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História Listen to your heart - Tit for tat


Escrita por: lovernelle

Notas do Autor


obrigado pelos comentários da att anterior 🗣️🤝✨

Capítulo 24 - Tit for tat


Fanfic / Fanfiction Listen to your heart - Tit for tat

P.O.V. Eve 

Já fazia alguns minutos que eu havia acordado, olhava fixamente para a janela, o sol lindo dia lá fora, o céu azul, o som das cigarras e pássaros cantando. Parecia coisa de contos de fadas onde a mocinha acorda na cama de quem ama em uma linda manhã de sol,depois tomam um café-da-manhã romântico e tudo vai as mil maravilhas. Mas, havia um porém, eu sabia que a realidade era totalmente diferente disso. A realidade era algo cruel, algo que machuca. Villanelle com toda certeza não era, digamos, oque chamam de "par perfeito" , embora, muitas garotas a sua volta acham isso.


Minha mente estava cheia de pensamentos, xingamentos e culpa. Como eu pude deixar isso acontecer novamente? Como pude ceder ao desejo? Como pude ceder á ela?

Você sabe o porquê que não consegue resistir, resmungou uma baixa voz dentro de minha cabeça. Revirei os olhos ao pensar que até minha própria consciência não me deixaria em paz.

O que eu faria agora? Céus, eu me encontrava na cama dela novamente. Na minha cabeça, a noite havia sido inesquecível,perfeita, era como se ela tivesse rendendo-se á mim, ao sentimento, ao desejo. Eu senti isso.

Senti a diferença de seus toques, beijos e olhares. MAS NÃO! Eu definitivamente não posso me iludir. Foi apenas uma recaída,apenas e não acontecerá de novo.

Era o que eu sempre dizia...

Mas, agora é sério!

Também era sempre o que eu dizia...

Villanelle havia deixado machucados dentro de mim, feridas que não iriam curar tão cedo.

Estou apaixonada por ela, isso é obvio, até uma criançinha percebe isso, mas o problema é exatamente esse... Eu terei que fazer meu maior esforço, catar o pouco de juízo, se é que ainda restava depois da noite passada, e seguir em frente. Deixar Villanelle com sua fama, a de quem pega todas e as descarta. Esse é o certo a fazer, não é?

Doeria? Sim,

Sim, doeria, mas eu não demonstraria. Seguirei de cabeça erguida, nariz em pé, mostrando á ela que as coisas não funcionam do jeito que ela quer, mas sim do meu jeito e respeitando o meu tempo. Eu me afastaria e concluindo que ela não sente nada por mim, ela não reclamaria e me deixaria o mais longe possível para deixar o caminho livre.

Nem ligaria, ou sentiria a minha falta, e com isso, a decisão está tomada. Nada mais acontecerá entre mim e Villanelle Astankova. Suas desculpas ou meras palavras não me afetariam ou me deixariam de guarda baixa. Eu vou resistir. Deixar de ser a idiota e ficar bem longe dela.

Uma coisa é certa: Ela não vai me usar e depois jogar fora, passar uma noite, que não deve ter sido nada mais nada menos que sexo pra ela, e depois me tratar como lixo como dá ultima vez. Não, isso já esgotou... Deu!


Apenas o lençol nos cobria, mas eu já podia sentir suas mãos agarradas em meu quadril e aquilo fez com que um arrepio subisse pelas minhas costas, isso que acontece! Sem a minha permissão, fico involuntariamente afetada. Ela me abraçava fortemente pela cintura, suas mãos pousadas sobre as minhas em cima da minha barriga, e seus dedos entrelaçados nos meus... Ontem á noite, ela só se aquietou e dormiu quando finalmente ficou nessa posição. Seu rosto estava afundado em meu pescoço, respirava fundo durante seu sono e sua respiração quente penicava minha nuca.


Tentei levantar, mas suas mãos me apertaram com mais força contra si, me prendendo a ela. A olhei indignada, prestes a falar algo, mas ela continuava dormindo e murmurando algo baixinho que não entendia. Possuía um leve sorriso no rosto.


