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História Lilith - Uma coisa nossa.


Escrita por: paradisepalvin

Capítulo 27 - Uma coisa nossa.


Fanfic / Fanfiction Lilith - Uma coisa nossa.

Justin Bieber 

— Você fica linda distraída.. — comento enquanto tiro outra foto de Lilith. Ela tira a taça de vinho da boca e me olha com um sorriso de canto e os olhos revirados. Em questão de segundos ela muda sua expressão para uma totalmente sexy... Lilith tinha esse poder, o rosto de um anjo inocente em um segundo e no outro tão quente como o inferno. Eu tiro mais uma foto, a galeria do meu celular com certeza era algo sagrado. 

Lilith passa a língua devagar pelos lábios e faz outra pose. 

— Você faz de propósito, não é? — pergunto deixando o celular de lado, a desafiando com o olhar, mas ela me desarma no próximo segundo quando dá de ombro e gargalha da minha expressão de tonto. 

Inevitavelmente, atraímos atenção de algumas pessoas ao nosso redor no restaurante. A luz do ambiente era baixa, nossa mesa afastada das outras pessoas, mas a gargalhada de Lilith era algo que realmente chamava atenção. E eu adorava a forma em que ela não se importava com isso. 

Essa noite decidimos ser um casal que não ligava totalmente para a maldita privacidade. Havíamos brigado e depois feito um delicioso sexo pela manhã, precisávamos de algo assim, calmo e leve, para finalizar a noite. Não seria assim, totalmente. As câmeras e os flash's pareciam sempre estar nos mesmo lugares que nós dois.

— Eu adoro o jeito que eles nos olham.. — Lilith murmura enquanto saboreava sua sobremesa. Eu levantando minhas sobrancelhas enquanto a observo. 

— As pessoas, elas acham que sabe da nossa vida. Com certeza estão comentando alguma manchete que já leram sobre nós... — ela comenta com tédio, tomando um gole do seu vinho e sorrindo amarelo na direção de uma moça há alguma mesas de nós. 

— Lilith... 

— Qual é, ela estava me encarando de um jeito estranho. 

Ela se defende em um tom ofendido, me fazendo revirar os olhos enquanto controlo meu riso. 

Lilith tinha um jeito engraçado de lidar com as pessoas. Por mais que ela se irritasse e insistia em dizer que não gostava daquilo, estava escrito em seu rosto que ela era a pessoa ideal para ser um modelo famosa. 

No nosso caminho até o carro, ela sorria para os paparazzi's de um jeito natural e dela. Poderia a qualquer momento desfilar e fazer um ensaio de fotos em frente ao restaurante para os tantos de flash's em seu direção. 

E eu, mantinha a mão em sua cintura a guiando para dentro do carro. O tanto de luzes contra meu olho começou a me irritar há algum tempo atrás, me fazendo ser um cara mau humorado, principalmente quando aqueles caras não só faziam o seu trabalho, faziam perguntas inconvenientes e passando dos limites. Mesmo com a pessoa que me fazia sorrir naturalmente por só estar ao meu lado, eu não deixava a carranca. 

— Nós moramos para o outro lado, Justin.. — Lilith aponta quando percebe eu fazer um caminho diferente. 

— Eu sei, amor. Temos um segundo destino essa noite.. 

Lilith me olha desconfiada com o cenho franzido, mas logo concorda e liga o rádio do carro. 

Ela me olha com um sorriso empolgado quando me vê estacionar perto do mar, onde havia um deck com vários iates ancorados. 

Lilith tira seu salto, deixando no banco de trás do carro. 

— Você conhece o dono desse iate? Você sempre aluga esse quando a gente vem... — ela me pergunta quando ajudo ela a subir. 

— Eu comprei esse iate na primeira vez que a gente veio, baby. 

Ela vira o rosto para me olhar. 

— Não acredito. Vamos casar com comunhão de bens, então. 

Ela brinca, me fazendo rir, e sentir meu estômago revirar de uma forma quase sufocante. E não era pela comida. 

Eu levei o iate até uma parte mais reservada da praia, onde poderíamos ter a privacidade que gostávamos quando estávamos a sós. 

— Isso é uma coisa nossa — Lilith diz levando um morango até a boca. Ela me assiste abrir a outra garrafa de vinho e despejar uma boa quantidade em nossas taças. 

