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História Linked destinations - Eu só gosto de te ver bem.


Escrita por: C4issy

Notas do Autor


Demorei muito. MIL DESCULPAS. Reescrevi esse CAP muitas vezes. Bom, aí está..

Capítulo 4 - Eu só gosto de te ver bem.


Fanfic / Fanfiction Linked destinations - Eu só gosto de te ver bem.

Eu estava desnorteada. Não tinha ideia do que fazer ou pra onde ir. Até que resolvi ir pra pista de skate, já que hoje era minha folga na lanchonete.. 

 

(...) 

 

Chegando lá, sentei nas arquibancadas. O ambiente me faz bem, eu fechava os olhos e podia sentir a emoção de andar, eu me sentia livre quando andava. Mas eu tinha medo, eu tinha não, eu tenho. Mas eu preciso andar. Eu me sinto bem, eu simplesmente esqueço de tudo, só penso na pista, no skate e no vento nos meus cabelos. Tinha duas garotas sentadas conversando, tinha um skate por perto, me aproximei... 

 

— Com licença - disse chamando a atenção delas — Esse skate é de vocês? - disse apontando pro skate 

— É sim - uma delas respondeu 

— Posso dar uma volta? 

— Pode sim, vai lá - a mesma respondeu 

 

Peguei o skate, respirei fundo e fui. Do jeito que minha cabeça estava, eu não estava nem aí pro que iriam pensar.. 

Fiquei umas meia hora andando, mandei tudo o que eu havia aprendido com Chaz e com os vídeos na Internet. Errei algumas vezes, eu estava um lixo. Olhei pra arquibancada e as garotas ficavam me olhando espantadas. Que foi? Será que eu tô cagada? Chaz estava na arquibancada também. Como ele soube que eu estava aqui? Fui em direção às garotas pra entregar o skate.. 

 

— Velho, na boa, você anda muito. É surreal, eu nunca tinha visto algo igual. Você é incrível! - uma delas disse

— Eu nunca te vi andando. Sempre te vejo aqui, mas eu pensei que você não andava. Você vai participar do campeonato, não vai? - a outra disse empolgada

— E-eu, e-eu não posso. Muito obrigada - deixei o skate e fui na direção do Chaz. Me sentei ao lado dele.. 

— Elas tem razão - ele disse olhando pra pista ainda

— Chaz, para.. 

— Só concordo com elas. 

— Como c sabia que eu estava aqui? - perguntei mudando de assunto 

— Eu não estava te procurando - ele disse fazendo uma careta e rindo logo em seguida — Justin me ligou, disse que você saiu, que ia na sua amiga e disse que seu celular quebrou. Fui lá, mas ela disse que você já havia ido embora, então, você só poderia estar aqui. - ele disse me olhando — Como você tá? - ele perguntou olhando nos meus olhos 

— Eu tô bem - respondi

— Não, eu tô perguntando como está aqui - ele apontou meu coração 

— Nada bem - disse com a voz embargada e ele me abraçou

— Quer ir lá pra casa? - ele perguntou se afastando 

— Eu tenho aula amanhã - eu disse fazendo cara de tédio 

— Ah, é, verdade. Estudou pra prova? 

— Estudei. O idiota do Justin me ajudou 

— Ah, o Justin te ajudou - ele fez cara de irritado 

— Que foi, Chaz? - perguntei com cara de interrogação. Eu realmente não estava entendendo a reação dele. 

— Nada. Não quero que você me esqueça pra ficar com ele. 

— Para de viajar, maluco. Isso nunca vai acontecer. - abracei ele

— Vamos? Está tarde. - ele disse olhando no relógio 

— Vamos - disse me levantando 

 

(...) 

 

Chaz me deixou em frente à casa do Justin. Suspirei e entrei. Espero que não tenha ninguém acordado. Abri a porta e tinha um abajur aceso na sala, e Justin estava no sofá. Fui em direção às escadas, quando sinto alguém me puxando pelo braço. Quando olho pra trás, preparada pra dar um tapa na cara dele, ele me dá um beijo. Eu relutei no começo, mas meu corpo queria aquilo. E era tão quente e tão bom, eu nunca tinha experimentado um beijo desse jeito. Minha cabeça dizia que não, mas meu corpo reagia do modo contrário. Era um beijo selvagem. Já estava com falta de ar, quando ele finalizou o beijo. Olhei nos olhos dele, e ele estava com os olhos vermelhos, e a mesinha de canto cheia de bebidas e de pó branco, e eu conhecia aquele pó.. 

