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História Look At Me (Laurinah). - 38: Flashlight


Escrita por: misslaurinah

Notas do Autor


Bom dia, meus bolinhos. Mais um capítulozinho, mais perto do fim. :( Espero que vocês gostem. <3

Capítulo 39 - 38: Flashlight


Fanfic / Fanfiction Look At Me (Laurinah). - 38: Flashlight

Flashlight - Jessie J.

"I got all I need when I got you and I, I look around me, I see a sweet life. I'm stuck in the dark but you're my flashlight, you're getting me, getting me through the night. Kick start my heart when you shine it in my eyes, can't lie, it's a sweet life. Stuck in the dark but you're my flashlight, you're getting me, getting me through the night"

"Eu tenho tudo o que preciso quando você está comigo, eu olho à minha volta e vejo uma vida boa. Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna. Você me guia, me guia pela noite. Meu coração dispara quando você ilumina meus olhos, não dá pra mentir, é uma vida boa. Presa no escuro, mas você é minha lanterna. Você me guia, me guia pela noite."

 

- Mas por que só agora, filha? - Meu pai perguntou, adiantando minha revelação. - Por que decidiu nos contar isso agora?

- Aconteceu alguma coisa? - A preocupação voltou para os olhos de minha mãe, assim que meu pai me perguntou aquilo.

Pensei em como deveria contar-lhes aquilo. Apenas uma palavra. Às vezes uma palavra é capaz de mudar tudo. Sim. Não. Aceito. Dispenso. Culpado. Inocente. Vítima. Forte. Fraco. Correto. Ilegal. Atrasado. Perdido. Vencedor. Perdedor. Apenas uma maldita palavra.

- Aconteceu. - Os olhos esverdeados passaram por minha cabeça e respirei devagar, sabendo que estava fazendo a coisa certa. - Lauren.

O semblante de minha mãe alterou-se de preocupado para confuso. Meu pai, como sempre, imparcial, esperando que eu desse continuidade.

- Como é? - Ele perguntou, sabendo que minha mãe não o faria.

- Hanna não foi a única garota por quem eu me apaixonei, pai. Eu sinto muito, mas não consegui evitar.

- Não sinta. - Minha mãe disse. - Você não está fazendo nada de errado, Dinah. - Meu pai entortou o queixo e passou as mãos sobre o rosto, como fazia todas as vezes que um problema surgia. Talvez aquela fosse a minha deixa para desistir. Para dizer que nada havia acontecido entre Lauren e eu, e que não iria. Mas eu não podia. Eu queria aquilo com todas as minhas forças. 

- Você está dizendo que existe uma outra garota chamada Lauren por quem está apaixonada? - Ele refez a pergunta, como se estivesse me dando a oportunidade de dizer-lhe que estava enganado. Mas ele não estava.

- Espera, Lauren? Que Lauren? - Minha mãe saiu de seu choque e atropelou-me com inúmeras perguntas. - Não é quem eu estou pensando, é? Você está apaixonada por Lauren? Jauregui? Da banda? Filha, há quanto tempo isso está acontecendo?

- Calma, mãe. - Eu pedi, vendo meu pai ficar cada vez mais nervoso na minha frente. Suas mãos estavam entrelaçadas em seu colo, mas eu podia vê-las tremerem. Sua testa estava molhada pelo suor e ele mal conseguia se manter quieto. Por que é que havia sido tão fácil quando tratava-se do passado, e não mais agora? O problema era Lauren?

- Dinah, isso é muito sério. - Ele disse, recebendo a atenção de minha mãe e a minha. - Você tem certeza do que sente?

- Eu não estaria contando a vocês se não tivesse certeza, pai. - Respirei fundo para dar continuidade, ou começaria a chorar novamente, e eu não queria. - Aconteceu tudo muito de repente. Nem eu, nem Lauren esperávamos por isso, mas sim, estamos apaixonadas e queremos ficar juntas. - Mais uma vez, foi como se um peso enorme tivesse sido tirado de minhas costas. Mas o medo continuava presente.

- Escuta, filha. Eu não tenho preconceito, eu fui ensinado por meus pais de que eu deveria respeitar as pessoas independentemente de sua raça, sexo, religião ou qualquer outra diferença. - Quando disse aquilo, ele olhou em direção a minha mãe com uma expressão estranha. Talvez pelo o que minha avó havia feito, mas minha mãe não tinha culpa, ninguém poderia responsabilizá-la pelas atitudes de sua mãe. - Mas o mundo, infelizmente, não pensa dessa maneira. Nem todo mundo vai te receber da mesma forma, e eu não quero que você sofra com isso. É muita crueldade e você ainda é uma criança. 

Então a real preocupação de meu pai era aquela. Ele não se importava com o fato de eu estar apaixonada por outra mulher. Importava-se com o meu bem estar, com o que pessoas maldosas poderiam tentar fazer comigo e como eu provavelmente seria reprimida. Meu coração disparou mais uma vez, eu sabia que ele não iria me decepcionar. 

- Pai, eu não sou mais uma criança. - Ele entortou o nariz para minha afirmação, e pela primeira vez desde que começamos aquela conversa, eu ri. Ele realmente nunca deixaria de ser protetor e me ver como sua princesinha, e de certa forma, eu era grata a isso. - Eu sei o que eu terei que enfrentar, nós sabemos, mas nós realmente queremos isso e a coisa mais importante para mim, é ter o apoio de vocês.

