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História Livro 4: O Novo Mundo - Feridas


Escrita por: CarolSea

Notas do Autor


Olá!! Mais um capítulo saindo do forninho... E segura esse forninho, viu!! kkkk...
Espero que gostem.

Capítulo 9 - Feridas


Fanfic / Fanfiction Livro 4: O Novo Mundo - Feridas

 

 

KATARA

 

-Nós voltamos antes das tropas chegarem. – Aang prometeu. Ele, Sokka, Toph e Teo já estavam no Appa. Depois da coroação e dos primeiros decretos reais, houve uma reunião com a tão lamuriosa cerimônia do chá. Foi bem menos desconfortável do que Katara imaginou, os políticos, ao contrário dos Sábios do Fogo, pareciam bem mais respeitosos com ela. Algumas missões prioritárias foram decididas. Para Aang seria procurar o Mecânico que foi o único não encontrado e resgatado da equipe, e levar a ordem de soltura para todas as prisões que mantinham dominadores de terra cativos.

-Por favor, tomem cuidado. – Katara se despedia enquanto levantavam voo. Deveria ser uma missão relativamente rápida, mas imprevistos sempre poderiam acontecer, e a marinha da Nação do Fogo se aproximava mais todos os dias. Era impossível prever o que iria se desenrolar então. Zuko havia mandado um falcão para o tio, informando tudo sobre os últimos dias, mas nenhuma resposta havia retornado, e todos começavam a se preocupar. Mas Katara se recusava a pensar no pior, afinal não ajudaria em nada, e já tinham uma grande lista de problemas para resolver. O melhor a ser feito era se concentrarem neles.  

No dia anterior Aang havia ajudado Zuko com a Azula sozinho, pois ela tinha ficado atribulada a tarde toda se arrumando para a coroação. Hoje contudo, seria ela a ajudá-lo. Suki e as guerreiras os acompanhariam, já que também seria feita a transferência dela para a instituição, e toda ajuda seria bem-vinda. Move-la em segurança era a missão principal discutida e a de mais alta periculosidade, porém, apenas parte das atividades que lhes exigiriam a atenção. Quando se tratava de prisões, aparentemente a Nação do Fogo não tinha concorrência à altura e o plano de Zuko para os próximos dias era rever toda a lista de prisioneiros para que eles fossem devidamente realocados ou soltos de acordo com o que encontrassem. Katara suspirou cansada e seguiu para a Prisão Real.

Zuko já estava lá. Uma aeronave estava posada no pátio à frente, e Katara imaginou que seria o transporte que usariam para levar a princesa. 

-Eles já estão prontos. -Ele informou e Katara viu uma equipe posicionada na lateral da nave. Estavam vestidos de branco e segurando estranhos equipamentos e correntes.

-Você tem certeza? – Ela sabia que aquilo estava causando desconforto em Zuko. E mesmo ela, que sentia nada mais do que aversão por Azula, não sabia se aquilo lhe era devido.

-Vai ser o melhor. Ao menos por enquanto.  

 

As guerreiras Kyoshi estavam de guarda, e se afastaram para Katara dar início ao resfriamento interno da cela. Seria difícil acertar o ponto ideal sem Toph lá, mas uma vez que o chi fosse bloqueado eles estariam seguros. Quando a porta abriu Suki se precipitou e logo a atingiu em seus pontos de pressão. Zuko entrou na cela acompanhando a equipe, mas antes que eles começassem seu trabalho Azula deu início ao seu já típico falatório grogue.

-Humm Zuzu, finalmente com a coroa?! Você devia ir ver o papai, para mostrar o que se tornou! Por que todas estas pessoas estão aqui hoje? Ahh, entendi. Você acha que vai conseguir se livrar de mim? – Mesmo com a voz pastosa e oscilante o tom dela era sempre irônico.

-Você vai ir para uma instituição que vai ajudá-la a melhorar. – Zuko respondeu, afastando-se um pouco para uma moça passar.

-Hahaha... Sempre se escondendo por traz de bons argumentos, mas adivinhe Zuzu? Você é como a gente no fim das contas, só que se fantasia com boas intenções. – Ela tentou se mexer subitamente, os profissionais resistiram, tentando segurá-la. Katara entrou na sala, pronta para ajudar a contê-la também se fosse necessário, porém todas as Guerreiras se precipitaram e a atacaram simultaneamente, outra vez batendo nos pontos de bloqueio.

