1. Spirit Fanfics >
  2. Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw >
  3. Segundas Chances

História Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - Segundas Chances


Escrita por: CoracaoClandest

Notas do Autor


Gente... enquete rápida: vocês preferem as partes dos Marotos ou dos Filhos do Trio de Ouro? Comentem. Tô curiosa pra saber

Capítulo 7 - Segundas Chances


Fanfic / Fanfiction Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - Segundas Chances

T. J. Potter – 1976

O mundo da magia estava em colapso. Furacões e tempestades assolando o mundo trouxa, enquanto Tiago tinha lição para fazer e lama até as orelhas. Estava a poucas semanas do primeiro jogo contra a Lufa-Lufa e o time da Grifinória ainda não havia encontrado um apanhador funcional.

Conversara com a professora McGonagall, a resposta foi curta e grossa:

-Procure a Srta. Lovelace e faça com que volte à equipe, Potter. Ela é a melhor apanhadora que apareceu desde que eu fui apanhadora! Por Merlim! Não vou perder o Torneio das Casas mais uma vez! Basta o último episódio fatídico...

Simples.

Tão simples quanto derrubar um trasgo montanhês irritado.

Ele tentara explicar que dificilmente a garota aceitaria depois que o time lhe virou as costas no ano passado e a casa também não aceitaria, com a suspeita de traição, mas a professora estava irredutível. Não tinham tempo de treinar alguém e obviamente Viollet não havia feito nada.  

Falaria com Viollet.

Não apenas porque precisava de uma apanhadora e ela era a melhor opção, mas por acreditar no que ela dizia. O Chapéu Seletor não cometia erros, grifinórios não traiam e ela era parte da Grifinória. As pessoas entendessem isso ou não.

Estava ficando pior, desde que ela se inscrevera no Torneio de Duelos. Nem mesmo importava se ela tinha chances de ganhar. Os alunos simplesmente não queriam que ela representasse a casa ou Hogwarts e não havia muito que os professores pudessem fazer. Sonserina e Corvinal eram os piores, apesar de terem se beneficiado com a perda do pomo de ouro no ano anterior. Tiago sabia que Viollet não conseguia andar nos corredores sem ser minimamente assediada. Os broches haviam retornado e a garota não reagia, não importava o quão ruins fossem as provocações.

Se fosse Tiago, teria azarado metade da Escola se preciso.

Era impossível não notar. Há dias a garota estava cada vez mais estranha. Ainda mais quieta que de costume.

Talvez se ela falasse com o professor Dumbledore... ele com certeza faria alguma coisa.

Tiago precisava de um apanhador.

Só isso.

Não era pedir muito...

-Desculpa... –Perdido em seus pensamentos, Tiago esbarrou em Lilly Evans próximo ao quadro da Mulher Gorda. Que maravilha! Pensou, lembrando estar completamente imundo.

-Não foi nada, Potter. –Ela olhou para ele, avaliando, o desprezo estampado no rosto. Deveria presumir que ele estava voltando de um treino noturno, enquanto ela provavelmente havia comparecido ao primeiro encontro do Clube Slugh nas masmorras.

-Não faça isso... –Thiago resmungou quando Lilly fez menção de dar as costas e partir.

-Isso o que exatamente? – Ela havia ouvido. Ele também não queria isso. Que grande idiota era. Lilly parecia confusa e irritada, fazendo com que as orelhas de Thiago esquentarem.

Ele havia sido um imbecil com Snape durante anos, não sem razão, óbvio, mas acabou sendo um idiota com ela também, porque ele era seu amigo, algo que Tiago jamais entenderia. Lilly era brilhante, luminosa, enquanto Snape era simplesmente ensebado e arrogante. Ele não queria que a garota continuasse vendo-o daquela forma: como um puro sangue imbecil que acha que tem o mundo aos seus pés. Ainda mais em tempos como aquele. Ele queria acreditar que era mais que isso. E queria um momento para pedir desculpas no qual não estivesse completamente imundo!

Definitivamente era um dia ruim.

-Eu não sou tão ruim, ok?

-Sério? Me parece ruim o bastante.

