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História London - Something to Solve


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Vocês querem capítulo novo, @?

Hallooo friends, sei que demorei, mas aqui está. <3

Capítulo 20 - Something to Solve


 

 

Camila encostou na porta da sala de artes e me olhou com certo deboche, revirou os olhos e suspirou. Me aproximei dela, que mudou o olhar na hora e fechou os olhos, tornando a abri-los em seguida. 

 

 

 — Diga, Lauren. — cruzou os braços e me encarou. 

 

 

 — A gente pode ir pra algum lugar mais reservado? — perguntei olhando pros lados — É muito sério. 

 

 

 — É sobre o que aconteceu entre a gente? — perguntou.

 

 

 — Não, eu não quero falar sobre isso. Mas eu juro, vamos pra um lugar onde ficaremos sozinhas. 

 

 

 — Certo. — ela olhou o relógio de pulso — Minha aula termina daqui uma hora, mas eu posso sair mais cedo, quer ir pra minha casa? 

 

 

 — Sua casa? 

 

 

 — Sim. Você quer? 

 

 

 — Huh, claro.  — suspirei e cocei o braço esquerdo.

 

 

 — Certo, então vamos. 

 

 

Camila entrou na sala e em segundos saiu novamente, mas agora com a mochila nas costas. Seguimos lado a lado em silêncio até o estacionamento, e só quando chegamos lá me lembrei de que tinha chamado Diane pra ir comigo pra casa depois da aula, então decidi ligar pra ela enquanto acompanhava Camila até seu carro. 

 

 

 — Ei, baby, está na aula? — vi Camila me olhar séria. 

 

 

 — Sim, mas saí pra atender. O que houve? Você está onde? — parecia preocupada. 

 

 

 — Então, eu tenho que resolver umas coisas agora e não vou poder te esperar.

 

 

 — Oh, aconteceu alguma coisa? Você está bem? 

 

 

 — Não, não aconteceu nada e eu estou bem. Mais tarde eu te explico. — parei junto com Camila ao lado do seu carro — Quando eu terminar aqui, passo na sua casa. 

 

 

 — Ah, tudo bem então, vou te aguardar lá. Tenho que voltar pra aula. 

 

 

 — Certo, até mais tarde, baby. Boa aula. — e desliguei. 

 

 

Coloquei o celular no bolso da frente da mochila e me virei pra Camila. Estava encostada em seu Jeep Compass preto, de braços cruzados, meio sorriso sarcástico e sem emoção nos olhos. 

 

 

 — Está namorando, Jauregui? E não me contou.

 

 

 — Eu não estou. 

 

 

 — Oh, jura? Me parece que está sim. — se empurrou com os ombros e se aproximou de mim — Sorte a dela — disse baixinho e saiu de perto. 

 

 

 — Por que sorte a dela? 

 

 

 — Vamos logo, eu quero saber o que tem pra me dizer.

 

 

 — Certo, te encontro na sua casa. 

 

 

Ela entrou no carro e eu atravessei o estacionamento até chegar na minha Gla. Liguei ela na mesma hora em que Camila passou por mim em seu carro. Conectei o iPod no rádio e segui a cubana até que chegamos em sua casa. Ela estacionou no lado de fora da garagem e eu no acostamento na frente da residencia. Descemos do carro quase ao mesmo tempo, seguindo pra porta de entrada. 

 

 

 — Meus pais estão trabalhando e minha irmã na escola. 

 

 

 — Oh, tudo bem. Bom que se você gritar comigo ninguém escuta. 

 

 

 — Oh, Deus, o que você fez? 

 

 

 — Eu não fiz nada, mas talvez você não acredite em mim.

 

 

 — Por que eu não acreditaria? 

 

 

 — Porque envolve alguém que você... Supostamente, ama. 

 

 

 — Supostamente?! Se eu digo que amo, é porque amo, não existe essa. — ela disse quando entramos na casa. 

 

 

 — E você me ama, Camila? — perguntei parando atrás dela enquanto trancava a porta. 

