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História LIMANTHA - Domando Corações (Fanfic) - Sentimentos


Escrita por: lmjAnotherLevel

Notas do Autor


Para o Cap. De Hoje Ouça:  Sinônimos - Chitãozinho e Xororó ft. Zé Ramalho*

(Já Adicionada a Play do Spotify: Domando Corações - Inspiration)

User:  lannyjaguar

Capítulo 9 - Sentimentos



Samantha,


A noite tinha sido uma loucura. Eu ainda estava pensando em tudo o que havia acontecido e não conseguia acreditar. Apesar da minha aversão pelos caipiras daquele lugar, confesso que consegui me divertir um pouco. E, para minha surpresa, ainda presenciei a Heloísa e o Rafael brigando — brigando não, Heloísa batendo, para ser mais precisa —, o que me deixou muito espantada, ainda mais sabendo que o motivo da briga era eu.


Minha mente girava com aquela revelação, pois nunca em toda a minha vida alguém tinha se levantado em minha defesa. Sempre tive em mente que estava sozinha no mundo e que não podia contar com ninguém. Não tinha uma relação amorosa com meu pai. Só recorria a ele quando precisava de dinheiro.


Mas então, lá estava eu, na casa da Heloísa. Não sabia o que pensar a respeito de passar a noite com ela — quer dizer, com eles, não poderia me esquecer da Keyla e do Tato. Mas a expectativa de que algo pudesse acontecer naquela noite me deixava insegura; um sentimento que até aquele momento eu desconhecia. Sempre fui muito confiante, mas perto da Heloísa eu me sentia despida das minhas armas.


Como pode uma pessoa mexer com tantos sentimentos em tão pouco tempo? Juro que eu estava tentando ser o mais racional possível, mas Heloísa me tirava do sério. Suas provocações, desde o momento em que nos conhecemos, me deixavam com muita raiva.


Andei pela casa enquanto pensava no que estava acontecendo. Observando todos os detalhes.


Heloísa tinha uma casa pequena, mas muito bem-cuidada e organizada. Eu me peguei imaginando se ela tinha alguém que a ajudava. Seus móveis eram talhados em madeira. Porém uma televisão enorme acompanhada de um Xbox na sala revelava que a garota do interior também tinha um pezinho na cidade. Havia várias fotos espalhadas pela casa. Sorri ao ver que Tato e Keyla estavam na maioria delas. Nunca tive irmãos ou família, então não entendia o sentimento que unia aquelas pessoas.


— Você e Keyla dormirão no meu quarto. A cama é mais confortável. — A voz forte da Heloísa fez com que minha pele se arrepiasse. Meu Deus, como eu queria aquela mulher! Aquilo não era normal.


Virei e o que vi fez com que o ar parasse de fazer o seu trajeto correto até os meus pulmões.


Heloísa estava com um braço levantado, encostada no batente da porta que separava a sala da cozinha, me dando um bom vislumbre do seu corpo. Já havia percebido e sentido que Heloísa tinha o corpo bem-definido, nada muito musculoso ou exagerado sabe, mas com tudo no lugar. A visão foi espetacular! Meus olhos passaram da sua barriga para a sua boca. Uma boca que me deixava pensativa. O que ela pode fazer com ela? Continuei meu passeio pelo seu corpo, chegando aos seus olhos. O que mais me impressionava era como eles ficavam lindos e intensos quando me olhava.


Uma tosse seca fez com que ambas olhássemos na direção da sala. Heloísa ficou sem graça, pois parecia estar tão presa a mim quanto eu estava a ela.


— Samantha, aqui tem uma toalha limpa, se você quiser tomar um banho. — Keyla me disse, mas seus olhos encaravam a Heloísa, como se quisesse recriminá-la por algo.


Ela me entregou a toalha e passou por mim, indicando que eu a acompanhasse. Dei as costas para a Heloísa e, antes de seguir Keyla, eu a senti puxando meu braço. Quando me virei, seus olhos me perfuraram.


— Esquece — ela disse me soltando e passando as mãos pelo cabelo, claramente incomodada, lutando contra algo que eu não sabia o que era.


Heloísa me deixou e foi ao encontro de Tato, que estava sentado no sofá. Sem entender nada, eu fui em direção ao quarto da Heloísa. Assim como o restante da casa, era organizado.


