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História Living a Normal Life - Suíte 14


Escrita por: brunacezario

Notas do Autor


Antes de qualquer coisa gostaria de agradecer a cada uma vez vocês por terem me acompanhado em mais essa parte da fic. Obrigada as que me acompanhavam em I Can Change por continuarem me acompanhando nessa. Obrigada a quem conheceu a fic só depois e seguiu com a gente. Obrigada por cada comentário, seja os sem palavras ou os textões. Obrigada pelos surtos em caps lock, pelas ideias, pelas perguntas de "quando você vai postar o próximo capítulo", pelas ameaças, pelas gargalhadas que vocês me fizeram dar com a farofa que faziam nos comentários, ainda mais por causa das trollagens que eu fiz, melhores pessoas para se trollar <3 e obrigada pelo carinho com a autora.

Nunca na minha vida eu pensei que postaria um capítulo de 10 mil palavras e receberia tanta coisa positiva. Aliás... Eu nunca pensei que rolaria pedido de capítulo de 10 mil palavras, quando eu passei das 7 mil pensei que vocês iam dizer que eu tava doida e que era pra eu ir com calma, mas não... Vocês sempre deixaram com que eu escrevesse e eu sou muito grata por isso. Por isso resolvi seguir com a terceira parte que eu já tinha pensado desde o segundo que comecei a escrever Living a Normal Life. Por que vocês me inspiram a escrever, me apoiam a escrever e entram na história junto comigo. Continua sendo escrever um prazer para todas vocês e eu não vou cansar de repetir nunca que vocês são as melhores leitoras que tenho/tive desse tempo todo que escrevo.

Obrigada mesmo <3

Ótima leitura!

Capítulo 30 - Suíte 14


- Quando eu tinha 20 anos me perguntaram o que eu fazia para viver, eu respondi "escrevo". Lembro que eu estava tomando café em uma lanchonete próxima ao lava rápido em que eu trabalhava. Eu havia largado a faculdade porque nada lá me interessava, eu passava todas as aulas escrevendo. Eu não queria cursar letras. Não queria cursar literatura e muito menos engenharia como era o sonho do meu pai. Quando ele ia entender que eu era de humanas? - o tom brincalhão de Devon fez com que todos rissem. - Você entende agora, não é pai? - o homem que estava a alguns centímetros de Devon assentiu com um sorriso orgulhoso fazendo com que Devon sorrisse também. - "Eu trabalho em um lava rápido, isso paga as minhas contas, mas para acordar de bem com a vida e ter vontade de viver nesse mundo, eu escrevo", foi o que eu respondi para a senhora que me servia o café quando ela perguntou se escrever enchia barriga. Escrever sempre foi o grande amor da minha vida. Desculpa mãe. - mais risos foram ouvidos e a mulher só fez um sinal de "deixa pra lá". - Sempre que eu terminava um capítulo de um livro o único desejo que eu tinha era que aquelas palavras chegassem ao máximo de pessoas possíveis. Eu nunca quis ser famoso, eu só queria contar histórias porque uma vez na aula de literatura a professora disse que nós não escrevemos para nós mesmos e sim para outras pessoas. Sempre que alguém estiver lendo algo, nem que seja uma única frase, vai fazer diferença na vida dessa pessoa. Eu só queria isso, e duas loucas que não tinham nem o nome para a editora ainda... É, vocês acharam mesmo que eu não sabia que a Nicky inventou aquele nome na hora? - as duas só deram de ombros com uma expressão de "eu não sei do que você está falando". - Essas duas me deram bem mais do que eu imaginei. Minha história está sendo contada pelo mundo e eu tenho fãs que se dizem apaixonados pela minha escrita e me fizeram perceber que não tem problema eu ser conhecido. Na verdade é bem legal porque eu posso conversar com eles sobre a frase que fez a diferença na vida deles e o que eles esperam em uma história de amor. Além dos diversos pedidos de casamento que recebo. - mais risos. - Isso aqui não é para mim. - ele ergue a placa em formato de livro. - e sim para as duas loucas que acreditaram em mim, cumpriram todas as promessas que me fizeram e não me demitiram quando comecei a enlouquecê-las na época do lançamento do livro. Alex. Nicky. Obrigado.

Toda a sinceridade e bom humor de Devon fez com que ele fosse aplaudido mais do que normalmente as pessoas eram aplaudidas quando recebiam aquele prêmio.

Piper que estava sendo abraçada por trás pela Alex, ouvindo o discurso do Devon, com um sorriso de orelha a orelha, virou-se para a noiva e lhe deu um beijo, como se dissesse o quanto estava orgulhosa dela.

