1. Spirit Fanfics >
  2. Long Fic Jungkook - Paper Hearts >
  3. Noite Especial

História Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Noite Especial


Escrita por: Vaahlerinha

Notas do Autor


Hello People... ^^ Cheguei com mais um capítulo pra vocês!

Então, era pra esse capitulo ter saído bem antes, mas aí eu percebi que seria o capitulo de número 50, ai quis fazer algo bem legal, só que foi um saco pra escrever, minha vida virou de ponta cabeça e eu não estava sabendo administrar, porém o capítulo saiu... E estou satisfeita com o resultado! ^^

Quero agradecer a todos que lêem a ficar e que me dão apoio, quando comecei nunca achei que chegaria até aqui, mas olha só capitulo 50 já, seis meses de vida e mais de 600 favoritos! Sou muitíssimo grata! Amo vocês! ♥♥♥

Tenham uma boa leitura e aproveitem o capítulo que ficou enorme!!

Capítulo 50 - Noite Especial


Fanfic / Fanfiction Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Noite Especial

- N-não...

Acordo no meio da noite com Jungkook gemendo ao meu lado. Acendi o abajur ao meu lado e olhei para seu rosto retorcido numa expressão de medo, talvez. Ele estava se remexendo e seus cílios estavam úmidos pelas lagrimas. Sentei-me na cama tocando seu ombro pra que ele acorde, mas em vez de despertar, ele solta um ganido estrangulado enquanto chora em seu sono.  

- Jungkook, acorde. – Digo sacudindo-o levemente, se querer assustá-lo. – É só um pesadelo amor. Acorde, está tudo bem, acorde! 

Jungkook acorda num susto e num pulo se senta na cama. Ele está suado, tremendo e com lágrimas nos olhos. Ele olha em volta, depois fixa seu olhar em mim e me puxa pra um abraço desesperado. Levo um susto por sua atitude.

- Jungkook, o que... – Começo a falar, mas ele me interrompe.

- Você esqueceu de mim! Você voltou pro Brasil e me esqueceu! – Então Jungkook estava assim por que havia sonhado que o esquecia? Não sabia como reagir, apenas o abracei o mais forte que conseguia. – Prometa que quando for embora nunca vai me esquecer, por favor. Prometa!

A intensidade de suas palavras me sufocava, pois me traziam à tona todo o desespero que eu estava tentando represar dentro de mim. Segurei o rosto dele entre as mãos, e o fiz me olhar nos olhos.

- Foi um sonho amor. Eu não faria isso nem que fosse capaz! – O tranquilizei limpando o que restara de lagrimas em seus olhos. – Você está gravado em mim, e ninguém vai tirar você daqui. Nem quando eu for embora, nem nunca!

Jungkook sorriu diante da minha resposta, e tomou meus lábios nos seus ao mesmo tempo em que nos apertávamos um nos braços do outro e voltávamos a deitar. Em poucos minutos adormecemos.

Jungkook POV’s

Quando eu acordei ela não estava mais ali, somente seu cheiro, o perfume doce com toque de lavanda. Virei para o lado em sua própria cama e acabei por confirmar que ela não estava ali. Abracei seu travesseiro, inalando ainda mais o seu perfume; era tão bom senti-la tão perto como na noite que passou, seu abraço quente e confortável, a maciez de sua pele.

- Se você quiser, eu posso te emprestar meu shampoo, assim você consegue sentir o cheiro quando quiser. – Ouvi sua voz vinda da porta do banheiro. Levantei a cabeça, como em pânico, e a olhei; ela tinha um sorriso lindo no rosto, seu cabelo estava molhado e um pouco bagunçado, provavelmente ela ainda não o penteara. – Já tenho conhecimento da sua tara por cosméticos.

- Não precisa. – Eu sorri sem graça, por ter sido pego em flagrante. – Já conheço bem seu cheiro. 

- Fico aliviada de não ter que comprar outro frasco então. – Ela abriu o guarda roupa. Levantei e fui até ela. 

- Por que tão poucas roupas? – Perguntei ao ver a quantidade que havia ali, além de poucas peças, as que tinha estavam bagunçadas. 

- O quê? – Ela me viu parado atrás dela e tentou esconder a bagunça. – Isso, não é nada, estão todas lavando. 

- Você precisa aprender a mentir bem. – Eu disse ao notar a mala na parte de baixo do armário, ela estava fazendo as malas. – Mas deixa pra lá. – Ignorei o aperto que me nocauteava o peito, dei de ombros e fui para o banheiro. – À propósito... – Voltei até onde ela estava e selei nossos lábios com suavidade. – Bom dia. 

- Bom dia. – ela sorriu. 

Já contei como o sorriso dela me embriaga? Ter que passar a viver sem aquilo seria como uma tortura, do pior tipo. Não era apenas seu sorriso, mas ela por completo. 

- Jungkook, você está se arrumando para um casamento aí dentro? – Ela perguntou, batendo na porta. 

Sequei minhas mãos e meu rosto recém-lavado, abri a porta e estaquei com sua figura. Ela vestia uma saia jeans que ia até metade da coxa, uma blusinha preta de alcinha e era possível ver a alça de seu sutiã – que era roxa –, seu cabelo agora estava penteado e ela prendera sua franja para o lado com uma presilha em forma de coração: simplesmente linda. 

- Tira uma foto, dura mais. – Ela alfinetou e passou por mim, entrando no banheiro. 

- Já tenho várias. – Eu respondi e voltei para o quarto. 

- Muito engraçado. – Ela disse do banheiro, sua voz estava estranha e deduzi que ela escovava os dentes. Olhei o guarda-roupa, a porta estava aberta, só algumas roupas estavam jogadas por ali, assim como vários sapatos estavam espalhados. 

Sentei em sua cama e peguei o celular dela para ver as horas, estava desligado; arqueei as sobrancelhas e achei melhor não mexer. Ela voltou ao quarto e ainda sorria, foi até a cama, pegou o celular, deu um beijo em minha bochecha, pegou minha mão e começou a me puxar para fora do quarto. 

- Noona, espera. – Eu pedi e a segurei, afinal eu ainda era mais forte que ela. – O que eles vão pensar quando ver que estamos juntos? 

- Hm. – ela colocou o dedo no queixo e pareceu pensar. – Que você me ama tanto que até fez questão de dormir comigo? Ah, qual é, Jungkook! Eles nos conhecem, sabem muito bem o que aconteceu. Além do mais, a Yezi já nos viu e sabe que nada aconteceu. Vamos logo, estou morrendo de fome. 

- Que novidade. – Eu disse e sorri, transformando o sorriso em careta logo em seguida ao senti-la dando um soco em meu abdômen.

Valéria POV’s

Eu e Jungkook tomamos um café rápido, Jin insistia em nos apressar, pois segundo ele só faltávamos nós dois, além claro do fato de que Tae havia saído para buscar a mãe e a irmã e elas logo chegariam ao apartamento e Jin queria tudo em ordem para recebe-las.

- E então ele pegou a cobra, foi nojento. – Hoseok dizia enquanto eu ajudava Jin a organizar a cozinha, para o preparo do almoço. – Depois ele colocou ela no meu pescoço e eu quase morri.

- Você quase morreu? – Perguntei fingindo seriedade. 

- Claro! Era nojento, era uma cobra grande, gorda e asquerosa, claro que quase morri.

- Tão másculo... – Yezi murmurou revirando os olhos. Hoseok fez uma careta e eu ri. 

Depois que terminamos, fomos até a sala e encontrei Yoongi e Namjoon assistindo um documentário sobre música, eles sorriram quando nos viram e voltaram a prestar atenção na televisão.

