História Like my father - Like My Father Loves My Mom

A sala era média, paredes bege, chão de madeira escura que estalava esporadicamente por causa da idade da casa, o banco era levemente desconfortável para a sua idade já avançada. As janelas da sala de jantar do outro lado estavam abertas e pela boa circulação, uma brisa leve corria, preenchendo seus pulmões bem usados com ar fresco, o preenchendo com vida.

O confortável e familiar pinicar do suéter branco em sua pele ajudava a criar uma energia saudosa e aconchegante, assim como as usuais calças jeans e botas que não havia parado de usar apesar de ter envelhecido consideravelmente. Onde antes havia sido um jovem vigoroso e com curvas e pele macias e perfeitas, existiam agora pequenas rugas e defeitos ao longo de seu corpo, marcas de riso ao redor de seus olhos e bochechas, resultado de uma vida boa e feliz, uma vida de contos de fadas que as vezes, quando se deitava, ainda se recusava a acreditar. Onde antes seu cabelo era a perfeita mistura entre loiro e castanho, agora estava mais escuro com alguns fios grisalhos começando a aparecer, quando antes dançava por horas e noites inteiras sem muito mais do que uma ressaca no dia seguinte, suas costas e juntas agora pediam arrego.

Mas não tinha problema, porque isso tudo significava que ele tinha essas lembranças à que se agarrar, lembranças de ter vivido e não apenas sobrevivido.

O marrom do piano estava desbotado, Cas o havia dado de presente muitos e muitos anos atrás quando haviam comprado a casa e agora tanto o banco quanto o corpo estavam com alguns arranhões, marca da constante necessidade de Dean de reformular todo o espaço, mudando a mobília de lugar, as teclas de marfim eram amareladas mas ainda tocavam perfeitamente debaixo de seus dedos ainda delicados mesmo depois de tantos anos.

Era incrível como ainda mantinha em sua lembrança momentos que há muito deveriam ter sido esquecidos, momentos onde conheceu Castiel, onde conheceu seus amigos. Principalmente seus momentos favoritos que o levaram a escrever uma música quando estava no ensino médio. Música que em momentos como este, quando estava sozinho na sala de estar com o ruído leve de Castiel e Nina na cozinha, sempre voltava à sua mente e de maneira automática aos seus dedos.

(Podem dar play se quiserem, mas vai ficar meio confuso por causa dos flashbacks, mas enfim)

Com perfeição e memória muscular os dedos de Dean começaram a deslizar pelas teclas, criando a melodia familiar e logo, sua voz que continuava bela mesmo depois de anos passados acompanhou.

"I wanna come home to roses, and dirty little notes on Post-its and when my hair starts turning gray, he'll say i'm like a fine wine, better with age"

O Dean de dezessete anos, que havia escrito essa música estaria orgulhoso da vida que ele realmente conseguiu, depois de ter mostrado à Cas após alguns meses de namoro, pensou que o moreno tivesse esquecido, até que se casaram e passaram a morar juntos. Três vezes por semana ele encontrava rosas quando chegava do trabalho, sempre cansado, exausto, mas sempre abrindo um sorriso ao encontrar as flores ou na cama ou em cima das mais curiosas superfícies.

Uma vez ele até mesmo encontrou um vaso dentro da geladeira e em cada buquê, uma notinha dizia algum recado, por vezes amoroso, por vezes com uma pequena conotação sexual. Estavam casados à 20 anos e Castiel nunca deixou de cumprir essa 'tradição'

Em momentos depois de intimidade onde Dean se sentiria inseguro por não conseguir mais manter seu corpo de adolescência, o moreno apenas ficaria por cima novamente e beijaria cada centímetro de seu corpo, dedicando tempo e adoração especialmente às suas inseguranças, que Castiel insistia em dizer que eram suas partes favoritas.

Quando o loiro perguntava 'por quê?' ele diria que era porque elas o faziam real. Humano. Passível de erros e de falhas e de medo. Seus bons traços encantavam qualquer pessoa que cruzasse o seu caminho, mas as partes feias de seu amor e de sua pessoa eram dedicadas apenas à Castiel, apenas ele poderia ver aqueles pequenos detalhes que desconstruíam aquela imagem perfeita que muitas pessoas criavam sobre Dean e construíam a imagem que Cas achava perfeita, sua imagem real.