Só três dias haviam se passado desde a ponte e era como se elas não tivessem quase terminado de vez. Alex ainda tentou insistir na sua ideia de deixar a Floresta Encantada para Nicky. Procuraria outro emprego ou voltaria a trabalhar na PoPi. Depois de muita discussão, Piper conseguiu convencê-la de que não precisava ser tão extremista assim. Que a Floresta Encantada era o lugar em que havia se encontrado e que ela não seria feliz trabalhando em nenhum lugar que não fosse lá. Não queria ter o amor de Alex e não vê-la feliz. Isso acabaria destruindo as duas de qualquer forma.

Com os olhos verdes da morena brilhando após ouvir todo o discurso de Devon, e o sorriso orgulhoso, emocionado e feliz pelo sucesso de seu primeiro trabalho como editora, Piper percebeu que estava certíssima quando não permitiu que Alex desistisse da editora pelas duas.

Alex agradeceu mentalmente e com a retribuição do beijo por isso. Sentia que não seria mesmo feliz trabalhando em outro lugar. Ser editora era o que ela gostava de fazer. Só precisava seguir o seu discurso da semana anterior que ela conseguiria ser esposa, mãe e editora da Floresta Encantada, necessariamente nessa ordem, pelo menos até ter seus filhos e perceber que a maternidade sempre vem em primeiro lugar.

E ela seguiria.

Se o casal do pop estava trocando beijos com o fim do discurso, Nicky e Jessica trocaram olhares.

As ex-namoradas não conversaram direito desde o término. Mesmo no dia anterior quando foram a última prova do vestido, o máximo que trocaram foi um "oi". Nicky queria dizer algo, queria conversar com Jess porque estava odiando aquele clima que ela mesma criou. Só que, independente do que tivesse a dizer, ela sabia que não seria o que Jessica gostaria de ouvir, portanto ficariam na troca de olhares pelo resto da vida ou até as coisas milagrosamente voltassem ao normal e elas pudessem ser amigas novamente.

Tem gente que nasceu pra ser tonta, não é verdade?

Do salão no térreo do hotel que aconteceu a premiação, alguns convidados foram ao terraço para uma pequena festa que Alex e Nicky haviam organizado em comemoração ao prêmio.

- Espero que vocês não estendam a lua de mel, pois o meu próximo livro não vai se lançar sozinho.

- Ao invés de se preocupar com a minha lua de mel, você deveria se preocupar com seus próximos livros. Eu só vou chegar perto daqueles livros novamente quando você reescrevê-los.

- Eu tinha 16 anos! – respondeu ofendido. – Você mesma disse que as histórias são boas.

- As histórias... – enfatizou. - Mas aquela escrita não ia fazer sucesso nem em fanfic. – Devon nada respondeu, mas a expressão de ofendido permanecia. Alex soltou uma risada. – Oh meu Deus! Você escrevia fanfic sobre quem?

- Você nunca irá saber. – respondeu em tom sério. – E não se preocupe, quando você voltar da lua de mel o meu terceiro livro estará reescrito.

- Eu espero que você não fique me ligando...

- E nem mandando mensagem. – completou Piper.

- E nem mandando mensagem. – repetiu. – Senão nós teremos um problema. Se quiser enlouquecer alguém que enlouqueça a Nicky.

- Não se preocupem, vocês não vão ouvir falar de mim durante toda a lua de mel. Eu vou enlouquecer a Nicky do jeito que ela merece.

- Você já me enlouquece. – Nicky entrou na conversa. – O nome da sua nova turnê deveria ser “Micão Tour” porque é só isso que você faz no twitter. Como passar boa impressão nas redes sociais da Floresta Encantada quando os próprios autores não se dão ao trabalho disso? – passou o braço pelos ombros de Devon. – Não tenta mais criar hashtag para divulgar o seu livro não. Deixa isso comigo, é o meu trabalho.

- Tem uma semana que você está me dizendo a mesma coisa. – respondeu em tom de tédio. – Eu já entendi!

- Eu só vou parar de dizer isso quando eu não tiver medo do que você vai postar toda vez que eu te ver online no twitter.

- Vocês me tratavam melhor quando eu ainda não havia fechado com a Floresta Encantada.

- Você nos enlouquecia menos quando não havia fechado com a Floresta Encantada. – respondeu Alex. – Obrigada. – completou com um sorriso doce.

- Por enlouquecê-las ou por ser o primeiro autor de Best-seller da Floresta Encantada? – perguntou em tom convencido.

- Talvez você não possa ter lido o seu contrato, mas lá tem uma cláusula que diz: “Se você virar estrelinha nós vamos te demitir e foda-se seus Best-sellers”. – Nicky mandou um sorriso cínico para Devon.

- Eu tenho quase certeza que não tem a palavra “foda-se” nessa cláusula, mas eu li sim. – abriu um largo sorriso. – Obrigado vocês duas.

- É... Não vamos ficar sentimentais. – Nicky olhou em sua volta. – Cadê as bebidas? Isso não é uma festa?

