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História Lírio - Magia e biscoitinhos


Escrita por: Zhen

Notas do Autor


Sejam bem vindos a minha história.

Capítulo 1 - Magia e biscoitinhos


Fanfic / Fanfiction Lírio - Magia e biscoitinhos

     A cidade não era calma, mas sim muito movimentada, mas a história não é sobre a cidade ou algo assim. Mas sim de uma garota de nome Elizabeth Moore, 23 anos, Eliza era uma maga, o problema disso você me pergunta? Todos! A cidade era contra a qualquer tipo de magos e magia. Então vamos recapitular a história: Eliza, uma maga que vive escondendo seu poder para não ser morta ou presa. Trágico de um certo modo, não? Mas ela não ligava para isso, ninguém nunca havia suspeitado dela. Mas ela não estava sozinha, haviam outros magos na cidade, um até infiltrado na Guarda, seu nome era George no qual o mesmo ajudava outros magos a se esconderem na cidade.

     Parecia apenas um dia normal mas para Eliza e outros magos era algo para se temer, nesse dia teria uma prova para testar níveis mágicos. Era assim que a cidade descobria sobre magos, mas essa prova só era feita de 5 em 5 anos para pegar de surpresa os novos moradores.

     Como todo o começo de dia Eliza se levantou protestando, por causa da luz do sol que batia no seu rosto. Se encaminhou para o banheiro e foi escovar os dentes, olhando para o espelho viu que sua aparência não estava tão ruim assim, grandes olhos de cor esmeralda e cabelo encaracolado preso em um coque alto, com uma mecha de cabelo solta ao lado do seu rosto, e sardas bem visíveis que faziam contraste com sua pele bronzeada. Acabando de escovar os dentes lavou seu rosto e olhando seu reflexo no espelho deu um grande sorriso para encorajar-se.

 

     -Hoje tem que dar tudo certo. - Disse saindo do banheiro.

     Colocou uma roupa de época como todas as outras pessoas da cidade e saiu de sua casa indo para a prefeitura onde seria o teste. A prefeitura era um grande prédio que parecia um castelo, para fortificar essa ideia havia também uma grande bandeira com o brasão da cidade. Uma placa indicava o local do teste.

     O lugar estava cheio, mas Eliza conseguia ver George de longe, o mesmo acenava para ela, e em resposta ela lhe mandou um “joinha”. Eliza se encaminhou para o final da fila, onde era indicado por outro guarda, onde recebeu um número de identificação, 12398 na sua frente havia um cara alto de cabelos ruivos que parecia um tanto tenso.

     “-12397! ” Chamou o guarda.

     O homem em sua frente se aproximou de uma máquina onde havia um contador ao lado no qual era usado para medir a quantidade de poder da pessoa, era assim que se descobria se a pessoa era eu não um mago. O homem estava com um semblante nervoso sempre encarando a máquina que começará a fazer barulhos estranhos e com um som estridente o contador mostrou o número 84%.

Aquele cara era um mago.

 

     Um guarda que estava ao lado da máquina, apontou a espada para o homem.

     -Venha comigo, sem movimentos bruscos, se não quiser piorar sua situação.

     O homem abaixou sua cabeça e começou a rir, um riso insano. Mais guardas se aproximaram já com as espadas desembainhadas, o mago havia cessado sua risada, mas a sala começará a ter uma sensação meio “estática” podemos dizer.

 

Elizabeth

 

     George puxou meu braço e me disse algo, acho que me mandou correr, assim que virei a multidão de pessoas começou a me arrastar. Quando a maioria das pessoas estavam na rua o prédio explodiu! Mesmo longe as ondas de energia davam para serem sentidas.

     Já de noite a prefeitura ainda ardia em chamas porque como todos sabiam aquele não era um fogo “normal”. Outra coisa que ainda me perturbava era George, depois da explosão eu havia tido nenhuma notícia sobre ele. Mas para tirar esses pensamentos ruins, fui tomar um banho para enxaguar a minha mente e tentar não imaginar o pior.