-Tudo bem que não fui a melhor pessoa do mundo nos últimos anos, mas não sou tão ruim. Não me olhe como se eu merecesse todo esse desprezo. –Ela não olhava para Snape daquele modo, mesmo que ELE merecesse, depois de tudo que tinha feito a ela. Ela também não o havia perdoado, mas Tiago via tristeza nos olhos de Lilly quando olhava para o ensebado. –Você não me conhece muito mais do que eu conheço você.

-Nos conhecemos há anos, Potter. –Lilly percebeu que Tiago segurava seu braço e só então se deu conta de que estavam sozinhos, no meio da noite, em um dos corredores da escola.

-Você sabe o que eu quero dizer.

Ela sabia.

-Sei quem você é.

-Não sabe.

-Então os últimos anos foram uma histeria coletiva?

-Me dê uma chance. –Ele sorriu, uma mecha do cabelo caindo sobre o óculos.

-Para quê?

-Para mostrar que está errada.

-Depois de todo esse tempo, porque se importa? Você nem me conhece.

Era o que o rapaz vinha se perguntando desde o verão passado, quando seus pensamentos sobre a nascida-trouxa pareceram começar a mudar.

-Exatamente por isso que faz sentido.

-Isso é loucura. –Mas ela sabia que não era.

-Vamos fingir que acabamos de nos conhecer. Vamos dar uma chance um ao outro.

-Por que eu iria querer isso? –Ela estava quase sorrindo, como se aquela fosse a coisa mais inusitada que poderia acontecer. Ele não conseguiu conter o sorriso.

-Porque você é boa demais e não consegue ficar com raiva de ninguém. –Ela conseguia. Não falava com Snape há quase um ano. –Vamos lá, meu nome é Tiago Potter...

-Por que isso, Potter?

-Por que não?

A pergunta ecoou na cabeça de Lilly. “Por que não?”. Conhecia o garoto há 6 anos, ele tinha se mostrado arrogante, convencido e até insuportável e cruel algumas vezes. Mas, quando estava com os amigos, era divertido, protetor e leal. A garota o avaliou novamente. “O que tenho a perder?”. Os olhos verdes intensos. Tiago sentia sua coragem escoar pelo piso de mármore, então repetiu, antes que ela fosse embora.

-Olá, meu nome é Tiago Potter, muito prazer. –Por um momento, o rapaz pensou que ela fosse deixar sua mão estendida e simplesmente se dirigir ao quadro da Mulher Gorda. Inesperadamente a dureza nos olhos de Lilly aliviou.

-Sou Lilly Evans. Você está bastante sujo, Sr. Potter.

-Pode me chamar de Tiago. –E ambos riram. Juntos! Pela primeira vez. Pouco importava o quanto ele se sentisse tolo por tudo aquilo, ela ria.

-Vocês vão ficar conversando ou vão entrar?! –A Mulher Gorda deu um longo bocejo, claramente irritada.

Lilly disse a senha (“Sapos de chocolate”) e foi entrando, mas Tiago a chamou.

-Lilly, eu acho que Viollet deveria tentar entrar para a equipe de duelos.

Lilly franziu o cenho.

-Ela vai ser repudiada. Ninguém vai permitir. Ainda lembro as caras de Longbottom e Carrow depois do resultado do Torneio das Casas. –A verdade é que aquilo vinha preocupando Lilly há dias. Desde que se inscrevera naquele maldito torneio, o inferno estava instalado outra vez. Vi mal comia, tampouco dormia, na verdade, nem mesmo ficava no dormitório. Saia pouco depois que todos iam deitar e voltava pouco antes do amanhecer. Em algum momento, ela seria pega, fazendo o que quer que fosse e então... Lilly não sabia o que viria depois.

-Sei que é difícil, mas se ela conseguir entrar, ninguém vai questionar a presença dela nos duelos. É tradição as equipes participarem. Ela estaria mais protegida lá se passasse do que sozinha no torneio, estaria mais bem preparada também. Entrando na equipe, eles seriam obrigados a ajudá-la. Sirius está na equipe, ele não deixaria que nada acontecesse a ela, e Remo é o coaching.

Lilly hesitou. Surpresa.