"I guess i learned it from my parents that true love starts with friendship. A kiss on the forehead, a date night, fake an apology after a fight"

Seus pais sempre haviam sido muito cuidadosos ao ensinar a ele e a Sam os valores humanos e sobretudo o valor do amor. Em como tratar e como aceitar ser tratado e no momento em que havia encontrado os olhos azuis naquela sala de aula cheia dos mais diversos tipos de alunos, Dean sabia que sua vida havia mudado para sempre.

Lembrava de cada momento que havia vivido ao lado de Castiel, cada momento que encontrava todos os seus desejos que havia exprimido de maneira tão pura em forma de melodia. Depois de manter contato visual por quase toda a aula, o moreno havia se aproximado de uma maneira esquisita, combinando timidez com confiança que apenas o faziam parecer um pouco deslocado no ambiente social, mas o loiro estaria mentindo se dissesse que sua maneira de aproximação não foi uma das coisas mais fofas que poderia testemunhar.

'Hey' Ele disse grave e rouco, sua voz mandando arrepios pela espinha do menino mais novo que imediatamente corou.

'Hey'

Um silêncio desconfortável se sucedeu entre os dois até que ele estendeu a mão com um olhar quase assustado em seus marcantes olhos azuis 'Eu sou Castiel'

Dean havia estranhado o nome, nunca antes o havia ouvido, mas não pôde nem quis, conter sua curiosidade, então com um sorriso gentil ele tomou a mão do mais alto, a balançando levemente sentindo a palma bem maior e quente do outro contra a sua.

'Dean'

Depois daquilo nunca mais se separaram e se lembrava perfeitamente bem do começo de sua relação, da fase 'lua-de-mel', das brigas bobas sem sentido nenhum, das mãos dadas, dos beijos na testa seguidos de um doce nos lábios. Dean se lembrava de tudo.

"I need a man who's patient and kind, gets out of the car and holds the door"

'O perfeito lugar para nosso primeiro encontro' Castiel ironizou quando Dean estacionou baby na frente da Roadhouse e o loiro fez uma expressão propositalmente chocada e dramática.

'Como ousa?'

Cass apenas riu e saiu do carro, o Winchester usou os segundos extras para dar uma rápida olhada no espelho e passar um veloz discurso motivacional sobre não estragar tudo. Assim que sua mão encontrou e maçaneta, a mesma se abriu por fora, Cas do outro lado estendendo a mão para ajudar o menor a sair do carro. Por alguns segundos enquanto sua surpresa era clara em seu rosto, Dean se permitiu apenas olhar para o seu logo-namorado. A calça preta era justa o suficiente para causar uma boa impressão, mas ainda larga para não ser considerada vulgar, os sapatos eram um tênis bastante usado que ele vestia em todos os lugares, sua camisa branca tinha um leve corte em V e o casaco de couro preto destacavam seus olhos mais azuis que o pacífico, cabelos mais escuros que a noite acima deles e pele branca mas não pálida.

Se aquele seria o seu namorado, Dean precisava cuidar muito bem dos olhares que o mesmo receberia.

'Essa é a parte onde você aceita minha mão, sai do carro e nós dois fingimos não estar completamente apaixonados um pelo outro enquanto entramos no restaurante ' ele sorriu torto, aquele sorriso que simplesmente faziam as pernas do Winchester tremer e com um sorriso e leve rubor nas bochechas ele fez exatamente o que foi sugerido

"I wanna slow dance in the living room like we're 18 at senior prom and grow old with someone who makes me feel young, i need a man who loves like"

Enquanto cantava sua mente invocava de maneira imediata as centenas e centenas de vezes em que naquela mesma sala, ele e seu -agora marido- dançaram de maneira lenta, as vezes apenas agarrados aos corpos um do outro balançando de maneira tão leve que era quase imperceptível; lentamente, os rostos que ele reconhecia como seu próprio e o de Castiel eram substituídos por outros muito conhecidos. Pelos de seus pais, que em várias ocasiões durante sua infância e adolescência, ele viu reproduzirem essa cena, dançando agarrados com olhares apaixonados.