- Alex Vause?

A morena ao ouvir seu nome, se virou para ver quem perguntava por ela e se deparou com dois policiais. A sua expressão de não estar entendendo absolutamente nada era idêntica a de Piper. Não fazia a mínima ideia do motivo daqueles policiais estarem perguntando por ela.

- Sou eu.

- Você está presa.

Ao ouvir aquelas três palavras a morena não deixou de lembrar da primeira vez que foi presa. Ainda sentia calafrios ao ouvi-las e naquele dia não foi diferente. Por alguns segundos a sensação de que sua vida havia acabado tomou conta de si novamente.

O olhar de Piper vendo aquela cena era de completa confusão. Que porra estava acontecendo? Por que Alex estava sendo presa? Será que elas não iam ter um segundo de paz? Pelo olhar que a noiva lhe mandava parecia que ela não fazia a mínima ideia do motivo também.

- Será que você poderia dizer o motivo da minha cliente estar sendo presa? – interveio Michelle antes que um dos policiais pudesse algemá-la.

- Sim, senhora. Ela está sendo presa por roubar o coração da Piper.

Em um piscar de olhos os policiais estavam somente com uma sunga vermelha e uma música da Rihanna começou a tocar. Alex foi levada até uma das cadeiras que magicamente haviam aparecido no meio do térreo e um dos “policiais” começou a dançar sensualmente para ela.

Nos primeiros segundos Alex ficou sem entender absolutamente nada. Não sabia se ficou mais desnorteada por ver os rapazes tirando a roupa com uma velocidade que nenhuma pessoa normal conseguiria ou pelo susto de achar que estava sendo presa novamente, sendo que dessa vez ela não havia feito absolutamente nada ilegal. Na realidade ela nunca havia andando tão dentro da lei como nos quase dois anos que estava solta.

Ao recobrar a consciência, depois de ter assimilado tudo que havia acabado de acontecer, ela passou a olhar a cena em sua frente completamente horrorizada. Que visão do inferno era aquela daquele homem – que era bem bonito por sinal – fazendo uma dança sensual para ela? Ainda mais por todo o volume naquela sunga vermelha. Cada vez que o rapaz se aproximava dela e levava uma das pernas até o encosto da cadeira como parte de sua performance era uma careta que ela fazia e se encolhia toda na cadeira. Em uma de suas viradas para não ficar encarando a sunga do rapaz, encontrou Piper sentada em uma cadeira de seu lado e parecia estar apreciando bem mais a dança do que ela.

Passado o choque de que sua noiva não estava sendo presa e que o universo não estava tirando uma com a sua cara, Piper também foi puxada para se sentar em uma cadeira e receber uma dança sensual, e diferente de Alex, ela estava realmente apreciando aquilo.

- Que porra que é essa? – foi a única coisa que Nicky conseguiu dizer ao terminar de assimilar o que tinha acabado de acontecer.

- Será que alguém poderia...? – Alex pousou sua mão no abdômen do stripper com o intuito de empurrá-lo levemente para bem longe dela, mas o rapaz entendeu que ela estava entrando na brincadeira e usou a sua mão para passar em todo seu abdômen bem definido. – Oh Deus! – disse fazendo uma careta.

- CADÊ AS MINHAS STRIPPERS? – berrou Nicky. – Não foi isso que eu pedi! Que porra que está acontecendo? Vocês erraram de festa, caralho? – olhou para o seu lado e encontrou uma Polly que daqui a pouco ia passar mal de tanto que gargalhava com a cena que estava vendo. – Você... – disse com um tom de voz mortal a encarando com os olhos cerrados. – Você sabotou a minha despedida de solteiro sua vadia.

Polly só deu de ombros, com um de seus sorrisos mais perversos.

- Chegamos bem na hora, Barbara. – disse tia Nancy com um imenso sorriso ao ver os strippers. Agora não tinha somente dois, mas sim cinco strippers fazendo uma dança sensual para as mulheres. – Que desperdício é esse? – puxou Alex da cadeira. – Ela é lésbica, não gosta dessas coisas não. – Alex disse um “obrigada” sem emitir som. Totalmente aliviada por terem a livrado daquela dança, coisa que Nicky deveria ter feito. Grande madrinha tinha arranjado. – Mas a tia aqui – sentou-se na cadeira. – gosta e gosta muito. – deu um tapa na bunda do rapaz. – Faça o seu melhor, meu coração aguenta!

- Piper pode saindo dessa cadeira. – puxou a noiva pelo braço. – Se eu não posso ter mulheres dançando para mim, você não pode ter homens.

- Mas... – fez um beicinho, ainda mais quando viu que Barbara havia roubado a sua cadeira. – Alex!

- Que porra é essa? – perguntou Alex a Nicky. – Se era pra fazer uma despedida de solteiro dessas era melhor a gente ter ficado em casa comendo pizza.