Azula amoleceu ainda mais, porém continuou rindo desvairadamente, até que de repente...

-Mas o que?!? O que é isso no seu dedo? Sua camponesa imunda! – Ela cospiu. - Você e Zuko... Veja!! Você está vendo? – Azula se virou para um canto vazio, olhando-o como se alguém estivesse ali. -Depois de todos os esforços para elevar a nossa linhagem, depois do papai encontrar você... Ele vai destruir tudo!! Não!! Como pode ficar do lado dele?!  O papai... Zuko vai ver o papai... – A sua voz foi morrendo e dessa vez Katara tinha certeza de que ela estava desacordada. Uma das mulheres havia introduzido uma agulha no braço de Azula e ela foi capaz de reconhecer o efeito da toxina do Shirshu.

 

 

ZUKO 

 

-Está tudo bem? – Katara estava ao seu lado. A aeronave com Azula já havia decolado, e as Guerreiras Kyoshi tinham ido junto para garantir que tudo ocorresse tranquilo e seguro na viajem. Mas Zuko estava longe de estar bem.

-Sim... – Respondeu, e Katara começou a seguir de volta para o palácio. Contudo, ao perceber que ele não a acompanhava, se virou novamente.

-Você não vem?   

- Vou, mas preciso fazer uma coisa antes. – Ele tinha se decidido. Ouvir Azula conversando com a mãe naquele momento de confusão... Não saber o que houve afetava até a ela!  

-Zuko... Você não pode estar pensando em ir vê-lo... - Ela era rápida. Entendeu facilmente o que pretendia fazer. - Isso seria um erro.

- Provavelmente sim. Mas tem uma coisa que preciso perguntar. Uma coisa que já me incomodou tempo demais. – Zuko deu meia volta e recomeçou a subir a escadaria.

-Vou te esperar aqui então. – Ele escutou Katara falando as suas costas. Apenas assentiu, sem se virar para ela.

 

Parado à porta daquela cela ele hesitou por um segundo. Katara tinha razão, aquilo certamente seria um erro... Mas respirou fundo.

-Abram-na. – Zuko deu o comando aos guardas.

O local era escuro e úmido, bem parecido com a cela de Azula, mas diferente da dela, ele precisava apenas de grades simples para o impedir. Ozai se virou lentamente e o encarou.

- Devo-me considerar com sorte, o novo Senhor do Fogo me agracia com sua presença em minha humilde cela de prisão!

-Você deveria se considerar com sorte pelo Avatar ter escolhido poupá-lo. – Nada com Ozai fora fácil, nunca conseguia fazer seu pai realmente o ouvir, e provavelmente aquela vez não seria diferente, mesmo sob aquelas condições... - Me banir foi a melhor coisa que você já fez para minha vida, talvez seu tempo aqui possa fazer o mesmo com você.

-Qual é o real motivo da visita?

-Eu vim fazer você me contar uma coisa. Onde está minha mãe? – Zuko viu Ozai abrindo um grande sorriso sínico ao ouvir aquelas palavras.

-Você devia me trazer um chá, Zuko. Vamos conversar enquanto bebemos chá em copinhos esfumaçantes, da mesma forma que você faz com o meu irmão traidor. Vou te dar conselhos de como se tornar um bom Senhor do Fogo, isso não seria divertido? Quem sabe o assunto da sua mãe não venha a aparecer...

-Isso não é preciso. – Era como o previsto. Falar com ele era inútil, e realmente iria precisar de outros meios para resolver aquela situação... Ele deu as costas para o pai e seguiu para fora da cela.

-Você acha que é fácil ser o Senhor do Fogo? O trono vem com muita pressão, e essas coisas vão mudar você! Mas se resistir ao calor, você se torna algo mais. De todas as pessoas do mundo eu tenho a sabedoria que você precisa, eu tenho a experiência! Seja honesto, Zuko... Você acha mesmo que consegue lidar com tudo sozinho? Você vai voltar, e eu estarei aqui esperando por você, filho. – Ele foi capaz de ouvir enquanto o guarda trancava a cela novamente.

“Eu não estou sozinho, pai.” Ele deveria ter dito. Katara estava esperando por ele, como havia prometido.

-E aí? Como foi? Quer conversar? – Ela parecia apreensiva.

-Podemos. – Ele suspirou cansado. - Quer um chá? – Ela assentiu e eles seguiram em um silêncio confortável até o palácio.

