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História Linhas de Código - Eu sou a Espanha.


Escrita por: PeixeEmbolorado

Notas do Autor


Sumi, desapareci, eu sei. Guardem essas armas, por favor.

Rolou uns bagulhos bem loko e eu perdi tempo resolvendo eles. Meu recesso acabou, as aulas voltaram, e com elas minha alma para finalmente fazer algo. Moça, abaixe essa furadeira, por obséquio, eu já pedi para vocês se acalmarem.

Aqui estás, qualquer erro perdão, esse teclado buga tudo o que eu escrevo e eu escrevo muito rápido principalmente hoje que está frio.

Eu procrastino muito quando estou com frio kkkk

E é isso, boa leitura criaturaaaaaas.

Capítulo 6 - Eu sou a Espanha.




Tive sonhos estranhos naquela madrugada. Ora pensamentos coloridos e melosos que me faziam parecer um adolescente púbere e hormonal...


Porque é justamente isso o que você é.


Ora pensamentos horripilantes e agitados em decorrência de minha conversa com Asui no banheiro naquela noite fria. Por essas razões, saber que poderia decorar meu escritório da maneira que eu quisesse me fez sorrir naquela manhã mesmo com a confusão mental.


Saber que teria um escritório mesmo sendo o vagabundo que é já deveria te deixar alegre o bastante.


Claro, ignorei algumas vozes na minha cabeça.


Estava contente, então decidi deixar de lado todos os acontecimentos trágicos da noite passada e focar apenas na perda da minha virgindade bucal. Eu não comi e nem fui comido pelo moço de características físicas estupidamente belas, e nem mesmo sabia como o encararia essa manhã, mas ontem foi definitivamente a melhor noite da minha miserável existência.

Ignorando a lei do confinamento da cromodinâmica quântica, em que um quark não pode ser encontrado sozinho na natureza, e somente em um conjunto (malditas criaturas sociais), meus quarks foram unidos depois de passar tanto tempo dispersos pelo espaço, meu humor está claro e forte como aço, sinto que a mim, acrescentou mais um pedaço, assim que encontrei a infinitude de seus lábios.


Mas é muito gado...


Se fuder, arrombado.


Não vou focar muito nisso por agora, pois quanto mais penso naquela beldade maravilhosa, mais fico nervoso. Então, desviando deste assunto, para os que necessitam de esclarecimentos acerca do anormal comportamento de Tsuyu ontem a noite, vos contarei o que encontrei.

Foi mais ou menos assim...



FRÉSHIBÉQUI


– Asui, abre essa porta, porra! — Ouvi uns barulhos estranhos, o que me preocuparia, mas naquelas condições, apenas me deixava mais desesperado.

– Espera, não vou demorar.

– Eu vou ser o juíz disso, tempo é uma coisa relativa — Comecei a rezar para Javé, na esperança de que ao menos uma vez na vida, ele atendesse às minhas preces.

Relativa? Ao quê?

Ao lado da porta do banheiro em que você está! Pare o que estiver fazendo e me deixe entrar! — Resolvi mudar de divindade ao ver que a primeira mencionada estava cagando para mim, e assim que fiz o primeiro pedido para Zoboomafoo, Asui abriu a porta.


Isso sim é que é deus de verdade.


Entrei correndo mais rápido que o homem hétero tentando provar sua masculinidade, arranquei a perna dela de cima da privada e urinei ali mesmo sem me importar se minha prima veria ou não.


Espera um momento, espera um momento.


O que foi, caralho? O que foi, caralho?


Porque ela estava com a perna em cima da NOSSA privada?


De alguma maneira desconhecida, o hino da União Soviética começou a tocar na minha cabeça depois dessa frase.


Soyuz nyerushimij ryespublik svobodnykh...


É verdade...


Por que diabos aquele anfíbio de sistema respiratório inteiramente pulmonar teria depositado suas patas curtas e de longa capacidade saltal (eu nem sei se essa porra existe) em cima da minha privada?


Nossa.


Soyuz nyerushimij...