— Isso? — questiono. Ela concorda, tomando um gole de seu vinho e engolindo mais um pedaço de morango. 

— O meu vinho favorito, iates e sexo — ela me dá uma resposta com um sorriso satisfeito escondido atrás de sua taça. 

Sorrio de forma que possa doer meu rosto. 

Lilith se inclina na minha frente, me olha de um jeito profundo e depois esbarrada seus lábios nos meus de forma calma. 

— Não se atreva a fazer isso com mais nenhuma garota, Justin Bieber — era uma ordem, que não tinha  a mínima vontade de desobedecê-la. Eu sorrio contra a sua boca, era divertido e sensual os momentos e o seu jeito de demonstrar ciúmes, e principalmente o modo indireto que ela me pedia para ficar para sempre. 

— Eu não tenho nenhuma intensão de ter outra garota além de você, baby — minha resposta parece agradá-la. Eu fecho meus olhos, mas posso sentir que os seus estão abertos quando ela morde meus lábios de forma rude e aprofunda um beijo carregado de luxúria e malícia.

Não de importo com a taça caindo de sua mão, espalhando o vinho por todo lado, até mesmo em nós. Não ouço barulho de vidro sendo estraçalhado, conto com mais um motivo para não me preocupar. Me concentro apenas em sua boca e seu gosto delicioso. 

Lilith tinha o gosto de morango, vinho e cigarro. Ela não tinha o hábito de fumar com muita frequência, não deixava sua boca com um gosto menos saboroso, era algo dela, então era bom. Seu beijo era gelado, o que fazia uma boa mistura com os três sabedores. 

Ela sobe em meu colo, passando sua perna em cada lado, seu vestido fica mais curto por conta disso. 

Nós tínhamos a opção de entrar e transar na cama confortável na parte interna do iate. Mas gostávamos assim, o balanço e o barulho do mar, fazendo companhia para nós assim como a luz da noite e o vento que fazia nosso corpo se arrepiar. Além da excitação. 

Lilith não usava sutiã, então consequentemente tinha seus seios expostos e seus mamilos rígidos quando desci as alças do seu vestido. 

Minha língua trilhou um caminho de seu pescoço até chegar em seus seios. Ela apertou sua cintura contra a minha quando chupei aquela região. 

Eu levei uma mão até o tecido da sua calcinha, o sentimento começar a ficar tão molhado. Eu acaricie aquela região com cuidado, sentindo Lilith rebolar contra meus dedos, mas logo sua mão foi até a minha, impedido que eu enfiasse meus dedos dentro dela. 

— Eu amo você me tocando de qualquer jeito, amor, mas agora eu quero e preciso do seu pau dentro de mim. 

Ela determina, olhando em meus olhos. 

Lilith levanta, para de livrar do vestido da melhor forma, puxando para cima rapidamente. Sua calcinha é preta e tem uma abertura bem excitante na frente, com laços. 

— Para de olhar para minha calcinha e tira sua roupa — ela ordena irritada e eu a obedeço enquanto gargalho. 

Antes de sentar, Lilith pega meu pau em sua mão, o masturbando rapidamente e depois levando a boca, o fazendo ficar preparado da devida forma de fode-la. 

Eu quase reviro os olhos quando ela me olha nos olhos enquanto o leva até o fim da sua garganta. 

— Não me faz gozar agora, filha da puta... — eu a puxo devagar pelos seus fios de cabelo, enquanto a cretina sorria. 

Lilith deixou um beijo rápido em meus lábios, antes de se sentar em meu colo, logo ela levou meu pênis até sua entrada, nos torturando enquanto o encaixava devagar. Ela soltou seu corpo devagar, sentindo pele a pele nossas intimidades deslizarem uma na outra. 

Nós invertemos nossas posições quando aumento a velocidade, meu corpo está por cima do dela, assistindo seus peitos se movimentarem com cada estocada mais fundo. Quando ela chama meu nome, dizendo que estava perto de gozar, eu chupo seus mamilos antes dos beijos chegarem até sua boca. Eu gosto assim, quando ela está fraca, gozando em meu pau, e gemendo meu nome contra a minha boca. 

Eu demoro mais que ela para chegar em meu ápice, ela está sensível mas não deixar de rebolar com cada contato. Lilith me pede para gozar dentro da sua boca, e aquilo me faz gozar ainda mais. 