Assim que Jungkook e eu nos sentamos de maneira confortável num dos sofás pequenos, a porta se abriu e Eunjin entrou correndo porta à dentro, divertindo-se com suas marias-chiquinhas que pulavam. Ouvi quando ela deu um gritinho de felicidade ao ver os meninos e eu na sala, ela cumprimentou todos e logo eu já podia ouvir suas risadas altas enquanto ela ia de pessoa em pessoa distribuindo beijos e abraços. MinSuu entrou logo atrás acompanhada de Tae e Jimin, que havia ido acompanhar o outro.

- Oi. – Ouvi a mulher dizer vindo primeiro até mim, me abraçando apertado e depositando um beijo em meu rosto.

- Oi.... – Retribui seu abraço sorrindo também.

Assim que me afastei da mulher, correndo como um foguete uma figura pequena num vestidinho vermelho veio correndo, direto na minha direção e jogando-se em mim.

- Unnie... – a pequenina falou enquanto agarrava minhas pernas e dava pulinhos.

- Oi Jin Jin... – abaixei-me para que pudesse ficar da altura dela e a abracei, sorrindo pelo afeto que ela demonstrava, os olhinhos dela brilhavam.

Enquanto a mãe de Tae fazia o almoço junto com Jin, eu tentava acompanhar o ritmo de Eunjin, já que ela estava exigindo minha atenção. Nós duas conseguimos ao nosso modo encontrar um meio de comunicação, num idioma só nosso, o que deixava tudo muito divertido.

Estávamos muito empenhadas em tentar montar algumas marionetes, tentei montar uma cópia de Mio gato ninja da Pucca usando uma meia que roubei da gaveta do Yoongi, mas a única coisa que consegui foi uma mistura horrível de panda com gato de rua.

- Acho que está muito bonito! – Foi o que segundo a tradução de um Jungkook que ria muito, Eunjin disse lealmente.

Passamos bons minutos brincando com o Pandato, que foi o nome dado a marionete. Alguns minutos mais tarde não só Eunjin, assim como todos os outros se divertiram muito rindo da minha cara quando a menina cansada da marionete, a jogou de lado e me convenceu a cantar o Gwiyomi Song junto com ela. Mas o ponto alto foi quando Jin largou a cozinha correndo para se juntar a nós no refrão da canção. Nós nos divertimos com brincadeiras antigas e zoando uns dos outros.

Quando nos sentamos pra almoçar Eunjin insistiu para ficar do meu lado. O almoço foi repleto de risadas, conversas e brincadeiras, cheio daquela alegria bagunceira e barulhenta que eu adorava.

Depois do almoço todos concordaram em descer para a área de lazer do prédio, exceto por Hoseok e Yezi que optaram por fazer um programa entre eles. Era um dia perfeito, sem nuvens, quente e uma brisa leve espalhava por ali o perfume das flores que haviam no enorme jardim que havia ali. Suga estava deitado numa espreguiçadeira na sombra com fones de ouvido. Jungkook e V estavam na piscina em uma briga de galo contra Namjoon e Jimin, enquanto Jin brincava com Eunjin na parte mais rasa e MinSuu os observava da beira da piscina.

A tarde se arrastava lentamente enquanto eles aproveitavam o clima bom assim como eu. Eu estava sentada num banco mais afastado no jardim, quando MinSuu se aproximou e segurou minhas mãos entre as suas.

- O Tae me contou que você vai embora. Eu.... Lamento que tenha que ser dessa forma. – Ela disse em seu inglês com sotaque, a voz carregada de delicadeza. Desalentada apenas concordei com a cabeça. Ela viu minha expressão e acariciou minha mão. – Sei que você precisa ir, mas não esqueça que essa também é sua família agora, ok?

Ainda que a situação fosse algo inevitável, senti as palavras dela me confortarem.

[...] Quebra de Tempo [...]

Naquela noite estavam vendo um filme na sala e jogando conversa fora, enquanto a pessoa encarregada do jantar era eu, como provavelmente seria minha última oportunidade de fazer isso queria cozinhar pra eles. Optei por uma lasanha, era algo que eu dominava e provavelmente eles iriam gostar. Jungkook vinha até mim em toda oportunidade que tinha me abraçando por trás e dando selares em meu pescoço.

- Oi. E aí? – Sorri ao sentir suas mãos em minha cintura, fazendo um carinho gostoso. 

- Tudo ótimo. – Ele disse. 

- Espero que esteja ótimo de gosto também. – Eu respondi e sorri quando ouvi sua risada. 

- Você nunca fez um prato ruim. – Jungkook disse e eu me virei, afastando-me do fogão para poder cumprimentá-lo apropriadamente. Passei meu braço em volta de seu pescoço e depositei um selar em seus lábios finos, ele aprofundou o beijo e eu permiti. Uma tosse fingida nos atrapalhou e olhamos para a porta da cozinha, vendo Hoseok, Yezi e Jin tentando segurar o riso. 

- Não é por nada não, casal, mas estamos com fome. – Jin disse e eu revirei os olhos, jogando na cara dele o pano que eu tinha colocado na pia. 

- Vai arrumar uma namorada, Jin hyung. – Jungkook disse e eu ri. 

- Para ficar como você e o Hoseok, idiotas? Não, dispenso. – Jin disse e Hoseok deu um tapa em sua cabeça. 

- Tudo bem, vão para a sala, eu já estou terminando. – Eu disse e empurrei Jungkook, que empurrou os outros três, saindo da cozinha.

Terminei a lasanha rapidamente, de fato não faltava muita coisa, e o levei até a mesa que MinSuu havia arrumado. Os meninos vieram correndo assim que me ouviram chamar, pareciam um bando de esfomeados. MinSuu, Jin e Yezi vieram calmamente, Eunjin veio logo atrás delas e segurei sua mão para irmos juntas até a mesa. 

O jantar se passou animado, como sempre era, os meninos fazendo piadas e gracinhas para Eunjin, que ria sempre e pedia por mais, eu, Yezi e até mesmo MinSuu tentando controlar as risadas que surgiam com as piadinhas idiotas dos meninos e conversas alheia sobre nossos dias e o progresso dos meninos com sua música. Eles elogiaram a comida e me senti satisfeita com o resultado, pois havia de fato ficado bom. No final do jantar, fomos para a sala e continuamos o que fazíamos a mesa, com a diferença das brincadeiras que eram menos nojentas já que não tínhamos mais nada na boca. 

- Vocês são a família mais estranha que eu podia imaginar ter algum dia. – Eunjin murmurou, um pouco sonolenta, deitada em meu colo. Jimin traduziu pra mim.

- Por isso somos os melhores. – Jin disse, todo convencido, e Yoongi disse algo em apoio para ele. 

- Nunca me diverti tanto. – Ela acrescentou depois que os dois pararam com as gracinhas. 

- Acho que está na hora de alguém ir para a cama. – MinSuu disse, depois que ela terminou de bocejar. 

- Acho que você ouviu Yezi. – Jimin brincou, ao ver a mesma bocejando também e encostando a cabeça no ombro de Hoseok, que estava ao seu lado. Todos olharam para ela e riram, Yezi apenas se limitou a jogar uma almofada em Jimin, Eunjin riu alto e todos riram mais ainda, acompanhando a risada dela. 

- Acho que está na hora de todos irem. – MinSuu disse, olhando os outros, que também mostravam sinais de cansaço. Já era tarde e todos haviam aproveitado muito naquele dia. 

Aos poucos eles foram se levantando, menos Jungkook que permaneceu no sofá, esperando eu terminar de me despedir dos outros e voltar para os braços dele, o que eu fiz depois de levar Eunjin para o quarto em que ela e a mãe dormiriam. Quando sentei no sofá, fui puxada para mais perto de Jungkook pelo próprio e senti os dedos dele subirem e descerem por meu braço, provocando-me arrepios gostosos. 

