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História Little Changes - Vinte.


Escrita por: DWRPerlman-

Notas do Autor


Gente linda e maravilhosa da minha vidaaaa <3
Espero que estejam bem. Aqui estamos pra mais um capítulo <3

Quarta e sabadozinho agora, e talvez por aí uns capítulos extras surpresa pra vocês haha

Tenham uma boa leituraa. Até as notas finais. :3

Capítulo 20 - Vinte.



***(Ryan)***


Minha irmã tinha que ter pegado para me infernizar justo hoje.

Não falo isso por mal sabe, ou mesmo por raiva de verdade. A Ali é importante para mim, sempre vou amá-la, ela é minha irmãzinha...

Mas ela está naquela droga de fase chata do começo da adolescência, e tem hora que ela não sabe quando parar.

Eu entendo que ela estava chateada, ela não queria realmente se mudar, e eu sei que eu disse que nada ia ficar diferente, que eu ia fazer de tudo para ela se encaixar e… mesmo acho que não de verdade exatamente, eu sabia que ia ter que ser o irmão perfeito até ela se acostumar e se ajeitar com tudo.

Só que eu não sabia de nada do que ia acontecer, não tinha controle de tudo, e ela ia ter que entender. Entendo ela ficar chateada, se preocupar… Mas só que ela não estava rmesmo chateada e preocupada, não é? Bem que podia não estar, seria mais fácil.

Achei que era só que ela tinha ficado brava, ou ia fazer drama sobre como eu estava trocando a família pelos amigos e como não ligava pra ela.

Só que a Ali não era assim, não de verdade, mas bem que ela podia ser também, inferno. Seria mais simples, seria muito, muito mais simples. Ali quando tinha um problema falava sem sobre ele sem nem pensar, e ela era sim sentimental e ficava assustada com o novo, ela era a droga de uma criança, mas ela não era do tipo que fazia drama. Eu agia como se fosse porque era realmente mais fácil, mas essa garota era mais esperta e sabia mais das coisas do que qualquer um podia imaginar.

Ela vivia comigo e com a minha mãe. Acho que não era pra menos.

Mas só que sabe, o jeito da Ali de querer lidar com os sentimentos e as emoções me irritava profundamente, porque eu não sou do tipo que lida com sentimentos ou fala disso ou que enfrenta isso.

Eu engulo o que acho e sinto, processo, e resolvo sozinho. Se eu preciso, eu falo com alguém. Procuro ideias e opiniões, falo só pra ter alguém me ouvindo por que as vezes eu me sinto bem com isso. 

Mas quem resolve sou eu, o que eu acho só eu digo. Fico pensando, remoendo quando quero, até achar uma solução. Se é algo que eu vejo que não como resolver (emoções e sentimentos geralmente assim) eu só ignoro, enterro e deixo lá até alguém ou eu surgir com uma solução genial para o problema.

Não fico falando, colocando pra fora, essa coisa toda. Não é a minha coisa. Eu lido com meus problemas sozinho, não gosto de falar mim.

Sabe, minha mãe e eu somos até que abertos um com outro e até eu e a Ali mas, eu não sou assim. Falar do que acho, do que eu estou sentindo, nunca é a minha coisa. Não sem eu resolver antes e ter um motivo para fazer isso antes.

As vezes quando perguntavam, tanto a Ali e a mamãe, eu falava porque era diferente. Fora isso, espontaneamente, nem ferrando. É algo contra o meu instinto.

E o problema era que a Ali era diferente de mim. Era diferente e não vou dizer que não entendia, mas não gostava. Ajudava, é, às vezes não era lá tão ruim poder sentir que alguém me conhecia ou me entendia completamente e que eu só era aceito como era, de forma completa, mas quem disse que eu precisava falar dos meus sentimentos pra conseguir sentir isso? Ali e minha mãe eram incríveis, eu não me sentia nem um pouco incompreendido ou algo do tipo pelas duas, mesmo elas nem sempre sabendo dos meus sentimentos e do que eu tô processando na minha cabeça.

E sabe, eu confesso, eu fico temperamental. Eu _sou_ temperamental. Eu fico irritado, com raiva, e eu não gosto de magoar e falar coisas horríveis para as pessoas. Eu não acho certo, e não sinto prazer nisso. Eu perco o filtro quando estou mal ou tentando achar uma solução pra um problema interno, falo coisas que não quero e machuco as pessoas sem intenção. Eu fico tão puto na vida…

Gosto de ficar quieto e na minha por causa disso. Menos mal pra todo mundo. Não era orgulhoso de machucar as pessoas a toa se não tomasse cuidado. 