~x~

     Com o começo de um novo amanhecer, vem um novo dia e, novas aventuras. Bem, eu não estava tão animada pelos acontecimentos de ontem, mas se era para ser assim então eu não conseguiria mudar nada.

     Como de praxe me levanto e vou ao banheiro para tomar um banho, e ao sair escolho um vestido simples de cor azul e uma pequena bolsa.

     E caminhando pelas ruas da cidade, faço mentalmente uma lista de coisas que deveria pegar. E o primeiro item dessa lista era pão. A padaria era bem grande, era uma das mais famosa da cidade, e como sempre estava cheia, mas, como eu já havia previsto, mexo em minha bolsa e tiro um pequeno livro, no qual o mesmo era de um autor famoso da época.

     Depois de ler 10 páginas de grandes emoções fui finalmente atendida pelo dono da padaria, ninguém sabia ao certo o nome dele, mas era bastante conhecido por sua barba, no qual chamavam de “Franz Josef”, um estilo bem peculiar de barba. Peço apenas um pão já que moro sozinha – peço também uma garrafa de leite – pago os produtos e vou embora. Saí da padaria, e comecei a andar pelas ruas, como estava perto próxima ao centro, os prédios eram altos e pontiagudos.

     Havia decidido que iria andar pela cidade, então tive que levar os alimentos para casa, após sair novamente, fui andando pelas ruas já conhecidas por mim. Sabia onde elas me levariam, em um barraco abandonado, próximo aos limites da cidade.

 

Autor

     Entrou lentamente no lugar arrastando sua mão na parede esburacada olhando aquele lugar que um dia fora seu refúgio por dia, meses e anos mais sombrios onde a caça de magos estava em seu auge. Sentou-se na mesa de madeira que havia no centro e depois de algum tempo olhando para o nada, utilizou seus poderes depois de muito tempo. Um bule de chá foi flutuando lentamente para um fogo que acabará de se acender, o fogo esquentou o lugar – o mesmo não havia qualquer tipo de eletricidade – Fazendo Eliza se aconchegar na dura cadeira de madeira.

     Olhou para um canto aleatório do pequeno lugar: uma pequena cômoda com duas gavetas de madeira podre, e um colchão – que estava no chão –feito de palha e tecidos sujos, ficou com seu olhar focado nesse lugar quando foi tirada de seus devaneios pelo alto barulho do bule com água fervendo, que indicava que a água estava pronta. Se levantou e foi para um armário próximo enquanto o bule flutuava junto com uma xícara, cubos de açúcar e uma toalha com pequenos bordados nas laterais, se colocavam na mesa. Eliza trouxe um pequeno prato com biscoitinhos doces. Virou para o armário que havia atrás de si, pegou algumas folhas de chá que estavam em potes e um pequeno diário, sentou-se na cadeira e colocou as ervas no bule de água fervente e esperou alguns minutos antes de despejar em sua xícara, colocou dois cubos de açúcar e abriu o diário.

     Aquele diário era um tipo de um jornal onde registrava todos os dias desde que chegara em Dusk, e no qual foi levada ao barraco.

~//~

Dia 25 do 1 de 1832

Tia Agnes me falou para sempre escrever aqui, tudo o que eu quiser, então vamos lá!

Primeiro eu vou me apresentar eu sou Elizabeth, Elizabeth Moore, Elizabeth de apelido Eliza, tenho 10 anos e faço aniversário dia 20 de Abril e eu sou uma maga, mas minha tia pede para eu não falar para mais ninguém a não ser ela, mas ela também diz que eu sou bem mais forte do que aparento.

Hoje está fazendo um dia ensolarado e bonito. Bem, vou ter que parar de escrever, minha tia está me chamando.

Com amor, Elizabeth.

~//~

 

     Folheou mais algumas páginas do diário.