- Finalmente a sós. – Ele murmurou e eu assenti com a cabeça. – Você nem me deu atenção direito hoje. Só quis saber da Eunjin.

Jungkook disse, havia um bico em seus lábios. Ri de sua expressão fofa. Levantei minha cabeça para ele e encontrei seus olhos, implorando para ele entender meu pedido mudo para que ele me beijasse, o que ele entendeu e atendeu prontamente. Seus lábios encontraram os meus em um beijo calmo e delicado, que aos poucos foi se aprofundando e esquentando, fazendo meu coração acelerar.

 [...] Quebra de Tempo [...]

O apartamento estava silencioso, todas já dormiam, menos eu. Estava sentada cadeira da escrivaninha em frente à janela e admirava o céu com algumas estrelas. O fato de que meu último dia com os meninos estava na minha cara me impedia de dormir. O bolo em meu estomago somado ao aperto no peito eram sufocantes demais

Levantei da cadeira e sai do quarto em silêncio, andei até a porta da frente. Eles haviam me dito que não trancavam as portas e eu precisava fazer algo. Entrei silenciosamente no quarto de Jungkook e Namjoon. Eles dormiam tranquilamente, o líder roncava contra seu próprio travesseiro e a expressão no rosto de Jungkook era serena; ele tinha o cobertor embolado nos pés, ele dormia apenas de samba-canção deixando à mostra o peitoral nu e definido. Sorri diante dessa imagem, vendo-o ali, tão tranquilo e sereno. 

Entrei no quarto na ponta dos pés e sentei na cama ao lado dele, tomando cuidado para não o acordar. Passei a mão em seu cabelo, depois por seu rosto. 

- Você devia estar dormindo. – Ouvi ele sussurrar e pulei de susto. 

- Quer me matar? – Sussurrei de volta. 

- Hoje não. – Ele respondeu rindo. 

- Eu não queria te acordar. – Eu disse e sorri sem graça. 

- Não acordou, eu estava acordado e ouvi você abrindo a porta. – ele disse e sorriu. Ele sentou na cama e foi para o lado, me dando mais espaço. Sentei ao lado dele, apoiando os braços em meus joelhos dobrados. 

- Hm... – Murmurei, o aperto no peito agora parecia mais presente que nunca. De repente não parecia mais uma boa ideia ter ido ali, eu nem sabia por que estava ali na verdade. – Então... Acho que eu já vou indo. Vou deixar você dormir.

Não dei tempo para que ele respondesse, quando dei por mim já estava na porta e fechando-a atrás de mim. Percebi que eu tremia e que meu coração batia acelerado. 

- Qual é o seu problema? – Sussurrei para mim mesma, ouvindo minha voz embargada. 

Respirei fundo e estava prestes a entrar no meu quarto, mas ouvi a porta de onde havia acabado de sair se abrindo. Estaquei no meio do corredor, a mão quase alcançando a maçaneta da outra porta. A respiração dele estava um pouco acelerada e eu sabia que não era porque ele havia corrido, mas porque ele estava nervoso, ansioso. Não me virei, ele não falou nada e tampouco eu falei. Reuni toda a coragem em meu corpo e me virei, ele estava mais perto do que eu pensei, num ato involuntário, meu coração voltou a acelerar, assim como minha respiração. Olhei nos olhos dele e vi ali tudo o que eu queria ver e mostrar. Saudades, amor, tristeza, compaixão e dor. Meus olhos arderam com a chegada das lágrimas, mas eu não permiti que elas caíssem. Jungkook deu um passo à frente e me abraçou com força, não pude fazer outra coisa, e nem queria, além de o abraçar também. 

Senti lágrimas caírem em meu ombro, senti Jungkook começando a soluçar, senti seus braços me abraçando mais forte, senti seus lábios em meus cabelos, senti sua respiração próxima a minha nuca, o que me causou um arrepio. Senti o cheiro de Jungkook, aquele que era adulto demais pra alguém da idade dele, mas que combinava perfeitamente. 

- Eu vou sentir sua falta. – Jungkook murmurou contra meu cabelo. 

- Eu também. – Respondi e consegui dar um sorriso triste. – Você não imagina o quanto. 

- Noona... – Ele se afastou um pouco para me olhar nos olhos. – Eu...

- Shh. – Coloquei meu indicador sobre os lábios dele. – Não fala nada. 

Ficamos em silêncio. Meu dedo ainda sobre os lábios dele, eu podia sentir a respiração dele e isso me causava um arrepio. Minha outra mão escorregou para seu peitoral, parando na altura do coração dele – que eu sentia bater acelerado – seu peito subia e descia com sua respiração arfante. Seus braços se apertaram em minha cintura e senti ele me puxando para mais perto dele (se é que isso era possível), em seguida senti seus lábios nos meus, meu dedo escorreu pelo seu pescoço e eu parei minha mão em seu ombro. 

Senti sua língua percorrendo meus lábios, pedindo permissão para aprofundar o beijo e eu cedi. Abri meus lábios e comecei a entrar em sincronia com seus movimentos. Não percebi quando andamos, mas de repente a parede entrava em contato com minhas costas, suas mãos apertaram meu quadril e ele me ergueu, passei minhas pernas por sua cintura. Sua língua entrou em sincronia com a minha em uma dança sensual e provocante, me provocou arrepios e eu gemi quando ele mordeu meu lábio com força. 

De alguma forma, esse gemido me trouxe de volta e eu parei o beijo, abri meus olhos e afastei meu rosto do dele. Ele me encarou como se pedisse uma explicação, desenrosquei minhas pernas de sua cintura e voltei ao chão, ele não tirou suas mãos de minha cintura. Coloquei minhas duas mãos em seu peito, que agora subia e descia mais rápido que antes e o afastei. Soltei-me de suas mãos.

- É madrugada Kookie, melhor dormir um pouco. – Sem esperar pela resposta dele entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim, escorreguei até o chão com as costas na porta. Ainda sentia os lábios de Jungkook nos meus e sua mordida agora doía um pouco. Sacudi a cabeça e levantei, não daria tempo para pensar sobre e de qualquer forma nenhum pensamento me ocorria, lágrimas também estavam inexistentes, fui até minha cama e olhei em meu celular as horas, não era muito tarde, mas havia quinze mensagens da Milena, suspirei e deixei para ler outra hora, mas eu sabia que ela mandaria mais, então desliguei meu celular e deitei em minha cama. Fechei os olhos, mas cenas do que havia ocorrido, dos olhos de Jungkook me tomaram e eu voltei a abri-los. Não conseguiria dormir daquele jeito. Imaginei o que ele fez após meu comportamento estranho, ele viria me questionar quando o dia amanhecesse? Ou agiria como se nada tivesse acontecido? 

Virei-me na cama e encarei a parede, como se esperasse que ela me desse respostas. Fechei os olhos novamente e respirei fundo, não percebi quando comecei a cair no sono, só me lembro que senti uma mão em meu cabelo e alguém sentando ao meu lado na cama, adormeci em seguida. 

Acordei no dia seguinte com alguém se mexendo ao meu lado, abri os olhos e olhei para ver quem era o ser, Jungkook. Eu não estava surpresa com isso, afinal só podia ser dele a mão que senti antes de dormir, não pude deixar de sorrir: ele ainda era meu Jungkook. Sorrindo relaxada, cai no sono novamente.

Naquela manha, passava das onze da manhã quando MinSuu passou pela porta do quarto de Valéria e notando que ela ainda dormia acompanhada de Jungkook, chamou-a:

- Valéria, acorde.

