Quatro anos após aquele episódio com Scorpius...
Chegou o dia dos aniversários de onze anos de Rose e Scorpius. Logo cedo, chegaram as cartas deles. Draco e Hermione não tinham a mínima coragem de contar a eles que eram irmãos.
-Pai! Olha! Olha o que chegou!
-Oi, filho! Que coisa boa, chegou sua carta!
-Quero ir já ao Beco comprar as coisas. Vamos!
A carta de Rose chegou quando a pequena nem havia acordado. Foi Rony que pegou da pata da coruja na janela.
-Rose J. Granger... Malfoy? Hermione! Vem aqui!
-O que foi?
-Chegou a carta da Rose.
-É sério? Que ótimo!
-Não, você não entendeu... Lê.
Hermione pegou a carta e quase caiu de costas ao ler “Malfoy” escrito no final do nome dela.
-Essa não...Temos que fazer o possível e o impossível pra isso não chegar a ela.
-Vamos logo ao beco. Temos muito a se fazer. Vá acordá-la.
Rose estava com o mesmo ânimo de Scorpius. Talvez até um pouco mais. Tão animada que, em 15 minutos, já tomou o café, trocou de roupa, fez todo o resto e apareceu no pé da escada.
Chegara também uma carta para Hermione, Minerva a convidara para ser professora de Estudo dos trouxas, e ela aceitara.
Hermione e Rose foram ao Beco Diagonal também com Alvo, Tiago e Gina, eles acabaram se encontrando na loja Olivaras. Harry e Rony ficaram no Caldeirão furado enquanto as mulheres e seus filhos iam às compras.
-Olha quem tá ali.-disse Hermione à Gina.
-Essa não...
-Ah, sra. Potter e Sra. Weasley...-disse Draco.
-Oi, Malfoy. Como vai?
-Bem. Trabalhando muito como sempre.
Eles ouviram três xícaras se quebrando. Eram Alvo, Rose e Scorpius.
-O que é isso?
-Desculpe, pai. Varinha errada, sr. Olivaras.-disse Scorpius.
Quando o garoto se virou para o pai, Hermione pôde ver. Era idêntico ao pai.
-É ele?-ela perguntou, baixinho, de modo que somente os três adultos pudessem ouvir.
-Sim. Scorpius Malfoy.
Rose quebrou um vidro.
-Srta. Weasley, definitivamente, não é essa. Tente esta. E sr. Potter, aqui, tente esta.
Quando os três tocaram as varinhas, algo aconteceu. Alvo sentiu um intenso raio de sol pairar sobre si, mas com Rose e Scorpius, foi diferente. Um vento extremamente forte passou por eles.
-Muito bem. Sr. Potter, muito bem. Pode ir. Azevinho, pena de fênix, 25 cm. Agora... Srta. Weasley e sr. Malfoy, o que houve com vocês é algo extraordinário... Srta. Weasley, Pinheiro e pelo de unicórnio, 27 cm. Sr. Malfoy, Antréia e pelo de unicórnio, 26 cm...
-O que há de errado nisso, senhor?
-Não seria errado. Seria... curioso... Pois o unicórnio que forneceu o pelo para a varinha de vocês dois foi morto e desapareceu há 11 anos. Perto de onde ele estava, foram encontrados somente dois pelos, os quais formam os núcleos de suas varinhas.
-O quê?-foi Hermione quem perguntou.
-Seria como se...
-Como se fossem irmãs? Igual o caso do Lorde das Trevas e Harry?
-Sim, sra. Weasley. Elas são irmãs.-disse Olivaras.
Draco e Hermione se entreolharam.
-É algo extremamente raro. O unicórnio somente deixou os dois núcleos antes de desaparecer. E nada mais.
-Vocês três, lá pra fora, por favor.-disse Draco.
-Ah... Mas eu que...
-Alvo, para fora. Conversa de adulto.
-O que acontece, sr. Olivaras, é que... Os dois não sabem, mas são irmãos. Gêmeos, ainda. É uma... Longa história.
-Isso explica... Muito. Tudo, praticamente.
-Sim. Os dois foram separados após inquérito no ministério, quando Draco pediu a guarda de um dos dois. O Scorpius ficou com ele e a Rose comigo.
Quando saíram dali, Hermione disse:
-Draco, tenho que falar com você. Gina, toma conta deles?
-Claro. Vamos na Madame Malkin.
-Ok, encontro vocês no Caldeirão. Se comportem.
-Pode deixar.
Os dois ficaram sozinhos ali.
-O que vocè quer?
-Só te dizer que... Está cuidando muito bem dele. E a doença?
-Ah... Até agora, desde aquele dia, não deu mais nada. Mas eu preciso te dizer... Precisa se preparar para o pior.
-Quê?
-É. Sabe, eu tenho pesquisado muito. Demais, eu diria. De verdade, eu não sei como estou vivo, todo sufocamento leva à morte. E não foram poucos os que tive.
-Como é que é?
-É, Mione A menos que eu descubra a cura pra isso... O Scorpius vai morrer. E é por isso que eu te disse para se preparar. Pode ser repentino.
-Você se curou.
-Sim, mas não sei como. Meus pais nunca me disseram o que eu realmente tinha, entende? E eu tenho medo de como e quando será o do Scorpius. Hermione, tem que me ajudar.
-Pode ficar calmo. Estarei de olho nele, qualquer coisa, te aviso. É, a Minerva me chamou para dar aulas de Estudo dos Trouxas, e eu aceitei. Sabia que tinha de aceitar...
-Obrigado... De verdade...
Hermione estava muito mal. Chorava muito desde a conversa até o momento em que chegou em casa. Rony se assustou ao vê-la entrando muito rápido, subindo e fechando a porta do quarto. Ele foi até ela.
-Mione, o que foi? Gina, olha eles aí, por favor?
-Claro.
-Mione? Alorromora!
-Quero ficar sozinha, Rony.
-Você tem é que me contar o que te afeta.
-Como quer que eu esteja bem depois de ouvir o que Draco me disse lá no Beco?
-Malfoy? O que é que...
-Fazendo as compras com o Scorpius. Mas... Lembra aquela vez que ele ligou desesperado, querendo falar comigo?
-Lembro, mas...
-O Scorpius tem uma doença. Draco está feito um louco buscando pela cura e pela causa da doença. Mas tá tudo tranquilo. Como darei aula de Estudo dos Trouxas a eles, vou poder ficar de olho nele.
-Isso é bom.
-É.
Ela estava mais calma. A calma agora era essencial, se precipitar, estressar, só traria problemas.
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