Eu já estava de pé. Apesar de ainda ser bem cedo, eu realmente estava ansiosa para ir pra Orlando e então, finalmente ir pra Disney. Juro que tô me sentindo uma criança assim, mas é a Disney. Quem não gostaria de ir pra lá? Ou até mesmo para o Parque da Universal. Eu vou pra Hogwarts, vou pisar na mesma escola que Harry Potter.
Ri dos meus pensamentos e sai do banheiro. Gabriel ainda dormia feito um anjo. Eu desci para a cozinha e lá tinha algumas coisas que Gabriel tinha comprado ontem. Eu não comeria muito, devido a ansiedade, mas ele provavelmente sim. Acendi a luz e abri aquela janela – basculhante – até que grande da cozinha, deixando os raios de sol entrar.
Fiz alguns pães de queijo – que eu não faço ideia com o Gabriel fez pra achar isso por aqui –, café, já que mesmo que eu odeie o Gabriel até bebe e cortei algumas frutas. Então, comecei a arrumar tudo em cima da mesa.
— Te ver assim me faz querer repetir a noite passada — Escutei a voz do Gabriel.
Corei, eu usava apenas uma camiseta preta dele, que obviamente ficava grande em mim.
— Para de ser idiota e senta ai pra comer — Eu disse.
Ele me ignorou e veio em minha direção, segurou em minha cintura e me deu um selinho longo.
— Bom dia, minha princesa — Ele disse e me mostrou seu lindo sorriso.
— Bom dia, meu amor — Eu disse sorrindo também.
Era inevitável ver o sorriso dele e não sorrir também.
— Agora melhorou — Ele riu pelo nariz e me deu mais um selinho, se afastando em seguida.
— Mas o pervertido foi você. Nem andar confortável mais eu posso — Eu disse divertida e abri a geladeira, pegando meu suco de laranja.
— Mas você fica sexy desse jeito — Ele disse e colocou um pão de queijo na boca.
— Mas você pode guardar esse pensamento pra você, não acha? — Eu perguntei e ri timidamente, me sentando em sua frente.
— Vou tentar me controlar da próxima vez — Ele disse e piscou pra mim — Amor, amanhã tem um jogo de basquete em Orlando. Eu estava pensando em ficar lá em um hotel até amanhã e ai depois do jogo a gente volta.
— Tudo bem — Eu disse animada e ele sorriu — Mas você vai ter que me explicar as táticas, porque eu não entendo nada de basquete — Eu disse e escutei sua risada.
Neguei com a cabeça e mordi um pão de queijo, em seguida bebi um pouco do meu suco. Comemos tranquilamente enquanto a gente conversava. Ele me explicava algumas táticas e como se joga, eu prestava atenção para não "boiar" amanhã. O carro que Gabriel alugou já estava na garagem e iríamos para Orlando em uma hora. Arrumei tudo por ali enquanto Gabriel lavava o pouco que sujamos, e quando terminamos, subimos para nos preparar.
Eu tomei um banho morno e longo, estava calor em Miami. Sai enrolada na toalha e Gabriel entrou logo atrás. Abri minha mala e coloquei um short jeans claro, uma regata simples branca e um vans simples preto. Deixei meu cabelo solto mesmo e fiz uma maquiagem bem simples, isso era a última coisa que eu me importava agora. Arrumei uma bolsa com algumas peças de roupa, deixaria a mala aqui nessa casa mesmo e estava pronta.
Gabriel saiu do banho cantando uma música que eu sinceramente desconhecia. Ele se trocou bem rápido e como sempre ficou lindo. Então parou em frente ao espelho, e começou a arrumar seu cabelo. Eu sempre ficava com cara de idiota olhando pra ele. Se virou pra mim sorrindo e fingiu que tinha um microfone em sua mão, então continuou cantando. Eu ri fraco e me levantei da cama.
— Vamos pra Orlando?! — Disse me puxando pra mais perto.
