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História Litigious Love - Conflitos


Escrita por: imaginelieber

Capítulo 6 - Conflitos


— Eu sei que não tem a mesma emoção do que se estivesse no verão, mas até o ar fica diferente e eu sinto que a brisa conversa com as minhas veias! — Lara declarara enquanto descia do carro, sua expressão de uma serenidade sonhadora confirmava as palavras e eu mesma me sentia signatária de seu discurso.  

Los Angeles era a cidade do sol, pelo menos essa era a imagem passada pelas mídias, com seus coqueiros, praias e céu azul. Mas ali estávamos nós em pleno inverno, cobiçando as praias feito crianças diante de um bolo de aniversário. Como bons masoquistas, nossa primeira parada na cidade era Santa Monica, por livre e espontânea pressão da minha parte e minha irmã. A paisagem talvez não admitisse tanta interação, mas seria de grande utilidade para o meu ofício. Ler na beirada da praia me traria mais prazer em avaliar os novos capítulos traduzidos, que me aguardavam cada vez com mais urgência. Minha falta de inspiração era um dos principais motivos para nos deslocarmos naquele dia.  

— Minha nossa. — Exclamei, observando o píer. Meu pai conseguira uma vaga bem próxima dele e de fato a construção impressionava. Eu não imaginava que fosse tão grande assim de acordo com as fotos vistas.  

Imaginei, também, que uma das únicas atrações fosse a roda gigante, contudo, podia vislumbrar o mini parque completo e diversas lojas. Lara pensava o mesmo que eu e trocamos um olhar entusiasmado. A visita à Belmont Park em San Diego estava adiada para este final de semana e estávamos ávidas por brinquedos. Dei leves tapinhas na bolsa transversal pendurada em meu ombro, contendo meu caderno e tablet, expressando o prévio pedido de desculpas ao lento — ou inexistente — progresso no trabalho.  

A areia branca se estendia a nossa frente, muito mais extensa do que eu estava acostumada. O mar se retraía com aparente timidez. Apertei os olhos para as ondas pacíficas demais para o meu gosto, quebravam-se um pouco mais no fundo, inalcançável para nadadores inexperientes — a maioria das pessoas — e lambia a areia com tamanha delicadeza. Eu apreciava o bom mar violento, havia algo prazeroso na agitação traiçoeira da água salgada que prometia chacoalhar seus os ossos entre os músculos e inesperadamente te afogar.  

Por mais que não estivesse chovendo ou nublado — aparentava um dia caloroso, com céu limpo e um claridade que só podia vir do sol — a temperatura não devia passar de vinte graus, a brisa gelada do mar afagava meu rosto e me surpreendi com a quantidade corajosa de pessoas em trajes de banho sentadas na areia ou dentro da água. Encolhi-me em meu casaco imaginando o frio que sentiam, embora apreciasse verdadeiramente o aroma tangente de sal, areia e umidade.  

O píer estava mais abarrotado, se houvesse um pouco mais de pessoas não conseguiríamos dar um passo sem esbarrar em alguém — e há quem diga que janeiro é baixa temporada na Califórnia. Um verdadeiro caos, lojas enfileiradas nos cantos e barraquinhas de todos os tipos espalhadas a cada metro. Eu não me surpreenderia se as tábuas cedessem sob todo aquele peso — isso sem contar o parque.  

Paramos para uma foto em família embaixo da placa branca lendária "Fim da rota 66" e seguimos junto a turba para a frente. O Pacific Park, apesar do nome, não trazia nenhuma sensação de paz, mal dava para distinguir onde começava um brinquedo e terminava o outro. Mas se eu quisesse paz meditaria. A maioria dos brinquedos se destinava às crianças, contudo, Lara e eu faríamos bom proveito da barca, montanha russa pequena — que se estendia amarela por cima das pessoas e os outros brinquedos em quase todo o parque —, uma espécie de roleta humana, — com bancos para duas pessoas, o brinquedo girava como uma bola enquanto os próprios bancos rodavam em seu eixo —, o elevador versão miniatura e a roda gigante. 

— Bem, é um alívio termos tomado café da manhã há duas horas atrás. — Meu pai comentou, analisando crítico o emaranhado de ferragens.  

— Você também acha impressionante isso ainda estar em pé? — mamãe bateu o pé na madeira embaixo de nós — Não é à toa que não sou arquiteta ou engenheira.  

— Vocês querem ir em algum? — Perguntei, já decidindo qual seria meu primeiro alvo.  

Meu pai passou a mão no peito repetidas vezes com o cenho franzido. 