Não faria mal nenhum ficar mais um pouquinho, não é? Mais um pouquinho antes de colocar a decisão em prática.

Me virei de frente para ela, e suas mãos contornaram minha cintura, puxando-me pra mais perto, grudada em seu corpo quente.

Observei seu rosto e não encontrei nenhuma imperfeição, seus lindos olhos fechados, os cabelos um tanto bagunçados e seus lábios em um linha fina onde havia um pequeno sorriso. A linha de um rosto perfeito.

Não pude deixar de sorrir com a imagem.

Onde estava os defeitos?

Era besteira isso, sendo que eu havia acabado de pensar que a ignoraria, mas no momento, nem eu mesma me entendia.

O leve sorriso em seu rosto desapareceu e ela franziu o cenho como se sentisse alguma dor. Provavelmente deveria estar sonhando com algo. Resmungou e suas mãos me apertaram contra si tão forte a ponto de doer,como se eu fosse sua vida e ela tentasse não me deixar escapar.



"Não... Resmungou profundo em seu sonho. - Não, baby, não faça isso. Já falei" ...

Arregalei meus olhos ao ver que ela sonhava comigo.

"Não vá embora" ... Murmurou bem baixinho que quase não pude ouvir. Meus olhos arderam e eu já podia sentir as lágrimas teimosas querendo descer, mas não deixei.

Acariciei seus cabelos com meus dedos, como se o penteasse, a mesma sorriu e sua postura relaxou, suas mãos diminuíram o aperto em volta de mim. Com isso, consegui me livrar de seus braços e sair da cama.



Me enrolei no lençol e levantei, tentando não olhar pra ela, pois seria um convite tentador para voltar pra aquela cama...


Para,Eve Park, chega isso! É hora de seguir em frente, ela não se importa com você!



Fui para o banheiro, tomei um banho relaxante, mas rápido, pois quanto mais cedo eu saísse mais chances teria de não cair na tentação novamente. Eu teria que sair antes que ela acordasse, assim ficaria mais fácil.

Sai enrolada na toalha e peguei minha roupa. Quando estava terminando de por a mesma, ouvi uma voz rouca e sonolenta.


–Bom dia, baby! Saudou com uma voz doce, até não parecia Villanelle. Suspirei fundo,colocando minha máscara de "eu não me importo."

- Bom dia. – Respondi de volta sem me dar o trabalho de olhar pra ela.

Me levantei, ajeitei minha blusa e arrumei meus cabelos. Percebi que ela me olhava... E certamente pensava no que dizer.




–O que você está fazendo?Franziu o cenho e coçou os olhos.

Ficava mais linda que o normal pela manhã, com uma carinha de sono!

Preciso ter foco!

–Me arrumando, não está vendo?Fui rude revirando os olhos. Se assustou com minha escolha de palavras.

–Eu sei, desculpa...

Ficou constrangida e já fiquei arrependida por ter que tratá-la daquela forma. – Eu quis dizer...Mas já? Você hã... Quer dizer...

–Villanelle, eu tenho vida, tenho colégio, nem tudo gira em torno de você.

– Mas, Elena e...

-Elas virão. Não me deixariam aqui presa, temos escola... Elas tem que nos soltar! – Dei de ombros. Ela assentiu e levantou da cama apenas de calcinha. Aquele corpo!


Desviei os olhos. Eu não podia olhar, eu não podia olhar, eu não podia olhar...


Ela vestiu uma blusa moletom e veio até mim, que até então estava de frente ao espelho me arrumando, me abraçou por trás, pondo as mãos em meu quadril e dando um beijinho doce em meu ombro. Eu realmente não estava a reconhecendo. Era ela mesmo?


Afastei e seus olhos confusos pairaram sobre mim.