E sabe, a minha mãe sempre dizia que por mais que fosse difícil, era melhor nunca se meter em brigas, físicas ou não. Com o que eu lembro do meu pai, eu concordava.

Eu podia arranjar briga com qualquer idiota na escola ou na rua. Eu só não devia fazer isso. Era perigoso, irresponsável, e não fazia sentido. Ninguém se tornava uma pessoa mais legal ou mais bem sucedida ou mesmo mais agradável e amável arranjando briga. E bem que tinha horas que eu socar a cara de uns babacas.

Mas eu não faria. Por mais que aguentar fosse um saco. E até que eu era bom no que fazia.

Então eu gostava pra ser sincero. Mas enchia o saco ninguém entender isso por a maioria das pessoas não ser assim.

E eu estava triste, magoado e sinceramente, puto da vida. Eu não acredito que a Emma gostava do Brendon, mesmo, eu-.... 

Estava tudo tão bem, eu tinha finalmente conseguido o que eu queria, o sentimento que eu queria, e estava tão feliz que o Brendon sentia o mesmo e que eu podia de verdade pela primeira vez me permitir sentir tudo isso…

Aí ela diz que gosta dele, que quer conversar com ele sobre isso, e eu não pude falar nada. Tive que ser o amigo legal, mesmo querendo dizer que ele estava comigo, que eu gostava dele, e que bem, que ele… podia não gostar de mim de verdade, mas mesmo assim ele gostava de meninos.

E não me entenda errado, eu não estou bravo com a Emma. Estou brava com a droga da palhaça da vida. 

Não dava pra me deixar ser feliz? Pelo menos por mais um tempo? Agora, droga, eu não podia fazer nada e tinha que conviver sabendo que qualquer pessoa poderia ter mais dele do que eu. Que qualquer pessoa do meu lado podia gostar dele, e eu não podia fazer nada.

A gente nem podia ficar junto na sala de aula ou na escola. E nem estou falando de fingir amizade, seria difícil ficar perto dele e fingir que não éramos nada e as pessoas notariam, mas era horrível não poder falar e dizer, tipo, ei, eu, eu quem amo ele, nós estamos juntos. Ele é comprometido. 

Sem contar que, eu não… sei lá o que ia acontecer. Só sei que todo mundo poderia ficar com o Brendon ou gostar do Brendon e parecia mais do que eu jamais conseguiria, e não podia fazer nada sobre isso.

Era isso que eu não queria sabe? Eu não vou forçar nada, nem pra ele nem pra mim, mas se as pessoas fossem minimamente decentes, a gente não ia ter que se esconder ou ficar se preocupando ou ter medo de se assumir por ai e só ser um casal comum.

Vai que, não sei, ele quisesse ficar com alguma menina por que era mais fácil ou porque aí ninguém descobriria sobre a gente ou sei lá? Sei que ele não faria isso mas, o que impediria as garotas de tentar e gostar dele? E ele também não ia poder dizer “ei, ah, eu sou gay”.

Mas tudo bem, tudo bem. Fazer o que. Mas sério, pessoas dando em cima do Brendon, dizendo que amavam ele, quando… eu era quem queria estar com ele? Quando ele estava num relacionamento comigo? Não era culpa delas, claro, elas não sabiam, mas _eu_ sabia. E essa era um saco, saber disso e ter esse sentimento era a droga de uma merda.

Então é, eu estava puto da vida e chateado.

Ai a Ali veio com toda a coisa… e não sei. Eu só fiquei na minha, não quis ligar pro Brendon ou mandar mensagem ou mesmo pegar o celular, porque eu não queria aparecer enquanto meu humor não melhorasse. Ninguém era obrigado a me aguentar quando eu era quem estava com problemas. Não tinha nada de relação com eles mesmo. Mas ai ela veio com a coisa de “Ryan, você é gay?”

E isso era brincadeira comigo não é? Só pode ser brincadeira.

— O que?! Por que, o que- … por que você acha isso?

— Tinha um papel no seus livros, eu fui deixar no quarto e caiu e.. era do Brendon mas... você ia me contar não ia? Diz que ia me contar se você e ele estivessem juntos e se você fosse gay...

— Que papel, do que você tá falando?!