- A culpa não foi minha, a Molly sabotou as minhas strippers.

- Por que ela é uma ótima amiga e madrinha. – mandou um sorrisinho para Nicky. – Muito obrigada, Pol.

- Você fez isso por que queria se vingar de mim. Vai ter volta Holly. – disse em tom ameaçador. – Melhor dormir com um olho aberto e outro fechado.

- Continue mesmo me ameaçando que semana que vem você será deixada no altar. – disse tranquilamente.

- Você não faria isso.

- Só me irrite. – mandou um sorriso cínico para a morena.

- Oh meu Deus! – Jessica olhava para a cena em sua frente horrorizada. – Minha mãe, a melhor advogada criminalista de Nova York, recebendo uma dança de strippers, eu não... – balançou a cabeça em negativo. Por mais que tentasse tirar sua atenção daquela cena, não conseguia. – Por quê?

- Por que pergunto eu. – disse Piper com a cabeça caída para o lado, com uma careta olhando para a cena em sua frente. – Por que vocês chamaram as minhas tias? Tem algumas coisas que nós não precisamos ver.

- Às vezes eu queria que minha mãe fosse lésbica. – confessou Nicky, com uma expressão de espanto ao ver que sua mãe que estava dançando para o stripper. – Ou que ela não fizesse essas coisas.

- Obrigada por não convidarem a minha mãe. – disse Piper. – Um trauma a menos na minha vida.

- Quando as strippers vão chegar? – perguntou Devon juntando-se a conversa.

- Não vai ter strippers. – Alex e Nicky responderam em tom desanimado. – A Molly sabotou a despedida de solteiro. – completou Nicky.

- Como assim? Ela nem sabia! – exclamou indignado. - Eu te ajudei a escolher as strippers. Por que você fez uma coisa dessas Dolly?

- Um dos motivos, com toda certeza, é vocês não saberem o meu nome. – respondeu em tom debochado. – O outro é que eu não ia perder a oportunidade de filmar Alex em um momento hetero. – balançou seu celular, com um sorriso. Alex a encarou com uma expressão completamente chocada. – Talvez eu coloque no youtube e o vídeo se torne viral que nem aquele de você e a Nicky dançando Taylor Swift em cima do balcão do bar.

- Eu te odeio. – disse Alex entre os dentes.

- E Devon, deixa eu te dizer uma coisa. – disse Piper. – Você só é o padrinho desse casamento porque os amigos da Alex têm cara de criminosos ou de quem não iam chegar no horário da cerimônia. Então, por favor...

- A Nicky é madrinha desse casamento. – observou. – E todas vocês são criminosas!

- Ex-criminosas! – corrigiram.

- Eu não sou e até hoje não sei o que faço nesse ciclo de amizade. – disse Polly.

- Que horas as strippers chegam? – perguntou Cal.

- Não vai ter strippers. – Alex, Nicky e Devon responderam em tom desanimado.

- A Polly. – concluiu Cal fazendo uma careta e todos assentiram. Polly com um sorriso vitorioso. – Eu deixei a Neri receber uma dançada para nada? – balançou a cabeça em negativo. – Vocês não sabem organizar uma despedida de solteiro.

- Jess, eu peço desculpas por não ter te chamado para ser madrinha desse casamento junto com a Polly. Esse casamento terá os piores padrinhos e a pior madrinha.

- Está falando de você, Molly. – disse Nicky com um sorriso de canto de rosto. – Não tem strippers, mas tem bebida nessa despedida? Ou você trocou a vodca por água?

Polly fez um sinal com o dedo e em menos de 30 segundos um garçom apareceu com uma bandeja com várias taças de champanhe em cima. Após todos já estarem com suas respectivas taças, Polly ergueu a sua, indicando que iria fazer um brinde.

Alex já ficou esperando o pior dos discursos. Polly ainda não havia a desculpado, e depois que soube que Piper a perdoou por tudo – o que não era surpresa -, diversas vezes a morena deixou bem claro que por ela, Piper não a veria nunca mais, entretanto apoiaria a amiga em qualquer coisa que a fizesse feliz. Às vezes Alex não sabia se algumas das provocações vinham com um fundo de verdade ou se eram somente provocações como as que estavam acostumadas a fazer. Por via das duas, a editora da Floresta Encantada ficava na dela, esperaria Polly voltar a ser amiga dela.

- Você é uma idiota! – nenhuma surpresa no começo do discurso. – Mas é a idiota que faz minha melhor amiga feliz, então... – ergueu um pouco mais a taça. - Que vocês continuem juntas até semana que vem e se casem logo porque eu não aguento mais toda essa palhaçada. E meu presente de casamento é a sala reformada da Piper. A felicidade de Vauseman!

