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História Little Red Riding Hood - É Para Te Tocar Melhor


Escrita por: ninadh

Notas do Autor


OI. Eu demorei, não demorei? Eu peço mil perdões.
Vou deixar vocês lerem logo o capítulo, a gente se encontra lá no final.

Capítulo 7 - É Para Te Tocar Melhor


Os olhos cor de turquesa de Ambre pareciam tão surpresos quanto irritados ao reconhecer Lisa no meio daquela multidão. 

Antes que Lisa pudesse dar as costas e fingir que aquele contato visual nunca aconteceu, Ambre, com seus saltos finíssimos e prateados, sua roupa mais do que curta e decotada, e seu olhar prepotente e esnobe, caminhou até ela com passos pesados. Ela colocava tanta raiva e indignação no modo que andava que Lisa já sentiu certa irritação tomar conta de si, precisando respirar fundo, procurando Deus sabe onde a paciência necessária para lidar com a irmã de seu amigo.  

— O que você está fazendo aqui? — questionou Ambre, cruzando os braços e empinando o nariz. 

— Eu poderia perguntar o mesmo a você. — Lisa forçou sua voz a sair, no mínimo, educada. 

Lisa não era idiota e imaginava que Ambre estava ali para fazer o mesmo que Nathaniel: seguir o pai deles. Porém, tinha quase certeza de que o rapaz não fazia nem ideia do que sua irmã havia sido astuta, ou talvez desesperada, àquele ponto, então concluiu que havia a colocado em uma encurralada, estando agora com medo que Lisa a dedurasse. 

Por uma fração de segundo, achou que Ambre vacilaria, como uma criança pega em flagrante roubando doces de madrugada, mas estava subestimando a colega. Demorando apenas o necessário para organizar os pensamentos, Ambre fez o que melhor fazia quando se sentia ameaçada: tentou diminuir quem quer que estivesse ao seu redor. 

— Quando eu penso que você não pode ficar mais ridícula — desdenhou.

E, como sempre quando Ambre decidia fazer uma de suas cenas com ela, Lisa manteve sua voz o mais firme que conseguiu. Fria, impassível e autoritária. Aquele timbre que exigia respeito com cada palavra proferida. 

— Melhore o tom, Ambre. Não sou Li ou Charlotte, não pode falar comigo como bem entender. 

Ambre mal piscou, cruzando os braços em frente ao peito de forma mimada e impulsiva. 

— Você deveria estar em casa! — Ambre estava começando o seu chilique. — Deveria estar lendo algum livro chato e brincando com o próprio dedo, está tão deslocada aqui quanto uma galinha no meio do mar!

Lisa sentiu suas unhas cravarem na palma de sua mão e só então percebeu que havia cerrado os punhos. Tentava desde sempre ignorar as porcarias que Ambre falava, tratá-la apenas como mais uma adolescente idiota de sua escola, mas, algumas vezes, toda a paciência que ela tentava juntar não era o bastante.  

Tinha vezes que ela simplesmente não aguentava mais ouvir a voz insuportável de Ambre.  

Quase rosnando, soltou: 

— Mas você vai à praia, não vai? 

— Como é? 

— Uma galinha no meio do mar — repetiu Lisa, venenosa. — Pode parecer deslocada, mas eu tenho certeza que você não se incomoda em entrar na água quando vai à praia. 

Lisa certamente se arrependeria de ter dito aquilo mais tarde. Em geral, ela passava por essas situações de desavenças basicamente imune, fria como o gelo e sem se deixar abater ou se irritar. Sentiu-se minimamente mal por ter agido tão impulsivamente, mas, ao ver Ambre vermelha de raiva, certa satisfação preencheu seu peito e ela logo ficou melhor. 

— Estou aqui porque Castiel me convidou — Ambre rapidamente despejou. — Não que isso seja da sua conta. 

Lisa não deveria ter acreditado em suas palavras tão facilmente, mas ela sentiu a testa franzir antes que pudesse evitar. Abriu e fechou a boca algumas vezes seguidas sem conseguir, de fato, emitir algum som, e esperou na expressão de Ambre qualquer sinal de que ela estivesse blefando. 

— O gato comeu a sua língua? — provocou Ambre.  

Ela parecia com um humor bom demais para alguém que veria o pai com a amante em alguns minutos, e então Lisa entendeu a mentira. Castiel não a havia convidado coisa nenhuma e, mesmo sem querer, acabou por abrir um sorriso. 

— Ora, conte a verdade. — Colocou as mãos na cintura. 