A menina remexeu-se na cama e continuou dormindo.

- Vamos! Não seja preguiçosa, levante.

- Só mais cinco minutinhos... – Resmunguei cobrindo a cabeça com o edredom. Jungkook resmungou algo também e me abraçou com força.

MinSuu não se deu por vencida, abriu as janelas e a luz penetrou no ambiente. Aproximou-se da cama, tirou o edredom da cabeça dela e sacudiu-a.

- Já passa das onze. Tratem de levantar vocês dois.

- Tá bom! Tá bom! – Valéria se deu por vencida, sentando-se na cama com o rosto emburrado. Jungkook acompanhou meu movimento e sentou também. – Já levantei.

MinSuu se retirou sorrindo da cara emburrada da menina, pelo visto ela detestava ser acordada.

Eu bocejei, ainda na cama, e estiquei todo o corpo, tentando inutilmente tirar a preguiça de mim. Olhei para o relógio, eram 11h17m. Abri os olhos, que provavelmente demonstravam irritação. Jungkook olhou pra mim, a cara amassada, o sorriso preguiçoso nos lábios, os olhos fechados de sono, acho que ele dormiu sentado.

- Bom dia. – eu disse. Jungkook abriu os olhos e sorriu pra mim. Incrível como ele consegue ser lindo até mesmo com a cara inchada e ter dentes perfeitamente brancos quando acorda.

- Bom dia, linda. – Respondeu ele simplesmente, o que me causou tremores até o último fio de cabelo. Droga.

Levantei-me, empurrando o edredom que caiu no chão. Me abaixei e pesquei com uma das mãos o tecido grosso que ainda mantinha o calor do meu corpo e do de Jungkook, depois coloquei de volta na cama e fui ao banheiro. Peguei minha escova de dente e coloquei creme dental. Terminei de escovar os dentes, joguei um pouco de água fria na cara, para acordar e desinchar o rosto. Terminei, lavei as mãos e voltei pro quarto. Fui até o guarda-roupa, peguei uma muda de roupa e esperei Jungkook sair do banheiro. Entrei lá novamente e só fechei a porta, sem trancar mesmo. Tomei um banho rápido e me troquei no banheiro mesmo. O vestidinho amarelo com babados pretos florais e o cabelo preso num rabo de cavalo alto dando um ar descontraído. Saí do banheiro e lá estava ele, estirado na cama, lindo de tirar o fôlego. que dormiu de novo.

Chacoalhei-o quando passei do seu lado e ele deu um pulo. Havia uma muda de roupas dele ao seu lado, provavelmente enquanto eu me banhava ele foi busca-las. Fiz sinal para o banheiro com a cabeça e ele concordou, se espreguiçou e foi tomar seu banho.

Alguns minutos depois ele saiu do banheiro vestindo apenas uma bermuda jeans que realçava suas coxas bem formadas e com o cabelo molhado caindo sobre o rosto levemente úmido, talvez pelo próprio cabelo, talvez por não ter enxugado o rosto direito ou talvez pelas duas coisas. Ele segurava a com uma das mãos. Com a outra, ele bagunçava os cabelos na tentativa de secá-los – em vão, conseguindo como resultado apenas molhar o chão. Seu tórax estava cheio de gotículas d’água - o que comprovava minha teoria de que ele não tinha se enxugado direito – que pareciam gritar meu nome, deixando-o ainda mais irresistível.  

- Hey, você está molhando todo o chão. – Fiz uma careta e voz de afetada.

- Ops. – Disse ele, com uma carinha tão fofa que quase me fez atravessar o quarto e apertar aquelas bochechas levemente rosadas.

Ao passarmos pela porta da cozinha encontramos a mãe de Tae e Jin decidindo o que seria o almoço e Namjoon, Hoseok e V sentados na ilha da cozinha. Eles se mantinham numa conversa animada sobre algo que Jungkook e eu desconhecíamos. No fim, foi decidido que sairíamos pra almoçar fora.

Passava de uma da tarde quando entramos no restaurante francês. Havia um pequeno palco em uma das extremidades do palco, fomos nos sentar em uma grande mesa perto do mesmo. O restaurante era elegante na medida certa, uma música suave tocava no ambiente e a comida era excepcional, servida perfeitamente e de maneira eficiente. Eu não pedi sobremesa, mas o garçom trouxe pra mim um delicado Mil-folhas, era umas das coisas mais deliciosas que já provei. Depois do almoço recostei-me na cadeira, saciada e feliz.

Estávamos conversando sobre banalidades quando as luzes do restaurante diminuíram e o pequeno palco foi iluminado por refletores. Uma música lenta envolvente começou a soar um pouco mais alto. Uma dançarina se deslocou de maneira lenta pelo palco, parecia profundamente alienada, completamente inconsciente da plateia. A música lenta e envolvente, suavemente se transformava num tango suave e sedutor. Um dançarino juntou-se a ela no palco e eles se entrosaram ao passo que a música aumentava de intensidade e excitamento. Os corpos dos dois se separavam e se encontravam, se entrelaçando num frenesi crescente de desejo, até que os dançarinos faziam um amor desvairado sem jamais se tocarem, encaminhando-se para um clímax ardente sob os gritos de incentivo da plateia.

As luzes tornaram a acender e apagam, e me vi gritando também, assim como outros na nossa mesa. Para minha surpresa e meu constrangimento, me vi sexualmente excitada. Tinha receio de encarar Jungkook ao meu lado. O ar entre nós dois vibrava de tensão. Baixei os olhos para a mesa e me peguei observando as mãos de Jungkook, grandes e masculinas. Podia senti-las tocando meu corpo, ora lentamente, ora rapidamente, com urgência. Estremeci, escondi as mãos em baixo da mesa, esperando que ninguém notasse.

Quando a música e a dança terminaram abruptamente, houve um silencio que ressoou pelo restaurante e logo depois houve uma explosão de aplausos.

Depois de sair do restaurante nós vagueamos pela cidade, aparentemente a esmo. Acabamos de alguma forma no parque Hangang, o mesmo do piquenique, e passamos o restante da tarde ali. Eu brinquei de amarelinha com Eunjin e V, depois nós todos brincamos de esconde-esconde pelo parque. Paramos para tomar sorvete, e por precisamos voltar. 

Estávamos agora indo para o apartamento de volta, após deixarmos o aeroporto onde fomos levar a mãe de Tae e Eunjin que iriam voltar para Daegu naquele fim de tarde e seu avião sairia em breve. Só de pensar que amanhã seria eu, eu já sentia meu peito pesar, eu não conseguiria fazer aquilo, todas as despedidas, ter que dizer adeus era mais do que eu poderia suportar.

Quando estávamos no portão de embarque MinSuu me deu um longo abraço, acariciou meus cabelos e me deu um beijo na bochecha. Ela não tocou no assunto de minha partida e agradeci por isso. Mas nas breves palavras que trocamos havia uma despedida sutil, e naquele abraço maternal havia uma promessa velada de que tudo se acertaria, de uma forma ou de outra.

Não havia sido uma boa ideia ir ao aeroporto com eles, eu sentia seus olhares furtivos na minha direção, os olhares que diziam que estavam pensando a mesma coisa que eu. E subitamente era o momento de ir embora, aquele fora um período inesquecível em minha vida e agora chegava ao seu fim.

No caminho de volta, pouca coisa foi dita. Assim que chegamos encaminhei-me ao quarto com uma desculpa qualquer. Suspirei derrotada olhando minha imagem no grande espelho no guarda-roupa. Aquela situação tinha que ser resolvida antes que tomasse maiores proporções. Não havia como ficar e eu não conseguia, sequer queria me despedir. Mas o que diria pra eles que preferia não me despedir? Olhei novamente para o meu reflexo e suspirei mais uma vez, tinha plena consciência que não havia como resolver, pois, meu reflexo no metal frio já delatava que a situação estava fora do meu controle a muito tempo.