 

— Não acredito nisso! - eu disse com raiva na voz e subi as escadas

— Samantha, volta aqui, vai - eu ainda pude ouvir 

 

Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Por mais que eu precisasse daquele beijo, eu me culpava. Foi bom, foi maravilhoso. Mas era como se eu estivesse beijado outra pessoa, não o Justin. Ele não estava sóbrio, ele nem ia se lembrar disso amanhã, aposto. Tomei um banho rápido e coloquei uma camisa grande e uma calcinha. Me joguei na cama, coloquei a hora no despertador e apaguei.. 

 

...

 

Acordei na manhã seguinte com o despertador gritando. Levantei da cama, separei um short, uma blusa tie dye que eu havia feito e um tênis azul marinho. Entrei no banheiro e escovei os dentes, tomei um banho e penteei os cabelos. Me vesti, fiz uma maquiagem leve e um delineado, arrumei minha mochila com o que eu ia precisar. Hoje eu tenho prova, mas eu estou confiante. Estudei bastante. 

Desci e Justin estava largado dormindo no chão da sala de estar, consequências da noite anterior. Fui em direção a cozinha, mas Maria não estava lá. Deve estar arrumando a casa. Fiz meu próprio café da manhã e saí. Peguei o ônibus e desci perto da escola. Todos me olhavam e ficavam cochichando. Onde eu escondo minha cara? Eu sabia que não deveria ter vindo assim, todos devem estar falando de mim, devem não, eles estão, que merda. Não é exagero, todos estão olhando pra mim e cochichando, todos mesmo. Coisa boa não é. Fui pra sala de aula primeiro que todos os outros. Eu sempre entro primeiro e saio por último. Faço isso pra evitar que eles me vejam. Esperei a prova começar. Estava muito facil, eu entendi tudo e tenho certeza que vou me dar muito bem. Terminei a prova e fui Liberada. Não vi Pietra, não deve ter vindo hoje. Saí da escola e fui direto pro hospital ver como Abby estava.. 

 

Chegando lá, fui direto ao décimo quarto andar. O médico disse que ela estava bem, e que ela poderia acordar ainda hoje, mas teve uma complicação nos exames...

— Nós não sabemos exatamente o que é, mas parece grave 

— Ah, não, me diz que não - eu estava desesperada 

— Nós não sabemos ao certo, mas é o mais provável. Sinto muito - ele colocou a mão nos meus ombros. 

— Eu posso vê-la antes de ir? - disse tirando a mecha de cabelo que estava cobrindo meu olho

— Pode sim, venha comigo - ele disse andando em direção a sala

Entrei na sala e fiquei sentada de cabeça baixa chorando. Resolvi fazer uma oração

— Deus, eu sei que o senhor está aí. Então, senhor, eu quero primeiramente te agradecer por tudo o que o senhor fez e faz por mim, e eu te peço pela minha vida, faz minha Abby voltar pra mim. Ela é a única coisa que eu tenho, e nem os médicos e nem ninguém pode me ajudar, se não o senhor. - eu dizia baixinho segurando nas mãos de Abby. Até que senti ela se mexer. Olhei assustada pra ela, não sabia se era real. Mas Abby estava abrindo os olhos. Fui chamar os médicos e eles entraram correndo na sala e eu fiquei no canto olhando tudo. Eles checavam tudo enquanto ela ia abrindo os olhos aos poucos. Depois eles pediram pra eu me retirar, então eu saí e fiquei na sala de espera. Eu estava angustiada. Até que um médico apareceu.. 

— Senhorita Thompson? - Me levantei rapidamente e ele continuou - Você pode entrar, mas ela não pode dar uma sequer palavra. Tudo bem? - ele disse. Apenas assenti e o segui. Entrei na sala. 

— Você está bem? - perguntei e ela apenas balançou a cabeça negativamente.