"My father loves my mom"

Estava tão distraído que não notou seu marido apoiado com o ombro no batente do portal, os braços cruzados e sorriso no rosto, aquele sorriso torto que apesar da idade continuava sendo sua principal característica, que mostrava as rugas agora bem visíveis no canto de seus olhos atrás dos óculos de haste preta.

Dean só notou sua presença quando o mesmo se sentou ao seu lado o dando um sorriso que continuava apaixonado mesmo depois de 30 anos de relacionamento, no auge de seus 47. A já familiar mão do moreno encontrou sua cintura, apertando a mesma enquanto continuava a admirar o amor de sua vida tocar a canção favorita não apenas dos dois, mas de toda a sua família. O loiro sempre se emocionava ao tocá-la, eram tantas lembranças, seus pais haviam chorado rios quando ouviram pela primeira vez e algo dizia ao Winchester que ainda agiam da mesma forma onde quer que estivessem.

"I want a road trip in the summers, i wanna make fun of each other"

Dois anos depois de firmarem o namoro e depois de muito esforço, juntaram dinheiro o suficiente para pequenas férias longe da cidade pacata que ambos chamavam de lar, foram para a praia onde Dean os forçou a usar camisas havaianas combinando e a beber drinks com pequenos guarda-chuvas e onde Castiel reclamou e debochou dessas coisas apesar de adorá-las no fundo apenas porque o loiro parecia tão feliz em receber coisas tão simples.

Muitas foram as vezes que viram o sol se pôr e nascer na praia, os dedos afundados na areia, apenas conversando sobre tudo e sobre nada, fazendo promessas de amor, compartilhando carne quando os momentos se tornavam intensos. Falavam sobre coisas profundas e importantes e sobre coisas bobas e fúteis que faziam com que rissem por longos minutos, lágrimas saindo de seus olhos, músculos das bochechas doloridos e dor em suas barrigas pelas genuínas risadas, pela genuína felicidade.

Mais vezes do que poderiam contar se olharam nos olhos, sem dizer uma palavra por horas, apenas o olhar dizendo tudo que o outro precisava saber. Castiel adorava olhar para Dean, sentia que cada vez que o fazia, descobria algo novo, algo que não tinha reparado na vez anterior. Dean era seu sol, sua luz, sua vida inteira.

Dean adorava fazer Castiel rir, adorava a maneira com que os olhos se fechavam levemente e em como sua risada retumbava pelo seu corpo inteiro iniciando pelo peito. Pelo coração. Castiel era seu anjo, sua salvação.

"I wanna rock out to Billy Joel and flip our kids off when they call us old"

Dean havia engravidado depois de três anos de casamento. Aos 30 anos recebeu ao notícia e aos 31 sofria em uma mesa de cirurgia trazendo ao mundo mais um Winchester. Um fruto do que ele e Castiel criaram, o início de sua família.

Muito sangue foi perdido, o loiro quase não sobreviveu e Castiel nunca havia chorado tanto antes, tanto pelo nascimento de seu primeiro filho quanto pela quase morte do amor de sua vida, mas aparentemente alguém lá em cima gostava muito deles, pois tanto Dean quanto o bebê ficaram bem.

Resolveram chamá-la de Nina. Nina Winchester Novak, a primeira filha de um amor que muitos disseram que nunca iria funcionar. Nina tinha os olhos e sardas e Dean, além da fome e das pernas levemente arqueadas e o humor, cabelo e sorriso de Cass.

A perfeita combinação deles dois.

Quando a mesma começava a chorar, apenas bastava que seus pais agarrassem um ao outro e começassem a dançar de maneira desajeitada ao som de Biily Joel 'We didn't Start The Fire'. Nina iria rir e erguer os pequenos braços até que os pais a pegassem e girassem e dançassem com a mesma até que ela esquecesse do motivo de seu choro.