De repente um par de mãos me abraçou pela cintura, mãos grandes e fortes, em uma delas havia uma caixa enorme de presente, eu peguei a caixa e por trás dela apareceu Jungkook. Os olhos negros brilhavam através do reflexo no espelho, os lábios começavam a passear pelo meu pescoço me causando os primeiros arrepios.

Ele sorriu, puxou meus cabelos de lado e passou a beijar minha nuca recém exposta. Eu fechava os olhos enquanto as ágeis mãos do Maknae percorriam minha cintura. 

Eu sorri quando ele me virou de frente e capturou meus lábios em um beijo repleto de luxuria. A caixa foi tirada das minhas mãos e depositada em qualquer canto, e as levei até o peito másculo do garoto. Finalizado o beijo, virei-me novamente para o espelho, mas em um movimento rápido Jungkook me segurou e prensou contra o mesmo. Sentia o coração disparar, e pensei em como abordar o assunto com ele.

- Já que é sua última noite aqui, posso pedir algo, noona? – Jungkook sussurrou no meu ouvido.

- Jungkook... – Fixei meu olhar no dele, o peso da consciência batia na minha porta e por mais que eu quisesse dizer a ele o que tinha em mente, quando nos olhávamos daquela maneira, toda a coragem que eu não tinha ia embora. Talvez não fosse o ideal dizer isso agora, mas então quando eu deveria dizer?

- Saia comigo num encontro, um de verdade. – Ele pediu sorrindo, e depositou um selar em meu pescoço. Fiquei em silencio por algum tempo, um encontro com ele era tudo que encheria meu peito de alegria em outra situação, mas agora parecia uma perspectiva melancólica, gerando estranhamento. – E então?

- Claro. – Sorri, apesar da sensação estranha, ainda era Jungkook e um encontro, talvez minha última oportunidade de ficar com ele.

- Que bom! Te espero na sala, as 20h, ok? – Concordei. Ele sorriu e tomou meus lábios num beijo. – Espero que goste do presente.

Assim que me vi sozinha no quarto, sentei na cama e peguei a enorme caixa vermelha. Preso na tampa embaixo da fita havia um bilhete. Encarei o presente por uns minutos, e então abri o envelope que revelou a letra bem desenhada de Jungkook.

“Can you please stay with me?”

Sorri com aquela frase. Desfiz o laço da caixa e a abri, deparei-me com um vestido maravilhoso e um par de sapatos de salto combinando.

- Oh meu Deus... 

Ofeguei analisando o vestido, provavelmente o mais caro que eu usaria em toda a vida. Era um vestido longo, em chiffon e renda, modelo coluna, com decote Keyhole e costas semiabertas, com uma fenda lateral na saia. Estonteada pela beleza daquela peça a deixei de lado e analisei os sapatos Scarpin de veludo, pretos assim como o vestido e com várias pedrinhas brilhantes decorando todo o seu comprimento, com o salto agulha prateado. Com certeza havia o dedo de Yezi no meio disso, tenho certeza que ele não comprou isso sozinho.

- Jungkook, seu idiota... – Jungkook era realmente muito fofo. Engoli o aperto em minha garganta e alisei o vestido com afeto. Eu definitivamente precisaria conversar com ele.

Depois de um longo banho sentei em frente ao espelho pra fazer cabelo e maquiagem, um vestido como aquele exigia algo mais elaborado. Faltavam cinco minutos para as 20h quando sai do quarto e me encaminhei para a sala. Os meninos estavam todos lá, menos Jungkook. Assim que me viram no portal, os meninos me lançaram olhares de admiração, acho que nunca tinham me visto tão arrumada.

- Olha a noona! – Tae disse levantando do sofá e vindo até mim, ele segurou minha mão e me fez dar uma volta. – Vestida para matar. 

- Matar alguém do coração. – Namjoon disse. 

- Pobre Kookie. – Jimin completou rindo. – Pronta para seu encontro? 

- Não sei. – Respondi rindo.

- É assim que se fala. – Jin disse e eu o olhei. – O quê? “Não sei” é melhor que “não”. 

- Jin tem razão, um “não sei” sempre pode virar um “sim”. – Hoseok concordou. 

- Então boa sorte. – Yoongi disse.

Eu estava nervosa, não só porque teria um encontro com Jungkook, mas por todas as outras possibilidades que essa noite trazia.

- Você está linda Valéria. – Era a voz de Yezi que se aproximava, ela parecia muito satisfeita consigo mesma, o que me confirmava sua participação no presente. – Jungkook já está vindo, ficou tão nervoso que teve que me chamar pra ajuda-lo com a gravata.

Yezi comentou e os meninos riram. Soltei um sorrisinho satisfeito, era bom causar esse efeito em alguém.

- Geralmente as mulheres que se atrasam. – Yoongi disse rindo sarcástico, olhando para um ponto bem atrás de mim.

Virei-me para encara-lo e senti meu coração falhar por um momento. Ele estava lá, diante de mim, incrivelmente lindo. Os cabelos molhados e levemente arrepiados num topete charmoso, vestindo um terno negro de peito duplo perfeitamente alinhado nos ombros largos, seguido por uma camisa branca, a gravata num tom escuro de vinho com listras e uma calça social preta que realçava certas partes que eu resistia em não olhar. Gemi por dentro e por muito pouco não larguei tudo e o puxei para o quarto mais próximo. Ele estava extremamente gostoso com aquela roupa.

Ele segurou meu queixo, me fazendo encara-lo e então foi sua vez de me analisar. Ele desceu seu olhar lentamente primeiro pelo meu rosto, depois pelo meu corpo de cima a baixo, minuciosamente e depois fez o caminho reverso. Seus olhos voltaram para meu rosto e então ele sorriu pra mim.

- Wow! – ele exclamou em meio a um suspiro. Pegou minha mão e me fez girar lentamente. – você está... Wow! Está linda!

- Obrigado. Você também está muito bonito... – Elogiei e soltei um suspiro. – Tão lindo que acho que quero desistir de sair e arrancar peça por peça.

Murmurei em voz baixa esperando que ninguém ouvisse, mas eles tinham a audição muito boa nessas horas. 

- O quê? – Jungkook exclamou alto, as bochechas corando.

- Olha ela... – Namjoon riu.

Soltei um riso nervoso, e decidi que era melhor focar meu olhar em outra coisa. Algo chato e desinteressante. Assim me peguei encarando os sapatos que Jungkook usava, sapatos pretos e bem engraxados.

- Vamos então? – Perguntou Jungkook depois de recuperar sua postura e oferecendo o braço para mim.

- Sim!

Respondi pegando o braço dele. De braços dados, cabeça erguida, olhos brilhantes e ouvindo vários divirtam-se, nós dois fomos para fora do apartamento.

Durante o trajeto tentei fazer Jungkook me dizer pra onde íamos, mas ele apenas me garantiu que eu iria gostar, e não me deu mais nenhuma pista. Meia hora depois o taxi em que estávamos parou na frente de um prédio enorme. Era um hotel de luxo, imaginei que fossemos jantar no restaurante do hotel. Jungkook me parou logo na entrada e colocou uma venda em meus olhos.

- Jungkook. – Gemi em reprovação.

- Relaxe noona. – ele sussurrou contra meu pescoço. – É uma surpresa!

