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História Linha Tênue - Se Socializando


Escrita por: SihMyFavs

Notas do Autor


Olá gente!!

Eu realmente estou deixando a história me levar, então espero que vocês gostem ;)


Ótima leitura!

Capítulo 2 - Se Socializando


  Depois de todas tomarem banho, desceram até a sala.

  - Não vão precisar cozinhar. – Rio disse assim que as viram – Pedimos pizza.

  - Hmm que delícia! – Annie comentou empolgada.

  Beth e Ruby só olharam pra cara dela.

  Logo perceberam que só tinha dois sofás de três lugares. Um estava Rio e no outro os dois homens.

  - Podem sentar meninas, fiquem à vontade. – Rio falou se divertindo com a situação.

  Annie não pensou duas vezes e foi sentar-se ao lado de Eddy.

  - E aí gente, beleza? – e já foi logo pegando um pedaço de pizza em cima da mesa de centro.

  Ruby e Beth pareciam intactas, dando passos lentos.

  - Pode sentar aqui meninas, eu não mordo. – Rio foi mais pro canto esperando elas se sentarem.

  Lógico que estava esperando que Beth se sentasse ao lado dele.

  Ruby, que estava na frente, sentou no canto deixando o meio para a amiga.

  Beth apenas lhe jogou um olhar e sentou-se no meio deles.

  - Pode escolher o sabor que quiser. – ele apontou para a mesa com quatro caixas de pizza.

  - Ok. – falou nervosa, escolhendo um pedaço.

  - Então quer dizer que somos amigos? – Eddy perguntou para Annie com a mão no queixo.

  - Sim! – respondeu mastigando – Depois que você defendeu a Sadie, ninguém mais mexeu com ela.

  Beth só ficou olhando pra cara dela como quem queria dizer: “tenha modos”.

  - E quer dizer que acha o meu apelido engraçado? – Cisco entrou na conversa.

  Annie começou a rir com a boca cheia.

  Beth até abaixou a cabeça de vergonha.

  - É que você é tão grande, tatuado e forte, que esse apelido tipo nada a ver com você entende? – Annie explicou – Daí fica engraçado.

  Eles começaram a rir, então Ruby também decidiu não segurar. Somente Beth deu um pequeno sorriso com medo de aquilo tudo ser pegadinha e o cara ficar bravo.

  - Vocês são muito loucas. – Eddy comentou.

  - Vocês não viram nada. – Annie bateu no ombro dele.

  - Meu Deus! Ela está bêbada? – Beth cochichou para Ruby.

  - Mas não bebemos nada! – Ruby falou rindo.

  - Ok, ok! Vamos brincar. – Rio falou se ajeitando no sofá.

  - Opa! – os meninos bateram na mesa.

  As meninas se olharam sem entender e um pouco assustadas.

  - Cada um vai falar do que tem medo. – Rio começou a explicar – Mas não pode ser relacionado à família, somente sobre você. – e jogou a arma para cisco – Não se preocupem, está descarregada. – falou para as meninas.

  Elas se olharam ainda confusas.

  - Bom, vamos lá. – Cisco disse – Eu tenho medo de... – pensou um pouco – morrer afogado. – e passou a arma para Eddy.

  - Sério? – Annie olhou pra ele – Com tantas maneiras de morrer você tem medo de água?

  - Annie! – Beth não conteve em chamar sua atenção – Fica quietinha, ok? – pediu séria.

  - Ok! Só estou interagindo. – comentou abrindo os braços.

  - Ai meu Deus, ela bebeu enquanto tomava banho. – Ruby chegou à conclusão.

  Beth arregalou os olhos, e antes que surtasse, Eddy continuou.

  - Eu tenho medo! – falou alto pra que elas parassem de falar – De amar e não ser amado.

  Ruby e Beth perceberam que ele estava zoando.

  - Mas isso é possível? – Annie olhou pra ele e sorriu.

  - Na verdade eu acho que ela usou drogas. – Ruby cochichou para Beth, que estava se segurando para não pegar a irmã pelo braço e levá-la a força pro quarto.

  - Sua vez. – Eddy entregou a arma pra ela.

  - Vamos ver se está descarregada mesmo. – e mirou no pé da Ruby e apertou o gatilho.

  - Ah! – Ruby deu um grito, levantou as pernas e agarrou o braço da Beth gritando sem parar. – Socorro!

  - Ok, ok! Não estava carregada. Calma, está tudo bem. – Beth tentou acalmá-la.

  Annie morria de rir.

  - Sua louca! – Ruby deu um grito ao perceber o mico que tinha passado.

  - Vocês são piores que jovens de colegial. – Rio comentou olhando pra elas.

  - Fala logo do que você tem medo Annie! – Beth pediu, querendo acabar logo com isso.

  - Pelo visto medo de morrer não tem. – Ruby falou brava.

  - Ok, esquece isso. – Beth pediu tocando no braço dela.

  - Você fala isso porque não foi no seu pé que essa maluca atirou!

  - Ok! – Beth tentava fazer com que ela parasse de falar, mas estava difícil.