Quando Nina tinha três anos, Dean teve outro neném, um menino que chamaram de Jesse. Jesse era completamente Dean em sua aparência mas totalmente Castiel em sua personalidade. Do humor seco às roupas mais formais do que as dos outros meninos de sua idade.

Frequentemente enquanto jantando juntos ou em uma noite de filmes, um dos pais comentaria algo em relação a como os tempos atuais eram diferentes à antigamente e um de seus filhos, talvez até os dois, os chamariam de velhos e antiquados, o que resultaria em uma pequena guerra que já variou de todas as forças possíveis. Travesseiros, comidas, doces, cócegas. Não importa onde estivessem, sempre foram ligados uns aos outros.

"He'll accidentally burn our dinner and let me be scrabble winner, and when my body changes shapes he'll say 'Oh my God, you look hot today'"

Em várias ocasiões, especialmente quando Dean esperava neném, Castiel forçaria a si mesmo a cozinhar, mesmo sendo péssimo nisso. O moreno sempre dava um jeito de pegar uma refeição fácil e transformar em algo complicado, colocaria no fogo e iria ver seu marido, o dando beijos e carinhos, falando com seus filhos no ventre e esquecendo totalmente da comida até que o alarme de incêndio começasse a soar e ambos se encontrassem na porta da cozinha cheia de fumaça com a refeição completamente queimada.

Dean nunca ficava bravo, na verdade, os dois sempre começavam a rir, não importa quantas vezes acontecessem.

A gravidez de Nina foi a que trouxe mais mudanças ao corpo antes perfeito e sem marcas do loiro. Ele queria um parto normal, mas por causa de complicações, uma cesária foi necessária e por muito pouco ele não saiu da mesa de cirurgia.

Ele estava na frente do espelho de corpo inteiro no quarto do casal, Nina dormia tranquilamente no berço em frente à cama e o Winchester estava apenas de cueca analisando as novas marcas que agora faziam eternamente parte do seu corpo. Distantemente ouviu o barulho de Cass assoviando pela casa, mas não deu atenção, preferindo traçar com as pontas dos dedos as cicatrizes até que o moreno passou pela porta do quarto, olhando para o interior brevemente e voltando a andar antes de seu cérebro calcular completamente a imagem. Parando de maneira imediata, ele voltou e parou no batente e cruzou os braços.

'Meu Deus, você está tão gostoso' ele disse sem filtro algum e Dean imediatamente escondeu o rosto em suas mãos, o sentindo esquentar enquanto um sorriso proibido se abria, não conseguia evitar mesmo quando queria.

Castiel acabou com a distância, pegando as mãos do loiro e as tirando do rosto, pegando o mesmo em suas mãos consideravelmente maiores e colocando um beijo em sua testa antes de atacar seus lábios por longos segundos.

'Não precisa mentir, eu estou horrível' murmurou contra os lábios do mais alto e Cass literalmente rosnou.

'Quem é você pra achar que pode falar mal do meu marido? Ele é o homem mais lindo da face da terra e depois que deu a luz a nossa filha, ficou ainda mais perfeito. Sério, não posso olhá-lo por cinco minutos sem querer transar'

Dean riu abertamente jogando a cabeça para trás, o moreno apenas riu fraco e acolheu o menor em seus braços quando o mesmo o apertou.

"I need a man who's patient and kind, gets out of the car and hold the door. I wanna slow dance in the living room like we're 18 at senior prom and grow old with someone who makes me feel young i need a man who loves me like my father loves my mom"

A noite da formatura, foi uma das únicas noites na vida de ambos que Dean deixou Cass dirigir Baby e ele foi perfeito. Ele buscou Dean em sua casa, passando alguns minutos com John e Mary deixando suas intenções bem claras, deixando evidente o quão apaixonado estava pelo filho deles; eles dançaram todos os tipos de músicas possíveis na pista e beberam ponche e se beijaram em cantos escuros, como os bons americanos que eram, também foi a noite em que dormiram juntos pela primeira vez. Nenhum dos dois seria capaz de esquecer as sensações, de Dean se encaixar perfeitamente ao seu redor e de Cass o machucar o mínimo possível apesar de sua clara vantagem em tamanho, depois que o moreno começou a se mover dentro do Winchester, nenhum dos dois durou muito, mas aquilo estava longe de ser o que mais importava. Também foi a primeira noite que disseram 'eu te amo' e mesmo depois de 30 anos, todas as vezes em que estavam juntos, não se sentiam como velhos, ainda se sentiam como os jovens que eram naquele baile, naquela noite.