— Eu te amo muito, Abby. Sei que você vai ficar bem.. - ela sorriu e apertou mais a minha mão. 

Ficamos um tempo ali apenas nos olhando até que um médico aparece.. 

— Bom, não queria interromper, mas acabou o tempo, Senhorita Thompson. A senhora Holmes precisa se recuperar. Vamos fazer outros exames pra ver se está tudo bem. 

— Tudo bem - Beijei Abby — Eu venho amanhã, okay? - Ela assentiu e eu saí dalí. 

No corredor, veio uma enfermeira na minha direção.. 

— Com licença, me desculpe a pergunta, mas você é o que do Bieber? - ela perguntou mordendo os lábios. Euheim 

— Nada, somos conhecidos. Porque? - eu não estava entendendo nada

— Ah, porque eu queria pedir pra você entregar isso pra ele, pode ser? - ela esticou a mão com um papel na mesma. Peguei e ela se virou e saiu. Eu vou ler, claro. Eu não sou curiosa, digamos que eu só estou checando, vai que é uma bomba. Nunca se sabe. Desdobrei e tinha um número de telefone e um nome, Ashley, provavelmente era dela. Revirei os olhos e saí andando. 

 

Fui pro ponto e peguei um ônibus. Já era 14hrs... Desci no ponto perto da casa do Justin. Andei até lá e entrei.

 

Não tinha ninguém na sala, subi as escadas, entrei no quarto. Eu estava muito atordoada. Com raiva de mim mesma. Estava com uma dor no peito, tudo o que acontece comigo eu guardo só pra mim, uma hora eu iria explodir. Estou sozinha no mundo, e isso dói. Parece que até Deus me abandonou. Tô desde manhã segurando o choro que estava preso na minha garganta. A única coisa que se passava na minha cabeça é que eu tinha que ser perfeita, eu preciso ser aceita. Eu não aguento o fato de que eu só consigo afastar as pessoas de mim. Eu não aguento mais chorar a noite toda e de manhã, ter que dar um sorriso que eu sei que não é meu. Fui até o banheiro e revirei as gavetas atrás de alguma coisa que pudesse aliviar o que eu estava sentindo dentro de mim. Encontrei uma gilete, sentei-me no chão do banheiro e comecei a cortar o pulso esquerdo, já que o direito estava totalmente cortado. E o pior é que eu estava anestesiada. Não conseguia sentir dor alguma. Fiquei uma hora mais ou menos sentada ali, até que alguém bate na porta do quarto.. 

 

— Samantha? - eu me assustei 

— Oi - gritei indo em direção à porta, mas sem abrir

— O almoço já está mais do que pronto. Está aí desde a hora em que chegou. Você precisa comer. - era Maria

— Já vou descer 

 

Logo em seguida, escutei os passos dela se afastando. Entrei no banheiro e tomei um banho. Dessa vez, os cortes ardiam. Tive que limpar o banheiro, estava todo sujo de sangue. Meus olhos estavam completamente inchados. Meus cortes ainda sangravam, e eu não sabia o que fazer. Enrolei a toalha nos cortes até que parou, ufa. Botei um casaco fininho e apertado pra esconder os cortes e um short jeans preto. Saí do quarto e desci. No meio das escadas, Justin aparece saindo da sala de TV.. 

 

— Estava aonde? - ele perguntou 

— Eu não te devo satisfação alguma. - fui arrogante ainda parada na escada

— Como foi a prova? - do jeito que ele me perguntou, parecia que se preocupava mesmo 

— Se você sabe que eu estava na escola, porque perguntou? — disse ainda sem responder

— Lembrei agora - ele deu de ombros

— Eu passei no hospital pra ver Abby e... - me interrompi - Você tá querendo saber demais. - disse enquanto descia as escadas. 

— Ela está bem? - ele perguntou 

— Sim - fui seca 

Passei ao lado dele em direção ao corredor, quando me lembrei e voltei — Ah, já ia me esquecendo - entreguei o papel pra ele

— O que é isso? - ele perguntou com cara de interrogação 

— Um cortador de grama - Ele bufou — Suas empregadas sexuais oferecendo seus serviços - disse indo em direção à cozinha.. 