Ela me beija depois dos nossos corpos estarem relaxados por conta do orgasmos, fazendo nossos gostos se misturarem na nossa boca. 

Nós nos deitamos, ela está com a cabeça apoiada em meu peito, de bruços. Eu tenho uma boa visão entre seu olhos e sua bunda empinada e nua. 

— Não me olha assim... — Lilith murmura passando a mão do meu ombro, até chegar em minha mãos, entrelaçando nossos dedos devagar. 

Deixo um beijo em seu seio esquerdo. 

— Não gosta quando te admiro? — indago com humor. 

Lilith sorri fraco. 

— Não gosto como me olha como se eu fosse a melhor coisa que aconteceu na sua vida... — seu olhar está na minha tatuagem da cruz, no meio do meu peito, ele segue até meu olhar e fica preso lá, então eu vejo que ela estava falando sério, como se aquilo fosse algo errado. 

Eu nego com a cabeça, com um sorriso.

— Espera aqui. 

Eu murmuro, deixando um beijo rápido em sua boca. 

— Não tenho muito para onde ir, afinal — ela brinca, ficando de bruços e deitando sua cabeça em meus próprios braços cruzados.

Eu visto minha cueca, queria passar um pouco de seriedade pelo menos. Não queria lembrar daquele momento com a visão do meu pau semi-ereto. Seria pior se ele estivesse totalmente mole, mas ele não consegue com Lilith nua bem ali, mesmo depois dela me fazer gozar tantas vezes.

Vou para parte interna do iate, procurando o que tanto escondia. 

Eu volto e me posiciono ao seu lado, ficando com o corpo esticado, deixando apenas apoiando em meu braço. 

Eu abro a caixinha preta do anel e deixo entre nós dois. 

Lilith ergue seu corpo, um tanto assustada. Não a culpo, eu também estava assustado com a minha audácia. 

— Eu comprei há algum tempo, em uma das viagens da minha turnê. Em Londres. Eu me lembrei de você, eu não sei, então só decidi comprar — eu rio fraco — Eu não podia simplesmente te dar de presente, ou qualquer outra coisa. 

Sua boca estava em uma linha reta, e eu poderia jurar que lágrimas estavam se acumulando em seus lindos olhos. 

— Não é um pedido de casamento, não precisa me xingar e gritar comigo — eu rio fraco, fazendo ela rir também. Ela pega a caixinha de anel, suas mãos estavam um pouco trêmulas. 

— É lindo. 

Ela murmura com um sorriso. 

Havia uma linda pedra azul de Safira, com diamantes em toda volta. Era realmente muito lindo e brilhava como seus olhos. 

— Você não precisa usar agora. Não estou te pedindo em casamento, mas não vou negar que ficaria feliz se você me dissesse sim. Pode começar a usar quando se sentir confortável, baby. Não precisamos de algo que sele nosso compromisso, mas é a minha forma de dizer que o meu amor é seu, minha total fidelidade e confiança. Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Lilith, me desculpe se qualquer dia eu lhe demonstrei o contrário.. 

Uma lágrima caí de seu rosto, eu sei que ela quer chorar muito mais, principalmente por tudo que passamos, mas ela sorri. Leva sua mão até meu rosto e acaricia. 

— Eu amo você. 

Ela murmura, beijando minha boca em seguida. 

— É claro que um dia vou usar isso, eu preciso causar uma inveja em algumas pessoas, e fazer alguns títulos em site de fofoca, qual é, isso aqui deve custar alguns órgãos do meu corpo no mercado negro.. 

Lilith brinca me fazendo gargalhar. Ela sempre tinha o seu jeito de nunca parecer vulnerável. 

Eu sabia que ela não usaria o anel agora, mas eu não posso negar que até sua reação me deixou feliz no momento. Citar casamento me fez pensar automaticamente que ela jogaria o anel no mar e depois de afogaria. Mas não, ela havia dito da forma mais sincera que já ouvi que me amava, e silenciosamente sabia que aquilo queria dizer que talvez um dia ela poderia pensar na hipótese de um casamento. 

 

 

Algumas semanas depois 

O resultado dizia que eu era pai do bebê do Brooklyn. 

Mas aquilo de jeito nenhum se encaixava na minha cabeça. 

Eu não conseguia sentir afeto pelo bebê, consigo admitir a hipótese de estar apaixonado por Lilith e isso só me fazia criar a fantasia de ter um bebê só com ela, e nenhuma outra mulher. 