Fui guiada por ele por um percurso desconhecido, passamos alguns minutos num elevador e depois subimos um lance de escadas. Depois Jungkook nos fez parar e se afastou de mim, senti uma brisa morna tocar meu corpo e senti-me inquieta por alguns instantes, mas logo depois senti sua presença próxima de mim e seu hálito bater em meu rosto. Ele selou nossos lábios num beijo doce e depois tirou a venda dos meus olhos, arquejei com a visão que tive. Olhei em volta e sorri, estávamos em um terraço. Havia uma enorme tenda branca em formato de dossel ali, o ambiente a meia luz com vários pufes espalhados pelo local, vários buques de flores espalhados em pontos chaves do terraço, a mesa de jantar bem no centro da tenda e velas, velas aromáticas por todos os lados.

- Jungkook, isso aqui deve ser caro demais! – eu disso olhando em volta, mas exibia um sorriso idiota na face. – Podíamos ir no McDonald´s se você quisesse.

Jungkook riu.

- Eu queria que fosse especial! – Ele sorrio doce.

- Ah. – De repente me senti envergonhada e não tinha certeza do motivo. - Eu acho o Big Mac muito especial. Como fez isso?

Jungkook gargalhou. 

- A filha do dono desse hotel é fã do grupo, não foi difícil depois de algum fanservice.

- Como assim?  

- Digamos que nós devemos agradecer ao Jin depois. – Jungkook riu mais uma vez. Depois me abraçou por trás e me conduziu até a mesa. – Mas por hoje quero que aproveite comigo. Vamos nos sentar?

Nós nos sentamos um de frente para o outro e logo uma garçonete vestida num terninho apareceu para nos servir, trouxe primeiro duas taças de vinho. Jungkook falava baixo em coreano com ela. Em pouquíssimo tempo a jovem retornou trazendo uma grande bandeja. O aroma era exótico, condimentado e delicioso. Ela dispôs dois pratos na mesa, ergueu as tampas e anunciou:

- O jantar de hoje é peito de frango recheado com abobrinha grelhada, arroz branco e salada verde. – Jungkook traduzia para mim.

Nós dois desfrutamos do jantar juntos. Conversaram e aproveitando a companhia um do outro, com carinho. Depois de terminarmos o jantar, a garçonete voltou, perguntou algo a Jungkook, ele respondeu em voz baixa, apontando para mim, ela olhou pra mim e deu uma risadinha concordando, e depois ficamos observando-a enquanto ela retirava a mesa. Instantes depois ela voltou com a garrafa de vinho num balde com gelo, sorrindo abertamente.

- O que foi que você disse a ela sobre mim?

- Eu disse a ela que não iriamos mais precisar dos serviços dela por hoje e ela perguntou a respeito da sobremesa. – Jungkook disse, ele se inclinou na mesa a luz de velas. – Então eu disse a ela que iriamos desfrutar da sobremesa, mais tarde.

O tom da voz dele era altamente sugestivo e seu olhar sobre mim era intenso. Senti o ar faltar por um instante. O presente, aquela surpresa, tudo. Estava difícil, por mais que eu tivesse colocado na cabeça que não iria me despedir dele, seus sorrisos, carinhos, o modo como estava feliz me faziam vacilar dessa ideia, a coragem sumia e o maldito aperto no coração voltava com força total. Mas era algo que era preciso. 

- Jungkook, eu...

- Dança comigo? – Jungkook se levantou, me cortando, parou na minha frente e se curvou pegando minha mão e dando um selar nas costas.

- Mas eu tenho algo a dizer.

- Pode ser depois? – Jungkook pediu cheio de manha. – Por favor!

- Mas não tem música...

Jungkook tirou o celular do bolso e ligou o music player numa música lenta que eu desconhecia, mas que era muito agradável. 

- Agora tem! – Jungkook riu, puxou-me da cadeira e me levou até o centro do terraço, colocou minhas mãos em volta de seu pescoço e enlaçou minha cintura aproximando nossos corpos.

Eu não conseguiria dizer nada do que me atormentava. Não depois de tudo o que ele havia feito hoje. Ele estava fazendo de tudo para que aquela noite fosse a mais especial, e quebrar aquilo com o assunto que separaria seria horrível. Apertei Jungkook com força, a vontade de chorar se fez presente sem que eu conseguisse refrear.

- Valéria... – ele sussurrou cheio de ternura. – Não chorem ok? Só curta essa noite comigo!

Ele me conduzia habilmente e apertou contra si, colando seu rosto no meu. Fechei os olhos e me deixei conduzir pelo ritmo da música. Jungkook apertou levemente minha cintura e aproximou ainda mais nossos corpos, enquanto volteávamos lentamente pelo terraço aproveitando do calor um do outro.

Quando a música terminou, nós dois levamos alguns segundos para recuperarmos nossos sentidos. A brisa morna da noite nos acariciando, enquanto o céu se abria cheio de estrelas acima de nós. Jungkook sorriu pra mim e me conduziu até a tenda cheia de pufes. Ele escolheu o maior deles e se deitou, puxando-me pra deitar com ele. Jungkook aconchegou-se melhor no pufe, puxando-me para mais perto e roçando seu nariz por todo meu rosto. Agarrei as lapelas do terno e o puxei para mais perto do meu corpo, suas caricias desceram por meu pescoço.

- Jungkook...

- Noona... – Jungkook suspirou, murmurando contra minha pele. – Vou sentir sua falta!  

- Não mais do que eu... – Fechei os olhos enquanto sentia ele encostar seus lábios vagarosamente nos meus num roçar calmo e apaixonado.

Enquanto ele ainda me beijava, Jungkook curvou um pouco o tronco e rodeou cada uma de minhas pernas com um braço, o vestido subiu e ele me puxou para cima, fazendo com que minhas pernas agora estivessem enlaçadas em sua cintura. Ele parou de me beijar para poder soltar aquela gargalhada deliciosa que sempre me colocava um sorriso no rosto, independentemente da situação. As mãos dele estavam em minha cintura, e uma delas subiu ate meus cabelos, os puxando delicadamente, acariciando de leve.

Aqueles movimentos me deixavam pacificada e ao mesmo tempo enlouquecida. Jungkook era capaz de despertar pólos completamente opostos dentro de mim com apenas um mínimo olhar. Os mínimos gestos pareciam provocações inocentes quando feitas por ele, um desses seriam os toques na nuca. 

- Sai de cima de mim, sua gorda. – Jungkook falou rindo tentando alcançar algo. Percebi que havia uma pequena sacola de papel ao lado do pufe.

- Não sou gorda, sou gostosa. E você sabe muito bem disso. – A mão que estava em meus cabelos foi escorregando por minhas costas até chegarem ao meu bumbum e aperta-lo o que me fez arregalar os olhos e sorrir surpresa para Jungkook, ele nunca havia feito isso. Ri. Ele arqueou a sobrancelha de maneira maliciosa. – O que é isso aí?

Perguntei passando minhas mãos por seus cabelos, abrindo e fechando meus dedos. A sensação era maravilhosa, vi Jungkook sorrir com os olhos fechados enquanto eu fazia carinho em seus cabelos e depois desci para seu rosto. Ele deve ser a pessoa mais linda que eu já vi na vida.

- É um presente pra você.

- Outro presente Kookie? – Respondi parando os carinhos e vendo Jungkook abrir os olhos. 

- Não faz essa cara noona! – ele disse manhoso e todo sorridente, eu comecei a rir. – Você vai gostar? 

- Uhum – falei travando os lábios e arqueando a sobrancelha. 

- Lembra do passeio por Myeongdong? – Ele perguntou e concordei com a cabeça. Jungkook tirou de dentro da sacola uma caixinha azul e a deu pra mim. – Naquele dia eu estava procurando algo pra você, pra te compensar pelo idiota que eu fui no dia que nos conhecemos por que eu percebi que nunca me redimi por aquilo – ele riu. – Ai o Jin me deu uma sugestão legal e eu gostei.