— Estou tranquilo. Eu e sua mãe vamos dar uma olhada nas lojas. — Estendeu o braço para pegar minha bolsa — Divirtam-se.  

Por mais que eu não passasse mal com facilidade, vi-me obrigada a concordar com meu pai, agradecendo por estar de barriga neutra — nem vazia nem cheia — depois de me aventurar a chacoalhá-la das mais diversas formas. Saía dos brinquedos muito grata por poder desfrutar de órgãos saudáveis e membros corporais intactos, principalmente da montanha russa. Desfiando as leis de espaço, o carrinho tomava direções arriscadas próximo demais de outros corpos, e em certo momento pensei que esfolaria meu rosto na roda gigante.  

Respirei tranquila quando nos direcionamos à esta. Enfim um pouco de paz.  

— Ah, não tem cinto. — Observei assim que tomei meu lugar.  

Bem, nem tanto.  

As cabines feitas como uma conchinha de chapéu não traziam tanta segurança assim. Eu sentia que se o vento balançasse forte, acabaríamos estateladas nas engrenagens, chão ou mar.  

— Não te dá a impressão de que essa joça vai sair por aqui e cair no mar? — Lara segredou, fitando com desconfiança o brinquedo e o curto caminho a percorrer para terminar na água, já que a roda gigante encontrava-se basicamente na ponta do píer.  

— Sim. Aliás, tenho quase certeza de que vi isso em algum filme. — Respondi, igualmente inquieta.  

— Um pulo no mar até que cairia bem. — Brincou, levantando as sobrancelhas repetidas vezes para mim, sugestiva.  

Dei uma risadinha.  

— Sim. Claro. Eu sempre quis morrer de hipotermia.  

Foi a vez da Lara rir.  

— Você é tão dramática.  

Apreciando um pouco do ar salgado no ritmo constante do brinquedo e a bela visão da praia abaixo de nós concluí que afinal o parque não fora capaz de estimular de fato minha adrenalina. Só trazia o gostinho do breve temor daqueles parques de esquina na cidade em que a emoção maior se baseia na incerteza da funcionalidade correta dos brinquedos. Entretanto, eu havia aproveitado. 

— Hm, Matheus me mandou mensagem de novo. — Lara disse repentinamente.  

Olhei para ela, parecia pensativa encarando o horizonte azulado.  

— Hmm.... — Esperei que ela completasse sozinha.  

Matheus era um de seus contatos na universidade, "figurinha repetida" como ela gostava de dizer. Alto, forte, cabelo liso e preto, rostinho de bebê e dialeto sofisticado, o que eu podia dizer? Lara nem parecia ser minha irmã. Até onde eu sabia, ele era caidinho por ela e garantia que sempre saíssem, e a mesma se divertia muito quando estavam juntos — como fazia questão de me contar. Um de seus preferidos, na verdade. Eu não sabia o que faltava para que ficassem juntos de uma vez.  

— Me perguntou como está a viagem. Disse que está com saudade. — Deu de ombros, mas eu notei muito bem o sorrisinho satisfeito no canto da boca. Fiquei encarando até que risse — O que? — Arqueei a sobrancelha — Tudo bem, eu também estou, disse isso a ele. Dele e... mais alguns. — Abriu o sorriso malicioso.  

Balancei a cabeça em reprovação, revirando os olhos.  

— Matheus é o meu preferido. — Opinei — Acho ele bem educado, carinhoso, voto para que amarre as camisas com ele. — Puxei a manga do casaco para que cobrisse minhas mãos.  

Lara inclinou a cabeça de lado, esfregando o queixo como se avaliasse as probabilidades.  

Emitiu um muxoxo e me olhou com uma expressão neutra.  

— E você contou aos seus amigos sobre a antipatia do seu queridinho?  

Meu espírito até então leve se abateu de modo a derrubar ligeiramente meus ombros.  

— Você sabe que o Danilo não precisa de muito para difamar o Justin, então adorou a oportunidade. Isis pareceu chocada mas "nem tanto porque ultimamente o que ele mais faz é decepcionar".  

— Auch. — Lara reproduziu uma careta de dor, como se houvesse levado um soco no lugar do devido destinatário — E a Fani não disse nada se responderam sobre a reunião, não?  

Neguei com um suspiro, depois dei de ombros.  

— Talvez eles esqueçam tudo isso e sigam a vida tranquilamente.  

Lara aquiesceu, ainda que sem confiança. Eu mesma tinha dificuldades em acreditar em minhas palavras.  