 

 

Ela parou, ficou rígida. Vi seus ombros subirem e descerem mais intensamente enquanto suas mãos apertavam as chaves na porta. Pisquei algumas vezes tentando me concentrar em todas as suas reações, mas estava quase impossível quando o clima naquele ambiente gritava comigo pra fazer algo. Fechei os olhos, colocando os dedos por dentro das lentes pra esfregar os mesmos. Larguei a mochila delicadamente no chão e caminhei com calma pra perto de Camila. Encostei meu corpo nas suas costas e ela ofegou, levantei meu braço direito, jogando seu cabelo todo só pra um ombro, deixando o outro completamente acessível. Inalei seu perfume e...

 

 

 — Por favor, responda. 

 

 

 — Eu... Eu... Caramba, Lauren! 

 

 

 — Não custa nada responder. 

 

 

 — Eu conseguiria se... Se você se afastasse. 

 

 

 — Te atrapalho aqui? 

 

 

 — Um pouco, Lauren. 

 

 

 — Certo. — dei dois passos pra trás. 

 

 

 — Eu... Lauren, eu amo. 

 

 

 — Ama? — um sorriso nasceu em meus lábios e ela se virou pra mim. 

 

 

 — Sim, mas não do jeito que gostaria que amasse. — falou abaixando a cabeça — Desculpe. 

 

 

Soltei uma risadinha sarcástica e neguei com a cabeça, recuando mais ainda até ficar perto da minha mochila e a pegar, jogando em meu ombro. Caminhei pra sala e me sentei no sofá, olhando pra Camila, para que ela fizesse o mesmo, e ela fez. Se sentou numa poltrona de frente pra mim e cruzou as pernas, me encarando, pedindo com o olhar que eu começasse a falar. 

 

Tomei um ar, pensando em como começaria a dizer que seu namorado é um cretino nojento, principalmente depois do que acabou de acontecer. 

 

 

 — Certo. Você ama o Dylan? Não tem nada a ver comigo, ou com a gente, só seja sincera. Você o ama?  — perguntei.

 

 

 — Mas é claro que amo. — se inclinou pra frente, me olhando pouco perdida  — Por que você está perguntando isso? O que houve?

 

 

 — Você confia em mim? Quero dizer, mesmo que saiba que eu estava me apaixonando por você, e eu te dissesse algo, que pode parecer improvável, sobre ele, você vai acreditar em mim e não vai pensar que estou fazendo isso pra acabar com o relacionamento de vocês?  — levantei as sobrancelhas. 

 

 

 — Huh, você não está, né?  — desconfiou. 

 

 

 — Óbvio que não! Olhe pra mim, Camila! — praticamente gritei — Eu pareço com alguém que terminaria com o relacionamento de outra pessoa?  — perguntei completamente indignada. 

 

 

 — Não, não parece. Enfim, fale o que houve.  — falou.

 

 

 — Certo, depois que você saiu de perto de mim hoje no corredor, eu fiquei ali um pouco com Diane e quando estava indo pra aula, eu, bem...  — parei, sem jeito pra falar tudo.

 

 

 — Fale, Lauren.  — esfregou as mãos.

 

 

 — Eu passei em frente ao banheiro masculino. — me inclinei pra frente, olhando bem em seus olhos — E eu ouvi o Dylan...

 

 

 — O que ele dizia, Lauren?  — perguntou séria.

 

 

 — Bem... Ele dizia que finalmente você ia... Bem...  — neguei com a cabeça.

 

 

 — Que eu finalmente o que?! Fala!  — gritou comigo, ficando na ponta da poltrona.

 

 

 — Finalmente transaria com ele.  — falei rápido demais, e trocando as palavras dele.

 

 

 — Huh...  — franziu o cenho e fechou os olhos.

 

 

 — Mas não com essas palavras. Disse que não aguentava mais esperar, que não gostava de você, que só aguentou esse tempo todo contigo porque você é muito gostosa e parece foder muito bem.  — passei as mãos na boca, num ato desesperado. 

 

 

 — O que? — ela riu sem humor — Ele não...  — negou com a cabeça.

 

 

 — Ele sim. Eu ouvi, Camila. Ele conversava com um tal de Tyler. — quando eu disse o nome, ela arregalou os olhos. 