- Não precisava se preocupar, Jungkook, não faço a mínima questão dessas coisas – disse pegando a caixinha de forma trêmula. Quando olhei a marca da joalheria em cima eu quase chorei, aquilo devia custar os olhos da cara! – Jungkook, isso foi uma fortuna! 

- Só abre, por favor? – Ele mordia os lábios, ele faz isso com frequência, especialmente quando está nervoso ou ansioso. 

Abri a caixinha com as mãos trêmulas e, quando vi o que estava dentro, aí que eu quase morri. Era o mesmo conjunto que eu havia visto com Jin naquele dia, a gargantilha prateada e o par de brincos, adornados por pedras azuis.

- Não posso aceitar isso! 

- Não só pode... – Jungkook disse fazendo uma pausa e pegando o colar. – Como vai aceitar! 

Ele se inclinou sobre mim colocou o colar em meu pescoço até então nu. Pousei a mão no mesmo instintivamente, Jungkook delicadamente colocou os brincos em minhas orelhas e depois sorriu, olhei pra ele e sorri.

- Obrigada – respondi quase aos sussurros, minha voz insistia em não sair. – Eu amei.

- Eu te amo. – Jungkook sussurrou rente ao meu rosto. Por mais vezes que ele dissesse aquilo ao longo de um dia, eu ainda me encantava com aquelas palavras saindo por entre seus lábios.

- Eu te amo. – Confessei mais uma vez o maior fato de todos. Eu o amo.

Ele me beijava ternamente, sem pressa, sentindo o sabor em cada canto de nossas bocas. As mãos deslizavam por meus ombros enquanto as minhas iam em busca das roupas dele, tirando seu paletó e vendo-o se despir aos poucos diante de meus olhos.

Jungkook tirou os sapatos e a camisa sem muita atenção e se deitou ao meu lado, beijando-me com tudo o que tinha. Suas mãos saíram da minha cintura e foram até minhas cochas, puxando meu corpo até que ficasse parcialmente em cima do dele. Acariciou a pele enquanto se perdia no beijo, deslizou a mão para cima, invadindo o vestido e encontrou minha nádega. Eu suspirei quando o senti apertar naquela região tão próxima ao lugar que a cada segundo ia ficando mais quente. 

Meus dedos desceram do pescoço dele até a pele do peito exposto, sentindo os músculos se contrair com meu toque. Jungkook trocou de posição de novo, suas mãos saíram de baixo do vestido e arrumaram meu corpo de em baixo do dele. Parou de beijar-me e sem perder tempo desceu seus lábios para meu pescoço, cheirando-o, mordendo-o, lambendo e provocando, ao mesmo tempo em que seus dedos se enrolavam nas laterais da minha calcinha e puxavam a peça pra baixo de maneira lenta. Agora eu respirava alto e sem controle.

A boca dele desceu mais, enquanto as mãos abriam o caminho, descendo o zíper lateral do vestido até que sua visão fosse preenchida pelos seios redondos e o sutiã meia taça negro. Jungkook ainda demorou mais um pouco, com os olhos perdidos no limite do sutiã que contrastava deliciosamente com a pele.

- Você é perfeita. – Jungkook beijou carinhosamente meu rosto sem deixar escapar nenhum detalhe, pousou os lábios nos meus somente para sentir o gosto que saiam deles, logo depois já rumava para o vale entre seus seios. Eu acariciava os cabelos negros entorpecida pelo cheiro marcante que ele possuía, Jungkook tinha um cheiro bastante peculiar, canela e menta faziam a mistura perfeita em seu corpo. Minha mão deslizou pelas suas costas nuas e Jungkook se arrepiou inconscientemente.

Beijou-me de novo, sem qualquer calma ou gentileza dessa vez, um beijo sôfrego, de puro desejo e vontade, que eu retribuía, quase sem fôlego. Suas mãos desceram possessivas, passaram pelas cochas apertando a carne, e quando chegaram quase na altura do joelho, puxaram, para lados opostos, minhas pernas, fazendo com seu corpo se encaixasse perfeitamente entre elas, enquanto a saia do vestido subia ainda mais.

Eu gemi alto quando senti o membro de Jungkook roçar palpitante por baixo da calça em minha cavidade. Separou-me da boca dele para arfar, tentando recuperar de uma única vez o ar que ele havia tirado de mim e Jungkook aproveitou aquele movimento para deslizar a boca pelo meu pescoço de novo, mordendo, lambendo e chupando, e dessa vez, sem hesitar, saindo do colo para os seios.

Arqueei quando senti a língua do garoto na borda do sutiã, distribuindo beijos molhados em toda aquela extensão de pele. Era quase sufocante a maneira como ele estava levando-me a loucura, eu mal conseguia conter os gemidos, e eles iam ficando cada vez mais altos. Fechava os olhos com frequência, e sempre que os abria novamente e olhava para Jungkook não podia conter um arrepio e outro gemido. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Que nós dois estavam ali, no terraço de um prédio, sendo que qualquer um poderia chegar a qualquer minuto e nos pegar trocando 'aquele' tipo de caricia.

As mãos masculinas subiram mais uma vez, rápidas, e livraram-me do sutiã e do vestido, que até então havia ficado pela metade no meu corpo. Jungkook desceu a boca novamente para meus seios, dessa vez mordendo e chupando com delicadeza meus mamilos, enquanto sua mão esquerda dava atenção ao outro seio apertando-o, sentindo a textura firme da pele que o encobria.

Jungkook podia sentir também minha excitação, pois a cada segundo sua calça ia ficando cada vez mais molhada, além das reboladas inconscientes que eu dava na procura de uma posição que me desse ainda mais prazer. Sentir-me daquele jeito era o que bastava para que ele ficasse excitado também. Cada vez mais duro e pulsante, com o sangue correndo de seu coração ao seu membro, dois lugares que, antes, ele imaginava não terem ligação nenhuma.

Lambeu desde o bico do meu seio até meu pescoço, então começou a beijar cada milímetro da pele até que encontrasse minha boca inchada de novo. O beijo foi lento, provocante, Jungkook ainda aprendia a lidar com aquela sensação estranha de não ter controle sobre si mesmo, às vezes seu corpo queria ir rápido, mas depois ele queria ir devagar e o rapaz estava entrando em combustão por causa daquilo.

Ainda me beijando, ele se livrou das calças e da boxer, um trabalho um pouco difícil naquela posição, mas que ele não demorou muito para completar. Sentiu meu corpo estremecer sob o seu quando nossas peles se encontraram. Soltei um gemido rouco ao senti-lo roçar em minha feminilidade. As mãos grandes desciam por minha cintura, os seios expostos e com os mamilos rijos pressionavam o peito dele o fazendo arfar. Jungkook quebrou o beijo com um leve estalo e me encarou nos olhos como se pedisse uma confirmação.

Levei minha mão direita ao seu rosto, acariciando suavemente enquanto sorria, consentindo em meio a um suspiro mudo. E ele me beijou, apertou minha mão uma vez entes de deixar que ela se encontrasse com a irmã, na nuca suada dele. Suas próprias mãos tinham outro caminho á seguir, e era na direção das cochas volumosas que ele fez questão de abrir um pouco mais antes de dar início ao ato principal. As partes íntimas se tocaram, e minhas unhas se cravaram nos ombros masculinos em espera, eu arfava contra a boca de Jungkook e ele fora obrigado a se separar para que pudesse respirar também. Apertou minhas pernas com mais força, desceu o corpo um pouco mais, sentindo minha cavidade úmida abocanhar seu membro, sugá-lo cada vez mais para dentro, para o fundo de mim, e ele foi, devagar, torturando.

