Dou um tapão na arma. A arma cai no chão. Ele tenta pegar de novo, mas eu sou mais rápido e faço um golpe de Taekwondo, ele cai no chão, perde o ar e eu subo em cima dele, começo a enchê-lo de socos, quando o supercílio corta eu paro. Levanto, dou uns chutes nos testículos dele, no rosto e na costela.
Tiro a blusa e pego a arma, jogo ela no mar.
- Vamos embora. Nem liguem para a polícia. - eu falo.
- Por que? Você é idiota? - a amiga da S/N pergunta.
- Só não liguem, entenderam? - digo. Eu estava com medo de virem atrás de mim.
- Verdade, melhor não. - Jackson diz.
A S/N estava meio em choque, todos estavam.
Saímos da praia. Paro na calçada onde tinham várias pessoas e falo para a S/N...
- Ei, ei... Está tudo bem. - seguro em seus braços.
Ela não diz nada, apenas me puxa me abraçando. Pela forma que me abraçava ela estava com muito medo.
- Vou levá-la para casa, pode ser?
- S-sim. - ela diz gaguejando.
Fomos andando até a casa dela, e a amiga dela iria dormir lá. Ela já estava mais tranquila.
- Está tudo bem? - pergunto.
- Sim. Muito obrigada, muito obrigada por não ter deixado aquele homem fazer algo. - ela diz.
- Eu nunca deixaria ele fazer algo com você. - digo e dou um abraço nela. Ela me dá um beijo e entra em casa. Então eu e o Jackson voltamos para o hotel.
- Que noite, hein?! - ele diz.
- Pois é... Acho que já vou dormir, está bem?
- Eu também vou. Tchau, Mark!
Subo para o meu quarto e durmo. No dia seguinte, acordo, me troco, encontro Jackson e o pessoal. Como sempre, mesma rotina.
Não contamos para ninguém sobre o acontecido de ontem. Jackson já estava de boa e eu também.
Partimos para a praia, mas dessa vez Luíza foi no mar comigo, ficou na minha cola o tempo todo apesar de ter me xingado muito ontem.
Até que vejo S/N na areia.
- Já volto, pessoal. - eu falo saindo do mar.
- Aonde vai? - Luíza pergunta.
- Na areia. - respondo e vou correndo para fora do mar para ela não me seguir.
S/N não tinha me visto, ainda estava meio longe, ela estava meio longe.
- Oi. - eu falo me aproximando.
- Oi! - ela responde surpresa.
- Está melhor?
- Sim, e obrigada mais uma vez. - ela finaliza me dando um abraço.
- E aí, vai me levar para aquele lugar? - eu pergunto mudando de assunto.
- Vamos, agora, ok? - ela pergunta entusiasmada.
- Pode ser. - respondo de volta e dou um sorriso.
Então começamos a andar na mesma direção que era para ir às dunas. Passamos das dunas, ou seja, era muito longe. Chegamos na ponta extrema da praia, só tinha mar e uma "floresta". Nessa floresta tinha uma estradinha.
- Nós vamos ter que entrar aí? - eu pergunto com receio.
- Sim, mas relaxa, você vai gostar. - ela pega na minha mão e vai me puxando.
Quando ela fazia isso era uma sensação inexplicável.
- Não, Mark! Você é coração de gelo. Não se deixe levar. - digo à mim mesmo em pensamento.
Fomos conversando de mãos dadas. Pela primeira vez eu não estava incomodado de andar assim.
Eu percebo que nós estávamos subindo o "morro", mas era cheio de árvores, parecia uma floresta. Chegamos numa parte que não tinha como passar, porque não tinha o fim da trilha. O resto estava do outro lado e tinha um abismo no meio, era um buraco, e eu tinha medo de altura. A trilha estava faltando uma parte, era um buraco, se você caísse morreria, e na "parede" que tinha um paredão do lado era de pedra e tinha uma corda em horizontal para você passar daquele jeito para o outro lado.
- Você está brincando, não é? - eu pergunto indagado.
- Está com medo? - ela pergunta rindo de mim.
Ela estava de brincadeira comigo.
Pego a corda e vou passando pela pedra. Aquilo era realmente muito tenso, era pequeno tipo uns 5 metros, mas dava medo. Caiu, morreu. Consigo passar. Ela passa na maior calma.
- Medroso. - ela diz pra mim e ri. Olho para ela e dou uma risada.
Fomos seguindo caminho, era meio longe. Chegamos em uma parte que era incrível demais. Havia uma pedra que se você ficasse nela, você olhava para frente e só via mar, apenas mar, tudo mar. Apenas para trás que tinha a floresta, o resto era mar, era lindo demais.
Ela senta na pedra, pega o celular e coloca uma música - Eyes, Nose, Lips -, sento do lado dela e ficamos escutando essa música olhando para o mar, ela apoiada em meu peito, mãos entrelaçadas. Ficamos escutando a música e olhando para o horizonte. A noite era tudo negro e parecia uma junção, céu e mar. De dia, era tudo azul, a junção perfeita, céu e mar.
Ficamos nos beijando ao som de Taeyang.
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