- A felicidade de Vauseman!

As taças foram tintiladas. Não precisavam de um discurso mais sincero que aquele, entretanto esperavam que o discurso no dia do casamento fosse melhor para ficar bonitinho no DVD.

Certo.

Quem estavam querendo enganar? Com Polly, Nicky, Cal e Devon como padrinhos do casamento, o discurso ia ser o mais vergonhoso da face da Terra.

Até preferiam.

Seria um discurso único que nem todo o relacionamento delas.

Com o fim do brinde, Alex puxou Piper para a pista de dança. Se aquela era a despedida de solteiro delas, aproveitariam e se divertiram o máximo.

Ficaram tão vidradas uma na outra, trocando olhares, sorrisos e beijos que demorou um tempo até perceberem que os convidados haviam se juntado a elas na pista de dança.

No final das contas, mesmo com a ausência das strippers – e a visão de tia Nancy, tia Barbara, Michelle e Marka colocando dinheiro na sunga dos rapazes -, a festa foi divertida. Estavam rodeadas de pessoas que amavam, e que elas sabiam que sempre estariam lá por elas, não precisavam de muita coisa para fazer a semana antecedente do casamento memorável, como era a proposta da Nicky desde que resolveu dar aquela despedida de solteiro.

***

Os convidados aquela altura da madrugada já se dividiam entre bêbados na pista de dança e bêbados no mini bar montado no terraço.

Só Jessica que não fazia parte de nenhum dos dois grupos.

Depois de um bom tempo dançando e/ou bebendo, Nicky percebeu que a ex-namorada não estava mais na pista da dança. Encontrou-a encostada no parapeito do terraço, bem afastada de toda aquela barulheira de música, misturada com conversas e risos, provavelmente perdida em seus pensamentos.

 Ainda não sabia o que dizer a não ser o que Jessica gostaria de ouvir – se é que ela ainda gostaria de ouvir -, mas odiava vê-la isolada daquela forma e odiava mais ainda o clima que estava entre as duas. Resolveu por se aproximar e tentar uma conversa, talvez conseguisse pensar em algo para dizer.

- Você não precisa fazer isso, Nicky. – fechou os olhos, balançando a cabeça em negativo.

Era assustador como conseguia sentir Nicky se aproximando mesmo sem ela dizer uma única palavra ou fazer algum barulho.

- Eu sei... – encostou-se no parapeito ao lado dela. - Mas eu precisava tentar.

- O que você quer de mim, afinal? - o tom era exausto, quase uma suplica. Virou-se para olhar Nicky. Algo que a loira no mesmo momento preferiu que ela não tivesse feito, pois pôde ver em seu olhar o quanto ela estava magoada. - Veio perguntar se ainda podemos ser amigas? - o silêncio de Nicky não era uma das respostas que Jessica queria ouvir - ou não ouvir -, ainda mais por ser um "sim" para sua pergunta totalmente irônica. Soltou um riso, completamente incrédula. - Se você quisesse a minha amizade não teria destruído o meu coração. Se você quisesse continuar sendo minha amiga não teria transado comigo.

- Ando ouvindo muito isso esses últimos dias, como se eu tivesse obrigado você a transar comigo.

- Eu não vou fazer isso. - balançou a cabeça em negativo, se afastando do parapeito. - Você não vai terminar de fazer isso.

- Terminar de fazer o que? - perguntou realmente sem entender. - Por que todo mundo me trata como se eu fosse a vilã da história? Eu só antecipei o inevitável.

- Isso! - fez um gesto com a mão apontando para Nicky. - Terminar de fazer isso! Não venha usar seu problema de comprometimento para justificar o que você fez. Não tem justificativa, ainda mais quando você disse que não ia a lugar nenhum.

- Eu tentei, tudo bem? - Jessica riu, completamente incrédula com o que ouvia. - Mas você vivia dizendo que estava dentro desse relacionamento, mas você estava mesmo?

- Ah agora a culpa do nosso término é minha? - o tom era de indignação. - Desculpa se eu era uma ótima namorada. - completou ironicamente.

- Você jamais iria desistir de casar e ter filhos e eu nunca iria privar você disso. Talvez você não acredite, mas eu quero vê-la feliz.

- Uma pena você ter esquecido de perguntar se eu queria ser feliz com qualquer outra pessoa que não fosse você.

Pela primeira vez, de todas as brigas e discussões que haviam tido, Nicky não conseguia encontrar no olhar de Jessica aquela doçura por trás de toda a raiva e indignação que estava sentindo. Olhando aqueles olhos verdes ela só conseguia ver alguém destruída e aquilo fez com que até a menor veia de seu corpo doesse. Ela era a causadora daquilo. Por mais que tentasse fugir ou tentasse fazer com que ela achasse que não, sempre causaria dor as pessoas que amava.