Depois de uma refeição saudável envolvendo cachorro quente, pizza de cone e batata frita, descemos até a areia, estendemos as toalhas que mamãe deixara no porta malas ali e nos sentamos a uma distância razoável da água e de outras pessoas. Eu me sentia patética, como se ofendesse o ambiente com minhas vestimentas, então pelo menos tirei o tênis e o par de meias, esfregando os dedos na areia gelada. Naturalmente, um arrepio de frio subiu pelo meu pé e eu invejei as pessoas acostumadas com a temperatura baixa. Minha família me imitou, tomados de tremores leves assim que a pele desprotegida entrava em contato com o solo.  

Abracei minhas pernas e apoiei o queixo nos joelhos, numa conversa silenciosa com as ondas, sem palavras ou pensamentos coerentes. Estagnei em uma daquelas sensações de pura contemplação à existência, conectada com o ambiente.  

— Sua mãe e eu vamos dar uma caminhada pela praia, tudo bem? Depois que voltarmos vocês podem ir, se quiserem. — Meu pai anunciou, já em pé estendia a mão para minha mãe se levantar.  

Assim que concordamos eles se afastaram de mãos entrelaçadas rumo às águas. Imaginei se deixariam que os pés se molhassem e então conclui que era nossa obrigação ao menos molhar a pontinha antes de ir embora.  

— Eles têm muita sorte. — Lara comentou e quando olhei vi que ainda fitava nossos pais. — Não exatamente sorte... Sei que foi um belo trabalho para chegarem até aqui. Acha que vamos conseguir algo igual? — Direcionou-me seu olhar curioso.  

Arqueei a boca para baixo numa expressão de "não sei".  

— Há quem diga que nossa geração não sabe amar. Falta determinação, esforço, dedicação. O que você acha? — Devolvei a pergunta.  

Ela deitou a cabeça devagar de um lado para o outro.  

— Talvez sejamos mais inconstantes. Não sei. Não é você a romancista? Tem que vender seu produto. — Provocou-me.  

Cruzei os braços no peito, retraindo-me devido a uma brisa gelada.  

— A gente vende o que o povo quer, ilusões, porque a vida real já é bem tenebrosa.  

— Só em livro mesmo pro Justin ter jeito então.  

Inspirada por meus instintos abri a boca para retrucar, mas Lara me jogou um olhar desacreditado e eu fiquei quieta, ele bem que merecia uns beliscões mesmo.  

Decidi que já era hora de tentar ler mais um pouco da história e peguei o tablet com certo desânimo, o fato do personagem chamar Josh já ajudava um pouco, uma vez que ler o nome do dito cujo me dava um misto de inquietações. Estendi as pernas e apoiei o caderno nelas para fazer as anotações. O cheiro de praia era palpável no ar, o que já me servia como um calmante natural, e me dei a regalia de dar umas espiadas na visão paradisíaca de tempos em tempos. Conforme eu ia perdendo a produtividade, esses tempos viraram minutos, e depois segundos.  

— Vou comprar churros, quer um? — Lara ofereceu, levantando-se e batendo a areia da roupa.  

Assenti, sempre disponível para um doce. Voltei a ler duas frases e encarei o horizonte, pensando seriamente em devolver os capítulos para Lindsay com um breve comentário "PERFEITO, ZERO DEFEITOS, PRÓXIMO" sem me dar ao trabalho de ler. Batuquei o lápis no caderno, tentada. Mas era meu primeiro livro em inglês, eu não podia deixar que fosse qualquer coisa, e se na tradução perdessem o sentido da frase? Deveria manter um olhar atento.  

Estava tão imersa nos meus pensamentos que não notei que alguém se aproximava de mim.  

— Está buscando inspiração para a história? Devo cometer algum erro em específico?  

Meu coração deu um salto mortal no peito e faleceu por um segundo, só para voltar a bater freneticamente numa tentativa de sair pela boca. Justin cruzava os braços assomando sobre minha cabeça à minha esquerda, a expressão de clara animosidade. Ele usava uma bermuda e camiseta, corajoso o bastante para encarar o frio. Tive que conter meu impulso de me levantar e pedir um abraço, assimilando suas palavras grosseiras e os traços incisivos. Educado a reagir com prazer devotado à sua imagem, meu corpo lutava para se adequar ao contraste.  

— Justin. — Sorri, em parte como incentivo à sua própria cordialidade. Pigarreei, tentando esconder meu nervosismos ao perceber minha voz fraca — Que surpresa agradável te encontrar aqui.  

Ele franziu a testa diante da minha educação e pareceu cético às minhas palavras.  