Simples, mas confortável. Sua cama era enorme e, da mesma forma que a televisão, era uma das poucas coisas que traziam modernidade ao ambiente.


— O que está acontecendo entre você e a Heloísa? — Keyla me perguntou sem rodeios, e eu não soube como responder. Seu tom de voz não demonstrava qualquer resquício de hostilidade, mas tampouco de amabilidade.


— Nada, Keyla. Que ideia. Conheço a Heloísa há dois dias, e, mesmo que fosse há mais tempo, ela não faz meu tipo — desdenhei, pois, negar era o mais fácil naquele momento.


Ela me olhou como se não acreditasse em nenhuma palavra, mas não me questionou nem fez mais insinuações. Vi uma porta que imaginei ser a do banheiro e caminhei até ela. Assim tomaria meu banho e também fugiria do olhar inquisidor da Keyla.


— Você tem alguma coisa que eu possa vestir? — Perguntei antes de fechar a porta do banheiro. Uma boa olhada em minhas roupas deixava claro que não seria confortável dormir vestida daquela forma.


— Levei todas as minhas roupas para casa na semana passada, mas acho que essa camisa da Heloísa é confortável — disse e caminhou de volta para a sala.


Entrei no banheiro, e posso dizer que a organização da casa da Heloísa foi me deixando cada vez mais impressionada, até assustada. O armário da pia estava cheio de produtos de higiene.


Tudo organizado por tamanho: do maior para o menor. O fato de haver duas escovas de dente chamou minha atenção, pois significava que mais alguém usava o banheiro. Quis acreditar que era da Keyla. Coloquei a camisa branca [N/A: Aquela famosa camisa da Manu, kkkk] e a toalha sobre a pia. Antes de entrar no banho, eu abri um vidro de perfume e fui embriagada pelo cheiro. Com certeza era o perfume que a Heloísa havia escolhido para aquela noite. Aquele aroma me fez lembrar os nossos corpos colados quando dançamos.


Liguei o chuveiro e fiquei uns vinte minutos debaixo da água quente. Confesso que mais da metade deles eu passei olhando para o nada, enquanto a água escorria pelo meu corpo. Estava muito sentimental e não gostava nem um pouco de me sentir assim.


Depois do banho, me enxuguei e, antes de vestir a camiseta da Heloísa, senti o cheiro dela no tecido. Apesar de a Heloísa ser um pouco mais alta, a camisa não ficou muito comprida, já que eu tinha muitas curvas e uma bunda farta. Olhei para a minha calcinha e resolvi não colocar.


Saí do banheiro e Keyla já estava de banho tomado, vestindo uma camiseta parecida com a minha, com a diferença de que nela ficava perfeita. Ela estava arrumando a cama que eu achei que dividiríamos, mas, para a minha surpresa, havia um colchão no chão.


— Keyla, podemos dividir a cama — eu disse, realmente querendo que ela não se sacrificasse por mim. Apesar de ser espaçosa quando o assunto era cama, não queria ficar devendo nenhum tipo de favor a ela. Não gostava de depender da boa vontade de ninguém.


— Tudo bem, eu estou acostumada — ela me disse e logo se ajeitou no colchão. Não questionei. Me deitei e me cobri com o edredom que havia na cama. Por causa da chuva, estava ficando um pouco frio.


...


Adormeci rápido, mas algum tempo depois acordei com um barulho. Abri os olhos e vi que a porta estava sendo fechada. Olhei para o colchão ao meu lado e notei que a Keyla não estava.


Levantei e procurei o interruptor para ligar a luz, mas ela não acendeu. Devia ter havido uma queda de energia, pois a luz do banheiro também não funcionou.


Esperei meus olhos se adaptarem à escuridão e caminhei até a porta. Abri devagar e coloquei apenas a cabeça para fora. Escutei sussurros e percebi pelo clarão que vinha da janela que a Keyla estava na porta de um quarto. Ela falava com alguém que deduzi que fosse o Tato, e logo ele a puxou para o quarto e fechou a porta.


Contive meu sorriso. Keyla safadinha!


     *InicieSinônimos - Chitãozinho e Xororo ft. Ramalho*


Estava prestes a voltar para o quarto quando escutei uma respiração pesada. Heloísa estava deitada em um dos sofás da sala. Eu me aproximei e respirei fundo ao vê-la totalmente relaxada. Ela estava deitada com um dos braços repousados acima da sua cabeça. 