Ela me entregou uma folha de caderno, e de longe deu pra ver que era a letra do Brendon. Ele tinha uma letra nem feia e nem bonita mas ela era bem peculiar, então não era difícil reconhecer. Basicamente, era ele dizendo que queria que tivéssemos conversado mais na escola e que não era de propósito ele “me ignorar” e que queria falar comigo na parte da tarde.

Provavelmente nós iamos combinar alguma coisa, algum lugar pra ir ou se ver ou fazer alguma coisa, mas eu droga de tinha ficado ficado longe do celular.

— Não vai dizer nada?... Ry... — Ali pergunta.

— Não tem o que dizer.

— Claro que tem! É por isso que fiquei chateada com você, eu sempre te contei tudo... achei que nós dois éramos melhores amigos mas você nem fala mais comigo agora... Será que não nada pelo menos pra explicar, dizer se é verdade ou mentira?

— Você sabe que sou seu amigo… 

— Então por que você não me falou? Você sabia que podia me contar… ou isso não é nada? 

— Dá pra deixar isso só entre a gente?

— Ah, tudo bem… eu acho que a mamãe não ligaria mas, se você prefere que fique entre nós…

— [...] Eu vou te contar porque eu acho que, quer dizer, acho que não tem sentido esconder…

— Então é verdade?

Eu balancei a cabeça.

— E vocês estão juntos?

— Eu acho que sim…  

— Faz quanto tempo?

— Desde o fim de semana… quando fui na casa dele.

— Eu sabia que ele gostava de você pelo jeito que ele te olhava, sabe? Dava pra ver. Mas eu não achei que… você nunca me disse nada. Mas acho que é porque ainda estava muito cedo pra você me dizer não é? Pelo menos sobre vocês… eu dei sorte de descobrir. 

— Pra ser sincero, eu não sei quando ia te falar… nem se estava planejando te falar. Eu não sei, não tenho certeza, eu acho que eu nem saberia que dizer. Não é como se eu tivesse pensado muito sobre o que eu sou ou como queria minha vida nesse sentido e eu não queria arrumar problemas… sabe como eu odeio ter que lidar com essas coisinhas chatas, e não depende só de mim, quer dizer, acho que de qualquer forma nem dependeria, então.-... e você não pode falar pra ninguém, entendeu? 

— Não vou falar… eu nunca falo. E, eu acho que eu entendo… e quanto tempo faz que você, huh, ... sabe que gosta de garotos?

— Eu não sei. Ou melhor, eu sei, mas eu não sei se eu sou gay, bi, ou sei lá...

— As meninas que você ficava antes…-?

— Não era mentira... Mas acho que eu sempre soube que eu não ia acabar com uma garota no final. Tipo, casamento e essas coisas.

— Desde sempre?

— É.

— Podia ter me dito Ry… sabe que não está sozinho não é? Não precisava ter guardado isso por todo tempo.

— Precisava, porque eu só não queria ter que lidar com isso e… eu não tinha porque mexer, não antes do Brendon. Eu não gosto disso de verdade… se não der certo não vai ser legal entende? Então porque adiantar o problema se ele for existir.

— Pra mim tudo bem você... Gostar de garotos. Mesmo. Pelo menos pode contar comigo, você e o Brendon, não importa o que acontecer... Ainda vou ser sua irmãzinha e eu ainda vou te amar Ryan. 

— Obrigado Ali

— Você faria o mesmo por mim… e só não deixa ninguém machucar vocês, tá bem? Eu não vou deixar, e vocês também não podem.

— Ninguém sabe por enquanto. Só você. E provavelmente vai ficar assim por um tempo... Não se preocupa

— OK…

— O que foi?

— Não sei, ainda me sinto estranha… mas, o que aconteceu então? Vocês brigaram? É… por isso que você saiu com aquela garota? Pra ninguém saber? Se for, você merece se permitir ser um pouquinho feliz seu bobo… as outras pessoas que se explodam.

— Não, é que… e eu sei, foi só… que eu fui sair com uma amiga mesmo. E não aconteceu nada, só fiquei chateado com uma coisa.

— Quer conversar?

— Não, não realmente. Não hoje.

— Tá bem… depois você me conta, quando achar que deve.

— Aham… e, deixa eu perguntar, porque você…-?