Ficamos longos segundos daquela forma, sentindo as palpitações e pulsações que percorriam os lugares interligados. Meus seios comprimidos no peitoral másculo. A boca de Jungkook dividida entre arfar e beijar o meu pescoço. Mas aquilo não podia se prolongar por muito mais tempo, logo nossos corpos sentiram necessidade de começar a se mover. E foi o rapaz quem deu o primeiro passo, afastando o quadril do meu para que, depois, o chocasse nele de novo.

Foram entocadas fortes e fundas, os gemidos inundavam o quarto. O membro de Jungkook deslizava desde o mais profundo de mim até minha borda e eu rebolava sob ele, acompanhando o ritmo alucinante de estar fazendo amor com ele. Foram quatro, dez, vinte estocadas, bombeando prazer em nossos corpos. O cheiro de sexo já impregnava o ar e nós dois estávamos banhados em suor, completamente entregues e sem raciocínio.

- Jun... Jungkook... Ah... Mais... – E ele obedeceu mesmo sem ouvir o final do pedido, começou a ir mais rápido, dobrou a força. Logo nós dois estávamos em uma dança frenética, conjunta, buscando aquele momento crucial que se resumia em tão poucos segundos, mas que representava tanto. Não se ouvia mais nada naquela noite estrelada no terraço, somente nós dois nos possuindo.

Meu orgasmo veio primeiro, avassalador, chacoalhando o meu corpo e fazendo-me estremecer, mas Jungkook se segurou por mais algum tempo, querendo que eu sentisse aquele turbilhão de sentimentos mais uma vez antes que ele próprio atingisse seu limite.

Jungkook empurrou-me contra ele o mais profundo que pode e aproveitando-me disso, em um movimento rápido, me joguei pra frente, invertendo as posições. Dei de cara com o peitoral dele e me apoiando no mesmo com um sorriso sacana e malicioso nos labios, encontrei o rosto surpreso de Jungkook a centímetros do meu.

- Minha vez.

E sem esperar que ele assimilasse o que acontecia, comecei a subir e descer nele. Não demorou muito para que eu voltasse a sentir as contrações no baixo ventre, a vontade de ir mais rápido, e agora eu cavalgava, sem qualquer pudor, em cima de Jungkook, gemendo mais que antes, ouvindo o som acolhedor de nossos corpos em sintonia.

Arfávamos, gemíamos. Não nos atrevíamos a fechar os olhos, queríamos poder ver cada sentimento dentro do outro. Mais um orgasmo perfeito, dessa vez causando o triplo das sensações que o primeiro causara, e logo foi a vez de Jungkook preencher-me. O liquido quente escorrendo pelas minhas pernas. 

Sem forças, deixei-me cair no peito dele, ouvindo o coração acelerado dele enquanto tentava conter a respiração. O rapaz ainda sentia todo o corpo pulsar. Acariciou minha cabeça, seguindo as linhas que meu cabelo suado fazia em direção as minhas costas. Estremeci de leve, mas não abandonei minha posição.

- Confortável? – Ele perguntou rouco, sorrindo de lado, ainda deslizando os dedos pelos meus fios castanhos. Eu mexi a cabeça, dizendo que sim. – Se eu soubesse que isso seria tão bom teria feito antes...

Pensei um pouco sobre o que ele disse, ainda sentindo a letargia do êxtase presente em meu corpo. Meu cérebro embaçado pelo prazer demorou para fazer a conexão, mas quando o fez senti meu sangue gelar.

- Jungkook? – Chamei aflita.

- Hum? – Ele murmurou.

- Você já havia feito isso antes? – Ele tinha que ter feito isso antes, não tinha?

Ele hesitou por um momento. Talvez não quisesse me ofender com seu grande número de conquistas.

- Bom... – Ele se remexeu inquieto, então apoiei meu queixo em seu peito para olhá-lo nos olhos. Soube a resposta antes mesmo que ele dissesse. – Esta foi a primeira vez.

- Ah, minha nossa!

- Os relacionamento são diferentes aqui, noona. Não é comum acontecer o que acabou de acontecer se não for num relacionamento bem sério. – Jungkook me dei um meio sorriso.

Eu sabia daquilo, e era exatamente por isso que tive essa reação. Ah, droga. Eu iria direto pro inferno.

- Jungkook me desculpa, eu não sabia que... Você foi tão seguro! Eu...

- Não! – Ele colocou um dedo sob meus lábios fazendo eu me calar. – Não se desculpe por me dar a melhor noite da minha vida.

- Mas...

- Mas nada! Não fiz nada que não quisesse, é claramente o contrário! – Jungkook deu um sorriso malicioso, as pupilas dilatando de desejo. – E eu vou fazer claramente o que eu quero mais uma vez.

Ele se virou ficando por cima de mim e passando a beijar seu pescoço rumando para a barriga.

- Você não cansa?

- Não! – Ele respondeu, enquanto alisava minhas pernas distribuído pequenos beijos pela mesma. Eu já mordia os lábios. Não foi preciso muito pra eu esquecer minhas aflições. Na verdade, não foi preciso quase nada.

Ouvimos um barulho, mas obviamente decidimos ignorar principalmente porque Jungkook já rumava para o centro do meu ser. O barulho insistia dessa vez ficando mais alto, estendi a mão tateando algo no chão até encontrar o celular que vibrava dentro da bolsa.

Jungkook já começava a passar a língua em certas partes quando abri os olhos a contra gosto para ver quem estava ligando.

- Jun... gko... ok...

Ele me ignorou por completo, estava bastante entretido explorando minhas áreas erógenas e mostrando suas habilidades orais.

Por fim atendi muito relutante.

- A-Alô?!

Só para provocar Jungkook passou a lhe sugar delicadamente.

Somente fechei os olhos.

- Eu queria saber que horas você vai pro aeroporto amanhã e quem vai com vo... 

- Hummm... – Suspirei alto quando Jungkook me penetrou um dedo.  

- Vaah... O que está fazendo?

Milena estava completamente confusa do outro lado da linha.

- N-Nada, n-nós quer d-dizer... Eu vo-ou...

- Nós é... Acho que posso imaginar o que você está fazendo.

A risadinha da menina do outro lado da linha foi ouvida até pelo Maknae.

-N-Não sei d-do que vo-cê está f-fa-lando Milena...

Mordi os lábios quando Jungkook penetrou mais um dedo, ao mesmo tempo que sugava com vontade meu ponto mais sensível.

- Foi mal atrapalhar, nos encontramos no portão de embarque as sete. Beijos.

Eu nem pude desligar o celular, pois, o mesmo foi arrancado de minha mão por um Jungkook sedento de meu corpo, o garoto jogou o celular em algum canto e enquanto beijava meus lábios passava seu membro ereto na entrada de minha intimidade.

-O que ela queria?

Ainda de olhos fechados, eu arranhava levemente as costas dele pedindo implicitamente que me penetrasse.

- Queria confirmar a hora de encontro amanhã e...

Jungkook me calou com um beijo intenso e me penetrou de uma vez só. Gemi alto.

- Então acho que você precisa retornar a ligação, não é? 

Ele disse em um tom irônico e absurdamente sedutor. Dava estocadas profundas e beijava o lóbulo da minha orelha deixando-me perdida em prazer.

-A-Acho que ela vai ter que esperar um pouco mais... 

Sorri maliciosa e enlacei as pernas na cintura de Jungkook que sorriu e me tomou os lábios para mais um beijo enquanto me penetrava com força.



Notas Finais


É isso People!
Espero que tenham gostado!!!

Digam o que acharam desse capítulo gigantesco, por que eu sofri pra prepara-lo... Rsrs

Até o próximo! ♡♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...