Zuko refletia sobre as palavras do pai. A única coisa que lhe fizera sentido era sob a grande pressão... Mas não era o que lhe interessava vindo dele no momento.  

O líquido estava quente e perfumado, e por uma vez Zuko sentiu que seu tio poderia estar certo sobre o chá, ele realmente poderia ajudar a acalmar os pensamentos.

-Você não deveria ficar conversando com ele, Zuko. Se Azula já o fazia mal...

-Você tem razão. E de toda forma foi inútil para o que eu queria... – Ela a olhava na expectativa que se aprofundasse na explicação, e por algum motivo Zuko realmente estava disposto a falar sobre essas coisas com Katara. – Bom, no dia em que eu resolvi me juntar a vocês... No dia do eclipse... Eu senti que precisava o enfrentar e dizer todas as coisas que me estavam engasgadas há muito tempo... E então, quando eu estava lá ele me disse algo, que bem, nem sei se é verdade ou não... Mas me deu esperança. – Ele fez uma pausa para escolher melhor as palavras. – Ele me perguntou se eu gostaria de saber o que houve com minha mãe, e me falou que ela foi banida...

-Zuko... – Ela entendeu, ela era a pessoa que mais entenderia...

-Sim. Eu a julgava perdida para sempre antes dele falar isso... Rever as listas de prisioneiros também é uma forma para ter certeza que ela não está trancafiada em algum lugar... Mas seria muito mais rápido conseguir a informação direto da fonte. Acho que nem Azula sabe o que houve ou onde ela poderia estar, esses dias eu vinha tentando extrair algo dela... Outra perca de tempo!

-Nós vamos conseguir achá-la. Eu te prometo... – Ela tocou sua mão que estava pousada sob a mesa, o anel de veios escuros realmente atraía a atenção, tinha razão de Azula ter o percebido... Katara estava com aquele olhar decidido, reservado para poucas ocasiões.

-Obrigado. Mas até lá ainda tenho outra coisa para pensar... Sem ter recebido nenhuma resposta do meu tio ainda... Eu devo considerar o pior cenário. – No dia anterior, quando havia se reunido com os poucos políticos que estavam na Capital e não foram presos por traição, Zuko havia ignorado aquele assunto. Mas era claro que, assim como ele próprio, a possibilidade de Zuko não conseguir se manter no poder era o pensamento latejando na cabeça de todos o tempo todo.

-Não, você não deve... Seu tio já passou por tanta coisa, ele está bem, eu tenho certeza...

-Eu não duvido que ele esteja bem, mas algo não está certo... E mesmo que não tenha acontecido nada demais, o desafio a minha autoridade, quando os generais e almirantes chegar, vai ser inevitável.

-Você pensou em algum plano? – Ela se recostou na cadeira, atenta as orientações.

-Eu tenho uma ideia... Não sei se vai funcionar. Mas estou disposto a arriscar...

 

 

KATARA

 

Era final de tarde. Dois dias se passaram e Aang ainda não tinha voltado. A rotina estabelecida tinha sido basicamente ler relatórios das prisões e separá-los.  Não encontrara nem um sinal de algo relacionado a Ursa, a mãe de Zuko. Mas muitos nomes foram relevantes, como Shyu, o Sábio do Fogo que havia os ajudado quando Aang tentou se comunicar com Roku há quase um ano atrás. Katara sugeriu à Zuko que poderiam usá-lo para ajudar a combater a corrupção dos Sábios, e as vezes até convidá-lo a assumir a posição de Alto Sábio no lugar daquele velho horrível.

-É uma boa ideia, devemos considerá-la. – Ele respondeu arfante. Estava o dia todo praticando sua dominação, e só agora tinha se permitido parar, jogando um pouco de água no rosto e se soltando sob o gramado ao lado do pátio de treino.

-Zuko, você tem que pegar mais leve... Ainda não deu tempo para se recuperar totalmente...

-Exatamente! Na última vez que precisamos lutar... Naquele dia da revolta... Eu fui quase inútil. – Ele parou, puxou profundamente o ar e o soltou, tentando fazer a respiração normalizar. Então se colocou sentado para continuar a conversa. – Se eu quero ter alguma chance, tenho que recuperar a forma.

-Você e Mai resistiram contra mais de 20 homens bem treinados... – Ela se sentou ao seu lado. - E eu ainda não sei se esse seria o melhor caminho...

