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História Livro de contos volume 1 - A cor da esperança...



Capítulo 67 - A cor da esperança...


Fanfic / Fanfiction Livro de contos volume 1 - A cor da esperança...

Flad

- Tem certeza de que está grávida? - Eu mal podia conter a minha felicidade diante da ideia de ser pai, era algo divino; o teste deu mesmo positivo?

- Sim; algo na fisionomia dela me preocupava bastante - Eu estou mesmo grávida.

- Você não parece feliz com essa notícia, acaso se arrepende de ter se envolvido comigo?

- Não é isso Flad; ela se aproxima de mim, e eu a envolvo em meus braços com carinho - Mas a sua mãe nem aceitou direito nosso casamento, como acha que ela vai reagir quando souber que teremos um filho? Não quero nem imaginar... Eu tenho medo que ela rejeite nossos futuros filhos, por causa da cor, eles iam sofrer muito com isso, e você também.

Dag estava certa, seria muito difícil que a mamãe aceitasse nossos filhos, o preconceito dela era muito forte, e eu tinha medo que ela jamais aceitasse um neto, filho da Dag. Depois de conversar com a Dag, tomei um banho rápido, e fui para a churrascaria, que estava meio fraca de movimento, já que hoje era segunda feira, somente para limpar. Acabei encontrando com a Isa, que estava assistindo na TV de tela plana da churrascaria.

- Oi Flad; vem me abraçar assim que me vê - Cadê a Dag? Faz dias que não a vejo...

- Em casa...

- Mano você não está bem; Isa me conhecia melhor do que qualquer um, ela sempre sabia quando eu estava triste - O que aconteceu?

- É que a Dag está grávida, e...

- Não precisa se preocupar comigo; ela diz de modo sincero - Desde que a mamãe não fique direto com esse bebê, por mim tudo bem.

- A questão é bem mais complicada do que isso, eu tenho medo que a mamãe não aceite meu filho, você sabe que ela nunca aceitou muito bem meu casamento com a Dag, e...

- Tenho certeza que a mamãe vai adorar saber que logo será avó, ela mudou muito desde aquele dia, eu acredito nisso.

Isabella

Eu não consigo entender o silêncio da mamãe, está assim desde que descobriu que a Dag está grávida, seu olhar parece perdido. Eu estoh com medo que ela esteja passando mal.

- Mamãe, a senhora está bem?

- Sim, Isa eu ouvi mal, ou a Dag está mezmo grávida?

- Sim mãe, a Dag está mesmo grávida, isso não é ótimo?

- Pelo contrário, é péssimo, os dois deveriam ter sodo mais cuidadosos, parece que não pensam!

- Mas mãe, eles são casados, tudo bem se tiverem um bebê.

- Eu não vou aceitar um neto negro! - Eu mal podia acreditar no que a mamãe havia dito; que eu aceite o casamento de seu irmão com aquela lá, tudo bem, mas aceitar netos do meu sangue negrinhos, descendentes de escravos, e aí já é um pouco demais, não vou aceitar de jeito nenhum, a minha família virar um quilombo, o que falta agora meu Deus? O que eu fiz de tão errado nesza vida, para receber uma notícia dessas? Um neto negrinho, de pele escura, eu não merecia isso, que decepção.

- Mamãe isso não se diz, se chama racismo, e contra seu próprio neto que ainda nem nasceu, eu esperava mais de você...

Saí do nosso quarto correndo, eu não queria ficar perto da mamãe agora, nesse momento eu estava muito triste e decepciomada com a atitude racista dela. Então liguei para a madrinha, lhe expliquei tudo o melhor que eu podia, e ela veio me buscar.

Jussara

Eu nunca vi a Isa tão decepcionada desse jeito, ainda mais comigo, que sou a pessoa que ela mais ama na vida. Talvez eu tenha sido dura demais em relação ao meu neto, mas era muito difícil para mim, aceitar toda essa situação.

- Acho que está na hora de mudar de verdade, e aceitar de uma vez por todas tudo isso...

Jussara

- Eu não consigo acreditar no que está me dizendo Isa...

- Eu também não acreditatia madrinha, se não tivesse escutado; eu mal consigo parar de chorar - O modo que ela falou do filho do Flad, me xeu nojo... Eu mal eeconheci a minha mãe, madrinha eu...

- Calma Isa, não vamos condenar a sua mãe por isso, só teremos que ter paciência com ela; olho para Isa com carinho - Do mesmo modo que ela sempre teve paciência com você...

- Eu vou tentar...

No dia seguinte a mamãe veio falar comigo, e acabamos voltando para casa, e ela me prometeu que tentaria acaitar o filho do Flad, mesmo que a criança nascesse negra. Dias depois nasceram o Francisco, e o Flávio, um nasceu da cor da Dag, e o outro era branquinho igual o Flad, mamãe pegou os dois no colo ao mesmo tempo, e eu soube que ela amaria os dois do mesmo jeito...

10 anos depois...

Francisco e Flávio estão lá em casa, o primeiro está ajudando mamãe na cozinha, e outro está jogando xadrez comigo.

- Xeque mate...

- Você ganhou de novo...

- Vamos para a cozinha, Chiquinho deve ter ajudado a vovó a fazer aqueles brigadeiros especiais... Vamos tia...

- Vamos...



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