 

 

Justin's POV

 

Acordei cheio de dor nas costas e morrendo de dor de cabeça. Claro, eu dormi no chão da sala. Eu estava um caos. Só não sei porque eu dormi aqui. Também, não me lembro de nada de ontem. Só lembro de ter bebido todas e cheirado todas. Subi e tomei um banho e resolvi dormir um pouco mais...

"Estava em um quarto e tinha muita mulher de calcinha e sutiã. Eu não conseguia ver os rostos delas. Escuto umas vozes dizendo pra eu não ter medo. Medo de que? Uma chegou perto e disse 'Você não lembra de mim, lembra? Não tenha medo do que você sente, Justin.." acordei no susto. Não sei se era um sonho ou um pesadelo. Enrolei na cama, até que eu levantei. Escovei os dentes e lavei o rosto. Antes de descer, passei no quarto da Samantha pra ver se ela tinha dormido em casa hoje (não que eu me preocupe). Abri a porta e não tinha ninguém dentro do quarto. Desci e encontrei Maria arrumando minha bagunça.. 

 

— Samantha dormiu aqui hoje? - perguntei enquanto descia as escadas

— Dormiu sim. Mas saiu cedo. Ela foi pra escola. - ela disse parando pra me olhar

— Ah, é - disse sentando no sofá 

— Ela é muito dedicada. Tem um ótimo futuro. - ela disse voltando a arrumar as coisas

— É, eu sei 

— A mesa do café já está pronta. Caso queira tomar seu café - assenti — Com licença - ela disse e se retirou.. 

 

Me levantei e fui para a sala de jantar para tomar meu café. Eu nunca pensei que sentiria falta da Samantha no café da manhã. Era tão silêncio sem ela. Ela aqui me irrita, ela longe faz falta. Tomei meu café e fui para o escritório. Fiquei lá fazendo mais alguns cálculos pros moleques. Eu tinha que pensar em uma forma de me aproximar da Samantha. Mas nossa, ela me odeia. Toda hora me pego pensando nela. Que menina é essa? 

 

Duas horas já tinham se passado. Resolvi ir almoçar. Fui em direção a cozinha e encontrei Maria.. 

 

— Samantha já chegou? - disse enquanto entrava na cozinha 

— Sim. Já tem uma hora. - ela me respondeu — Sua mãe ligou, ela disse que volta amanhã de manhã ou hoje a noite - ela continuou 

— Já estava na hora - disse enquanto pegava um copo d'agua 

— Vou colocar a mesa. - ela ia saindo 

— Não, só vou almoçar quando a dona encrenca for almoçar. 

— Tudo bem. Vou chamar, Samantha. - ela respondeu - ela saiu e eu fiquei ali.

Levantei e fui pra sala de TV. Não tinha nada de interessante passando. Levantei e fui em direção a sala de estar quando vejo Samantha descendo as escadas... 

 

— Estava aonde? - perguntei e ela parou na escada

— Eu não te devo satisfação alguma. - ela foi arrogante

— Como foi a prova? - eu perguntei 

— Se você sabe que eu estava na escola, porque perguntou? — ela estava estranha 

— Lembrei agora - dei de ombros

— Eu passei no hospital pra ver Abby e... Você tá querendo saber demais. - ela disse enquanto descia as escadas.

— Ela está bem? - ele perguntou 

— Sim - fui seca 

Ela passou ao meu lado e foi em direção ao corredor, quando ela voltou — Ah, já ia me esquecendo - Ela me entregou um papel 

— O que é isso? - eu perguntei 

— Um cortador de grama - Bufei. Ela estava me irritando — Suas empregadas sexuais oferecendo seus serviços - ela disse indo em direção à cozinha. 

 

Eu só não estou entendendo porque ela estava assim.. Abri o papel e tinha um número de telefone e o nome Ashley. Guardei o papel no bolso e fui em direção a cozinha. Mas não havia ninguém lá. Ouvi vozes na sala de jantar e fui pra lá. Samantha estava almoçando. Sentei do outro lado da mesa, e me servi.. 

 

— Você não almoçou ainda? - ela perguntou me olhando

— Não - fui seco 

... 