–Olha pra mim, Eve.- Pediu. Com um suspiro pesado, tentando mostrar irritação, me virei atendendo seu pedido. Por um momento me perdi naqueles lindos olhos que estavam de uma maneira tão carinhosa sobre mim que não dava pra acreditar.-Precisamos conversar sobre essa noite...


–Nem termine!- Ergui a mão,a impedindo de falar. Vamos pular a parte que você me chama de vadia e me diz que fui apenas mais uma na sua cama, ok? Já sei disso, você deixou isso bem claro da última vez, lembra? Agora não gaste sua saliva e tempo comigo, pois eu já estou indo embora.

Ela me olhava perplexa, não esperava essa reação. Sua boca abriu uma, duas, três vezes, mas nenhuma palavra saiu.


–Nada a dizer? O gato comeu sua língua? Não tem nenhum argumento? Usei meu melhor tom de deboche. Ela nada disse mais uma vez, apenas me olhava com seus olhos verdes arregalados e tomados pelo pavor. — Foi o que eu pensei. Adeus, Astankova!

Virei as costas pra ela e comecei andar para fora do quarto, mas a mesma me puxou contra si, chocando meu corpo contra o seu. Ofeguei e seus olhos me olhavam de uma forma... Eu me derreteria por inteira a qualquer momento!


–Não é nada disso, Eve. Vamos conversar com calma, ok? Me deixe explicar tudo á você.


–Explicar o que? Que você me acha uma vadia? Que você está há dias sem comer a Nadia e que esse é o único motivo por ter passado a noite comigo? Que sou uma idiota qualquer que cai nos braços de qualquer uma?- Fale, fale isso! Mas, saiba que eu já sei de tudo isso, então me poupe! Eu cansei! Já chega! Você não sente nada por mim e...


–Bom, desculpe, mas nesse ponto eu vou ter que te interromper... Se intrometeu, botando o dedo indicador sobre minha boca e aproximando o rosto do meu. Eu ouvi sua conversa com aquele mala do Hugo Turner... Sei que você me ouviu aquela noite.


Tremi dos pés a cabeça. Ela havia tocado no assunto, havia escutado minha conversa com Hugo! Mas, será que ela havia escutado tudo? Ou apenas uma parte?


DROGA, DROGA, DROGA!


-Aquela noite que você provavelmente bebeu e estava com dor de cotovelo sem pegar ninguém e então veio falando besteiras no meu quarto? É, ouvi. – Me fiz desentendida.


–Eu não estava bêbada, estava apenas falando a verdade. E você sabe muito bem.


Se aproximou ainda mais com um sorriso bobo e sedutor. – E eu também ouvi o que você sente por mim, então não tente dizer que não tem nada.


É, ela ouviu toda a conversa!

Estava perdida!

Ela sorriu levemente e acariciou minha bochecha. Deus, como eu escapo daqui? Eu não posso cair nessa novamente, não! villanelle me ouviu dizendo que a amava, eu não posso deixá-la acreditar nisso.


—Você acha que eu sinto isso por você?Não, eu que deveria estar bêbada, isso sim!


Empurrei ela. 


Que me analisou atentamente e sorriu novamente. Céus, porque ela não acreditava em tudo que eu estava dizendo? Porque não acreditava nas mentiras que eu estava contando?


–Você não me engana, Eve. Não mesmo! Eu ouvi você dizendo claramente. Diga de novo. Diga isso pra mim. Pegou nas minhas mãos.


Rapidamente soltei as mesmas das dela e relutei.


- Você deve estar se achando, não é mesmo? Eu, uma iludida e idiota, sempre caindo ao seus pés, afinal já é a segunda noite que passo aqui com você, sempre acreditando em você e agora sentindo algo por você. Pois pra mim chega, essa Eve morreu! Nunca mais me procure, Villanelle, fique com sua namorada e sua arrogância, irá fazer bem pro seu enorme ego.- Levantei a cabeça, sentindo lágrimas grossas escorrerem por meu rosto e saindo daquele lugar.



Desci as escadas correndo e logo ouvi seus passos atrás de mim.


