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História Lírio - Submersa


Escrita por: Maiakl

Notas do Autor


Já na reta final? Não sei a resposta.
Obrigada por me acompanhar até aqui.
Curta o capítulo! <3

Capítulo 17 - Submersa


Fanfic / Fanfiction Lírio - Submersa

Com minha visão embaçada, eu tentava juntar meu último fôlego para não subir a superfície sem antes pegar a chave. 
Quando pensei que meus pulmões não iam aguentar, o incomodo passou, e percebi que podia realmente respirar dentro d'agua.
Mandei um comando silencioso para o rio, e ele me deu uma visão melhor do lugar onde eu estava. 
Quase voltei correndo para cima.  
Monstros marinhos de todos os tamanhos e cores, eram horríveis. 
Um se virou para mim, seus dentes afiados e barbatanas verdes. 
Dessa vez gritei para que a água jogasse ele longe de mim, e foi o que aconteceu.
Uma onda de fraqueza chegou ao meu corpo e eu comecei a nadar mais rápido. 
O rio não tinha muita profundidade, não precisei mergulhar por muito tempo para encontrar o final, maravilha. 
Vamos lá, chave, onde você está? 
Continuei nadando para frente mas não tinha nada além de rochas e algas.
Tentei sentir aquela ligação que eu tive quando peguei o livro, nada. 
Talvez não funcionasse da mesma forma. 
O meu vestido ficou preso em um pedaço de ferro e eu puxei, não queria soltar.
Coloquei mais força o que só fez se embolar ainda mais.
Minha atenção voltou para a movimentação no rio que até um segundo atrás estava calmo. 
Vários peixes nadando para a direção oposta, desesperados.
 Só podia significar uma coisa. 
Foi quando ele apareceu, tampei a mão na boca de surpresa. 
Se eu chamei de monstro aqueles que eu vira antes, esse era o triplo de tudo. 
Sua pele escamosa, barbatanas quebradas e maltratadas, os dentes que um dia foram afiados agora estavam quebrados como se tivessem muito tempo mastigado... ossos. 
Tremi violentamente de pavor e comecei a arrancar meu vestido com mais força, faltei a paciência e rasguei, ficando só com uma pequena parte dele no corpo.
O monstro vinha para mim abrindo um enorme sorriso assustador e algo brilhou no seu pescoço, a chave.  
Nadei na maior velocidade que consegui e implorei para a água me ajudar.
Minhas pernas ficaram leves e mais fáceis de se moverem depressa. 
Olhei para minhas... minha calda. 
O intenso do seu amarelo era tão forte que eu tive que olhar por mais alguns segundos, brilhava como uma lâmpada acesa. 
Mexi meu corpo para me ajustar um pouco e continuei nadando, quando tive uma ideia.
Uma ideia idiota. 
Me vire para o monstro e vi que minhas mãos tinham pequenas nadadoras douradas. 
Meus cabelos flutuavam em torno de mim como uma rainha, e certo, estava me sentindo como uma.
Minha vez de sorrir. 
Meu território seu bicho nojento, hora de morrer. 
Ele grunhiu e eu apontei meu dedo para frente, água se juntou como um furacão e dei um ultimo impulso jogando-o para trás.
Nadei até onde ele estava caído e arranquei a chave do seu pescoço, fiquei muito satisfeita comigo mesma e pronta para subir quando senti dor e a água se manchou de vermelho. 
Gritei e meu corpo começou a desabar para baixo. 
Uma mordida enorme cobria minhas costelas, e eu sabia que, se sobrevivesse, ia deixar cicatriz como a chibatada nas minhas costas. 
Vi uma casinha de madeira quase desmoronando e me arrastei até lá, não sabia como poderia ter uma casa aqui, mas a água de algum jeito ainda estava tentando me ajudar.  
O monstro tinha começado a me seguir a todo vapor, estava quase sem forças e exaurida.
A calda tinha sumido e agora eu só tinha um pedaço de pano laranja na altura dos joelhos machado de sangue. 
Me encostei na parede e apalpei meus ferimentos me retraindo logo depois. 
Várias marcas de dentes, fundas. 
Xinguei e prendi a chave no meu próprio pescoço, ela parecia uma chave normal prata com pérolas incrustadas, seu calor no meu corpo era reconfortante. 
Olhei para o chão e vi uma porta, fui até lá batendo nas pilastras e rezei aos deuses para me ajudarem a abrir, não foi difícil, com um único toque a porta de aço se destrancou. 
Dei uma última olhada na sala no exato momento que uma parede caiu, o monstro estava lá. 
Me joguei pela passagem e fechei a porta. 
Um grito ficou preso na minha garganta enquanto eu caia, não tinha água mais, estava tudo seco. 