— Porque você tá assim? - perguntei quebrando o silêncio.

— Assim como? - ela se fez de desentendida 

— Assim.. Estranha 

Ela riu com deboche 

— Você ainda me pergunta, Justin? Eu não sei porque ainda espero algo de você. Sério. E eu sabia que você nem ia se lembrar, mas eu preferi colocar na minha cabeça que você ia se lembrar. Eu pensei que o beijo tinha sido bom mesmo, mas você estava tão drogado, que nem se lembra o motivo de ter acordado na sala, né? - ela dizia com raiva na voz.

Então é isso?  nós nos beijamos? Por isso ela tava assim, porque eu estava bêbado, drogado e não me lembrava? Mulher é fresca, viu

— Eu não me lembro, mesmo. Mas a culpa não é minha - eu disse

— Como não? Foi você que me beijou, Justin. Foi você! - ela se levantou e saiu soltando fumaça.

Se a gente continuar assim, eu vou perder uma grana preta e eu nunca vou conseguir ficar com ela. Tenho que dar um jeito de me desculpar com ela... 

Fui no quarto, peguei uma blusa, um tênis e um boné. Peguei as chaves do meu Fisker no escritório. Fui no cofre e peguei 3 mil dólares, acho que vai dar. Fui pra garagem, entrei no meu Fisker e saí. Fui em direção a uma loja de eletrônicos...

 

— Boa tarde, senhor. O que deseja? - uma atendente muito gostosa veio em minha direção. E ela nem tava dando mole, só pra não dizer o contrário. 

— Eu preciso de um celular - disse analisando o corpo dela

— Venha comigo - ela disse mordendo os lábios e saiu andando rebolando. Jesus, que bunda.. 

Ela me mostrou um monte de celulares.. 

— É pra você? - ela perguntou 

— Não, é pra uma menina - disse ainda olhando os celulares 

— Ah, então ela vai gostar desse - ela disse apontando pra um rosa

— Acho que não. Ela é diferente. Tem personalidade forte. Acho que esse não é bem a cara dela. - eu disse negando com a cabeça 

— É sua namorada? - ela perguntou

— E eu tenho cara de quem fica só com uma? - perguntei sorrindo de lado

— Não mesmo - ela riu sexy 

— Acho que vou levar esse - apontei pro iPhone 5s

— Ótima escolha - ela respondeu.

 

(...) 

 

Cheguei em casa e escutei um barulho vindo da sala de TV, fui até lá. Samantha estava sentada igual uma criancinha no chão em frente à TV jogando Skate 3 no meu Xbox. Essa garota me surpreende à cada dia que passa, sério..

— Hrun-run - pigarrei. Ela olhou pra trás e quando me viu, revirou os olhos — Esse video-game é meu, sabia? - disse me sentando no sofá 

— Irado - ela disse e continuou jogando. 

— Vem ver o que eu trouxe pra você - eu disse mexendo na sacola 

— Acha que pode me ganhar com presentinhos? - ela disse olhando pra mim

— Mas não é um presentinho. - eu disse tirando a caixa da sacola

— Justin, se você quer se desculpar, é melhor você sair e entrar de novo - ela disse voltando a atenção para o jogo 

— Samantha, não dificulta 

— Você que tá dificultando. Porque você simplesmente não pede desculpas? Vai morrer por isso? - ela disse largando o controle no chão e olhando pra mim

— Eu não vou pedir desculpas, sem essa -  disse rindo

— Então, tá - ela se virou pra frente e voltou a jogar.

Bufei.

Me aproximei e me sentei ao lado dela, virei o rosto dela pra mim e ela ficou imóvel. A beijei de vagar. Ela continuou imóvel. Até que ela reagiu e intensificou o beijo entrelaçando os dedos no meu cabelo. Ela me deu passagem e beijei ela com intensidade... 