— Eu fiquei brava? Não sei, porque eu não imaginei de verdade Ry, e você nunca foi assim, achei que gostava daquela garota mas você não seria desses, ai eu fiquei, o que é que tá acontecendo com o meu irmão? Bem antes da gente mudar você estava estranho, mas ai eu presumi que era porque queria mudar rápido, ai desde que chegou ainda estava estranho e… só não sabia o que estava acontecendo. Eu não estava entendendo nada mas você estava cada vez mais diferente, ai… bem, achar o papel foi do nada mesmo. E acho que liguei as coisas agora então.

— O que?

— Era por causa do Brendon e… de meninos? 

— Acho que sim… acho que eu sempre gostei dele mas, achei que nunca… poderia, porque ele nunca nem olharia pra mim. Ai quando ia voltar, eu só estava com medo do que ia acontecer. Do que isso ia significar e mudar pra mim. E eu me importava com ele, ele… parecia me odiar desde que eu mudei… estava triste e confuso mas animado e feliz, e não sabia o que aconteceu. Ai, bem, quando cheguei meio que foi uma bagunça entre a gente, o que não ajudou, e… só não sei, estava lidando com isso. Até que acho que deu certo. Mas acho que foi porque eu gosto dele, gosto desde sempre, e não porque eu estava com problema ou com medo de gostar de garotos. Eu sabia que estava tudo bem, quer dizer, você provavelmente não ia ligar e a mamãe, mesmo se ela ligar, sabe como ela é… uma hora ela sempre entende.

— É, eu acho que sim… Talvez ela até ligue um pouco mas, não vai ter problema se você contar ou se ela descobrir ou se você tivesse contado. Eu acho. Acho que sendo o Brendon fica mais fácil, porque ela gosta dele. Eu também se quer saber. Ele é bom e vocês se dão bem… acho que isso que ela olharia. Pelo menos, é o que eu olho.

— Mas não vou falar. Ninguém pode saber, tá bem? Mesmo. Isso é importante pro Brendon, e pra mim também.

— Claro, eu não vou falar, pode contar comigo.. .E eu fico feliz que pelo menos agora as coisas fazem um pouquinho de sentido. Ou pelo menos mais sentido.

— Você é bem intuitiva e boa em ler as pessoas, huh?

— Eu acho que eu só sei quando tem algo errado com quem eu gosto… eu sinto. E bom, nunca presumi nada sobre você mas sempre achei legal que sempre se preocupou em dizer que me apoiaria não importava o que, mas não passou pela minha cabeça que bem, podia ser esse o problema. Não antes do bilhete pelo menos. Acho que passaria, mas estava contando que você ia me falar algo assim se fosse isso

— Não escondi por mal… na verdade, nem sei se posso dizer que escondi. Eu sempre preferi deixar isso pra lá, deixar rolar, até acontecer. Nunca fiquei preocupado em ficar pensando em uma ou outra coisa, ou se era isso ou aquilo, então… nem foi intencional. Na verdade, se não fosse a coisa toda de estar com o Brendon, nada nem ia ter mudado eu acho.

— Mesmo?

— É.

— Mas isso não seria bom.

— Por que?

— Por que, tá vendo o motivo de precisar conversar? Se você não tivesse que pensar nisso ou pensar nisso e lidar com isso, ia ficar só pior e mais chato porque ia ficar gostando de um garoto e não ia estar fazendo nada sobre isso. Você só passaria muito mais tempo infeliz a toa. Se falasse, mesmo que não fosse o Brendon, quem sabe já acabava com isso e se não fosse pra ser, ia cair no mundo pra conhecer o garoto certo pra você?

— É… acho que eu nunca pensei nisso desse jeito mas, faz sentido… Me sinto bem mais, não sei, leve agora… quer dizer, não consigo dizer que imagino como seria sem o Brendon, mas acho que se eu tivesse tido coragem de falar, mesmo se ele não retribuisse o sentimento, eu ainda ia estar me sentindo assim. Pelo menos ia saber, não ia ter que mais ficar na dúvida ou me perguntando o que devia ou não fazer a nosso respeito.

— Ia doer levar um fora mas no final ia valer a pena…

— Provavelmente ia…

— Quer saber uma coisa que aconteceu essa tarde? E vou te contar porque sei que você não vai surtar, e ai você fica do meu lado se a mamãe ficar louca... - Ali diz.

— Você também não é hetero? — pergunto brincando

— Eu sou hetero… chatãoo. Mas… o Colin disse que gostava de mim. E ele me deu um chocolate.

— É sério?

— Sim… mas a gente não quer namorar ainda. Só não vamos ficar com mais ninguém.

