História Living Dreams 2 Temporada - Capitulo 19

Ana POV

E então meu maior presente havia chego. Era como um leitor receber seu livro, um gamer seu jogo e eu estava ali, pegando pela primeira vez minha filha no colo. Sua pele avermelhada com tons branquinhos a faziam ainda mais frágil. Uma boneca de porcelana. Seus olhos ainda fechados e seu cabelinho negro claro me deixava ainda mais apaixonada por ela. Uma vida que eu teria como minha. A protegeria de tudo e todos. A ensinaria ser uma garota educada e não ser feita de trouxa. Ensinar a respeitar e a ser gentil. E acima de tudo, ensinar o que é amor. Ela era definitivamente a joia mais rara que eu ganhei em toda a minha vida.

Amber nascera no mesmo dia e na mesma hora que eu. Antes do parto, Kendall parecia aflito e nervoso. Não consegui passar-lhe confiança e nem proteção. Fui levada para a sala de parto antes de me despedir do meu marido, mas saberia que tudo ficaria bem. Então, quando ele entrou no quarto, eu já tinha Amber comigo. Eu chorava de emoção e ele me encarava e encarava nossa filha.

— Ela nasceu exatamente na mesma hora que eu — falei com lágrimas nos olhos — somos gêmeas.

— Tal mãe, tal filha — ele disse e beijou o topo de minha cabeça e logo acariciei a cabeça da nossa pequena Amber

— Eu ainda acho que ela vai puxar mais para você — disse para ele

— Aposto um milhão de beijos que os olhos vão ser iguais aos seus — falou Kendall e eu sorri.

— Gostei dessa aposta — falei e olhava para nossa filha — Isso é um sonho, Kendall.

— Me sinto honrado em fazer parte dele — falou ele sentando-se ao meu lado na cama

— Você era meu sonho — eu disse — desde o dia do sorvete cupido. Eu nunca tive sorte no amor, até conhecer você.

— Ana — falou e segurou minha mão conforme dava — você é a mulher da minha vida. A mulher que mudou minha vida. Eu te amo. Olha só o que nosso amor conseguiu fazer. Nos dar o maior presente de nossas vidas.

Eu o amava. Algumas lágrimas teimavam em escorrer. Eu estava feliz. Muito feliz. Ele passou o dedo em meu rosto para tentar seca-las. Aquele momento estava se tornando perfeito demais para duas pessoas que se amam. Eu estava fascinada com a reviravolta que minha vida deu. Estava ali pensando em mim e no Kendall quando ouço a porta abrir e vejo uma trupe invadir o quarto. Giovanna foi a primeira a chegar até mim e começou a derramar algumas lágrimas. Pegou Amber, que seria sua afilhada, e ficou encantada. Nathalia e Karol não deixaram de pegar a pequena Amber também e os meninos foram para um canto conversarem. Ora ou outra eu trocava olhares com Kendall e sorria. Todos ali estavam felizes, mas acho que a mais feliz era eu. A mãe mais feliz do mundo, a mulher mais realizada.

Naquela noite, quando levaram ela para o berçário, afinal ela tinha nascido com alguns quilos a menos, Kendall ficou um pouco ali comigo até eu adormecer. Aquela noite eu pude dizer que de fato dormi muito feliz. Tive ótimos sonhos por sinal. Fui acordada pela enfermeira, que tinha Amber em seus braços.

— Olha, eu não sei, mas ouvi falar que a senhorita receberá alta hoje — ela disse me entregando minha filha toda empacotada em cobertores fofinhos — sua filha é realmente linda

— Obrigada, senhora — falei olhando para minha menininha, agora em meus braços

— Me chame de Laís — falou ela

— Ana — falei sorrindo e logo depois abrindo minha blusa para amamentar Amber — Você trabalha aqui a muito tempo?

— Bastante — ela disse me olhando — sabe... a maioria das mulheres que ganham bebê nesse hospital, pelo menos os casos que já presenciei, não sorria como você sorri.

— As vezes não encontraram um verdadeiro amor. Alguém de verdade como eu encontrei. Que me faz feliz, por mais que ele pise na bola as vezes, por mais que ele seja um mané e um bobão, ele é quem me faz feliz — falei — ele me deu esse presente maravilhoso. Nossa filha.

— Que belas palavras, Ana — Laís disse — em quase oito anos, nunca ouvi alguém dizer nada tão sincero assim

— Sou uma mulher de fases — falei e depois ri — sou feliz, apenas.