— Estou contando. — E abriu um sorriso vitorioso. — Não fique com ciúmes, Lisa. Sei o quanto se esforçou essa semana para sair com ele, mas, no fim, quem saiu vencendo fui eu. 

— Como é? — Lisa fez a pergunta com a voz elevada um oitavo de tão absurda que era aquela insinuação. 

Mas, parando para pensar, não conseguiria encontrar uma palavra no dicionário para se descrever naquele momento, e talvez ciúmes fosse um chute perto da verdade. Não pelos motivos que Ambre apontava, afinal não tinha o menor interesse em sair com Castiel, mas porque ela não conseguia aquele minimo de simpatia da parte dele para com ela. 

Não sabia absolutamente nada sobre ele, mas conseguia ver que era a única que recebia um tratamento tão odioso do rapaz e isso era mais do que frustrante. A ideia de que ele pôde ser amigável até mesmo com uma pessoa fútil como a Ambre a incomodava, não mentiria. 

— Está morrendo de ciúmes — repetiu Ambre, descruzando os braços e fazendo, assim, com que as milhares de pulseiras que ela tinha nos pulsos emitissem um som irritante à audição de Lisa. — E de inveja. 

— Desculpe-me, Ambre, acho que não estou entendendo.

— Não se faça de idiota! — mandou Ambre. — Sabe muito bem do que estou falando, e acho melhor você desistir de conseguir algo com ele. Em poucos dias, eu posso garantir que Castiel será meu.   

— Na verdade, Ambre, ele é todo seu. Não tenho o mínimo interesse em uma pessoa desagradável como Castiel. 

Apesar de não ser mentira, aquilo também não era verdade.

— Ele não é nada desagradável comigo.

— Só aquela fumaça imbecil que o arrodeia em qualquer lugar que ele vá já me faz torcer para que ele se mantenha longe — rebateu Lisa, controlando a raiva. 

— Vejo que vocês duas se encontraram — uma terceira voz falou, e Lisa, com certa surpresa, virou-se para encontrar Nathaniel. 

— Você sabia que esse aborto estava aqui? — Ambre perguntou, com a voz gasguita, e Lisa não conseguiu segurar a risada. 

— Você supera suas ofensas a cada dia, Ambre.

— Ambre — repreendeu Nathaniel. Então respirou fundo, virando-se para Lisa. — Eu pretendia vir apenas com você, mas peguei a Ambre saindo de fininho de casa e entendi suas intenções.

— Você pretendia vir apenas com ela? — Ambre questionou, indignada. — Espere, você contou para ela?

— Pare de fazer cena — mandou Nathaniel. Lisa nunca o tinha visto tão intolerante. — Sim, Ambre, eu contei para a Lisa. 

— Eu não acredito nisso! 

— Ambre! — Nathaniel elevou a voz. — Eu não acredito que você continua agindo dessa maneira, pelo amor de Deus, pare. Lisa é minha amiga e eu quis compartilhar essa história com ela, você vê algum problema?

— Ela vai contar para a escola toda! 

— Você não a conhece, pelo visto — ele retrucou. — Ela é uma das pessoas mais confiáveis que eu conheço. 

Lisa sentiu as bochechas esquentarem, e abriu um pequeno sorriso. "Obrigada", era o que gostaria de ter dito, mas o choramingo audível de Ambre a impediu. 

— Eu sou sua irmã, Nath. — Ela tinha a voz manhosa. — Você deveria me apoiar. 

— Eu não aguento mais essa sua falta de maturidade — disse Nathaniel. — Francamente.

— Eu não suporto você, Lisa Blake — ela falou, emburrada, e deu as costas rudemente para os dois, caminhando em direção a fila. 

— Eu sinto muito por isso — desculpou-se Nathaniel. 

— Não sinta — pediu Lisa. — Está tudo bem. 

Ele sorriu, e finalmente Lisa se permitiu olhá-lo melhor. Ele estava bonito, com roupas mais despojadas do que as que ele costumava usar e, apesar de ser uma imagem inusitada para Lisa, ele parecia quase um adolescente normal, sem toda essa carga de responsabilidade que ele costumava carregar todos os dias.

— Meu pai trabalha ali. — Ele apontou para um prédio no final da rua. — Você quer ficar um pouco aqui fora antes de entrar? 

— Se você quiser. — Ela deu de ombros. 

Imaginava que ele ainda estava se preparando para ver o pai com outra mulher, se é que ele realmente estava lá dentro, então não se incomodou de fazer o seu caminho até o meio-fio e se sentar ali ao lado dele. 