Márcio ficou quieto, talvez esperando algum grito de Tsuyu ou alguma coisa parecida, mas quando me viro, a encontro fazendo... alguma coisa...


Está meio óbvio o que é, não é, oh, animal!?


Ela estava apenas de roupas íntimas com um creme depilatório em uma mão e um gilette na outra (eu sei que isso é a marca, mas é mais fácil explicar). E também havia um pano úmido em cima da pia.

– Que porra é essa, Tsuy?


Estranha aquele que até o cu depila.


Eu sou gay, eu não pego doença por temer lavar o símbolo químico do cobre. É claro que eu depilo.


Depila se tiver alguém para lamber, no seu caso você tem, e pelo visto ela também.


Não é que Márcio estava certo?


FINDO O FRÉSHIBÉQUI



Asui não demonstrou estar muito triste pela morte iminente de seu relacionamento em virtude de um anão de jardim que brotou de um inferno cuja origem é desconhecida. Segundo ela, minha loucura a fazia esquecer dos problemas. O que não faz nenhum sentido porque eu não sou louco.


Tem certeza?


É claro que eu... Tenho...


Demorou-me alguns milésimos de segundo desde o início da frase para perceber que uma voz na minha cabeça é quem havia me respondido, mas a culpa não é minha se os humanos são limitados ao ponto de não me compreenderem.


Ou você que é um esquisito.


Se eu me matar, você também morre. Então acaricie meu ego, filho de uma virtuosa meretriz.


Voltando para a minha amada prima.

Ao notar que sua cremosa ainda caminhava sobre a Terra e que seria nossa colega de trabalho, após me ver dialogando com a dita cuja Nunchaku Ui Caraca, teve uma ideia Tixan Ypê... Quer dizer, uma ideia Brilhante.

Seu plano era basicamente usar-me como ponte para chegar ao seu alvo, como há muito já fizera a grande desgracença, Napolitano BópaMarte.

A Espanha fora usada pelo Escanor francês como ponte para chegar até Portugal porque esse estava fazendo cu doce em aceitar o Bloqueio Continental.


 Por que sempre que eu acordo eu tenho que falar rimando?


Porque no fundo você é um trovador triste e solitário.


A Espanha permitiu que o Chuck Norris da Europa passasse por seu território para alcançar Portugal (para os tapados, Napolitano era francês, ou seja... da França), e assim Napoleão Bom na Party chegou e viu que a família real se mandou para onde?

Para o arrombado do Brasil.

Se você achou que a família real veio para cá pois queria nos ajudar, se fudeu. Vieram com o rabo espetado pelas espadas francesas.

Na falta de alguém para matar, o sanguinário Alucard voltou para a Espanha para pegar caminho para a França (para os tapados novamente, onde ele morava), e em sua sede de sangue, sem ter ceifado a vida de ninguém como o belo Shinigami psicopata que ele era, olha para a Espanha e pensa:


Por que não? 


Conclusão, a Espanha ajudou e acabou com uraneto de protactínio no meio do cobre.

Nessa história, Okako sou Babaca é Portugal fazendo cu doce, o anfíbio de pele rugosa é a França e advinha quem é a Espanha?

O brócolis otário aqui.


Napoleão tem alguma coisa contra amigos imaginários?


Márcio, não é hora de brincadeira.



O que eu mais temia era que o plano, executado hoje desse errado, porque aí, Tsuyu ficaria irritada e precisaria descontar sua raiva em alguém. E quem eu sou nessa história?

Exatamente a fudida da Espanha!

Fui para a cozinha, tentando despersar os pensamentos suicidas e me deparei com uma Asui completamente diferente.


Tem certeza que é ela? Pode muito bem ser um espectro das trevas em forma de uma moça muito sensual que quer roubar sua alma através do prazer.


Uma súcubus?


Exatamente.


Com o pensamento na cabeça, virei para a figura que assumira a forma de minha prima, chamando a atenção da criatura, antes de eloquentemente dizer:

– Eu gosto de pau... de um bem bonito inclusive, então se veio ceifar minha vida, está perdendo seu tempo — Falei lembrando do meu gostoso.