Ela só não conseguia enxergar que se escondia atrás dessa mentira. Ela não era mais essa pessoa. Provara isso diversas vezes desde que se viu apaixonada por Jessica, o único problema era que ela tinha medo de mergulhar de verdade nisso. Tinha medo de ser ela a pessoa que sairia magoada por ser a primeira vez que se deixava ir fundo em seus sentimentos.

Ao ver Jessica dando as costas como forma de dizer que aquela discussão estava encerrada, e elas estavam realmente acabadas, Nicky sabia que se ficasse calada poderia a perder para sempre e se falasse algo poderia sentir como era ser magoada.

- Você não percebe que eu estou fazendo isso por que eu te amo?

Jessica parou no meio do caminho, assimilando o que tinha acabado de ouvir. Aquilo era mesmo sério? Nicky tinha acabado de dizer as três palavras? Passou a mão pelos cabelos, soltando um riso de nervoso e virou-se.

- Eu acho que é um pouco tarde para isso.

Não era o que Nicky esperava ouvir, ainda mais com todo o tom indiferente que Jess usou.

- Eu não estou pedindo para você voltar para mim, eu só estou... - encolheu os ombros, ela não sabia o que estava fazendo quando resolveu dizer as três palavras. Quando percebeu já tinha saído.

- Eu vou embora, Nicky. – soltou o ar que guardava em seus pulmões. - Eu me inscrevi em um projeto do hospital que precisa de médicos. Depois do casamento eu estou indo para a África.

Tudo bem. Isso definitivamente não era o que Nicky esperava ouvir.

- Você ia me falar sobre isso quando? - perguntou um pouco desnorteada com a informação. - Por que isso não é uma decisão que se toma da noite para o dia.

- No meu caso foi. - respondeu naturalmente, como se tivesse acabado de dizer que decidiu da noite para o dia ir a Disney. - Eu só preciso ficar longe de você. Talvez quando eu voltar nós podemos ser amigas novamente.

- Você é louca? - foi a única coisa que conseguiu perguntar no auge de sua indignação. Estava assustada com a frieza que Jessica estava tratando aquilo.

- Você vivia espalhando por ai que eu era louca por pensar em ter uma família com você, provavelmente devo ser mesmo.

Sabia que Nicky não moveria um único músculo para ir atrás dela assim que desse de costas novamente. Não por falta de querer, mas sim por ficar sem reação nenhuma com o que ouviu. Agradeceu por estar certa, assim a ex-namorada não pôde ver as primeiras lágrimas escorrendo por seu rosto.

Não estava tratando aquilo com frieza. Cada palavra que saiu de sua boca passou rasgando a sua garganta. Ainda mais por causa do “eu te amo” de Nicky ecoando em sua cabeça. Não esperava por aquilo. Mas precisava aparentar que não se importava, caso contrário não conseguiria seguir com sua escolha.

- Filha? – Michelle segurou Jess pelos braços, fazendo com que a filha parasse de andar. – Está tudo bem? – Jessica só fez um negativo com a cabeça e abraçou a mãe, começando a chorar. Michelle olhou para sua frente e encontrou Nicky distante dali, encostada no parapeito do prédio, com uma expressão desolada. Não precisava ser nenhum gênio para descobrir o que tinha acabado de acontecer. – Vem... – abraçou a filha pelos ombros e começou a direcioná-la para a saída do terraço. – Eu vou levá-la para casa.

***

- Você sabe... – Piper soltou um gemido, quase inaudível pelos beijos que Alex estava distribuindo em seu pescoço. – Nós estamos em um hotel, não deve ser difícil conseguir um quarto. – abriu um sorriso malicioso, puxando Alex para um beijo.

- Se entrarmos em um quarto agora, tenho certeza que vamos perder o nosso voo. – Alex ia avançar nos lábios de Piper novamente, mas a loira a empurrou de leve com a mão. – O que foi?

- Que voo? – perguntou confusa. Não sabia se era o álcool ou se realmente não fazia sentindo o que Alex estava dizendo. – Para onde nós vamos?

- Brasil. – Piper a encarava com confusão. Se o problema era o álcool, com toda certeza era devido as doses que Alex havia tomado, não as delas, pois era a noiva que não estava fazendo sentido nenhum. – Eu acho que merecemos uma pré-lua de mel sem que eu a destrua.

- Alex nós vamos casar na próxima sexta-feira, temos ainda um monte de coisa... – foi calada com um beijo. Até tentou não retribuir, mas aquela altura nada mais lhe obedecia e às vezes parecia que Alex ficava dez vezes mais irresistível quando ela estava bêbada.

- Eu tenho certeza que Polly, Nicky e Jess podem cuidar disso para nós duas. – o tom de voz de Alex estava mais rouco que o normal. Falando daquela forma se Alex a chamasse para lutar em alguma guerra, com toda certeza ela iria. – Vamos só relaxar.