— Foi mal por não lembrar de nada. - disse interrompendo o beijo

— Argh, tudo bem - ela disse com uma voz de brava

— Que foi? - falei em um tom risonho

— Eu sou muito fácil - ela fez cara de brava e eu ri

— Não, é não. E você sabe disso - eu disse e ela riu — Bom, já que eu não posso te ganhar com presentinhos, vou ter que dar o iPhone 5s gold que eu comprei pra você pra outra pessoa - disse me levantando 

— Você comprou um IPhone 5s GOLD pra mim? - Ela destacou o gold 

— Sim, mas você não quer, né? Acho que vou jogar fora - disse pegando o celular

— Não faz isso - ela disse

— E porque não? -  eu queria que ela falasse que queria o celular, claro 

— Porque eu quero - ela disse baixo tentando pegar o celular que eu mantinha nas minhas mãos que estavam elevadas pra ela não alcançar 

— O que você disse? - eu levantei mais o braço 

— Ain, Justin. Que saco - ela desistiu e cruzou os braços e ficou batendo o pé. Tive que rir da cena e ela fechou mais a cara.. 

— Toma, pode pegar - eu estiquei o braço pra ela pegar mas eu puxei de novo — Só te dou se você disser que quer o celular.

Ela bufou 

— Eu quero, Justin. Me dá logo.. - ela se esticou pra pegar e eu resolvi entregar.. Ela abriu e ficou mexendo, os olhos dela brilhavam. Joguei video-game um pouco, enquanto ela mexia no celular. Até que tirei o celular das mãos dela, ela me olhou confusa. Comecei a beija-la. Ela se entegou e começou a me beijar também. Dessa vez, era um beijo feroz, um beijo quente. Nossas línguas se enroscavam. Ela arranhando minhas costas e eu chupando o pescoço dela. Eu tirei a blusa dela e ela tirou a minha. Meu corpo necessitava do dela, e ele gritava isso. Meu amigo já estava dando sinais de vida, essa mulher me deixa louco. Distribui beijos e mordidas pela barriga dela enquanto ela puxava meu cabelo. O ódio que ela dizia que sentia por mim havia sumido. Não importava mais nada. Só eu e ela, ela e eu. Eu nunca tive nada além de só sexo na minha vida, e com ela não seria diferente. Mas eu mesmo estava me enganando em relação à isso. Eu sinto algo diferente por ela, algo além de sexo. Mas eu prefiro negar. Eu fui tirar o sutiã dela, quando ela interrompeu o beijo e se afastou.. 

 

— Que foi? - eu perguntei confuso

— Eu não posso. - ela disse tirando a mecha de cabelo que estava em seu olho 

— E porque não? 

— Porque... Porque, ãnh, porque eu sou vir... eu ainda não perdi, sabe - ela disse sem graça. Ri dela

— Eu sei que você é virgem. - disse voltando a beija-la 

— Não, Justin - ela me empurrou — Eu não quero que aconteça assim. Eu quero esperar a hora certa. Não precisa ser necessariamente depois do casamento, só quero que seja especial - ela disse colocando a blusa. Bufei. Peguei minha blusa, coloquei e saí dalí... Agora fodeu de verdade. Mulher de cu doce é uma merda, pura que pariu. Ainda me deixa nessa situação. Me amigo tá petrificado. Meu celular começou à tocar, olhei no visor e era Ryan... 

— Fala 

— Tá perto de algum computador? - ele Peguntou

— Tô, porque?  

— Vou te mandar uma parada. Você vai se surpreender. É tipo o Rodney Mullen só que mulher, tlg? Eu ainda não tô acreditando no que tô vendo 

— Fala logo, Ryan - estava sem paciência alguma 

— A Samantha, mano. Ela manda muito no skate. A mina é um monstro, tô assustado

— Me manda logo. - disse indo em direção ao escritório 

— Mandei pro teu email, vê aí 

Abri no computador o email e o link já estava lá, abri o vídeo e o mesmo começou. Eu estava assustado com o que eu estava vendo. Ela mandava cada manobra com uma facilidade incrível. E ela fazia cada manobra perfeitamente perfeita. 

— Então? - Ryan perguntou 

— Essa garota é muito foda. Ela é de outro mundo, velho. 