– Eu sei disso, Midoriya, todos os que olham na sua cara sabem.

Não sei o porquê, mas me senti meio ofendido.


Não liga para ela, Izu. Você é muito macho.


Sério?


Não.


Meu coração se quebrou, e o que agora eu concluí ser realmente a Tsuyu, ficou confusa perante à minha conversação mental.


Mas agora que mencionou. Nós nunca vimos a nossa delícia pelada.


Nossa?


Soyuz nyerushimij ryespublik svobodnykh...


Será que os pelos pubianos dele também têm duas cores?


Tá aí uma boa pergunta que eu nunca me fiz. Quer dizer... MÁRCIO! MAIS RESPEITO!


Se não escrever em itálico não escuto.


Márcio, mais respeito, caralho. E quem tu acha que é para querer mandar na minha mente?


Eu SOU ela.


– Izu — Sua voz retira-me de uma crise de personalidade terrível. — Ochako já arrumou o escritório dela, está passando lá apenas para ajeitar algumas coisas já que liberaram hoje para resolvermos isso. Como você vai levar tudo ainda, peça ajuda a ela...

– Tente fazê-la refletir e quando isso acontecer, tranque-a dentro da sala, entendi.

– Obrigada primo, de verdade — Tsuyu me abraça, eu sorrio e abraço de volta, apesar de sermos pessoas de contato e gostarmos de nos manter perto um do outro, abraços diretos eram incomuns entre nós.


Ela fica perto de você para te segurar caso tenha uma crise de esquizofrenia.


Esquizofrenia se caracteriza por uma distorção total da realidade onde todos os sentidos são comprometidos, não se brinca com essas coisas!


Se considerarmos que você personifica visualmente o que imagina e ouve vozes, temos dois sentidos comprometidos. É uma esquizofrenia parcial.


Isso nem existe!


Você é psiquiatra por acaso?


...


Quando saímos, passei em algumas lojas a fim de comprar coisas que combinassem com a minha cara. Coloridas e fabulosas.


Gays.


Belas.


Quando bati na porta da empresa, percebi logo que Tsuy desapareceu. Ela tinha uma chave extra da porta, que eu fiz com solução de iodo e um cartão de crédito velho que eu vi no Manual do Mundo porque eu não tenho dinheiro para mandar fazer essas porra.

Não demorei para encontrar Portugal. Ou no caso, Portugal encontrou a Espanha.

– Oi, Izuku, como vai? Sou a Uraraka lembra de mim?


Claro que lembro! Você chorou para o papa nos forçar a dividir o Novo Mundo! A América era nossa!


Soyuz nyerushimij...


Márcio, não leve tão a sério. Lembre-se que nosso império é maior.


– Sim claro — Principalmente quando Tsuyu não para de falar de você. — Como está?

– Tudo bem, e você? Soube que ficou de conversinha com o Todoroki depois do expediente — Ela me lança um olhar malicioso.


Algum filho de sapo nos dedurou.


Se a Asui pudesse falar com ela, não estaria me fazendo pedir isso.


Você já ajeitou seu escritório?

– Já sim, vim apenas resolver umas coisas, por quê? Precisa de ajuda?

– Na verdade sim. Eu fui informado depois, sabe como é...

Ela assentiu com um rosto compreensivo e logo colocou uma mão no meu ombro, perguntando onde ficava minha sala. Caminhamos até ela e eu procurei a chave me perguntando onde estaria a anfíbia.

– O que quer fazer primeiro? — Ela pergunta.

– A porta.

– O que tem a porta?

– Vou pintar um gato nela — Digo simplesmente.

– Um gato? Para quê quer um gato na sua porta?

– Para me cumprimentar quando eu chegar.


Cara, tu é muito solitário. 


Eu estou na entrada de um relacionamento amoroso recíproco.


Iludido.


Havia comprado algumas tintas em spray, e modéstia a parte, tinha alguma experiência com pintura.


Tempos de adolescente rebelde.


No fim, fizemos um belo gatinho risonho. Alguns funcionários comuns passavam pelo corredor e nos encarávamos como se estivéssemos prestes a ser demitidos.