Não resisti à vontade de ficar mais perto. Dei mais dois passos e olhei a porta por onde a Keyla tinha entrado. Nenhum barulho vinha de lá. 


Olhei novamente para a Heloísa no sofá e meus olhos correram para cada parte do seu corpo. Linda! Vestida com uma calça moleton preta e uma camiseta bege sem mangas. Ela se mexeu e entreabriu os lábios. Eu me senti convidada. Agachei próxima ao sofá e passei meu dedo indicador pelos seus lábios. Heloísa se assustou com meu movimento e se sentou rapidamente, me encarando.


— Samantha? — Ela sussurrou.


Apesar da escuridão, eu vi o espanto em seus olhos com o clarão dos raios.


— Me deixa fazer uma coisa? — Pedi, mas não foi bem um pedido, pois não esperei pela resposta.


Eu me levantei do chão e me sentei no colo dela. Apoiando um joelho em cada lado do seu quadril, eu a montei. Heloísa arregalou ainda mais os olhos, e, quando ia dizer alguma coisa, eu a calei com um beijo.


No começo eu podia sentir sua hesitação, mas logo seus lábios começaram a acompanhar meus movimentos. Heloísa começou a tomar minha boca com uma urgência que eu nunca tinha sentido. Estava perdida em um beijo que não queria que terminasse nunca. Levei minhas mãos até o seu cabelo e enfiei meus dedos entre eles. Heloísa colocou ambas as mãos em minha cintura e levantou um pouco minha camisa.


— Ahhh!!! — Um gemido rouco saiu de seus lábios, ainda colados aos meus, assim que ela notou que eu estava nua por baixo da camisa. 


Eu me sentia muito quente, com um arrepio constante. Encostei mais nela e sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento, em busca de mais contato. Poderia gozar apenas com aquele mero momento. Ela provocava coisas em mim que nunca tinha sentido de verdade antes. Heloísa apertou os dedos em meu quadril e deslizou suas mãos até alcançar meus seios.


— O que você fazendo comigo garota.. — falou ofegante ao chupar meu pescoço de leve me fazendo arrepiar.


— Ai meu Deus! — foi a minha vez de gemer. Assim que ela encontrou meus mamilos, começou a provocá-los com os polegares. Nosso beijo voltou a ser ainda mais intenso, não diminuíamos o ritmo. Muito pelo contrário, a intensidade só aumentava. Quando Heloísa se levantou e me surpreendeu ao me colocar no sofá, cobrindo meu corpo com o dela. Abri minhas pernas para que ela pudesse se encaixar em mim. Senti que suas mãos estavam na barra da minha camiseta, e um rastro de desejo se espalhava em minha pele com o seu toque, enquanto ela me deixava totalmente nua. Não consegui segurar o prazer que tomava conta de mim e chamei seu nome.


— Heloísa... — Aquele foi o meu grande erro, pois assim que ouviu seu nome, ela despertou da névoa que nos envolvia e se afastou. 


Ela se levantou e me olhou com reprovação, me deixando inteiramente despida e humilhada, pois seu semblante revelava o quanto ela achava aquilo errado. Eu me sentei no sofá e peguei a camiseta do chão. Me vesti depressa com a intenção de sair o mais rápido possível dali. Não queria que ela visse as lágrimas que se acumulavam nos meus olhos. Assim que me levantei, Heloísa me segurou pelo cotovelo e me fez encará-la.


— Você não pertence a esse mundo — ela tentou se explicar. — Eu não sou a pessoa que você procura. — Heloísa me soltou de supetão, e imediatamente senti falta do seu toque.


Não respondi. Apenas me virei e caminhei de volta para o quarto. Fechei a porta com cuidado e sem fazer barulho. Apesar de tudo, eu não queria denunciar a Keyla. Já bastava uma pessoa frustrada naquela noite.


Me deitei na cama e me permiti chorar, pois tinha acabado de conhecer um novo sentimento: REJEIÇÃO.







Notas Finais


A bixinha da Samantha, não teve o Êlaia dessa vez ...

Não me matem por isso! Tá só começando ...

Lista Das Músicas em Cada Cena:
https://open.spotify.com/user/lannyjaguar/playlist/47YO0Jq9g6BZduvPbpFvtG?si=P3tCxwCRQcKDW3TBAOosyQ

Fui ...
- Lanny.


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