— Vamos — Eu sorri largo.
Peguei meu celular e minha bolsa. Ele pegou tudo o que precisava e nós descemos. Entramos no carro que ele havia alugado e seguimos para Orlando, que fica a três horas daqui. Então, vamos chegar lá por volta das onze da manhã.
(...)
Chegamos rápido em Orlando. Não sei se foi porque eu dormi um pouquinho – quase duas horas – durante a viagem, ou porque eu estava curtindo as paisagens das estradas – durante o tempo que fiquei acordada.
Conseguimos entrar na cidade sem problema algum e Gabriel estacionou em lugar próprio para isso. Nós saímos do mesmo e eu perdi alguns segundos olhando e admirando tudo ao redor.
Orlando é linda! Eu estava vivendo um sonho.
Entramos no hotel logo do lado aonde Gabriel estacionou o carro. Depois de ver a reserva e pegar o cartão do quarto, levamos as bolsas com nossas roupas pra lá e ficamos por alguns minutos. Depois disso, saímos em direção a Disney.
— Preciso ligar pra minha mãe — Eu disse pegando o celular.
— Eu já fiz isso — Gabriel disse e entrelaçou nossos dedos.
— Quando? Durante a viagem? Não acredito que você estava no telefone enquanto dirigia, Gabriel — Eu disse e escutei sua risada gostosa.
— Não foi durante a viagem, sua doida. Foi mais cedo, quando você estava no banho — Ele disse e riu novamente.
— Ah! Mas ainda não era muito cedo no Brasil?
— Era. Mas na verdade foi ela quem ligou e eu só atendi. Disse que você tava bem e que viria para Orlando comigo. Ela e seu pai fizeram eu prometer que cuidaria de você e ficou tudo certo — Ele sorriu fofo.
— Porque não me avisou? — Eu ri fraco.
— Eu esqueci. E você dormiu durante a maior parte da viagem — Ele torceu os lábios.
— Ah desculpa, meu amor — Sorri segurando em seu queixo e lhe dando um selinho longo — Muito obrigada. Você é o melhor namorado que se pode ter.
— Acabou de aumentar meu ego — Ele disse segurando em minha cintura.
— Eu não me importo — Falei ficando na ponta dos pés para envolver meus braços em sua nuca.
— Vou acreditar que sou o melhor então — Falou.
— Deveria — Falei e sorri pra ele.
Ele sorriu também e desviou seus olhos dos meus, seguindo para os meus lábios, então selou os mesmos, pedindo passagem. Eu não estava me importado se estávamos bem no meio de um estacionamento. Sentia a mesma sensação de quando nos beijamos pela primeira vez, minha respiração acelerava e minha barriga se enchia se borboletas.
Gabriel certamente é o homem da minha vida.
— Eu amo você — Ele disse pausadamente me dando alguns selinhos. Isso me fez rir divertida.
— Eu te amo — Falei lhe abraçando forte.
— Vamos, minha princesa — Me deu um último selinho e entrelaçou novamente nossos dedos.
Caminhamos pelas ruas de Orlando até finalmente, chegar perto de Walt Disney World. Estávamos na Main Street e faltavam alguns minutos para o parque abrir, enquanto Gabriel pegava um mapa em português, para que, obviamente não nos perdêssemos dentro desse lugar enorme. Bem daqui de fora, dava pra ver o Magic Kingdom, o grande castelo das princesas e dos principais personagens da Disney.
— Olha — Eu chamei o Gabriel e apontei — Vamos lá?
— Temos alguns minutos. Vamos — Ele disse e eu sorri.
Era uma sorveteria bem grande que ficava logo ao lado do Main Street e pareciam ter sorvetes de outro do mundo ali. Nós entramos e decidimos pedir um Sundae na pia do Mickey – era como estava escrito no menu –. E pelo menos a "pia" ficava como lembrança. Tomamos ele e realmente era maravilhoso e em minutos saímos dali.