— Eu pesquisei sobre Castiel, à propósito — ele contou, sem exatamente olhá-la. — Imprimi algumas folhas e acho que você vai se interessar por isso. 

— O que é?

— Um lugar para começarmos a investigar — informou. — O pai dele estava metido em um processo. Não consegui muitos detalhes, mas esse é um possível motivo. 

— Então o pai dele teria motivo? — Lisa questionou. — Não ele?

— Essa raiva dele por você talvez seja apenas reflexo de algum relacionamento entre o pai dele e a sua avó. — Lisa crispou os lábios ao ouvir as palavras do amigo. 

— Imaturo da parte dele.  

— Talvez. — Nathaniel deu de ombros. — O fato é que... Você tem acesso ao escritório de Julie? 

— Sim. — Ela franziu a testa. 

— Estaria disposta a entrar lá? — ele perguntou, e Lisa mordeu os lábios. 

Não sabia se tinha carga emocional o suficiente para isso, mas balançou a cabeça. 

— Muitos advogados possuem diários sobre os seus casos, acho que seria importante você encontrar o diário de Julie — opinou Nathaniel. — Descobrir a relação entre ela e o pai de Castiel, por exemplo. 

— Entendo. — Ela abraçou os próprios braços. — Farei isso amanhã. 

Gostaria de pedir para que Nathaniel a acompanhasse, mas ela não estava tão frágil como quando esteve alguns dias depois da morte de Julie. Conseguia aguentar aquela sozinha e se sentia mais confortável fazendo assim. 

A conversa sobre Castiel encerrou logo e eles passaram os minutos seguintes ali, sentados no meio da noite, conversando sobre o último livro que leram. Lisa conseguiria manter conversas por horas sobre coisas leves como livros, mas jamais sobre algo que envolvesse seus assuntos pessoais, e assim era Nathaniel, então talvez fosse por isso que eles se davam tão bem. 

Delimitavam espaços, e nenhum dos dois invadia aquela zona de conforto por muito tempo. 

Passados trinta minutos depois das oito, eles decidiram entrar na casa de shows. A fila estava maior desde alguns minutos atrás, mas nenhum dos dois se importou muito, uma vez que a conversa sobre livros péssimos que faziam fama estava mais do que interessante. Conseguiram entrar bem perto das nove e Lisa fechou a cara em uma careta quando colocou o pé ali dentro. 

Era um local escuro, com mais gente do que ela gostaria e barulhento. Adorava música ao vivo, mas aquele clima de show a tirava dos nervos, e ela logo quis voltar para casa. Pela expressão de Nathaniel, sabia que o amigo compartilhava daquele sentimento, mas nenhum dos dois externou seu desconforto. 

— Eu preciso ir ao banheiro — avisou Lisa, mas na verdade só queria mais um pouco de silêncio. — Como encontro você depois?

— Vou pegar uma mesa — ele avisou e ela assentiu. Sabia que ele não ficaria na pista, como a maioria das pessoas. 

Não demorou para encontrar a porta do banheiro feminino e fez seu caminho até lá torcendo para não esbarrar com nenhum corpo suado, mas, antes que pudesse cantar vitória, sentiu uma mão agarrar o seu braço. Um corpo a empurrou com tanta velocidade contra a parede que ela só percebeu que se tratava de Castiel quando os olhos dele encontraram os dela, ferozes. 

— Eu vou perguntar uma vez — Castiel rosnou, e Lisa arregalou os olhos assustada. — Você está me seguindo? 

Engoliu em seco diante da pergunta, querendo apenas se encolher e fugir dali. Talvez a percepção de seu ódio por ela estivesse se misturando com o súbito aperto em seu braço, e seus olhos raivosos estivessem se combinando com a voz amedrontadora. Sentiu um medo tão de repente dele, enxergando-o perfeitamente como o assassino de sua avó, e quis estar em qualquer lugar menos ali. 

— N-não — conseguiu gaguejar. 

Odiou-se por ter falhado a sua confiança, mas seu coração batia forte demais para que ela conseguisse se manter firme. Queria pedir para que ele se afastasse, dizer que todo aquele contato físico a estava deixando incomodada, talvez assustada, mas a voz não saiu. 

— Você não é o tipo de garota que eu esperaria encontrar em um show de rock. — Era quase como se ele a estivesse acusando. 

— Por que eu estaria te seguindo? 

— Me diga você.  