- EVE! ESPERA!POR FAVOR.. – Gritava. –Gritava. – NÃO CHORE !Me deixe falar, vamos conversar, por favor...


Sua voz saiu embolada e não tive coragem de virar pra trás e encará-la.


Se ela estivesse prestes a chorar, então eu não conseguiria partir.


Ouvi a porta sendo aberta e era Elena e Izzy, com enormes sorrisos que logo desapareceram quando viram meu estado em lágrimas.


Apenas sai porta a fora, ignorando os pedidos de Villanelle, atravessei a rua em meio a soluços, corri para minha casa e bati a porta.


Suspirei, tomando forças para me arrumar e seguir em frente, terminar o colégio e tocar pra frente minha vida normalmente... Se é que isso é possível depois de todas as palavras de Villanelle,mas infelizmente, ou felizmente, eu não conseguia acreditar em nenhuma delas.



P.O.V. Villanelle 


DROGA!

Porque ela não podia simplesmente me escutar?

O que eu teria que fazer?


Sentei no sofá botando as mãos sobre o rosto. Eu não posso mais me esconder, eu sou apaixonada por Eve... Amo demais essa mulher! Depois dessa noite não havia mais do que duvidar. E isso eu já havia admitido pra mim mesma, só faltava fazer o mesmo pra ela.

Mas, quando tentei falar, tudo o que consegui foi silêncio da minha parte, simplesmente não consegui botar pra fora o que eu sentia por ela,as palavras simples, mas tão poderosas e sinceras. E como resultado, ela saiu daqui de coração partido mais uma vez e a culpada era eu. De novo. Eu queria me bater no momento, me chutar e chamar-me de burra quantas vezes fosse necessário... Ela queria ouvir uma confissão. Claro que queria! Entretando, queria ouvir saindo de minha boca claramente e pronunciando todas as sílabas com certeza,olhando em seus olhos.


Faltava coragem.


Elena se aproximou de mim junto com Izzy.

–Parece que vocês não se entenderam,hã? – Izzy perguntou massageando meu ombro em sinal de conforto.

–Na verdade, passamos a noite juntas.

– Contei de cabeça baixa.

-OH MEU DEUS!!!!!

-Mas, tudo foi por água abaixo quando acordamos. Falei suspirando, chutando a mesinha do centro da sala e cortando a animação das meninas.


-Nosso plano não funcionou.- Lamentaram cabisbaixas e tristonhas.


Sorri sem humor.


–Vill. Elena chamou minha atenção... Séria. —Você a ama? Seja sincera,sem graçinhas. – Disse autoritária.


Pensei por um instante e era óbvio que a resposta estava na ponta da língua... Era sim.Era inútil continuar negando depois de tudo.


–Sim. Eu a amo. Até demais!Estava frustada com tudo. Querendo sumir! Olha quando a idiota vai perceber que está apaixonada! Logo quando ferrou com qualquer chance que tinha com a pessoa mais legal do colégio.


Talvez eu merecesse um prêmio.


–Então, não desista dela! – Aconselhou ela e Izzy completou. Eu a conheço e sei que ela sente o mesmo, Villanelle. De verdade, mas você a machucou, isso com certeza não será fácil de superar!


Olhei para elas, meu peito enchendo de esperança e crença.


–Vocês acham mesmo? Preciso conquistar ela e mostrar tudo que sinto. Vocês podem me ajudar? Perguntei, na esperança que tudo desse certo, que ela acreditasse em mim e pelo menos parasse e me ouvisse.


Precisava da ajuda delas. Nunca poderia fazer isso sozinha. Eu poderia ser experiente em tudo, com relações, com sexo,cantadas, e qualquer coisa que fosse, menos com amor.


- Claro! - Aceitaram o pedido, animadas e adorando a decisão.



(...)


Notas Finais


Eve agindo como se nao ligasse... OLHA NÃO SOU OBRIGADA TÁ?

Será que nenhuma das duas toma jeito?


Vem ai operação #juntavillaneve


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