- Eu não sou contra, mas você esqueceu que não podemos sair do país?

- Quem disse que não? – novamente olhares confusos vindos de Piper. – Você não sabia que nós temos a melhor advogada criminalista? Somos duas empresarias de sucesso, vivendo dentro da lei, não estamos mais em condicional. Nós vamos ter uma pré-lua de mel no Brasil e depois vamos ter uma lua de mel em Paris. E nós podemos comemorar nosso aniversário de casamento ano que vem em qualquer lugar que você quiser do mundo.

Piper ficou encarando Alex por alguns segundos para ver se a noiva falaria que tudo aquilo era uma brincadeira, mas ela não disse. Pensou em dizer algo, só que palavras faltavam. A única coisa que conseguiu fazer foi abrir um sorriso, totalmente feliz e agradecida por ter Alex em seu lado e puxar a noiva para um beijo.

Precisavam mesmo de uma semana só delas sem todo aquele estresse do casamento. Ainda mais que elas tiveram mais estresse do que qualquer outro casal e quase não teve casamento. Seria até bom passarem aquela semana longe de toda aquela loucura de Nova York. Se conseguissem casar na sexta-feira passariam por qualquer coisa.

Alex estava sentada em uma cadeira de praia, tomando sua caipirinha. Usava um óculos escuros para proteger seus olhos de todo aquele sol que fazia às 11 horas da manhã, não cansava de ficar admirada com toda aquela paisagem em sua frente. Quando conversou com Jess sobre um lugar fora do país para levar Piper, não deixou de soltar uma gargalhada quando a amiga indicou a Praia do Amor. Se Piper já tinha soltado uma gargalhada quando foi pedida em casamento de joelhos, como ela não reagiria ao saber que iria a Praia do Amor? Claro que aquela não tinha sido a primeira opção de Jessica. Quando ajudou Alex a optar pelo Brasil, passou por muitas das praias conhecidas, entretanto Alex queria algo menos clichê do que ir para o Rio de Janeiro.

Riu mais ainda quando Jess disse que a praia tinha aquele nome pelo mar ter formato de coração, mas após ver as fotos do lugar, e o hotel que ficava “dentro” da praia, não existia a menor possibilidade do destino delas não serem naquela praia.

Iriam para Natal.

Foi acordada de seus pensamentos de como o lugar era lindo, e de como era realmente mais calor do que em Los Angeles – mesmo que o Brasil estivesse na primavera - quando viu Litch correndo pela areia da praia acompanhado de outro cachorro da mesma raça que ele. Olhou para o seu lado e encontrou Piper se ajeitando na cadeira com um imenso sorriso.

- Não me diga que nós temos outro cachorro. – levou os óculos escuros até a cabeça, tentando fazer com que o tom parecesse de suplica, mas estava achando graça da situação. Sua noiva tinha saído da America do Norte para comprar outro cachorro na America do Sul. Ninguém fazia uma coisa dessas, só Piper. – Você disse que só ia ali comprar uma água de coco.

- A culpa não é minha que tinha um pet shop aqui perto. – pegou a caipirinha de Alex e tomou um gole. – Você sabia que os filmes e séries mentem para a gente? – Alex a encarou sem entender. – Nos filmes e nas séries quando as pessoas vão para outros países que não tem inglês como língua nativa todo mundo sabe falar inglês, mas não é verdade. Ninguém do pet shop falava inglês.

- Você conseguiu comprar esse cachorro como?

- Cachorra. – corrigiu. – Ainda bem que existe o Google Tradutor. Eu e o rapaz nos entendemos muito bem graças a ele. – Alex soltou uma gargalhada. Conseguiu imaginar perfeitamente a cena de Piper conversando com o rapaz do pet shop através do Google Tradutor e ficou chateada por não ter presenciado tal cena. – Agora o Litch tem uma namoradinha.

- Eu tenho até medo de perguntar qual é o nome dela.

- Lolita. – respondeu com um sorriso.

- Por que você deu o nome da nossa filha pra cachorra?

- Mas você não tinha dito que não íamos chamar nossa filha de Lolita? – bufou. – Você também não sabe o que quer da vida né?

- Eu não sei o que quero da vida? – perguntou com falsa indignação. Desde que entraram no avião não conseguia fazer outra coisa a não ser sorrir cada vez que Piper fazia qualquer gesto. – Eu pensei que você não me ouviu nenhuma vez quando eu disse que nossa filha não chamaria Lolita.

- Se está achando ruim eu posso mudar o nome dela. Não é como se ela já tivesse acostumado com o nome em 10 minutos.

- Não! – exclamou quase em um grito, fazendo com que Piper a encarasse um pouco assustada. – Lolita está ótimo. Nome lindo para a namoradinha do Litch.