— Sim, como se não estivesse me seguindo para obter — gesticulou com uma mão, como se espantasse uma mosca — seja lá quais dados você precise. — Seus cabelos castanho-claros, organizados num topete, estavam ao ar livre naquele dia e se agitaram brevemente com uma amostra de vento. Uma visão e tanto.   

Respirei fundo disfarçadamente. Eu não gostava muito de ser acusada, não interessava por quem, a água fria do balde começava a respingar em minhas células espoletas.  

— Realmente eu não estava te seguindo. Desculpa frustrar suas expectativas. 

Ele me encarou.  

— Então não sabe que eu moro em Los Angeles? — Perguntou com sarcasmo.  

— Sim, isso eu sei. Mas não é como se você fosse o dono da cidade. — As palavras levemente ácidas escapuliram antes que eu pudesse contê-las. Eu queria abafar o fogo para mostrar que vinha em paz, deixar-me levar por seu humor ranzinza não admitiria muitos progressos. — Vocês receberam a mensagem da minha empresária pedindo uma reunião? — Questionei, esforçando-me para usar a entonação branda.  

— Claro. — Sorriu, não do jeito certo. — A resposta é não.  

Bom, ele não me conhecia, não tinha motivos para confiar em mim, era verdade, mas desejar continuar na ignorância só podia ser sinal de arrogância. E eu não gosto de arrogância não viu, Justin Bieber? Além de que minha paciência não era eterna. Ele conseguira acabar com minha empolgação por revê-lo. Meus nervos se direcionaram a um tipo diferente de emoção, tão rápido quanto havia se animado segundos atrás.    

Suspirei, batendo as mãos exasperada em meu colo.  

— Eu entendi. Você não gosta de mim, sem nem me conhecer, muito menos da minha história, que não leu, e não parece disposto a mudar esses fatos. Certo?

— Certo. — Empinou o nariz reto. 

Segurei o tablet, fazendo menção de estendê-lo em sua direção.  

— A história está bem aqui, não doeria ler um pouco. — Tentei uma última vez.  

Ele olhou para a minha mão como se eu segurasse um bicho morto.  

— Eu não tenho tempo para isso, Giulia.  

Tentei não ficar empolgada que lembrasse meu nome. O fato de pronunciá-lo da maneira errada apenas para me provocar, ajudou.

— Mas claramente tem tempo para me dirigir palavras grosseiras, Justchin. — Retribuí o favor de uma pronúncia nominal débil. Lembrava-me nitidamente da sua irritação com a pronúncia errônea de Sabrina Sato em uma de suas entrevistas. "JUSTEN", repetira diversas vezes. Eu mesma me policiava para fazê-lo da maneira correta, entretanto, ele não estava merecendo.  

Seus olhos se apertaram, faiscando com uma nova irritação. Dei um sorrisinho falso, "sim, é irritante, não é?" diziam meus olhos. O barulho das ondas preencheu o momento de silêncio antes que ele falasse.  

— Você acha que eu gosto dessa posição? Podemos acabar com esse conflito de uma vez. É só você encerrar suas atividades, se quiser posso até autografar alguns dos seus Cd's. — Deu de ombros.  

Expirei, revirando os olhos.  

— Certo. — Uni as mãos, fingindo uma expressão simpática. — A resposta é não.  

Trocamos um olhar carregado de raiva, como se pudéssemos mudar as ideias um do outro só encarando. Imaginei o que seria preciso para atravessar aquela íris mel, chegar nos neurônios e dar um peteleco em cada um para voltarem a funcionar. Ele podia ser melhor do que aquilo, eu sabia, só não queria. Apertei as mãos em punho, como se pudesse fazê-lo mudar de ideia na raça. 

— Justin? — A voz feminina levemente alterada rompeu a tensão que só crescia, fazendo com que nos virássemos para o som.  

As duas meninas franzinas de olhos azuis sonhadores se balançavam de um lado para o outro, sem conter a animação que as acometia de encontrar o ídolo. Os resquícios de ira no rosto dele fez com que recuassem um pouco e me olhassem rapidamente com curiosidade. "O que essa louca fez? " 

— Nós poderíamos... tirar uma foto? — Perguntou a mais alta em dúvida, mas ainda esperançosa.  

Mordi a língua para não as avisar que não valia a pena no momento, para se afastarem antes que ele lhes direcionasse seus raios e trovões. Porém, surpreendendo-me, Justin concordou com um movimento rápido de cabeça, ainda que sem expressão. 