A Main Street continuava um tanto vazia. Gabriel tirou uma foto que conseguiu pegar o fundo do castelo e logo depois eu tirei também. Em seguida nós tiramos uma juntos, que ficou bem fofa. Os portões logo se abriram e meus olhos provavelmente brilhavam. Puxei Gabriel animada e escutei sua risada fraca.
Os primeiros vinte minutos se resumiram em um desfile de abertura com os principais personagens da Disney, o que me deixou mais maravilhada. Caramba, eu vi a Elsa e o Olaf. Ri dos meus pensamentos e isso fez Gabriel me olhar. Depois disso, seguimos o nosso passeio por ali. Fomos primeiro ao Town Square Theater Town, aonde estava o Mickey.
Sim, nós iríamos tirar uma Selfie com o Mickey.
Dentro desse teatro mesmo, encontrei uma loja que vendia alguns arcos com as orelhas de Minnie, eu obviamente comprei um e pus em mim.
— Que linda, minha Minnie — Gabriel disse me fazendo rir.
— Como é bobo — Eu revirei os olhos sorrindo.
Ficamos apenas alguns minutos naquela fila e logo conseguimos nossa selfie com o Mickey.
— Eu não me conformo em até o Mickey ser maior que eu — Eu disse e Gabriel gargalhou.
— Você é muito baixinha, amor — Ele disse — E aquele Mickey nem é real, é só alguém fant...
— Shiu! — Botei meu dedo nos lábios dele — Não estraga minha felicidade — Eu disse e ele riu alto.
Ele tirou meu dedo dali e me deu um selinho.
Gabriel olhou em nosso guia, e a próxima atração que aconteceria ali perto, era a Disney Festival of Fantasy Parade, como o nome já diz, é uma parada, novamente com os principais personagens da Disney, mas dessa vez duraria mais e teria mais coisas legais. Eu estava curiosa e Gabriel também, então seguimos pra lá.
(...)
Eu carregava comigo algumas sacolas da Disney, estava realmente parecendo uma criança e não me importava nenhum pouco, eu sempre quis estar aqui e não ia perder tempo. Gabriel tinha seus dedos entrelaçados aos meus, enquanto a gente andava pela Disney's Hollywood Studios. O lugar era realmente maravilhoso, o tema do parque era totalmente do cinema. Teria alguns shows por aqui dos cantores da Disney mesmo e aqui era aquele lugar que tem aquelas Montanhas Russas enormes. Tinha teatros e atrações sobre filmes também.
Gabriel insistiu em ver uma atração sobre o filme de Star Wars. Que filme chato. Mas ele gosta, então obviamente fui com ele. E se fosse não seria justo, ele provavelmente não é muito fã de princesinhas da Disney e assistiu a parada comigo. Nós ficamos longos minutos assistindo aquilo, enquanto eu comia alguns doces que tinha comprado – e eran muito bons – e logo saímos de lá, o que me fez agradecer mentalmente.
— Aonde vamos agora? — Eu perguntei comendo meu último marshmallow.
— Vamos em uma Montanha Russa — Ele disse segurando o riso.
— Eu não sou muito fã de altura e esses me parecem muito altos.
— Eu sei que você não é muito fã de altura, és muito baixinha — Ele disse e eu revirei os olhos.
— Palhaço — Falei rindo — Olha ai no guia algo que não seja tão alto.
— Hum... — Ele pegou o papel e começou a ler — Tem o... The Twilight Zone Tower of Terror. Mais conhecido como apenas Tower.
— O que é? — Perguntei.
— É um elevador que despenca rápido mas com um cenário todo especial — Ele disse.
— O "Terror" do nome não me agradou muito — Eu disse e ele soltou uma risada.
— Vamos achar ele — Gabriel disse.