-Me surpreende achar que Sirius se importa. E quanto a você, diz isso, mas não a manteve na equipe de quadribol. –Seu tom não era de acusação, ele sabia disso, havia apenas tristeza e preocupação.

-Todos do time fizeram novos testes. Ela não apareceu. Eu ainda preciso de um apanhador e, francamente, ela é a melhor.

-Você deixaria que ela entrasse na equipe?

-Eu não acredito que ela tenha traído a Grifinória. Mil coisas podem ter acontecido naquele dia. 

-Por que está me dizendo isso, Tiago?

-Porque, no torneio, você não vai poder protegê-la. –“E ela poderá ser ferida de diversas formas, e você vai sofrer”.

-Acha mesmo que ela precisa ser protegida?

-Sim. –Havia honestidade na voz do rapaz. –E acredito que você pense o mesmo.

-Ela é mais forte do que pensa.

-Não duvido disso.

-Acha que ela poderia passar?

-Vocês são surpreendentes. De vocês, não duvido de nada. –Tiago sorriu, deu boa noite e se retirou, deixando Lilly sozinha com seus pensamentos, em choque ao perceber que o garoto notava algo para além do seu reinado e dos seus súditos.

 

                                                                                              ***

Não houve aula naquela tarde.

Os diretores de cada uma das casas haviam reservado salas de aula para a seleção dos novos membros dos Clubes de Duelos e os alunos que se inscreveram para concorrer às vagas nas equipes estavam dispensados das aulas.

Tiago aguardava no corredor junto a Pedro, observando um a um os candidatos saírem de cabeça baixa.

Antes de começar a chamá-los, Frank Longbottom, capitão do time de Duelos da Grifinória, explicou as regras.

-Espero que tenham lido a lista de feitiços proibidos num duelo. Se utilizarem algum proibido, serão automaticamente desclassificados. Estamos considerando as normas do torneio europeu. –Por trás de Longbottom, Sirius fingia imitá-lo, fazendo com que Tiago tivesse de se controlar para não rir. –Há duas formas de ganhar. Você pode impossibilitar que o duelo continue. Quebrar a varinha, por exemplo, ou deixar o oponente desacordado. Ou ganhar 3 pontos. Ganha pontos quem conseguir fazer com que o oponente ultrapasse a linha ou com feitiços que serão pontuados pelo juiz. Como Remo é nosso coaching, ele será o juiz, junto com o Sr. Prewett e a professora McGonagall.

“Cada um de vocês duelará com um de nós, sorteado na hora em que entrarem na sala. Deem o seu melhor e boa sorte!”.

Todos sabiam que a equipe da Grifinória tinha os melhores duelistas da Escola. Frio e calculista, Frank ganhara o primeiro lugar como duelista no ano passado, seguido por Sirius. Sem dúvidas a Grifinória teria ganhado a Taça das Casas no ano anterior depois de décadas em segundo ou terceiro lugar, se não fosse pela derrota no quadribol. O que só aumentava o peso como Capitão do Time daquele ano, principalmente quando ainda não tinha encontrado um apanhador a altura.

Tiago estava naquele jogo no ano anterior.

Chovia demais e a visibilidade era quase zero. Grifinória e Corvinal disputavam ponto a ponto. O resultado definiria quem levaria a Taça das Casas. Tiago lembrava de Viollet cruzando o campo, fugindo dos balaços. Ele recebeu a bola e conseguiu marcar. Quando olhou novamente, Viollet subia fazendo finta numa velocidade assustadora com Arthur Lovelace, apanhador e capitão do time da Corvinal, no seu encalço.

“Velocidade e chuva são uma combinação perigosa” Tiago pensou, subindo mais um pouco, para o caso de algum balanço errante tentar atingir sua apanhadora. Ele poderia estar perto o bastante para ajudá-la sem sair do jogo.

Um brilho dourado muito acima chamou a atenção do artilheiro.

Arthur parecia gritar algo para a irmã, enquanto subiam, mas era impossível ter certeza. Ambos sumiram na neblina densa. Tiago voltou a se concentrar na goles. 

Instantes depois, um grito vindo das arquibancadas chamou sua atenção. Ele encontrou os olhos verdes de Lilly na arquibancada antes de acompanhar sua trajetória.