Elas emitiram sons animados no fundo da garganta.  

— Você pode tirar pra gente? — A porta voz perguntou, radiante.  

Estendi a mão para o celular, forçando um sorrisinho simpático. Ele permaneceu com o olhar sério no meio das duas admiradoras, eu não sabia se em razão de estar obrigado a olhar em direção do seu atual aborrecimento — eu — ou pela discussão fresca em sua cabeça. A linguagem corporal das meninas demonstrou o desejo de ficar e conversar, mas o clima parecia estar desagradável o suficiente para perceberem e se afastarem desorientadas enquanto ele se voltava para mim, esperando convencer-me com impertinência.  

— Você sabe que eu vou te destruir, Giulia. — Disse enfim, calmo e determinado, como se fosse uma última oferta de piedade.  

Travei os dentes.  

— Você pode tentar. — Cruzei os braços, igualmente teimosa.  

Recebi seu sorriso irônico, e depois suas costas imponentes enquanto se distanciava de mim.  

 
 

 — Você está linda. — Lara pontuou e lhe direcionei uma careta, mas ela não viu, ocupada em analisar a foto no computador.  

Eu havia virado notícia mais uma vez, e não por minha escolha. Evidentemente, o TMZ capturou algumas fotos da minha conversa com Justin em Santa Monica e estavam intrigados com as expressões carrancudas estampadas em nossos rostos. Eu teria adorado ser apenas mais uma pessoa aleatória flagrada em uma foto com ele, contudo, como excelentes fuxiqueiros, descobriram minha identidade e, consequentemente o que eu estava fazendo por essas bandas.  

 

JUSTIN BIEBER CONFRONTA AUTORA DE FANFICS  

Julia Duarte Souza é uma fã declarada do cantor Justin Bieber, e como tal, aventurou-se a escrever fanfics (romances inspirados em ídolos). Uma das histórias, November, fez tamanho sucesso que virou livro no Brasil, com um novo nome para o personagem de Justin — no intuito de não infringir direitos autorais do cantor. Em recente entrevista a Entertainment Magazine a autora declarou que publicará uma tradução do livro através da Entangled Publishing nos Estados Unidos, motivo da sua visita ao país. O lançamento do livro está marcado para o dia 26 de janeiro deste ano, daqui a duas semanas.  

Na tarde de ontem, entretanto, um encontro inesperado entre a autora e seu personagem — destaque-se que até a semana passada Julia ainda não o conhecera pessoalmente, conforme alegou na entrevista citada — na praia de Santa Monica deixaram algumas dúvidas no ar. A expressão descontente de ambos dá a impressão de que estavam em meio a uma discussão e ninguém parece saber o motivo. Clima estranho para o tão sonhado encontro de uma fã (que não está muito mais feliz que ele) com o ídolo. Justin Bieber será contra a publicação inofensiva de um romance adolescente inspirado nele? Leia a sinopse a seguir e diga por si mesmo.  

 

Bem, pelo menos eles achavam que era inofensiva. Contudo, o TMZ sempre estava contra o Justin também. E afinal, ele tinha um pouco de razão: meu livro poderia lhe causar conflitos. Só que por sua própria culpa.  

Algo me dizia que ele não concordaria exatamente em ser o causador disso. Eu podia muito bem imaginá-lo soltando fogo pelas ventas. 

Fani segurou minha mão em cima da mesa — os dedos batucavam cada vez mais altos enquanto eu pensava, aflita — para atender o telefone.  

— Alô? Sim, ela mesma.... Tudo bem, e você?.... Claro..... Hmmm.... — Olhou-me de cenho franzido. — Onde? — Elevei o queixo, numa pergunta silenciosa. Seus olhos estavam distantes, como se desenhasse a conversa na parede do cérebro. — Sei... Quando? Ah.... Um segundo. — Cobriu o celular e me olhou de olhos arregalados — O que acha de uma entrevista num canal de televisão? 


Notas Finais


OI AMADAAAAAAAAAAAAAAAAS

Me divirto com esse livro. Eu ri com o Justchin kakakaka
Vcs devem ter percebido que mudei o nome do amigo da Julia né? Eu precisei fazer isso por motivos de ja estar usando na outra história e nao queria confundir hahahah.
Obrigada a quem está lendo e pela paciencia de esperar. Eu estou me esforçando para postar o quanto antes.

Até a próxima!

PS: eu tenho uma playlist pra essa história se quiserem ouvir: https://www.youtube.com/playlist?list=PLd-aXQ964B6si9QL9ho3HyXU2U6stzLBE


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