deve ter gastado um dinheirão com tudo. 

- Não vou te contar o preço de nada, nada mesmo. - me virei para encara-lá. - Agora vem ver o nosso quarto. 

O quarto assim como todo o resto, tinha uma pegada rustica moderna. Com uma cama anorme no meio e acima da cabeceira havia um enorme quadro, uma pintura de duas mulheres abraçadas, era um quadro lindo, cheio de amor.

- Eu encontrei esse quadro... - interrompi Lexa com um beijo, selando nossos lábios. 

Suas mãos deslizam sobre meu corpo, enquanto eu a empurro sobre a grande cama, me posicionando sobre ela. Meus mamilos se enrijecem debaixo da minha blusa quando sinto suas mãos tirando meu sutiã e passando por cima dos meus seios, ela continua me acariciando deslizando as mãos até meu quadril, nos fazendo trocar de lugares. 

- Você fica tão gostosa quando está por cima, controlando tudo. - ela sussurra no meu ouvido - Mas eu prefiro você assim. 

Ela coloca sua mão dentro da minha calça me fazendo arquejar enquanto sua outra mão agarra meu cabelo e puxa com força, me fazendo gemer um pouco alto. Me beijando com pressa e puxando minha cabeça para trás, solto mais um gemido em resposta e acaricio seu rosto. Lexa continua e começa a tirar minha calça junto com a calcinha, e eu já me sinto completamente molhada, de repente ela se levanta me puxando com força e me erguendo para me posicionar em cima de uma bancada que tinha de frente a nossa cama, suas mãos mais uma vez deslizam sobre minhas coxas, abrindo meus joelhos. Solto um gemido alto quando ela começa a beijar minha coxa, se aproximando até que começa a beijar toda a minha intimidade, me fazendo automaticamente abrir mais minhas pernas, enquanto sua língua começa a circular meu clítoris.

Já estou ficando sem folego, quando sinto um dos seus dendos dentro de mim. Ahhhh! grito quando sinto outro dedo dentro de mim, Lexa me olha com desejo e eu me entrego, deixando ela fazer seu movimento de vai e vem com rapidez, me tirando a sanidade. Lexa tira seus dedos de mim e me puxa me deitando novamente sobre a cama, olho para ela e percebo que ela está quase sem roupa. Em que momento ela tirou a roupa?

Lexa me encara de volta e vejo em seus olhos uma paixão inexplicável.  - Eu te quero para sempre Clarke Griffin. - ela diz ofegante e deita por cima de mim, continuando o que havia começado. 

[...]

Estou toda esparramada na cama quando acordo, olho pro lado e vejo Lexa me observando. 

- Sabia que eu queria estar com você desde a primeira vez que te vi na sala do Professor Murphy? - sorri tímida para ela, e continuou - E eu sempre me lembro da primeira vez que te convidei para vim na minha casa, eu pensei "Meu Deus, ela vai ter um ataque cardíaco e morrer!" , você estava tão nervosa, tão assustada. 

- O que?!

- Sério, eu não acho que tenha visto alguém com tanto medo em toda minha vida. 

- Eu não estava com medo. - ergui a sobrancelha

- Oh, sério? então estava apenas fingindo para o meu beneficio? - ela falava sorrindo

- Ok, talvez eu estivesse um pouco assustada. Talvez um pouco apavorada, mas isso tudo por que você sabe que todo mundo naquela faculdade tem medo de você. 

- Não posso fazer nada sobre isso. 

- Você é intimidadora, Lexa Woods. 

- O que você acha que eu deveria fazer?

- E como eu vou saber? 

- Certo, porque eu sou uma vampira, as vezes me esqueço completamente disso.

- Já deve ter idade suficiente para isso mesmo. - Lexa me deu um tapa no braço.

- Obrigada Clarke. 

- Por? 

- Por me amar e me deixar te amar também, e por ter enfrentado todos os problemas para que estivéssemos aqui hoje. Juntas. 

- Obrigada também, por ser uma professora super safada e ter dado em cima de mim na primeira chance que teve. - outro tapa, com mais força. - Ai! 

- Não teve graça. 

- Você fica linda toda brava. Estou brincando Lex. Eu sou grata por tudo que fez por mim, e por trilhar esse caminho comigo. 

Abracei Lexa com força, como se fosse a última coisa que pudesse fazer. Queria congelar esse momento, e permanecer nele. Um turbilhão de sentimentos invadia meu ser, e isso só me trazia a certeza de que eu fiz a escolha certa, de que estou ao lado da pessoa certa. É um novo começo, e eu estou completamente preparada para ele.