Eu não sabia como contar para minha família, para meu amigos, meus fãs. Era uma situação difícil de explicar, afinal, eu estava com Lilith. Principalmente para minha mãe, quem sabe da minha história sabe como ela foi foda para caralho por me criar sozinha com todos os empecilhos, a falta de uma presença paterna até certo ponto. Sei que o seu desejo é que o seu futuro neto — que não estava em futuro tão distante assim — fosse fruto de uma família estável, mesmo me fazendo sempre ter a consciência de que apenas o amor de uma mãe ou um pai é suficiente, ao lado de uma boa educação para criar um filho de bom caráter. Patrícia é a prova maior disso, modéstia parte. 

Minha mãe conhecia a história de Lilith e Dylan, considerava o pequeno como seu neto e se derreteu quando ele lhe chamou de vovó pela primeira vez. Eu não preciso dizer o quanto eu ouvi sobre a merda que fiz com o meu relacionamento com Lilith. 

Mas agora era uma situação diferente. Eu representava uma figura paterna para Dylan, e sempre quis ser o melhor para ele. Mas a responsável pela sua educação é Lilith, que sempre procurou fazer tudo de melhor pelo pequeno. 

Eu agora seria responsável por uma pequena criatura desde o seu primeiro dia de vida. E isso estava me assustando para caralho. Principalmente por não ter uma intimidade com a mãe dele, a única parte amigável que parecíamos ter foi destruída. 

Fiquei encarando a tela do celular esperando que as palavras mudassem de uma forma mágica para negativo. 

Eu não sabia como contar para Lilith. Ouvi de sua boca que ela não me abandonaria, mas agora era real. Eu não sabia como reagir, imagine ela. Não estou preparado para vê-la passar pela porta com nosso filho nos braços outra vez. 

Acho que vou esperar o bebê completar 15 anos e ele mesmo conta. 

Estou no México em turnê e agradeço por ser uma forma de fugir disso por um tempo. 

— Tem certeza que é só isso? — o tatuador pergunta quando termina. Não demorou nem cinco minutos. 

— Sim. É só isso — eu confirmo, com um sorriso pequeno no rosto, olhando a tatuagem recém-feita entre as outras no meu braço, mas havia um espaço especial para aquela. 

Eu recebo várias mensagens de Lilith assim que o tatuador saí da casa que eu e parte da minha equipe estávamos hospedados. Até que meu celular começa a tocar, e era óbvio que era ela. 

Eu respiro fundo até tomar coragem para atender. 

— Oi, amor... 

— De que forma você estragou a arte que é meu corpo, Justin Bieber? — seu tom de voz irritado me fez relaxar e sorrir. 

— Seu corpo, amor? 

— Sim. Seu corpo é meu. Agora, anda, fala. 

Eu não ter deveria postado a foto com o tatuador. 

Eu espero que não tenha tatuado as costas, sério, eu cometeria um crime de ódio contra você... Mas, pensando bem, eu me acostumo com todas elas, e acabo gostando de todas.. Dane-se, me conta logo! 

— Se você parasse de falar por um segundo, baby, quem sabe — eu ouço seu resmungo do outro lado da linha — Eu vou desligar e te mandar uma foto, você me lida depois e me conta o que achou. 

Ok, tchau. 

Ela desliga sem esperar uma resposta minha. 

Eu tiro uma foto, a enviando com um sorriso no rosto. 

Sua ligação vem depois de alguns minutos. 

Isso significa o que eu acho que significa? — seu tom de voz não havia mais de irritação, estava calmo. 

— Sim, amor. Uma coisa nossa. 

Eu respondo com um sorriso, mesmo sabendo que que ela não poderia ver. 

A tatuagem era pequena, uma taça de vinho com o líquido pela metade. 

Lilith sabia o que aquilo significava e representava para nós, ficou bem claro quando ela me disse naquela nossa noite no iate. 

Não tem nada a ver com a notícia que você recebeu do Scooter hoje, tem? — a forma dura que ela fala me faz travar e ficar em silêncio. 

— Ele te contou? 

Sim, ele disse que você não seria capaz, falou que seria engraçado a situação, mas não queria ver você fazendo xixi nas calças enquanto tentava me contar.. 

Ela comentou com graça. 

— Eu não tenho tanto medo de você assim! — exclamo com falsa ofensa. 