Ela respirou fundo e, com um sopro de coragem, soltou-se dele. Precisava de ar. 

— Eu estou aqui pelas bandas — firmemente mentiu. Não gostaria de entregar Nathaniel e dizer que foi até ali por conta do pai dele. — Pouco me importa se você esperaria ou não meu tipo fazendo parte do seu público, mas eu faço.

Se ela visse do ângulo certo, aquela mentira não era tão cabeluda assim. Uma das coisas que ela mais considerava agradável e, até certo ponto relaxante, era ouvir um bom rock de vez em quando. Então, apesar do ambiente a deixar desconfortável e ela não conseguir suportar todo aquele aglomerado, quase desesperada por algum lugar quieto e calmo, não era tão absurdo encontrá-la em um show de rock. Seu maior problema ali era a gritaria das pessoas, e não o que sairia das caixas de sons. 

Castiel permanecia sustentando o olhar dela, procurando, talvez, alguma evidência que denunciasse sua mentira e, então, estreitou os olhos. 

— Como você sabe que eu vou tocar aqui hoje?

— Eu sei? — ela questionou rapidamente. 

— Você é idiota ou o quê? Disse que não participava do meu público — ele explicou, impaciente. — Pelo que ouvi, parece que você sabe que vou tocar aqui hoje.  

Ela poderia mentir, dizer que ele entendeu errado e inventar mais alguma desculpa, mas julgou que, naquela situação, era melhor ser honesta. Talvez, misturando a verdade com a mentira, a história toda passasse a ser mais convincente para ele. 

— Eu vi você entrar com a guitarra — confessou. — Mas não tive a intenção de vir aqui por sua causa.

No tempo que ele levou para analisar se acreditava ou não nas palavras dela, ela tentou regularizar a própria respiração e se acalmar um pouco, só então percebendo que Castiel havia se colocado na defensiva. Como se ele soubesse o quanto Lisa desconfiava dele, e ela acabou por franzir a testa diante de mais um dos milhares comportamentos estranhos do rapaz. 

— Tanto faz — ele finalmente resmungou, afastando-se de Lisa antes que ela pudesse falar qualquer coisa. 

Ela correu tão rápido para o banheiro que só percebeu que estava lá quando jogou água da torneira no seu pescoço e se segurou na pia com força para se acalmar. Não queria voltar para Nathaniel parecendo nervosa, então demorou cerca de dois minutos ali antes de fazer seu caminho de volta para aquele horror de pessoas. 

Encontrou o amigo perto do bar, ocupando uma mesa quase escondida. Suspirou antes de andar até lá, ainda com alguns de seus pensamentos embaralhados por causa de Castiel, e se sentou. 

— Encontrou seu pai? — ela quis saber. 

— Sim. — Ele indicou com queixo. — Ele está sentado bem ali.

Lisa acompanhou com certa aflição para onde ele indicava. Sentia-se apreensiva por Nathaniel, não querendo que o amigo tivesse que passar por aquela situação, mas, mesmo assim, obrigou seus olhos a analisarem a cena.

Lembrava-se de Francis de alguns eventos escolares que o obrigou a visitar a Sweet Amoris para participar um pouco da vida dos filhos. Era até certo ponto arrogante e prepotente, e ela conseguia ver perfeitamente de onde Ambre puxara tamanho egocentrismo, mas imaginava que era um bom homem. Nathaniel nunca a fez acreditar do contrário e, em todas as vezes que foi obrigada a trocar algumas palavras com aquele quase senhor, Lisa se sentiu acolhida com uma cortesia imensa. 

— Ela é bonita — murmurou Nathaniel, chateado, e Lisa passou a olhar para a moça. 

Era cerca de vinte anos mais nova que Francis e, ao contrário do que ela imaginava, não se vestia como uma prostituta. O terninho indicava que ela acabara de sair do trabalho e seu sorriso era consideravelmente genuíno. Com os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo, ela não parecia estar dando em cima do pai de Nathaniel. Pelo contrário, Lisa não conseguia enxergar aquela mesa com clima de flerte, era como se eles estivessem apenas felizes.

— Faz um tempo que meu pai não sorri assim para minha mãe — contou Nathaniel, e Lisa olhou para ele novamente. Ele brincava com o seu copo de refrigerante. 

— Não acha que é um encontro profissional? — Lisa questionou e ele o olhou com incredulidade e irritação. Ela mordeu os lábios. — Ou dois amigos. Como eu e você agora. 

Ele desviou o olhar. 

— Meu pai não faz amigas — ele murmurou. — Ele tem amantes. 