 

 

 — É o melhor amigo dele. — disse sem emoção — Mas não, claro que Dylan não diria essas coisas. Você deve ter ouvido errado, sei lá, Lauren! — gritou, se levantando da poltrona — Ele não diria essas coisas! Ele me ama!

 

 

 — Você não pode ter certeza disso, Camila. — eu disse, abaixando a cabeça — Mas quer saber? Hein, Mila?  — olhei pra ela.

 

 

 — O que, Lauren? Quero saber de quê?  — estava com cara de choro.

 

 

 — Você acredita no que quiser. 

 

 

 — Eu... Lauren, eu confio em você.  — disse pegando uma almofada e a apertando. 

 

 

 — Eu estou vendo. Bem, eu fiz o meu papel.  — peguei uma almofada também.

 

 

 — Sim, você fez. E eu agradeço. Mas eu sou incapaz de acreditar nisso. — ela disse pouco triste e eu me levantei, negando com a cabeça — Já vai? Vai voltar correndo pra sua namoradinha? — ela soltou uma risada falsa.

 

 

 — Huh, talvez, Camila. Talvez eu vá encontrar Diane. Que alias, mais uma vez, não é minha namorada. 

 

 

 — Por isso transou com ela. 

 

 

 — Não, eu transei com ela porque eu senti vontade. Sabe? Tesão?! Pois então, senti isso. Ah, e ela também, obviamente. 

 

 

 — Poupe-me dos detalhes, Lauren. — disse. 

 

 

 — Só estou dizendo! Ela gosta de estar comigo, de conversar comigo...

 

 

 — E eu também! Eu já te disse isso! 

 

 

 — Ela gosta de mim. De outro jeito, aquele que você diz não sentir por mim. 

 

 

 — Eu... Eu.. É, eu não sinto. — deu de ombros — Enfim, obrigada por me contar sobre o Dylan. 

 

 

 — Não foi nada. Nós somos amigas, me importo com você, não quero ninguém te magoando. 

 

 

 — Eu tenho certeza que ele não vai. 

 

 

 — Assim eu espero. Ou eu quebro a cara dele. — ela riu alto — É sério, eu lutava MMA!

 

 

 — O que?!

 

 

 — Sério! Enfim... Qualquer coisa, me ligue. 

 

 

 — Pode deixar. 

 

 

 — Eu já vou, okay? — comecei a andar pra porta. 

 

 

 — Se você realmente tem que ir... 

 

 

 — Vou buscar Diane.

 

 

 — Oh! Claro! Até mais, então. 

 

 

 — Até, Mila. Obrigada por me ouvir. 

 

 

 — Obrigada você por me contar. — ela abriu a porta pra mim — Cuidado na rua. 

 

 

 — Sempre tomo. 

 

 

Ela ficou na porta enquanto eu caminhava até meu carro no acostamento. Entrei nele e dei uma buzinada pra Camila, que deu um tchauzinho com a mão. 

 

Manobrei o carro, voltando o caminho todo pra escola. Faltavam cinco minutos pra aula da Diane terminar, se eu fosse bem rápido chegaria à tempo, antes que um de seus motoristas fossem buscá-la. 

 

Parei no estacionamento bem na hora que o sinal tocou. Fiquei no carro olhando pras escadas, e alguns minutos depois fui honrada com uma das mais belas visões. Diane descia, e estava mais linda do que me lembrava de hoje cedo, com aquela blusa branca e seu blazer preto, sua calça social da mesma cor e saltos altos. E é claro que ao seu lado estava Jackie, usando um vestido branco super colado e cabelo preso num coque. 

 

Suspirei fundo com um sorriso nos lábios e desci do carro, indo em direção a elas. Quando me viu, ela arregalou os olhos e abriu um sorriso enorme, praticamente correndo pra mim. 

 

 

 — Ei, baby! Você veio pra mim?! — me abraçou. 

 

 

 — Com certeza eu vim pra você, baby. 

 

Notas Finais


Espero que tenham gostado, E, que não odeiem ninguém. Até a próxima, friends. <3


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