 

~//~

 

Dia 20 do 4 de 1834

Finalmente chegou meu aniversário! 12 anos! Finalmente!!

Tia Agnes está fazendo um bolo para nós comemorarmos.

Já tenho 12 anos e tia nunca me falou sobre meus pais, talvez se eu a pressiona-la dirá alguma coisa?

~//~

Dia 3 do 11 de 1835

 

Tia Agnes mandou me esconder no porão, não gosto desse lugar, aqui é frio e escuro, eu estou com medo por favor alguém me ajude.

Depois de alguém tempo em silêncio pessoas começam a falar alto lá em cima, mas tia me pediu para não sair daqui... Espera? Isso são gritos e barulhos de armas? Socorro Tiaaagene

~//~

     O final da página do diário estava ilegível, Elizabeth se lembrava de estar chorando esse dia, que suas lágrimas caiam na tinta fresca no papel e borrava as letras. Passou o dedo na tinta borrada, se lembrando de sair um pouco mais tarde, o lugar estava uma bagunça, mas sem o sinal de ninguém no lugar.

     Deu um gole em seu chá e comeu um biscoito, levantou-se e caminhou a uma janela próxima se apoiando no peitoril da janela, fechando os olhos e se concentrando aos sons em sua volta. Parou sua pequena meditação quando ouviu um alto estampido que viera do prato que estava em cima da mesa, que agora estava no chão, e em seu lugar, um majestoso gavião que agora passara a encará-la, Eliza deu um sorriso para a ave que em retribuição voltou a sua forma original, era um problema a menos na vida da garota, aquela ave era seu amigo que havia desaparecido: George Hughes.

Elizabeth

 

     Corri para dar um caloroso abraço em George, bem no fundo sabia que ele iria conseguir escapar, ele era poderoso, mesmo pela sua idade avançada. Quando eu estava cerca de três metros de distância George se pronunciou me fazendo parar:

     -Eliza, Elizabeth, está a ficar muito perigoso a morar nessa cidade, inclusive a vir a aqui sozinha, você sabe que os limites das cidades são bem vigiados, se te pegarem não vão nem fazer perguntas, sua cabeça irá para guilhotina em uma só vez, por favor siga meu conselho.

     Engoli todas aquelas palavras, quantas vezes ele havia me falando isso? Eu mesma quase fui pega uma vez, mas aquele lugar era importante para mim, eu não poderia o deixar como se deixa um chinelo estourado na rua.

     -George, por favor, confie em mim, você sabe das minhas habilidades, eles nunca vão conseguir me pegar, eu sou mestra naquilo que faç-

    Ele me cortou.

     -Eu sei, eu sei que você é forte, eu sei que você possui habilidade, mas não é só por você que eu estou falando, eles pensam que eu estou morto, nunca me descobrirão, eu nunca me atrevi a usar magia e você sabe o que acontece com quem eles descobrem, podemos pegar de exemplo sua tia... bem ela não só apenas morreu... eles fizeram algo pior...  Bem você entendeu o que eu quero dizer com isso! Mas eu vim aqui avisar que não importa com o que faça, o rei decretou uma nova lei: Tudo relacionado a magia deverá ser destruído, junto com esse barraco. Pegue as coisas importantes já não poderá voltar aqui.

    Ao final dessa frase George se transformou novamente em um gavião e saiu voando pela janela aberta.

    Não era possível! Quem o rei acha que é? Ele não tem esse direito de destruir coisas que não gosta! –Tentava ao máximo aceitar esses pensamentos e começar a arrumar as coisas, pois sabia o que acontecia com magos que estavam a “ativa”.

     Peguei as coisas mais importantes, retratos velhos pelo tempo, livros, ervas e meu velho diário colocando-os em uma pequena mala que jazia encostada no canto do quarto, saí do lugar e fechei a porta, me direcionei para voltar a cidade.


Notas Finais


Obrigado por lerem.


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