- Tenho que fazer tudo para tentar evitar mais guerra, Katara. Estamos em uma situação que um deslise pode ser a diferença entre paz e uma guerra civil para a Nação do Fogo... Una isso com a situação de tensão que causamos com o resto do mundo, e teremos um grande banho de sangue!

- É, eu sei. E é por isso que precisamos de você. Bem e vivo de preferência... – Zuko iria se expor novamente com aquela ideia... Mas ela sabia que ele tinha certa razão.

-Senhor do Fogo Zuko! / Senhor do Fogo Zuko! – Katara se virou ao ouvir Lo e Li. Elas seguiam apressadas pelo jardim ao encontro deles.

-Qual o problema? – Zuko se colocou em pé novamente em um salto. As velhas lhe passaram uma túnica para vestir e iniciaram a explicação.

-Os vigias...

-Acabaram de informar...

- Que a frota foi vista.

- Estão a poucas horas...

-Da capital.

Ela se pôs de pé rapidamente com a notícia também. Aquilo era terrível! Estavam mais de um dia adiantados, e com Aang longe...

-Obrigado. Quero que avisem as Guerreiras Kyoshi imediatamente, peçam para elas me encontrar na sala do trono em 15 minutos. Katara, os preparativos que pedi ao chefe Hakoda já estão prontos? – Ela assentiu. Katara movera ela mesma os submarinos de Sokka para aquela baía afastada a qual Zuko lhes apontou. – Ótimo.  Se certifique que todos saibam como chegar lá, e peça para que Huu, Tho e Due fiquem em seus postos. A qualquer sinal de confusão vocês devem bater em retirada imediatamente...

-Você quer dizer achar o Aang e voltar com reforços. – Ela o interrompeu. – Não vamos te deixar aqui em meio ao Fogo cruzado sem apoio. – Ele assentiu.

-Por favor, esteja pronta em 1 hora. Temos cavalos-avestruz para todos no estábulo. Deve seguir com eles, para não perder muito tempo na caminhada.

 

Aquilo era embaraçoso. Katara já tinha visto vários cavalos-avestruz, mas nunca subira em um antes.

-Calma, calma. Vamos cooperar um com o outro, ok? – Já estava com todo o pelotão do reino da Terra e com os homens do pai reunidos, vários deles já montados e apostos.

-Katara, precisa de ajuda? – Haru estava na porta da baia observando sua tentativa frustrada de subir no animal.

-Ahh, por favor. – Ela desistiu, se afastando e entregando a rédea para ele.

-Não precisa de ter medo, estes parecem ser muito bem treinados. – Em resposta o cavalo-avestruz tentou lhe bicar o rosto, passando bem próximo, mas Haru conseguiu se desviar a tempo. – Ta legal, talvez esse nem tanto... - Ele o segurou e apontou para o estribo. – Certo, é só colocar o pé aqui e impulsionar. Os comandos você vai pegar fácil, são como os do Appa, só que sem a parte do hiphip. - Ele sorriu enquanto ela se lançou para cima do arreio.

-Obrigada.

-De nada. Vem, vou te puxar até lá de fora, mas depois é só dar um toque na lateral que vai conseguir fazer ele andar. – Haru a deixou logo à frente de onde o grupo se reunia, e seguiu para a própria montaria.

- Atenção. - Katara pediu para os homens. Era estranho estar naquela posição. Geralmente era sempre a via sendo desempenhada pelo irmão ou pelo pai... – Isso é apenas um treinamento, mas devemos levá-lo com seriedade. Ainda hoje é previsto que a marinha do fogo aporte na capital. Zuko vai fazer tudo para manter o controle da situação, mas para garantir a segurança de todos, teremos um plano de evasão. Como alguns já devem saber meu pai está cuidando dos submarinos pelos quais chegamos aqui no dia do Sol Negro. Eles estão em uma baía não muito longe. Faremos o reconhecimento do terreno para que todos sejam capazes de refazer a mesma rota em caso de necessidade. – Ela bateu os calcanhares no seu cavalo-avestruz. Era desconfortável e sacolejava bastante, mas logo julgou ter pegado o jeito.

Todos seguiam em por uma trilha em meio a uma densa vegetação tropical quando Haru se colocou ao seu lado, logo à frente da tropa.