  Logo percebeu uma risada atrás dela. Olhou para o Rio e ele estava se acabando de rir, assim como os outros dois.

  - Ok, ok eu vou falar! – Annie estava toda animada.

  Por um momento Beth parou de ouvir todos ao seu redor.

  Parou de ouvir as risadas, parou de ouvir todas as vozes. Ela se pegou em seu mundo onde estava foragida e perdida. Não sabia o que ia fazer pra fugir da prisão, em como voltaria pra casa e até quando ficaria ali com aqueles homens que ela nem conhecia.

  Era estranho, porque dias atrás ela sentia falta de ver Rio e combinar uma nova missão com ele. Mas depois do que acontecera com o caminhão que ele as enganou e que ela se sentiu usada, agora estava no sofá ao seu lado rindo de suas amigas, participando de brincadeiras idiotas. Ela não queria isso.

  Quando voltou em si, Ruby passou a arma pra ela.

  Beth a segurou e ficou observando-a por um tempo.

  Rio percebeu que ela estava estranha.

  - Vai maninha, conta seu medo! – Annie pediu empolgada.

  Beth olhou pra ela e aquele entusiasmo todo já tinha lhe enchido o saco.

  - Eu vou dormir. – levantou do sofá e jogou a arma no seu lugar e subiu as escadas depressa.

  Rio a acompanhou com os olhos e todos ficaram em silêncio.

  - Ela é assim mesmo. – Annie falou – Não gosta muito de brincar. Em todos os sentidos. – e deu risada.

  - Acho melhor nós irmos também, Annie. – Ruby se levantou.

  - Mas já? – falou desapontada – Eu quero saber do que o Rio tem medo. – e olhou pra ele.

  - A brincadeira acabou, podem subir. – ele falou sem dar a mínima pra ela.

  - Mas eu...

  - Vamos Annie! – Ruby a pegou pelo braço.

  - Mas eu queria brincar mais!

  - Chega por hoje. – e a levou para o quarto.

  - Você é muito chata! – falou quando entrou.

  Ruby fechou a porta e viu Beth deitada na parte debaixo do beliche, chorando.

  - O que você tem? – Annie perguntou preocupada.

  - Você ainda pergunta? – Beth levantou na hora – Onde você estava com a cabeça em usar drogas? – perguntou nervosa.

  - Eu achei no banheiro.

  - E por que você usou? – Beth aumentou o tom – Só porque você acha uma coisa não significa que tem que enfia-la nessa merda do seu nariz!

  - Beth, calma. – Ruby percebeu que ela não estava bem.

  - Eu só queria me distrair tá legal? – Annie explicou, começando a chorar também – Não é fácil pra mim ter que abrir mão da minha filha mesmo sabendo que ela está bem, que nós duas nunca mais vamos ficar juntas porque ou eu vou ser presa ou eu vou morrer!

  - Você não vai morrer Annie! – Beth achou um absurdo.

  - Claro que vamos! Só existe uma saída Beth!

  - Tudo bem meninas, chega. – Ruby entrou no meio delas – Já está tarde e não queremos que os coleguinhas lá debaixo venham chamar a nossa atenção. Então já que a Annie está chapadona, é só deitar e dormir. Vai logo! – apontou a cama pra ela.

  - Boa noite. – falou subindo na parte de cima e deitou virada para a parede.

  Beth continuou parada, sentindo sua mente girar.

  - Amiga muita coisa aconteceu hoje. – Ruby segurou em seus braços – Mas amanhã será um novo dia e nós resolveremos isso.

  - Não resolveremos tudo amanhã. – Beth falou pensativa, olhando pra ela.

  - Alguma coisa nós teremos que resolver, nem que seja o lance da calcinha. – Ruby tentou animá-la.

  Beth apreciou o cuidado da amiga.

  - E se a Annie tiver razão? – perguntou preocupada.

  - Nós vamos conseguir sair dessa. – Ruby falou com firmeza.

  - Como você tem tanta certeza? – quis saber.

  - Vou usar o meu lado cristão e dizer que Deus está com a gente.

  Beth ficou olhando pra ela.

  - Ok, e eu vou usar o meu lado realista e dizer que Deus não está com a gente. – discordou da amiga.

  - E por que não? – achou estranho.

  - Porque nós fizemos coisas erradas. – Beth explicou como óbvio.

  - Ué! Então Deus não está do lado de ninguém porque todo mundo erra.

  Beth ficou sem palavras.

  - Amiga, nós somos pessoas boas. – segurou firme a mão dela – Fizemos o que fizemos por uma boa causa, não foi para prejudicar ninguém. E agora estamos aqui, unidas, e se precisarmos até salvar aqueles caras que estão lá embaixo nós faremos, e sabe por quê? Nós somos pessoas boas.

  Beth abaixou a cabeça.

  - Mas precisamos nos livrar dessa situação. – concluiu.

  - Sim, e nós vamos! – Ruby a encorajou – Você sempre foi muito corajosa e guerreira, e agora não está sozinha, eu e a sua irmã porra louca estamos com você. Custe o que custar.

