História Living Dreams 2 Temporada - Capitulo 36

*Domingo*

Carlos POV

Sexta feira fora a melhor noite de todas, mas eu queria recordar o jeito que conheci Nathalia. Seria perfeitamente, assim como recordar dos meus dezoito anos com meus melhores amigos. Levei-a até um aeroporto e comprei duas passagens para Londres.

— Onde vamos, Carlos? — perguntou ela — eu tenho trabalho amanhã cedo

— Vamos recordar do nosso primeiro encontro também — falei — vamos à Londres

— Você está brincando — disse ela — Sério?

— Super sério — falei e sorri. Peguei sua mão e logo entramos para a sala de embarque. Nosso voo sairia em menos de meia hora. Fomos fazer o check-in assim que a moça avisou e logo estávamos indo para o avião. Ia ser uma viagem rápida, apenas para nós nos recordarmos de como nos conhecemos. Então em poucos minutos depois que entramos no avião, a aeromoça já começava a transitar conferindo e o piloto já nos informava de certas coisas. Então o avião decolou. Nathalia apenas ficava me encarando e sorrindo. Ora ou outra ela deitava a cabeça em meu ombro e eu amava saber que ela estava ao meu lado e que ela me amava. Eu não suportaria perde-la. Então em pouco tempo estávamos no mesmo aeroporto em que eu falei com ela pela primeira vez. Fomos até o local onde pegavam as bagagens e ficamos olhando, nos lembrando daquele primeiro contato visual e do nosso primeiro Oi. Na verdade, foi ela que quase perdeu sua mala cor de rosa.

— Aqui é o lugar onde tudo começou — disse Nathalia — eu diria assim

— “Eu preciso passar, por favor.. É a mala rosa. Por favor moço, pega pra mim.” — falei exatamente o que ela disse naquele dia.

— Você se lembra até do que eu falei? — ela riu

— Eu ainda tenho raiva daquele homem não ter lhe ajudado — falei — povo insensato

— Mas meu homem me ajudou — ela disse.

Eu puxei ela para mais perto de mim e a beijei ali mesmo. Não me importei em liberar caminho e muito menos com as pessoas em volta. A única pessoa que importava naquele momento era Nathalia.

Depois disso fomos comprar nossas passagens de volta. Eram quase duas da tarde quando fomos comprar. Nosso voo sairia as três e meia. Fomos comer alguma coisa, tiramos algumas fotos. Enfim, nos divertimos nesse tempo juntos. Logo deu o horário de voltar. Fomos para o Check-in e em menos de meia hora estávamos dentro do avião. Nathalia falava com as amigas no grupo pelo celular e eu resolvi falar com os meus também. Amanhã Nathalia trabalharia o dia inteiro. Resumindo, eu iria passar o dia com meus amigos. Não ia ficar sozinho. É chato ficar sozinho. Enfim, o voo foi tranquilo. Nathalia ouvira música durante toda a viagem e eu revisava algumas coisas em meu celular. Ficava vendo nossas fotos e era tão bom. Recordar esse dia foi perfeito.

Chegamos em Los Angeles quase onze horas da noite. James fora nos buscar no aeroporto porque eu pedi. Sou um ótimo amigo. Ele nos levou até nossa casa e logo fora para a dele. Agradeci ao meu melhor amigo e entramos. Nathalia foi tomar um banho. Percebi que nesse tempo sua barriga crescera ainda mais. Estava de quase seis meses e estava mais linda do que tudo. Deitei-me na cama e dormi antes mesmo dela sair do banho. Eu estava mega cansado, assim como ela deveria também estar. Eu só lembro de uma coisa antes de realmente pegar naquele sono profundo. Nathalia sentou-se na cama, debruçou-se sobre mim e deu-me um beijo suave e doce. Ouvi um Eu te amo bem baixinho e meu coração acelerou um pouco. Aquela voz, aquele jeito, aquela mulher tinham um poder enorme sobre mim.

Acordei no dia seguinte com Nathalia correndo pelo quarto desesperadamente.

— O que houve? — perguntei calmo

— Não estou achando minha planilha de fotos — falou ela — eu não estou achando

— Planilha? — perguntei

— Anoto todos os nomes das minhas clientes lá — ela disse — me ajuda a achar, Carlos

Ela estava desesperada. Talvez atrasada. Levantei correndo e comecei a ajudar minha ruiva. Comecei a procurar em todos os lugares possíveis.

— ACHEI — gritou Nathalia — Sabe onde estava? No meu closet. Que burra, meu Deus.

— Você não é burra, amor — falei — Já vai?

— Estou atrasada — ela disse e me deu um beijo rápido

— Comeu alguma coisa? — perguntei

— Não — ela disse — como no caminho. Eu te amo, Carlos

— Eu te amo, Nathalia — falei e beijei-a rapidamente

— Michelle já está me esperando faz quinze minutos — ela disse — pode me buscar hoje?

— Claro amor — falei e vi ela sair correndo. Quando ela fechou a porta, me veio uma coisa e senti que algo iria acontecer. Mas deixei isso de lado. Me troquei e fui para casa do James.

Era como se eu tivesse voltado a minha infância naquele dia. Eu e James sempre moramos juntos. Meus pais são ocupados até nos dias de hoje com suas empresas e seus negócios. James fora como um irmão sempre. Jogamos vídeo game o dia inteiro. Karol fora para casa da Ana passar o dia com ela. Amber que deve ter adorado. Comemos também torta e tinha sabor de infância. Não era nem da adolescência. O dia foi bem legal.