- Você tem, mas preciso que você me prometa uma coisa. - Quando disse aquilo, meu pai me segurou pela mão e me puxou até ele, para que eu me sentasse no seu colo, como quando era uma garotinha e compartilhávamos nossos segredos. - Não me importo que você e Lauren fiquem juntas, eu até gosto dela. - Eu ri mais uma vez. Meu pai adorava se fazer de durão, mas estava óbvio que ele adorava todas as meninas da banda. - Mas você ainda é realmente muito nova e eu não quero ter que me preocupar com pessoas doentes tentando te fazer algum mal. Eu não quero que vocês exponham isso para ninguém além de nossas famílias e amigos por enquanto, está bem? - Concordei rapidamente com a cabeça.

Na verdade, aquilo era algo que sequer havia passado por minha cabeça ainda. Eu precisava conversar com Lauren, não tinha certeza do que ela realmente queria. Mas eu sabia do que meu pai estava falando, e para mim, o que realmente importava era estar com Lauren, com a consciência limpa, sem ter que esconder nada das pessoas que amo. 

- Mãe? - Chamei, recebendo apenas um "hum?" em resposta. - E a vovó? 

Eu ficava tensa em tocar naquele assunto, mas era algo que não podia ser ignorado. O que minha avó diria de tudo aquilo? Eu já sabia que ela não concordava. Apesar de meus pais me apoiarem, ela ainda era muito importante em minha vida e pensar na ideia de perdê-la me deixava aflita. E se ela brigasse com minha mãe? E se eu estragasse a relação que elas tinham por causa disso?

- Não se preocupe, Dinah. Nós vamos conversar com a vovó. - Ela olhou para o meu pai e ele concordou com a cabeça. Aquilo não seria nada fácil. 

Nós nos abraçamos mais uma vez, os três, e tive que ouvir mais uma centena de perguntas feitas por minha mãe. Esqueci-me completamente do quanto dona Milika Hansen pode ser curiosa. Pobre Lauren quando a encontrasse. Lauren!

Saí rapidamente do colo de meus pais, agradecendo-os mais uma vez por serem tão incríveis comigo, mas eu precisava falar com Lauren.

Tirei o celular do bolso quando cheguei na parte dos fundos de minha casa. Todas as luzes estavam acesas e a casa já estava praticamente pronta para a "festa" de réveillon que faríamos, como todos os anos. Por algum milagre, as crianças não estavam na piscina e eu pude me sentar em uma cadeira próxima à ela, antes de buscar o número de Lauren na agenda e apertar para iniciar uma chamada. O telefone tocou três vezes, fazendo meu coração bater mais forte a cada um dos toques, até que a pessoa do outro lado atendesse.

- Halo. - Ela disse com uma voz arrastada, claramente já afetada pelo álcool. Ouvi sua risada logo em seguida, o que me fez revirar os olhos e rir agora despreocupada. - Lauren Jauregui falando.

- Amor, eu sei quem está falando, eu liguei para o seu celular. - Não pude conter outra risada quando houve um silêncio do outro lado da linha. Quanto Lauren havia bebido?

- Dinah? DINAH? - Ela gritou, fazendo-me afastar um pouco o celular da orelha. - Eu tô com tanta saudade, amor! Eu tenho uma coisa pra te contar! - Ela parecia tão empolgada, que eu nem fui capaz de interromper. - Taylor está namorando! Ela está oficialmente namorando antes de mim! Estou envergonhada! - Revirei meus olhos mais uma vez.

- Você também está namorando, Lauren.

- Eu sei, mas não é oficial como Taylor! Ela apresentou o namoradinho para toda a família esta noite. - Ela fez uma pausa, e pude ouvir alguém lhe dizendo alguma coisa. Esperei alguns segundos, até que o barulho se afastasse e Lauren voltasse a falar comigo. - Ainda não tenho certeza se gosto dele... Ele nem conhece nossas músicas! - Ri mais uma vez, eu tinha que confessar, não gostava quando Lauren bebia daquele jeito, mas às vezes era engraçado. 

- Eu também tenho uma coisa pra te contar, mas não pode ser por telefone. - Senti aquele friozinho costumeiro passeando por meu estômago, só de imaginar meu reencontro com Lauren. Eu estava com muita saudade.

- Por que você não fez uma chamada de vídeo? 

- Porque estou com cara de choro e toda desarrumada, ainda preciso tomar banho e me vestir. 

- Por que você está com cara de choro? Aconteceu alguma coisa, amor? - Ela parecia preocupada, e eu não podia deixar de achar aquilo uma graça. Sentir-se amada é definitivamente uma das melhores sensações que já experimentei. - Eu quero te ver!

- Aconteceu, mas foi uma coisa boa, que vou te contar quando nos encontrarmos e você não estiver bêbada. - Ouvi Lauren bufando do outro lado e me contive para não rir. - Agora eu preciso ir. Feliz ano novo, meu amor. 

Eu não sabia se era pelo fato de que havia contado aos meus pais e agora me sentia mais leve e menos culpada, mas dizer aquelas palavras me fazia tão bem, que eu queria repeti-las centenas de vezes. Meu amor, meu amor, meu amor.

- Dinah? - Ela chamou num fio de voz, no qual pude notar um tom choroso que me quebrou o coração por estarmos tão longe uma da outra naquele momento.

- Sim, Lauren?

- Eu te amo. 


Notas Finais


Quem quer reencontro laurinah levanta a mão \o/ POKASPAKPOSKOP Espero que cês tenham gostado desse capítulo, beijos de luz e até o próximo. <3


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