Andamos um pouco mais e logo avistei um castelo – mas parecia um prédio/hotel – enorme, era muito alto e assustador. Parecia mesmo um daqueles castelos de terror. Eu sabia, aquele nome "Terror" não me enganava.
— Eita, eu não vou nisso não — Eu disse e agarrei o braço do Gabriel.
— É claro que vai — Ele disse rindo enquanto a gente se aproximava.
— É muito alto — Eu disse.
— É um elevador, Cla. Você usa todos os dias — Falou.
— Mas o meu não passa cenas de terror e nem despenca do nada — Falei e ele riu.
— É uma nova experiência.
— Tô com medo — Confessei e ele riu.
— É totalmente seguro, amor. E eu vou estar com você.
— Vai estar comigo quando eu não conseguir dormir também? — Eu perguntei e ele me olhou sorrindo.
— Sempre — Disse me dando um selinho.
Mesmo receosa, eu assenti. Ele conseguiu comprar os bilhetes rápido e seguimos pra dentro do "brinquedo". Nós nos sentamos, sendo cercados de proteção, isso me deixava mais aliviada. Gabriel estava ao meu lado e parecia empolgado.
Ao nosso redor tinha alguns caras vestidos de... Recepcionista de hotel?! Tá, essa roupa vermelha com esse chapeuzinho realmente são ridículas. Ri com isso. E eles tinham a cara toda branca. Pareciam zumbis e era assustador. Algumas vozes grossas começaram a surgir, vozes de filme de terror, como aquelas do clipe Thriller do Michael Jackson – foi a melhor comparação que eu achei. As portas logo se fecharam e algumas cenas começavam a passar. As luzes do elevador piscavam, deixando ainda mais assustador. Eu não entendia muito inglês, mas pelo o que percebi, era uma família entrando em um hotel e em seguida no elevador. Esse mesmo elevador com as pessoas dentro começou a cair, então senti o elevador que eu estava cair bruscamente também, o que me fez – não só eu – gritar assustada. Meu coração estava disparado e eu começava a soar frio. Era engraçado, eu realmente estava com medo.
Aquilo durou mais alguns minutos de historia, com o elevador subindo e depois caindo bruscamente de novo. Isso gerava mais gritos e sustos meus e risadas do Gabriel porque ele é um filho da mãe. Estava se divertindo mais com os meus sustos do que com esse elevador em si. Então, logo saímos.
— Acho que vou vomitar — Eu disse e ele gargalhou.
— Não vai, você tá ótima — Ele disse me abraçando de lado.
— Vou ficar com trauma de elevador. Nunca mais uso um — Eu digo.
— Não esquece que você mora em apartamento — Falou me fazendo revirar os olhos.
Minhas pernas ainda estavam bambas, mas eu conseguia andar.
— Você vai ali comigo, nem protesta — Gabriel disse me puxando.
— O que? — Eu disse me equilibrando para ficar de pé.
Quando nos aproximamos, estava escrito bem grande "Star Wars – Launch Bay ".
— Ah não acredito, Gabriel — Eu disse e acabei rindo — De novo não.
— Vamos lá, amor — Ele disse sorrindo.
— Vamos — Eu cedi e sorri pra ele.
Era impossível resistir ao sorriso tentador dele.
Nós entramos e como todo lugar daqui, esse aqui também era enorme. Tinham alguns personagens do filme por ali – e alguns me davam medo –, lugares para tirar fotos e até mesmo lojas de produtos. E advinha?! Gabriel comprou uma caneca de porcelana e um sapato. Sim, um sapato. Mais alguns minutos e saímos daquele lugar.
Passamos mais algumas horas aproveitando várias atrações e brinquedos – não tão alto – da Disney e infelizmente chegou a hora de ir embora. Estávamos já em frente a Main Street, quando Gabriel me abraçou de lado.
— Vamos almoçar e depois vamos para o Parque da Universal — Ele disse e eu sorri assentindo.
O dia só estava começando.
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