Antes de cair no chão tombei com uma pedra na parede que cortou meu braço. 
Levantei, segurando o braço e olhando para a sala que era toda feita de cimento e eu já estava me sentindo presa.
Algo tocou meu pé e eu vi que era um líquido preto e estranho, subia tão rápido que já estava no meu calcanhar antes mesmo de conseguir piscar de novo.
Comecei a ficar sem ar pelo confinamento e pânico. 
—Socorro!— Bati nas paredes.—Por favor, alguém me ajude!— Choraminguei. 
O líquido já havia tocado no meu pescoço quando duas mulheres lindas aparecerem na porta, seus olhos eram completamente pretos. 
Desceram até mim e eu não sabia se eram reias ou não, talvez fossem anjos, mas anjos tem asas e não caldas. 
Cada uma pegou pelos meus braços e me puxaram para fora dali, olhei agradecida mas elas mexerem a cabeça. 
—Mhaksaatrei.— Foi a única coisa que disseram antes de me lançarem para cima. 
Imergi na superfície no mesmo lugar que tinha mergulhado e sem perder mais um segundo comecei a nadar até a areia onde cai feito um saco de batatas.
—Minha mãe do céu!— Freya gritou. 
Cassian veio correndo até mim já arrancando sua blusa e cobrindo meu corpo seminu. 
—Precisamos sair daqui, agora!—Keir gritou —O Rio está subindo!
Olhei para os lados e vi que o líquido negro que estava prestes a me matar agora estava tomando o lugar do rio sujo. 
Um momento depois já estávamos no castelo, todos ofegantes por conta da viagem nas sombras, não era uma coisa muito agradável se posso dizer. 
Cassian me carregou pelas escadas e chutou a porta do seu quarto me colocando na cama, gemi um pouco e se encolhi.  
—Não, fique reta para não machucar ainda mais.
Fiz o que ele mandou e abri os olhos. 
Ele tirou a chave do meu pescoço e começou a trabalhar no vestido. 
—Você não vai arrancar meu vestido.—Falei meio zonza. 
—Preciso curar sua mordida, isso tem veneno.
—Inferno.
—E você já está quase nua.
Ele tinha razão, meu vestido já estava em tiras. 
Levantei os braços, cedendo. 
Ele muito devagar começou a puxar o vestido pelas pernas já me deixando completamente nua da cintura para cima, pelo menos eu usava uma calcinha preta. 
Um fiapo de calcinha, qual é o meu problema? 
Ele olhou para o meu corpo e eu cobri os seios com o braço.
—Você é linda.— Cass disse rouco. 
Limpei a garganta.
Ele piscou e colocou suas mãos levemente ao lado do meu corpo onde eu senti um calor e depois a dor se foi. 
—Quer descansar?
—Banho, me leve até o banheiro. 
Ele me pegou nos braços e eu estava muito centrada em continuar cobrindo meu corpo para perceber qualquer outra coisa. 
Cassian me colocou na banheira e abriu o chuveiro. 
—Posso tomar banho sozinha.— Falei desviando olhar do seu peito despido. 
Ele sorriu.
—Seria muito mais divertido se eu fizesse. 
Pensei um pouco.
—Sim, seria. 
Ele riu. 
—Não, quer dizer, saia daqui. 
Sua expressão ficou sombria e ele se ajoelhou para ficar na altura dos meus olhos.
—Eu não posso pensar em te perder de novo, só de ver você entrando lá sozinha já foi como a morte para mim, nunca fiquei tão agoniado em toda a minha vida, não faça isso de novo.
A sinceridade e a dor naquelas palavras me pegaram desprevenida. 
Peguei seu rosto na mão esquecendo da minha nudez e sussurrei:
—Não vou deixar você. 
Sua boca se chocou na minha com tanta necessidade que me deixou tonta, desejo pulsava em tudo dentro de mim, meu corpo encaixado no dele, almas unidas como uma só. 
Ele me ergueu da banheira, sua mão correndo por todo o meu corpo e me pressionou na parede, sua boca foi para o pescoço e depois para os meus seios. 
Deixei a cabeça cair para trás e gemi. 
Prendi minhas pernas no seu quadril e comecei a trabalhar com as mãos trêmulas na sua calça. 
Seus dedos foram para baixo da minha virilha, brincando comigo, provocando. 
—Oh, merda.— Gritei. 
Estava com problemas, muitos problemas. 
Quando ele estava dentro de mim, o mundo acabou, perdi a consciência, tudo que eu ainda fazia era respirar.
—Abra os olhos.— Ele pediu.
 Encarei as mais lindas estrelas violetas que já vi, e estavam tão próximas...
—Você é lindo.— Cravei as unhas na suas costas conforme ele aumentou o ritmo. 
Sua vez de enterrar o rosto no meu ombro e gemer. 
—Preciso de você. 
Foi a faísca para incinerar tudo, o prazer me cortou por dentro e eu gritei, quando ele chamou meu nome, nos perdemos um no outro. 



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