Viollet estava caindo, na mesma velocidade que havia subido. Ela não gritava ou se mexia. Quando os amigos lhe perguntassem mais tarde, ele diria que ela parecia desacordada antes mesmo de tocar o chão. Ele se inclinou na vassoura e voou ao seu encontro, enquanto a arquibancada gritava ensandecida.

Tiago não conseguiu alcançá-la. Nem mesmo o impacto (provavelmente amortecido por algum professor) e o som dos ossos quebrando distraiu as pessoas da vitória triunfante de Arthur Lovelace.

Ele voou até ela, junto com Roger Smith, capitão do time na época, mas foram impedidos de se aproximarem pelos professores.

-Está viva. –Ouviu a técnica dizer ao professor Dumbledore, que se aproximava com madame Artemis.

Mais tarde, todos questionariam como Arthur conseguiu o pomo com Viollet tão a sua frente e ele responderia que ela deixou que pegasse. Ela traiu a própria casa, afinal também era uma herdeira de Ravenclaw.

Apesar das inúmeras contusões, quatro costelas e o braço quebrados, do que Tiago sabia apenas Lilly, professor Dumbledore e o auror Alastor Moody foram visitar Viollet na enfermaria.

Ninguém do time de quadribol iria, inclusive Tiago. Lembrava de Remo ter insistido que fossem, contudo sempre havia algo mais importante. Não se sentira melhor por isso, mas sabia que não queria estar associado à Viollet naquele momento.

Fora covarde.

Na opinião de Tiago, ela tinha sorte de estar viva. Ele jamais vira uma queda como aquela.

Ela dizia não lembrar do que houve na neblina.

No dia seguinte, a Escola inteira usava os broches escritos: “Blue, a traidora” com sua foto. Azul, em referência a cor da Corvinal.

-Potter... –Sirius chamou, abrindo a porta.

Longbottom havia decidido que ninguém assistiria o teste, para evitar expor os alunos que não passassem e manter em segredo as habilidades dos novos membros.

-Boa sorte, Tiago. –Longbottom se dirigiu a ele. Tiago trocou um aceno rápido com os juízes. O senhor Prewett sorria abertamente, enquanto se aproximava com a sacola para que o rapaz tirasse um nome. Tiago era um dos seus melhores alunos e o professor claramente torcia por sua casa de origem. 

A sala era ampla. As cadeiras e mesas haviam desaparecido. No centro um retângulo marcava o chão.

Tiago retirou o papel da sacolinha de veludo.

-Anne Jordan. –Não conseguiu evitar o alívio. Dos cinco atuais componentes do clube, Tiago sabia que não teria qualquer chance se tirasse Sirius e não tinha certeza se conseguiria vencer Longbottom, sem um pouco de sorte.

A garota alta do último ano sorriu, indo em direção ao centro do retângulo. Tiago foi até ela com varinha nas mãos. Se curvaram e posicionaram.

-Comecem.

-Confundo... –Anne disparou.

-Expelliarmus. –Os feitiços se anularam.

-Conjunctivus.

Não houve tempo para esquivar. Assim que o feitiço o atingiu, a visão de Tiago ficou turva. Ele pôde ouvir a voz do professor Prewett.

-Ponto para Anne.

Em seguida, o efeito do feitiço se desfez.  

Voltaram às posições. Anne começou a se mover. Era experiente o bastante para não facilitar se tornando um ponto fixo.

-Incarcerous. –Thiago desviou.

-Estupefaça. Estupefaça.

-Espelliarmus. –Anne devolveu o feitiço. Thiago estava empurrando-a com a velocidade dos feitiços, embora a garota mantivesse sua posição. -Accio varinha!

No ano anterior, Anne havia usado aquele truque contra um duelista da Lufa-Lufa. Seus feitiços de convocação eram fortes o bastante para lhe dar uma confiança exacerbada. Se Tiago não estivesse concentrado, sua varinha teria simplesmente voado até ela, findando o duelo.

-Depulso.

-Everte Statum.

-Ultra Glasseo –A garota hesitou um segundo em reagir, confusa. Ao contrário do que esperava, Tiago lançou o feitiço no chão, tornando sua superfície perfeitamente lisa, de modo que ao tentar desviar, a garota perdeu o equilíbrio. -Incarcerous.