Não? — eu sinto o desafio em sua voz, depois uma gargalhada. 

Nós ficamos em silêncio por alguns segundos, ouvindo a respiração um do outro. 

— Não tem nada a ver com a notícia que recebi hoje, baby. Eu já tinha tido a idéia há algum tempo, talvez em partes, mas só quis marcar nós de alguma forma pra sempre... 

Então você é louco sem nenhum motivo, mesmo.

Eu rio junto com ela. 

Tem mais um longo silêncio... 

— Eu vou estar ao seu lado, amor. Como eu disse que faria. Mas você precisar superar isso e aprender a lidar, é do seu filho que estávamos falando, assim como eu fiz. 

Não consigo responder. Lilith apenas desliga depois de um longo suspiro e do meu silêncio. 

 

 

Uma semana depois 

— Pai! — eu ouço o grito de Dylan antes de sentir suas mãos rodearem minha cintura, quando fecho a porta do apartamento atrás de mim. 

— Eaí, campeão — eu o pego do colo — Ok, estava com saudades, mas você está muito pesado pra isso.. 

Eu ouço uma risadinha da Dylan, quando forço a minha voz com cansaço. Ele se remexe, saindo do meu colo. 

— E eu acho que você está ficando velho, pai — ele brinca, correndo até o sofá em seguida, tentando se esconder entre as almofadas. 

— O que você disse, moleque? — eu finjo indignação correndo até ele, ouvindo sua gargalhada. 

— Nada, papai. Disse que amo você — ele sorri de uma forma doce, me fazendo ter certeza que eu e Lilith teríamos muito trabalho com aquele menino. 

— Humm, sei. Onde está sua mãe? — eu pergunto percebendo o silêncio naquele apartamento. 

— No quarto, mas ela disse para eu não atrapalhar ela, eu não quero ouvir ela gritar com o senhor, então não faça o mesmo, tá pai? — eu franzo o cenho, rindo fraco. Até Dylan sabia que eu tinha medo de Lilith. 

— Então por isso ela deixou você jogar video-game essa hora? — eu aponto para TV ligada e o aparelho no chão, e o controle ao seu lado. 

Ele concorda, sorrindo. 

— Quer jogar comigo, pai?

— Claro, pequeno, só vou falar com a sua mãe antes.. 

Ele concorda, mas faz uma careta engraçada. 

A porta do quarto de Lilith estava entreaberta, algumas roupas jogadas no chão e mais algumas bagunças. 

A luz do banheiro do seu quarto estava acesa, a sua silhueta estava encurvada sobre a pia, e ela parecia falar alguma coisa sozinha. 

Essa mulher é louca. 

— Lilith? — chamo seu nome me encostando no batente da porta, de braços cruzando observando ela. 

Ela parece se assustar com a minha voz, vejo seus olhos arregalarem através do reflexo do espelho quando ela levanta a cabeça. Antes de se virar, ela se preocupa em ajeitar algo que antes estava mexendo, parecia desesperada em esconder aquilo de mim. 

Sua tentativa a levou a escorregar e cair de bunda no chão. 

— Lilith! — eu me aproximo, tentando ajudá-la, mas ela recusa, escondendo algo em suas mãos atrás de seu corpo. 

— Eu estou bem, baby — ela confirma com um sorriso fraco — Quando voltou de viagem? Me dê um beijo. 

— Há algumas horas, eu só deixei minhas malas em casa. Bom, eu daria um beijo se você me deixasse tocar em você, o que está acontecendo? — junto as sobrancelhas, deixando a pouca irritação que estava começando sentir transmitir em minha voz. 

Lilith revira os olhos. 

— Não seja dramático, loiro. Agora me dê um beijo. 

Me curvo sobre ela, já que estava abaixado na tentativa de ajudá-la antes. Eu seguro em seu rosto com uma mão, fazendo ela sentir meus lábios em seguida. Era para ser um beijo rápido, mas faço minha língua entrar em contato com a sua. Sorrio rápido quanto escuto um gemido fraco sair de sua boca. Aquele era seu gemido de quando matava a saudade, eu reconhecia. Quando seu corpo ficou relaxado o suficiente, eu levo minha outra mão até a parte de trás do seu corpo, pegando finalmente o que ela me escondia. 