— Tô ligado 

— Caralho, foi o Chaz que postou o vídeo. Se ela descobre, ele tá fora da aposta - disse e comecei a rir 

— Tá esperando o que pra a mostrar pra ela? - ele disse rindo também

— EU NÃO ACREDITO QUÊ ELE FEZ ISSO - pude ouvir ela falando 

— Nem vou precisar. Ela acabou de ver - eu disse ele começou a rir. 

— Vou desligar. Mais tarde a gente se vê. 

— Beleza. - desliguei e fui em direção à sala.. 

Samantha estava sentada no sofá de cabeça baixa 

— O que aconteceu? - eu disse adentrando a sala

— O Chaz me traiu, velho. Que raiva. 

— Como assim? - me fiz de desentendido 

— Ele postou um vídeo meu andando de skate ontem - ela disse ainda de cabeça baixa — eu não sei o que é pior. Os comentários ou o vídeo 

— deixa eu ver - peguei o celular e comecei a ler os comentários. Só tinha elogios, não vi nenhuma crítica 

— Mas, Samantha, aqui só tem elogios - eu disse confuso

— Eu sei - ela me olhou

— E o que tem de ruim nisso? Você é boa pra caralho - disse olhando pra ela

— Não, Justin. Eu não sou. E tudo isso aí é mentira. Eles só fazem isso pra me derrubar depois que eu já estiver lá em cima. - ela se levantou e subiu as escadas correndo. Essa garota é louca, sério... 

 

Samantha's POV 

 

Entrei no quarto e fechei a porta. Comecei a analisar tudo, e era por isso que todos estavam cochichando de mim. Eu vou matar o Chaz, não se eu me matar primeiro. Argh, que raiva. Olhei no relógio e já era 6 horas, já estava atrasada. Troquei o short por uma calça apertada e um tênis da drop dead. Peguei um casaco jeans com moletom e minha mochila. Peguei os fones e desci as escadas à procura do celular. Justin estava sentando na sala fumando um cigarro de maconha.. 

 

— Porque você não fuma esse treco no seu quarto? - perguntei tampando o nariz e procurado o celular ao mesmo tempo 

— Aonde você vai? - ele ignorou minha pergunta 

— Trabalhar? - perguntei fazendo cara de deboche. Ele não falou nada. — Viu meu celular? - perguntei de uma vez. Ele tirou do bolso e me deu. 

— Tchau - disse enquanto saía

— Samantha? - ele me chamou e eu parei

— Oi? - respondi. Ele se aproximou e me beijou de leve e eu correspondi 

— Quer que eu te leve? - ele disse interrompendo o beijo. Apenas assenti 

— Vou pegar a chave - ele saiu em direção ao escritório.. Demorou um pouco, mas ele voltou, e voltou com o cabelo arrumado 

— Ah, por isso demorou - disse revirando os olhos e ele só riu. Ele pegou as chave da Ferrari, sorri por isso. Entramos e saímos em direção à lanchonete 

— Veio com esse carro só porque eu disse que gosto dele? - disse olhando pra ele

— Não viaja, menina - ele disse em um tom risonho. 

... 

Estava tocando Mockingbird bem baixinho do rádio, até que chegou o refrão e Justin começou à cantar.. 

 

— Now hush little baby, don't you cry. Everything's gonna be alright. Stiffen that upper lip up little lady, I told ya Daddy's here to hold ya through the night. I know mommy's not here right now and we don't know why. We feel how we feel inside It may seem a little crazy, pretty baby. But I promise, momma's gon' be alright.. - ele cantou o refrão todo e eu apenas fiquei olhando espantada pra ele. Ele canta muito bem, sério. Chega dá arrepios quando ele sobe o tom. 

— Você já fez aula de canto? - perguntei abismada

— Eu não, porque? - ele continuava olhando pra pista. 

— Justin, você canta muito bem. Até me arrepiei, olha - mostrei o braço pra ele e ele riu — Já pensou em cantar profissionalmente? - continuei 

— Não. Quero dizer, já compus, mas não acho que isso seja pra mim - ele disse parando em frente à lanchonete 

— Ah tá. - eu disse e ele ficou me olhando — Hmm, então, já vou. Tchau. - quando ia sair, ele me puxou pra um beijo 

— Tchau - ele disse e sorriu.