— Você gosta mesmo dele? Assim, ele até que é bonitinho, mas não sei, ele tem jeito de ser chatinho e mimado. Ele é mesmo legal? 

— É. Ele é quase meu melhor amigo, igual a Emily.

— Isso é legal. Se quiser, eu posso sair com vocês, não sei… o Brendon também. Quando quiserem ir no shopping ou sei lá, comer um lanche no McDonalds, vocês vão com a gente… pelo menos ai vocês podem conversar fora da escola.

— Sim! E aí, isso é muito leagl da parte de vocês Ryan, mesmo… — ela me abraça toda fofa e feliz — e não vai dizer toda a coisa de ah, vocês são muito novos, não podem ficar juntos, você não vai namorar…

— Não. Você não é boba, você faz o que quiser. Acho que é esperta o suficiente pra pesar as consequências. E ele é legal, vocês são crianças, tem que mais que aproveitar esses sentimentos puros da vida mesmo, antes que acabem com isso. Tudo é bonito e um conto de fadas na sua idade. Não aproveitar isso é besteira, vai cair na vida real uma hora ou outra mesmo.

— Eu vou ignorar tudo isso porque acho bobagem, mas meu deus Ry… as vezes você fala umas coisas tão depressivas.

— Eu era emo quando era mais novo — dou de ombros meio brincando, mas fazer o que. Era verdade.

E sabe, qual é. Eles eram duas crianças de 11 anos. Iam fazer o que? Eles provavelmente nem sabem o que é beijar de verdade.

E não estou chamando eles de inocente ou coisa parecida. Muito menos de bobos ou sei lá, infantis. Mas a questão é que quanto mais você prende pior é (e eu não era pai da Ali pra fazer isso) e eles só eram duas crianças, pelo amor de deus. Por mais que soubessem iam fazer o que, se beijar “igual beijo de cinema”? E minha irmã não era idiota e sabia muito bem tudo o que precisava fazer. Ela era até mais responsável que eu e era até bem mais nova, e acho que ela já tinha provado que era até mais forte emocionalmente.

Deixa eles curtirem a vida. Darem uns selinhos por ai, pegarem na mão, sei lá. Já é triste o suficiente que isso tudo se torne só puramente malícia depois que eles crescerem.

E claro, eles eram crianças, ninguém em sã consciência deixava 2 crianças de 11 anos saírem andando sozinhas ou sozinhas em casa. Tem gente má no mundo, sabia? Gente bêbada dirigindo também. E tem um sério risco de, sei lá, colocarem metal no microondas sem querer ou colocarem fogo na casa tentando fazer pipoca ou sei lá, chocolate quente. Além do mais, podiam cair da escada ou de algum lugar tentando pegar cereal na prateleira alta do armário.

Eu acho que ainda estou um pouco chateado então posso estar parecendo mais babaca do que queria, mas o que eu quis dizer é que, eles ainda, querendo ou não, eram novos. Eles entendiam isso e todo mundo entendia. Era só coisinha de pré de adolescente, e eu confiava na minha irmã. Não tinha o que me preocupar.

— A mamãe vai ficar brava será? 

— Eu acho que não… porque ficaria? Vocês provavelmente são as crianças de 11 anos mais responsáveis que ela e eu vamos conhecer. Vão ser amigos e se divertir juntos… não estão fazendo nada mais do que deviam. E porque alguém ficaria bravo por isso? Só me diz o que Cory falar depois pra você. E se ele magoar, é só me avisar que eu acabo com ele.

— Ele não vai fazer isso… 

— Eu espero… e o que foi?

— Ah, é que… não sei. Eu acho que devo ter contar uma coisa também… É uma das únicas coisas que eu não te contei.

— O que?

— Eu achei, antes de saber de tudo sabe, que não sei, você estar diferente e estranho podia ter a ver que tudo o que aconteceu durante o tempo que você e a mamãe moraram com o papai…

— Bom, agora você sabe que não tem ligação nenhuma.

— Eu não vou fazer isso agora… acho que não é justo. Mas a gente pode conversar depois, sobre o papai? Se você… não ligar de conversar, claro.



Notas Finais


Oiê oieee💕
Espero que tenham gostadooo gente! Falem comigoooo, amo tanto vocêsssss aaaa
Comentem aí o que tão achando <3

Até a próxima no sábado meus raios de sol ✨

Love always
~dwrperlman


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