Lilith morde meus lábios assim que percebe, me empurrando em seguida, me fazendo cair sentando no chão assim como ela. Lilith sobe em meu corpo na tentativa de pega-lo de volta, mas não consegue. 

Uma parte de mim está desesperado, confesso. 

— O que é isso, Lilith? — eu pergunto com adrenalina e fúria em minha voz. Meu peito subia e descia. Como isso aconteceu em segundos? 

— Um teste de gravidez, não está óbvio? — ela parecia irritada, cruzou os braços impaciente — Você pode devolver? É nojento, o meu xixi está aí.. — ela estende a mão esperando que eu devolva. 

Minha boca ficou seca. 

— É, e nosso bebê está "aqui" também.. Lilith... 

Eu não consigo mais dizer mais nada. 

Ela revirou os olhos, porque ela estava tão indiferente? 

— Não tem nenhum bebê "aí", idiota, porque não tem nenhum bebê aqui.. — ela aponta pra barriga dela — O teste deu negativo. 

Meu peito dói de uma forma estranha. 

— Quê? Como não? Olha, esse testes não são confiáveis, a gente pode ir até o hospital amanhã fazer um de sangue e.. — ela coloca a mão sobre a minha boca. Eu havia falado rápido demais. 

— Não, Justin. Deu negativo como os outros cinco também. Eu não estou grávida, só estou um pouco gorda e meu organismo está errado, só isso. 

Ela explica com um sorriso calmo. 

— Me explica, eu não entendi porra nenhuma. 

— Faz algum tempo que meu período está desregulado, e meus peitos estão inchados, eu fiquei desesperada achando que eu fui bu.. — ela para de falar, arqueando as sobrancelhas e me olhando nos olhos, quando encara minha expressão. Eu sabia o que ela iria falar. Achando que fui burra o suficiente para engravidar — Mas eu só estou gorda, comendo demais. E isso é uma merda! 

Ela praticamente grita. 

— Desde quando você liga pro quanto que come? 

— Eu sou modelo, Justin. Se eu não ligo, outras pessoas vão ligar, principalmente minha agência. Eu não estou com o corpo ideal para ser uma modelo de passarela. 

— Como não? Você é perfeita. — ela ri com a minha seriedade em falar aquilo, mas era verdade. 

— Aos seus olhos, baby. Os únicos que me importam — ela sorri, beijando devagar meus lábios — Mas eu preciso agradar os olhos que pagam minhas contas, eu tenho um filho para sustentar. 

— Eu posso pagar para você desfilar no meu quarto com uma lingerie da Victoria's Secret, não vejo problemas.. — sussurro em seu ouvido, fazendo ela gargalhar. 

— É tentador.. — ela beija meu pescoço. 

Nós ficamos assim por alguns segundos. Eu não sabia porque o resultado negativo estava me incomodando tanto, mas eu não queria demonstrar isso. 

— Eu acabei de me lembrar que você ainda está segundando meu xixi na sua mão, me deixa jogar isso fora — ela ri, se afastando. Eu sorrio fraco com ela. 

Ela pega o teste da minha mão, ficando de joelhos e se inclinando para chegar até o cesto de lixo. 

O cabelo de Lilith já estava voltando a cor natural, estava preso no topo da sua cabeça em um coque, mas não era isso que me chamou atenção. Era algo atrás da sua orelha. 

— O que é isso? — eu pergunto colocando a mão no local, quando ela volta a ficar de frente para mim. 

— É um bicho? Aí, tira, Justin! — ela pede fechando os olhos e mordendo os lábios. 

— Não, Lilith, a sua tatuagem. 

Ela suspira em alívio.

— Ah, é isso. Você gostou? — Lilith pergunta com um sorriso, virando a cabeça para que eu posso observar melhor. Eu acaricio o local com o polegar. 

Era a mesma tatuagem que a minha. Uma taça de vinho. 

— Você ainda pergunta? — eu questiono. Beijando como a devida reposta. 

— Você não é o único louco sem motivo... — ela murmura contra minha boca, fazendo meu coração ficar aquecido depois da sensação estranha de uma suposta gravidez negativa. 

Essa tatuagem me leva em nossos primeiros encontros, enquanto ela observava as minhas e dizia algo que me fez pensar por um bom tempo. 

Não acho que nasci para ter coisas permanentes em minha vida. 

Agora nós havia se tornado permanente em sua pele.


Notas Finais


Obrigada por acompanharem


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