— Para de roubar, James — falei enquanto me ajeitava no sofá logo acabar uma rodada do nosso jogo

— quem rouba é você, anão — ele disse

— Se acha muito só porque é mais alto que eu — falei e empurrei ele de leve

— Mas eu sou — ele retrucou

— Mas não se ache tanto — falei e ri

— Eu posso me achar — James disse e passou a mão naquele cabelo sedoso dele. Aquele topete que eu nunca quis ter.

— Que horas são? — perguntei

— Quase seis — James disse

— Tá brincando? — perguntei — Porra, tenho que pegar a Nathalia no trabalho

— Pode me dar uma carona? — James perguntou — Karol foi com o carro

— Claro — disse

Ele foi trocar sua blusa e então fomos. Deixei ele próximo ao prédio do Kendall e segui para o estúdio de fotografia da Nathalia. Estacionei e fiquei esperando ela sair. Um carro preto estacionou na frente do meu carro e aquilo me deu certo.. medo.

Esperei e nada dela sair. Fiquei ouvindo algumas músicas e de olho sempre na porta. Então vi minha deusa sair dali. Caminhava feito um anjo com aquela roupa neutra e aquele cabelo solto. Então ela começara a me procurar. Não me vira? Então um homem saiu do carro da frente e a pegou. Ela me achara nesse momento e a ultima coisa que eu consegui ouvir foi “ SOCORRO CARLOS”.

Então, com minha paciência um tanto desesperadora eu bolei meio que um plano rápido. Liguei para casa do Kendall e coloquei o celular no viva voz. Fiquei focado no carro para onde ele ia. Cada movimento disperso era perigoso para minha rainha.

— Fala Carlos — Atendeu Kendall — O que manda?

— Preciso de vocês todos — falei — pergunte à Ana se consegue deixar Amber e Luke de ultima hora com sua irmã. É caso de vida e talvez morte

— Carlos, você está me assustando — disse Kendall. Ouvi um “ liga o viva voz”. James estaria lá ainda

— O que aconteceu, anão — perguntou James

— Nathalia foi raptada — falei tentando parecer calmo — eu não sei onde estão levando ela, estou apenas seguindo. Avisem alguma policia e quando eu tiver certeza de um lugar mais próximo eu mando mensagem para o Kendall

— Ai Meu Deus — Ana disse — Calma, vou avisar a Gih

Fora algo muito em cima da hora, mas era tudo para salvar Nathalia. Então vi o carro virar uma rua que eu mal sabia que existia. Seria um beco? Eu não sabia, mas a única coisa que eu fiz foi estacionar. Isso foi meia hora que liguei para Kendall. Nessa altura eles já estariam na estrada? Queria ter algum poder para saber. Mandei mensagem no celular do Kendall.

“ Logo na avenida principal, você continua reto e no ultimo posto de gasolina tem uma rua. Vire. Estou indo para lá agora. Xx, Los”

“ Xx é muito menina, meu Deus. Estamos indo. Xx, Kendall”

“ Então né, Kendall”

“ Força do hábito”

Então liguei meu carro e virei aquela rua. Será que a policia estaria vindo para me ajudar ou eu teria que fazer isso sozinho? Não sei. Entrei a rua e tinha mais duas ruas além dessa. Uma levava de volta para a avenida já a outra eu não sei. Então deixei o carro parado um pouco antes dessa outra rua e fui andando debagar até lá.

— Me solta — ouvi Nathalia gritando — Me solta seu nojento

— Agora aquele seu maridinho não está aqui que nem esteve aquele dia no aeroporto — reconheci aquela voz. Oh cara escroto. Não avancei, apenas estava observando discretamente. Ele alisava ela e aquilo estava me deixando com um ódio mortal. Ele passava a mão nos seios dela e em seu bumbum e aquilo já estava passando dos limites. Ela apenas mantinha suas mãos em sua barriga como uma forma de proteger Jasmine. Então ele partiu para cima dela, obrigando ela a beijar-lhe. Ela chorava e aquilo já tinha mais que passado dos limites. Então ele tentou tirar sua blusa. Vendo que não estava conseguindo, rasgou-a.

— Você vai fazer o que eu quiser aqui, gracinha — ele disse já desabotoando o botão de sua calça

— Tira a calça — ele disse grosso e mandão

— Eu não vou tirar — ela disse — eu não vou fazer o que você quer.

— Ah, você vai sim — ele disse e levou suas mãos imundas para a calça de minha mulher. Ela tentava se soltar, mas ele era mais forte — me obedeça.

Eu não aguentei mais. Ele ia morrer ou apanhando de mim ou atrás das grades.

— SOLTA ELA — gritei — AGORA.

Nathalia me olhou aliviada, mas com medo pois ainda estava sendo agarrada por aquele nojento.

— Olha quem apareceu — disse ele — veio assistir sua mulher transar com outro. Pena que vai ter que ser a força né?

— SOLTA ELA, AGORA — repeti e avancei para cima dele. Ele era nojento e feia a esgoto. Eu queria salvar Nathalia nem que eu me machucasse fazendo isso. Nem que eu morresse fazendo isso. Eu iria morrer salvando o amor da minha vida.