  - Ruby, eu te amo. – Beth se emocionou e as duas se abraçaram fortemente.

  - Eu também te amo bebê.

  Depois de um longo tempo abraçadas, as duas se separam, apagaram as luzes e foram dormir.

  Beth virava de um lado para o outro tentando relaxar, mas estava quase impossível. Uma porque não era a sua cama e outra porque Ruby e Annie estavam roncando.

  Então decidiu levantar, pegou o seu celular que estava sem sinal e desceu a escada devagar, descalça para não fazer barulho.

  Olhou em todos os cantos e não tinha ninguém. As portas dos quartos debaixo estavam fechadas. Então ela foi até a cozinha e abriu a porta que dava para os fundos da casa, que não tinha tranca.

  Quando saiu, avistou Rio sentado de costas no tronco de uma arvore.

  Beth não esperava encontrá-lo ali, estava com a cabeça baixa olhando para algo que parecia ser um papel.

  Ela começou a se aproximar, mas logo percebeu que não seria uma boa ideia chegar de surpresa. Ele podia estar armado, levar um susto e atirar na testa dela. Então resolveu se pronunciar.

  - Rio? – falou com o maior cuidado do mundo.

  Ele olhou imediatamente pra trás e avistou a mulher que horas mais cedo lhe apontava uma arma. Voltou a olhar pra frente e dobrou o papel.

  - Não está conseguindo dormir? – perguntou olhando pra baixo com um sorriso.

  - Não. – respondeu parando a poucos metros perto dele.

  - Pode sentar, se quiser. – ele falou indo para o lado, dando espaço.

  Ela achou melhor não recusar.

  - Está aqui vendo as estrelas? – perguntou só pra puxar assunto.

  Ele olhou para os pés dela.

  - Cuidado pra não entrar um graveto aí. – comentou por causa do mato.

  - Se entrar eu tiro. – falou firme.

  Rio levantou o olhar e a encarou.

  - Por que saiu da sala? – ele queria saber.

  Beth o olhou por alguns segundos.

  - Porque eu não queria ser motivo de piada pra vocês.

  - Mas não seria. – ele falou convicto.

  - Vocês estavam rindo de tudo que a gente falava! – o lembrou.

  - Estávamos nos divertindo. – ele explicou como óbvio – Essa era a intenção! Já que vamos ficar juntos por algum tempo precisamos interagir mais. Não vamos ficar numa casa de mudos.

  - Por quanto tempo você acha que vamos ficar aqui? – ela ignorou tudo o que ele disse.

  Rio olhou bem pra ela e já tinha entendido a situação.

  - Eu sei o que está te incomodando Beth. – falou compreensivo – Não são os meus homens, não é a prisão. – a encarou nos olhos – É a saudade dos seus filhos.

  Beth se emocionou no mesmo instante.

  - Não se preocupe você irá vê-los de novo. – falou observando cada detalhe daquele rosto triste.

  - Como você pode ter tanta certeza?

  Fez a mesma pergunta que fizera a Ruby, mas não esperava a mesma resposta.

  - A única certeza que eu tenho é que eles eu não verei nunca mais. – e desdobrou o papel, que na verdade era uma foto.

  Beth olhou e viu um casal com um menino.

  - São os seus pais? – perguntou.

  Ele apenas acenou a cabeça.

  - Talvez veja um dia. – ela falou sem se preocupar se ele acreditava ou não.

  Pegou o celular e procurou por uma foto.

  - Esse aparelho é novo e os meus filhos pegaram esses dias e tiraram um foto. – ela falou sorrindo.

  - Posso ver? – Rio se aproximou dela.

  - Sim. – Beth virou o celular pra ele – É o Kenny que você conheceu e a minha filha de seis anos, Emma.

  Rio olhou a foto por um tempo com certo brilho nos olhos.

  - Eles são lindos. – comentou – Ainda bem que se parecem com a mãe. – e olhou pra ela.

  Beth sentiu suas pernas tremerem.

  - Eu não acho. – disse ficando nervosa – Acho que todos se parecem com o pai.

  - Está enganada. – falou firme sem tirar os olhos dela.

  - Ok. – concordou sem conseguir pensar em mais palavras.

  Os dois ficaram se encarando, pensando em fugir, pensando em ficar. Até que Rio aproximou o rosto para beijá-la, mas Beth recuou por impulso e se levantou depressa.

  - Eu acho melhor eu ir dormir. – falou ofegante dando passos pra trás.

  Rio olhou pra ela e passou a mão no queixo com um sorriso.

  - Tudo bem. – a olhou de cima a baixo.

  Beth juntou as poucas forças que tinha e saiu dali.

  Rio continuou sentado e sorriu, percebendo que aos poucos poderia conseguir o que queria.


Notas Finais


ai ai......como eu adoro isso!

Quem disse que seria fácil gente??

Espero que vcs nao queiram nada rápido demais, porque eu gosto quando as coisas fluem e vão ficando irresistíveis.

Vou dar um tempo até aqui e esperar o retorno de vcs (quando descobrirem a historia) ahahahaha

Beijos ♥


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