— Pode ser uma exceção. 

— Não é, Lisa — ele retrucou, impaciente. — Céus, você queria que eu tivesse certeza, essa é a certeza. Ele está apaixonado. 

Lisa se sentiu mal por Nathaniel, não conseguindo imaginar como seria passar por aquilo. Seu pai era o homem mais apaixonado do mundo por sua mãe. Não era idiota e sabia que em algum momento da vida de casado com Lucia, Philippe chegou a traí-la, mas ela também tinha a certeza de que isso não voltou a se repetir. Ele não suportaria se ver em outra vida que não fosse naquela casa, com as duas mulheres da vida dele, e somente o pensamento de vê-lo ir embora fazia o coração de Lisa se espatifar.

— O que você vai fazer agora? — ela quis saber. 

— Conversar com a Ambre, acho — ele contou. — Ouvir o que ela tem para falar. 

Lisa assentiu.

Sabia que Ambre podia ser horrível, mas jamais negaria o papel dela como irmã de Nathaniel. Eles se amavam às suas maneiras, e Lisa entendia que o melhor a se fazer era resolver isso entre família. Não se intrometeria mais naquela história, uma vez que não lhe dizia respeito.

— Onde ela está, aliás?

— Não a vi, também — ele falou, com a voz um pouco baixa. — A intenção de vir com ela era justamente evitar que ela fizesse alguma besteira, mas acho que estou cansado de consertar as porcarias que ela faz. 

Lisa tocou no braço de Nathaniel. 

— Você é um bom irmão — falou, e ele acabou abrindo um sorriso. 

Lisa não se surpreendeu quando as caixas de som foram desligadas da rádio e uma mulher de meia-idade subiu ao palco para anunciar a primeira banda da noite. Passavam-se apenas cinco minutos depois das nove, e as cortinas se abriram revelando o desagradável rosto de Castiel. Ele não sorriu para o público e garota, a que o abraçou por trás algumas horas mais cedo, levantou as baquetas para o início da primeira música. 

Não conhecia aquela garota, muito menos conhecia o baixista, mas o vocalista era um rosto muito mais do que conhecido.

— Lysandre?


Notas Finais


Lysandre? Tan tan.
Esse capítulo... Eu não pretendia ter enrolado tanto até a parte que Lisa vai ficar sozinha com Castiel, era pra essa parte ter chegado logo nesse, mas vai ficar pro próximo.

Até agora Castiel se manteve distante, grosso, rude, e mais antipático do que estamos acostumadas (porque no jogo, apesar de desagradável, o humor malicioso de Castiel é adorável)... É óbvio que há uma explicação para isso, por isso eu fico muito feliz que vocês tiveram paciência de suportar ele até aqui.
Mas, se é válido o spoiler, eu gostaria de dizer que essa fase passou. Acho que chegamos a um ponto da história que Lisa já está aprendendo a lidar com ele e, no próximo capítulo, ela irá querer saber lidar com ele, por mais que isso seja contra toda a lógica e bom senso que ela tem. Esse desespero dela de entender por que Castiel a odeia tanto pode ser a chave para quebrar algumas barreiras dele.

Sobre a participação constante de Nathaniel na fic... Provavelmente tem leitor achando isso bem ?????
Se você é esse leitor, sinto te dizer, mas ele é bem necessário. Nathaniel é uma peça fundamental nessa história e não é porque o romance todo é com Castiel que eu vou explorar menos ele. Eu precisava dessa confusão do pai dele para firmar melhor o relacionamento dele com a Lisa, como amigos, para explicar melhor o relacionamento dele com a família e, eventualmente, poder explicar o relacionamento de Ambre com Castiel. Vocês ainda não esqueceram que ele foi quase legal com ela, ou esqueceram?

Mas, se toda essa enrolação deixa vocês inquietos, fico feliz em garantir que acabou. Os capítulos seguintes estão focados em Lisa lidando com o caso de sua avó e com Castiel. Eu espero que vocês gostem.
Ainda tem o "é para te cheirar melhor" antes do TÃO ESPERADO "é pra te devorar", mas paciência, gafanhotos.
Essa fic vocês precisam ter paciência comigo, é muita coisa para desenvolver.

Btw, eu estou com o próximo capítulo quase pronto aqui (e eu juro, com muito muito muito do Castiel), então eu vou me esforçar o máximo pra já tentar atualizar na próxima madrugada psadkaopsk
Beijooo, e não me deixem sem saber o que acharam <3


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