Olhando de lado para Castiel com um sorriso, ele cantou especialmente para ele "And if he lives up to my father, maybe he could teach our daughter what it takes to love a queen, she shoud know she's royalty"

Os dois riram ao lembrar de como Cass era atencioso com Nina, especialmente na idade em que estava com apenas 16 anos, a fase onde todas as decisões eram importantes, a fase onde queremos que passe rápido, onde queremos começar a viver a nossa vida sem nem mesmo saber o que 'vida' significa. Onde queremos um amor que nos consuma por inteiro, que queime, mas também que aqueça e muitas vezes por querermos algo do tipo, nos deixamos ser tratadas de maneira horrível por causa de uma distorcida visão de amor. Assim como John e Mary haviam feito com Sam e Dean, Cass e Dean tentavam mostrar a Jesse e Nina o que verdadeiro amor era, o que esperar, como começar, aonde se atentar. Quando pequena, Nina gostava de brincar com seus pais, ela seria a princesa, Castiel o rei e Dean a rainha e durante longas horas eles viveriam no perfeito mundo faz-de-conta que sua filha havia criado.

Lentamente seus filhos começavam a entender que a vida é muito mais complicada do que pode parecer quando somos crianças, onde o mundo é cor de rosa e onde os mocinhos sempre derrotam o vilão e ficam com a garota. As vezes o herói não é tão glorioso e o vilão não é tão mal.

"I need a man who's patient and kind, gets out of the car and holds the door, i wanna slow dance, in the living room like, we're 18 at senior prom and grow old with someone who makes me feel young i need a man who loves me like, my father loves my mom. I need a man who loves me like...my father loved my mom"

Mudou o final deixando uma lágrima cair. John e Mary haviam morrido há alguns anos, mas sua memória nunca seria perdida. Enquanto uma pessoa ainda se lembrasse, eles ainda existiriam.

"Eu me pergunto como posso amá-lo ainda mais a cada dia que passa" Castiel disse levantando-se e dando a mão para ajudar Dean a fazer o mesmo. Uma vez no centro da sala, o moreno pegou o telefone e colocou -com a tecnologia ensinada ao mesmo pela filha mais velha- uma música lenta de Michael Bublé, agarrando a cintura de seu marido.

Passando os braços ao redor do pescoço do moreno, Dean fechou os olhos e esfregou gentilmente seu nariz pelo maxilar coberto pela barba por fazer do mais alto, alguns pontos começando a ficar cinzas e denotando sua idade, deu um suspiro contente, deitando a cabeça no ombro do mesmo e sentindo os braços fortes em sua cintura se apertarem mais, fazendo seu coração bater no mesmo ritmo daquele do homem que amava.

Na porta da sala, Nina e Jesse fitavam seus pais, já estavam acostumados com a cena mas nunca deixariam de admirar o amor dos dois, a pureza que vinha de cada gesto. A mão do moreno subiu, esfregando as costas do loiro com ternura e carinho e Nina sorriu de lado, igual à Castiel. Jesse apenas tinha 13 anos, havia muito que não entendia, mas ela sabia que um dia, assim como ela, ele seria capaz de apreciar o amor de seus pais. Com um peteleco fraco no ouvido do mesmo, ela indicou com a cabeça para a cozinha, dando privacidade aos mais velhos.

Os deixando ali, dançando até que o mundo acabasse.

Muito obrigada pela sua atenção, eu vi essa música no TikTok pela primeira vez mas n dei atenção, encontrei de novo ainda agora e a inspiração bateu, espero que tenham gostado.