 

Saí e entrei na lanchonete recebendo a atenção de todos. Como é que se anda mesmo? Fui até a sala dos funcionários até que escuto, Fred, o gerente, me chamar.. 

 

— Samantha, preciso falar com você. Na minha sala, agora! - ele disse e foi em direção a sala tranquei o cu e fui atrás.

Entrei, fechei a porta e ele se sentou em sua cadeira.. 

 

— Sente-se, por favor - ele disse apontando para a cadeira — Eu já estou sabendo do que aconteceu à dois dias aqui. Eu realmente não sei o que eu tinha na cabeça quando te contratei. - ele parecia irritado 

— Mas todos viram que a culpa não foi minha - me defendi 

— Se não foi sua, foi de quem? 

— Do cliente, né. Ele me beijou à força. - eu estava irritada 

— Mesmo assim! Isso não é motivo pra bater em um cliente e colocar pânico em todos os outros. Sinto muito, mas vou te que despedir você. - ele disse colocando os cotovelos na mesa

— Por favor, não faz isso. Eu preciso pagar o curso e ajudar Abby. Por favor -  eu estava implorando 

— Sinto muito. Mas ninguém quer mais você aqui. Por favor, se retire. 

 

Levantei e sai dali. Todas as garotas cochichavam e riam. Vagabundas! 

Abri a porta da lanchonete e Justin ainda estava ali parado mexendo no celular. Fingi que não vi e saí andando pra ele não perceber que sou eu e fazer milhares de perguntas. Bom, missão filed. Ele me reconheceu e me seguiu com o carro. Ele já estava do meu lado... 

— Samantha, o que aconteceu? - ele disse confuso. Não respondi. Ele parou o carro e abriu a porta.. 

— Entra, vai. Vou te levar pra casa. 

Entrei no carro e ele não me perguntou sobre o que aconteceu. Ficamos o caminho todo em silêncio... Ele largou o carro no jardim e entramos. Tirei os tênis e deitei no sofá da sala. Justin não falava nada, só me observava.. 

— Maria, trás um copo d'água - ele gritou enquanto sentava no outro sofá.. Meus olhos começaram a encher de lágrimas e ele fez gestos com as mãos me chamando. Eu não recusei, fui na mesma hora. Sentei no sofá ao lado dele, ele me abraçou, apoiei a cabeça no ombro dele e comecei a chorar enquanto ele afagava meus cabelos. Maria trouxe o copo com água e Justin me fez tomar. Depois de um tempo, me acalmei.. 

— Pode me falar agora? - ele estava sereno. Estava tão atencioso comigo, nem parecia o Justin que eu conheço 

— Eu fui demitida. Ele disse que ninguém me queria lá. E o pior, foi ver aquelas vagabundas rindo da minha cara. - eu respondi ainda com a voz embargada. 

— Eu queria você lá. Agora que você não trabalha mais lá, não piso mais os pés naquele lugar - ele disse em um tom risonho me fazendo rir

— Mas agora eu tô ferrada. Não vou ter como pagar o curso. Não vou poder passar pra uma boa faculdade - disse cabisbaixa 

— Relaxa, eu posso pagar o curso. Sei que é importante pra você. E se você negar, eu vou mandar você ir se foder - ele disse tirando uma risada de mim 

— Porque você tá fazendo tudo isso por mim? - eu perguntei me virando pra ele. 

— Eu não sei. Eu só gosto de te ver bem. - ele disse olhando nos meus olhos — ãnh, vamos pra esse tal de Soul Pixta? - ele desviou o olhar mudando de assunto 

— Não sei. Não tô em condições  - disse cabisbaixa 

— Ah, vamos. Quero conhecer - ele insistiu 

— Você nunca foi? - franzi o cenho

— Não. Chaz disse que só tem um ano dessa parada. Eu estava em Miami. 

— Ah, por isso - respondi 

— Vai, levanta logo. Quero ver se é bom mesmo - ele disse me fazendo levantar

— Af, chato - me levantei de vagar e fui direto pro quarto..


Notas Finais


Eu tenho muita idéia pro conflito gerador da fic, tô muito ansiosa pra escrever *-* Espero que gostem da minha fic. As idéias são maravilhosas. Amo vocês sz


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