Fazer parte daquela merda realmente dava alguns privilégios que meros mortais não entendiam, tipo, eu tenho o gato risonho na minha porta!

Será que só eu estou feliz com isso?


Não se preocupe, caro amigo, eu também estou feliz em demasia.


Sério?


Não.


Não vou fadigar vocês com a história de minha magnânima decoração. Flamingos e gatos enfeitavam as paredes, e um lustre (feito de algum DIY porque eu não sou burguês) sustentava alguns planetas (feitos com bolas de isopor, novamente, sou a Espanha, mas não sou a burguesa, sou a que tomou no cu).

– Ficou bem bonito — Ochaco comenta.


Claro, eu ajudei.


Você não fez porra nenhuma.


Me senti sendo observado e virei-me para ver a face de uma rã. Voltei para Uraraka antes que esta achasse estranho meu comportamento, mais do que ele já é, antes de dizer:

– Perdoe-me, mas preciso ir ao banheiro, se puder esperar aqui um instante.

– Claro — Ela senta em uma almofada e começa a mexer no celular.

Saio tranquilamente, agindo de maneira natural.


Ou seja, bizarra.


Cala a boca, Márcio.


Valeu, Izu — Asui já me abraçava.

– Valeu nada, lembre-se... — Ia repetir as regras quando ela me interrompe.

– "Limpem tudo o que sujarem, façam no lugar determinado para tal, e após isso, pegue os itens que o compõem e toquem fogo"

A filha da puta decorou as exatas palavras...


Claro, você não parava de repetir.


A vi entrar no quarto depois de me dar um joinha e sorri para mim, retribui como se desejasse boa sorte. Ela tem que ter se eu quiser continuar vivo.

Penso na minha pobre sala nas mãos destas trogloditas e me retiro de coração partido como se abandonasse um filho em um orfanato com padres.


Você sabe como os padres ficam quando chegam perto de criança...


Esse é o meu maior medo, Márcio.


– Eae, brócolis filho da puta! — Uma voz irritadiça vem atrás de mim.


É aquele louro desgraçado.


– Como é que foi ontem com o napolitano maldito.

Então é você que está me stalkeando e falando de minha vida pessoal, né vacilão?

– Vai me responder, não? — Chega mais perto de mim, eu me afasto. Tem horas em que eu só quero ser atendente de sex shop, para poder dizer:

"Recolha suas merdas e se foda!"

E não tomar processo!


– Izuku? — Arrepiei quando uma voz vinda diretamente do céu roçou na minha nuca, e virei-me como um brócolis apaixonado.

– Oi, Shoto.

– Quanta intimidade é essa? — Por algum motivo, Bakugou parecia ainda mais irritado.


Tomar no cu, bicho chato da porra.


– Creio que a nossa vida não vos diga respeito, Bakugou — Diz meu gentilvete, a delícia gelada que aqueceu meu coração.

Eles discutiram por alguns momentos, mas enquanto isso, uma ideia um tanto quanto absurda passou-me pela cabeça.


Márcio.


Digue.


O filho da puta não sabe que eu sou hacker, sabe?


Deve imaginar, mas pela forma como te subestima, acho que não põe tanta fé.


Ah, mas o miserável iria ver. Se antes eu era a Espanha em estado crítico, agora eu sou o gato de Schrödinger, preso na caixa, bolando meu plano maquiavélico.

Como diria Eren no eloquente resumo de nove minutos da epopéia Shingeki no Kyojin, quando eu me banhar no sangue do desgraçado que eu massacrei, ele saberá meu nome. Vou destruí-lo e depois mijar na lápide!


Está fazendo isso apenas porque ele está xingando o futuro pai dos seus filhos?


Não apenas por isso...


O FILHO DA PUTA TENTOU ROUBAR-ME UM MIOJO DE GALINHA CAIPIRA!!!






Notas Finais


Shoto Todoroki, a delícia gelada que aquece seu coração.

Entendedores entenderão o quão incrível é esse trocadilho.


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