Então avistei Kendall encostado no batente da porta, sorrindo. Ele parecia ter ouvido a conversa.

— Esse é meu marido de quem te falei, Laís — ela virou-se e viu Kendall vindo em minha direção. Se cumprimentaram e Kendall sentou-se do meu lado na cama

— Ela falou muito bem do senhor — falou ela

— Não sou tão velho para ser tratado como senhor — falou ele — pode me chamar de Kendall.

— Você é da banda famosa — ela disse — como é o nome mesmo?

— Big Time Rush — falei e sorri — é ele mesmo.

— Que sorte a sua, Ana — ela disse e sorriu também

— conheci ele antes da fama — falei e olhei para ele — muito antes

— Nunca pise na bola mocinho — falou Laís — essa menina vale ouro.

Então Kendall me encarou, sorriu fraco e sem mostrar os dentes, abaixou a cabeça, levantou-a uns três segundos depois, olhou para mim novamente, sorriu um sorriso maior e virou-se para ela.

— Ela vale muito mais que ouro — ele disse e corou um pouco

Então Laís saiu e nos deixou sozinhos por uns dez minutos. Ainda era manhã, mas quase tarde. Então ela retornou com o doutor.

— Então, Ana — ele disse— se sente bem?

— Melhor impossível — respondi — você acha que eu não ficaria bem tendo quem eu mais amo comigo?

Peguei a mão de Kendall e dirigi meu olhar para minha filha, que agora dormia num bercinho ao lado da minha cama.

— Então está pronta para receber alta? — perguntou-me

— Você ainda pergunta? — falei animada — Já posso ir então?

— Vejo que não tem problema algum — falou ele — Parabéns novamente

— Obrigada — falei — Muito Obrigada.

Então foi o tempo de arrumar minhas coisinhas e as de Amber e já estávamos saindo daquele hospital, mas agora com Amber em meus braços. Sai daquele hospital e parecia que estava tudo mais bonito. Parecia também que o ar estava mais limpo e eu me sentia até mais leve. Literalmente. Parecia que o ambiente estava mais agradável, até por ser centro de cidade grande. Eu estava amando aquela nova sensação. Amber seria para sempre meus maiores motivos de inspirações e de tudo.

Chegamos em casa eram quase três da tarde. Saímos do hospital para ser exata as duas e dez. Se demorou um pouco? Kendall foi tão cuidadoso no transito que eu até estranhei. Entrei e a primeira coisa que eu reparei foram alguns balões pela sala. Segui diretamente até o quarto de Amber, onde nossos amigos todos esperavam com balões e pacotinhos de presentes. Eu disse pra eles que não precisava. Giovanna que alimento isso de “ lógico que precisa”.

— Eu disse que não era pra fazer nada disso — falei entrando com Amber nos braços.

O quarto estava lindo. Além de azul, tinha uns enfeites rosa e dourado e um AMBER enorme em uma das paredes. Kendall e eu havíamos feito um belíssimo trabalho.

Amber dormiu e nós ficamos conversando até umas cinco, que foi o horário em que eles foram embora, deixando eu e Kendall sozinhos novamente.

— Então tudo o que você falou para aquele enfermeira era verdade? — ele se aproximou de mim

— Sem um pingo de duvidas — respondi

— Interessante — ele fala e se aproxima mais. Ele começa a me beijar e a passar as mãos pelas minhas costas. Acariciava meu cabelo. Eu sabia até o ponto em que ele queria chegar e eu não iria recusar, afinal, já se foram quase um ano. Na verdade, nove meses e alguns dias. Então, quando estamos ali quase nos entregando um para o outro, Amber chora.

— Acho que tem alguém precisando de mim — falo e lhe dou um ultimo beijo

— Não é só ela que precisa de você — ele faz cara de cão abandonado enquanto eu olho por cima do ombro e dou uma piscadinha

— Você pode esperar — falei e mordi os lábios de um jeito sexy, o que deve ter deixado ele excitado. Essa era até a intenção. Então entrei para o quarto de minha filha para amamenta-la e acabei que fiquei ali por mais tempo. Coloquei ela para arrotar e logo ela dormiu, fazendo eu ir para nosso quarto e tomar um belo banho.

Kendall me esperava na cama mas eu juro, estava cansada demais para o que ele queria. Ele até entendeu, mas fez provocações, então eu virei o jogo e depois dormi. Comigo as coisas são diferentes e ele gosta do jeito que eu o domino.