- Katara... Gostaria de fazer uma pergunta. Mas se for muita indiscrição minha... Não precisa responder. - Ele começou, meio nervoso. -Mas... Bem, é sério que você e Zuko vão... se casar? – Katara sentiu seu rosto esquentando. Era a última coisa que esperava ouvir de Haru, e muito menos em meio a um treinamento militar.

-É sim. – Ela estendeu a mão com dificuldade, mostrando seu anel enquanto tentava segurava na rédea apenas com a outra.

-Ahh, bem, me desculpe... Mas é que eu nunca tinha percebido nada... Quer dizer, não sabia que vocês estavam juntos... – Ele se atrapalhou um pouco. – Na verdade, na última vez em que nos vimos, você parecia realmente odiar ele...

-O que eu falei no discurso da coroação, foi sincero. Eu realmente consegui perdoar Zuko. Mas você tem razão não estamos juntos. – Ele a olhou confuso. – Bem, é uma longa história, mas meio que foi um acordo político para ele conseguir ser coroado. – Ela completou, explicando.

- Isso não parece muito justo com você...

- Não é justo para nenhum de nós dois, Haru. Zuko teve que se separar de Mai para isso. – As coisas podiam estar resolvidas e combinadas, mas dificilmente realmente superadas para qualquer um dos envolvidos...  

-Mas agora que ele foi coroado, não poderiam apenas deixar isso para lá? -  Ele sugeriu.

-A situação está complicada. Zuko está sob muita pressão, a base de apoio dele é extremamente pequena e qualquer descuido servirá como desculpa para os cidadãos e o exército se colocar contra seu governo. Não vai agradá-los me ter como a Senhora do Fogo... E essa nunca foi a intensão. Na verdade, isso já é uma tentativa de deixar as coisas piores... Mas quebrar essa promessa, infelizmente, entraria para a lista dos descuidos.  

- Sinto muito. Zuko parece ser uma boa pessoa, mas sei que não era com ele que gostaria de estar...

-Obrigada. – Haru era observador, até mais do que ela podia imaginar, e também um bom amigo. - Mas isso vai ser temporário. Em alguns anos a gente... – Uma súbita rajada de fogo cruzou o ar, assustando todos. A montaria de Katara se descontrolou e disparou.

O animal, perturbado, começou a se enfiar por entre as árvores. Os cipós cortavam-lhe o rosto e era uma questão de tempo até realmente se machucar naquela mata densa. Não havia outra opção a não ser pular e voltar para ajudar os outros. Eram dominadores de fogo, ela tinha certeza... Será que algum dos navios já haviam chegado? Se sim, aportaram escondidos e estavam lhes atacando, isso só podia ser um mal sinal...  Katara viu uma clareira próxima e se preparou. Foi uma queda dolorida, mas ela estava bem, e logo se pôs a correr.

A luta estava caótica na trilha. O fim de tarde aliado com a mata fechada deixava tudo escuro e o que se dava para enxergar era graças aos jatos de chamas e incêndios provocados pelos dominadores. Gritos e brados cortavam o sossego da floresta e o cheiro de fumaça causava ardência nos olhos. Katara já estava com sua água de dobra preparada e um chicote se formando quando tropeçou em algo. Algo não, alguém... Haru estava desacordado no chão, e em meio aos clarões ela viu todo seu dorso chamuscado em carne viva.  

 

 

ZUKO

 

-Zuko! – Suki o chamou subitamente, interrompendo-o em meio as diretrizes que passava. Ela estava próxima a uma das janelas e apontou para algo, parecia realmente muito assustada.

Fogo e fumaça subiam ao longe na mata. E foi com uma pontada de terror que ele notou que vinha de um ponto em que a trilha cruzava...

-Katara! – Ele se pôs imediatamente em movimento. Algo estava acontecendo, e todos poderiam estar em perigo.

-Calma, Zuko! Isso pode ser uma armadilha... – Suki falou enquanto vinha correndo logo atrás.  

-Sem dúvida que isso é uma armadilha! – E não importava...


Notas Finais


Meio tenso esse, não? E acho q temos uma tendência de ficar mais sombrios com o tempo... Me falem se gostam ou não dessa pegada.
Assim como o desenho original, eu não quero ficar me apegando a cenas super dramáticas e mostrar só o necessário para transmitir a gravidade na história, mas de vez em quando não tem como evitar...

Ps.: Azula realmente é internada em uma clínica psiquiátrica nas HQs originais (por um tempo).


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