A garota foi jogada no chão, se debatendo contra a corda invisível que a prendia. A violência da queda fez com que derrubasse a varinha. Tiago a apanhou, encerrando o duelo.

Sentiu os braços de Sirius ao seu redor. Remo também se aproximava.

-Ainda quero saber como vai conciliar os treinos de quadribol com a equipe de duelos, mas foi muito bem.

-Eu também gostaria de saber, Sr. Potter. –A professora McGonagall o olhava com severidade. –Realmente gostaria. Então, seja bem-vindo.

 

R. Lupim – 1976

Remo consultou os nomes seguintes da lista de inscritos para duelar. Viollet era o próximo.

Ela não deveria estar ali. Uma olhada fora da sala explicava o motivo.

A algazarra era absurda diante da notícia que Tiago havia derrotado Anne. Ainda havia uma vaga e se mais de duas pessoas fora da equipe ganhassem, eles duelariam entre si para disputar quem permaneceria. Enquanto as pessoas se amontoavam na porta, tentando ouvir os sons dos duelos, Viollet e Lilly estavam sentadas a um canto.

Remo se aproximou. Não entendia porque ela estava ali ou porque se inscrevera no torneio. Ela não precisava se sujeitar à pressão que vinha sofrendo.

-Olá. -As garotas sorriram em resposta. –Você é a próxima. Demos uma parada por alguns minutos...

-Alguém se machucou? –Lilly parecia preocupada.

-Henry MgLagen foi estuporado em 3 segundos de duelo por Alice. Pobre garoto. Alice foi levá-lo à enfermaria, porque bateu a cabeça. Nada com o que se preocupar.

-E Potter? É verdade que ganhou?

Lupim estreitou os olhos. Talvez Lilly finalmente tivesse decidido dar uma chance a Tiago. Não que ele realmente merecesse, mas ela era uma boa garota.

-Sim, foi muito bem na verdade.

-Não entendo porque você não entrou na equipe. –Direta e cortante, Viollet olhava para ele com seus intensos olhos azuis.

Claro que ela não entendia, poucos poderiam entender porque Remo sempre evitava chamar atenção para si mesmo. Sempre na penumbra. Com luz o suficiente para que soubessem que ele estava lá, mas nunca o bastante para ser visto.

Viollet era diferente e, pelo pouco que a conhecia, Lilly também. Ele queria contar. Explicar, mas simplesmente não podia. Não suportaria vê-las olhando para ele como um monstro.

-Você é bom o bastante para estar lá com os outros. Talvez melhor. Carrow nem é tudo isso. –De algum modo, as palavras pareciam ter mais profundidade do que deveriam. Não era incomum que Viollet tratasse Remo daquele modo. Doce. Muita mais doce do que permitia a maioria. –Você é muito bom para ser só um coaching.

-Viollet... Blue... –Anne chamou, provavelmente devido a demora de Remo voltar.

Lilly abraçou a amiga e sussurrou algumas palavras em seu ouvido, enquanto as pessoas se afastavam para olhar a traidora da Grifinória passar.

Quando se afastou de Lilly, contudo, Remo a chamou.

-Por que é tão gentil comigo?

Ela hesitou por um segundo, antes de abrir um sorriso radiante com seus olhos terrivelmente tristes.

-Porque geralmente as pessoas não são.

Lupim olhou para a garota a sua frente. Os cabelos negros quase na cintura. Os olhos brilhantes como chamas azuis. O passo firme.

 “Traidora”... Era irônico.

Todas as desconfianças eram justificadas por ela ser a herdeira de Ravenclaw, mas naquele momento, de cabeça erguida, diante dos colegas que a olhavam com desdém, enquanto cruzava a porta para mostrar a todos do que era capaz, para Remo, ninguém nunca tinha parecido tanto com um aluno da Grifinória.  


Notas Finais


Mesmo sabendo o resultado... não tem como não shippar Lilly e Tiago. Ela faz ele sentir vontade de crescer, se tornar alguém melhor. Se essa não é uma das coisas mais importantes do amor, não sei qual é.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...