Piper lhe deu um tapa no braço. Sabia que se chamasse a cachorra de Lolita Lúcifer Rogelio ainda assim Alex diria que estava lindo.

A morena soltou um riso e se esticou para beijá-la, sendo atrapalhada por seu celular tocando. Obviamente que ganhou um olhar completamente mortal de Piper e só estava vendo a hora que a noiva levantaria daquela cadeira de praia dizendo que estava indo embora quando Alex resolveu ver quem era.

- É a Nicky. – ergueu as duas mãos, como se dissesse que era inocente. Estendeu a mão com o celular para Piper. – É só a Nicky indignada porque a Jess vai para África depois do nosso casamento.

- Eu ainda não acredito que ela vai para a África. – disse Piper com sua atenção no celular de Alex. – Por que a Nicky teve que ser tão imbecil? – devolveu o celular para a Alex. – Você precisa dar uns conselhos para a sua amiga.

- Ela é sua amiga também e... – o celular notificou. Ao ver a mensagem Alex encarou a noiva com uma expressão de tédio. – Se você esqueceu a Nicky está encarregada dos preparativos finais do casamento, então não a irrite dizendo coisas como: “Se eu fosse a Jess iria para a África e quando voltasse ia fingir que nem te conhecia e ainda voltaria casada”.

- Polly nunca deixaria com que ela estragasse o nosso casamento.

- Quem te garante que a Polly também não vai estragar o nosso casamento?

Piper entreabriu a boca para responder algo, mas a pergunta de Alex fazia sentido, ainda mais depois da última semana que tiveram. Não ia conseguir achar uma resposta para aquilo. Só restava torcer para que a pergunta da noiva não passasse de provocação.

- Nós não estamos em uma pré-lua de mel? – Alex assentiu. – Então por que estamos discutindo sobre quem vai ou não vai destruir o nosso casamento? – levantou-se da cadeira. – Nós temos um quarto de hotel de frente para o mar. – abriu um sorriso malicioso. – Tenho certeza que a cama está louca para que essa nossa pré-lua de mel comece. – mordeu o lábio inferior.

- Litch! Lolita! – os cachorros pararam a brincadeira de perseguição que estavam fazendo e olharam para ela. – Para o hotel, agora! – trouxe Piper para próxima de si e sussurrou em seu ouvido. – Nós duas também. – mordeu o lóbulo da orelha da loira que mordeu seu lábio inferior com mais força. – Vamos!

Ninguém espera que a vida normal seja algo fácil.

Mesmo porque, se parar para pensar, todos nós vivemos uma vida normal. Temos nossos problemas típicos do dia a dia – por mais que aparentem serem enormes. Temos nossas discussões típicas do dia a dia. Temos nossos amigos, família, empregos, compromissos...

Alex e Piper tinham tudo isso e ninguém poderia dizer que elas não estavam vivendo uma vida normal, pois estavam. A única diferença é que elas vieram de uma vida completamente confusa. E com o histórico que tinham era bem improvável que conseguiriam viver uma vida normal fora de toda aquela confusão.

Elas conseguiram.

Mas elas só conseguiram porque estavam juntas. Por causa de todo o amor que as unia e impedia que elas deixassem com que tudo acabasse desmoronando no primeiro problema. Ainda mais quando esses problemas eram de típicas pessoas normais. 

Elas só conseguiram porque tinham uma a outra.

Elas só conseguiram porque elas eram melhores juntas.


Notas Finais


Eu disse que não ia ter casamento, nessa fic. Prometo que trarei o casamento Vauseman para vocês na próxima fic.

Pergunta: Pode ter plot de verdade verdadeira pra Jecky na fic que vem? Tipo rolar alguns capítulos mais focados nelas ou ta bom que jeito que eu estava escrevendo? Por que quando pensei nas duas não imaginei que elas seriam tão bem aceitas, já que Jess não era muito amada, sabe... Mas claro que se escolherem elas terem um plotzinho pra chamar de delas, Vauseman não vai perder o foco, ainda mais com tudo que preparei pra essas duas. Vocês que mandam!

Ia soltar uns spoilers, mas não quero estragar nada do primeiro capítulo de We are Better Together, então só deixarei vocês com isso: O clube das ex-presidiárias vai aumentar.

Ó gente... Como eu disse, a continuação vai demorar um pouco pra sair, mas ela vai sair. Caso querem me ameaçar, me ver falando mal de Olicity, me ver sendo doida, cantando pagode, soltando spoilers de séries e falando mal das brusinhas listradas da Taylor pode me seguir lá no @bruunacezario, algo que eu aconselho não fazer porque vão querer me dar unfollow dois minutos depois, enfim...

Obrigada mais uma vez a todas e espero vê-las na próxima fic <3

https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-orange-is-the-new-black-we-are-better-together-4765924


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