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História .loser - yeonbin. - A unexpected visit.


Escrita por: caratiny

Notas do Autor


Boa noite? Essa ideia veio repentinamente, eu espero que seja um bom pico de criatividade, e espero finalizar essa fanfic com sucesso.

Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 1 - A unexpected visit.


Fanfic / Fanfiction .loser - yeonbin. - A unexpected visit.

August 18; 1h51min


O moreno cambaleava pelas ruas do subúrbio já tão conhecido por si, tão visitado, e tão vazio. Vagava a procura do endereço o qual prometeu a si mesmo nunca mais voltar, o qual antes sempre procurava após estar alto. Agradecia mentalmente por ser sábado, pois não teria condição alguma de ir trabalhar no dia seguinte, tanto físicas quanto mentais. Estava acontecendo o de sempre; Havia enchido a cara por conta de sua forte decepção amorosa, ou como ele mesmo apelidava; "tortura amorosa", pois aquele ciclo nunca parecia ter fim. A antiga relação com o Choi mais velho era uma verdadeira montanha-russa, que lhe enchia de adrenalina, estando na parte de baixo ou na de cima, todas as emoções vindas daquele relacionamento não assumido eram sentidas de maneira intensa para o jovem estudante de medicina. Mesmo após a última discussão, há sete meses, lá estava ele, engolindo toda a dignidade que ainda tinha para visitar o ex-amante, no intuito de pedir desculpas, já que em pleno calor da briga, nenhum dos dois deu o braço a torcer e por isso, haviam se distanciado.


January 14, 2021; 3h26min.

Os gritos ecoavam pelo cômodo de maneira estridente, estariam discutindo mais uma das trilhares de vezes nas quais o faziam, e como sempre, parecia ser algo bem feio.

— Você deveria parar de me culpar pelas suas próprias frustrações! Eu não tenho culpa se você mesmo tá' acabando com a sua vida. - O Choi mais velho xingava, enfatizando os pronomes usados de maneira crítica. — Acha fácil ter que ouvir tudo que você me fala? Acha fácil ter que carregar uma culpa que nem é minha?

— Yeonjun...- O maior entre eles iniciou, suspirando fundo enquanto tentava manter a calma. — Eu não estou te culpando. Só que... É muito merda ver a situação onde eu estou me metendo por você, e pior, não ter nem certeza sobre o que você sente ou o que temos, e isso-

— Sinceramente? Como vamos ter algo se você não confia em mim? - Indagou enquanto se afastava e sentava no estofado da residência, apoiando os cotovelos sobre os joelhos enquanto arqueava o tronco para frente, em uma má postura costumeira. — Soobin, em algum momento eu te disse "Pare de ser um bom aluno, enche seu cu de bebidas e drogas, seja meu cúmplice e participe dos meus negócios"? Esquece. Mas uma coisa é fato; Eu não posso namorar com alguém, não agora. 

Os olhos jaziam-se marejados e o corpo inteiro do jovem parecia tremer, tanto de raiva quanto tristeza, era uma mistura de frustração consigo e com as expectativas não cumpridas quanto ao mais velho. Estavam naquilo a mais de um ano, se sentia usado, de fato.

— Certo... Você realmente não pediu, mas eu me ofereci para te ajudar a vender essas coisas e te ajudo em qualquer outro plano seu porque te amo e sei que é disso que vive, e que não vai sair dessa tão cedo. Mas se coloca no meu lugar! - Nesse momento, levou a mão ao peito, apertando a própria camisa a qual segurava entre os dedos de maneira aflita. — Já faz um ano que eu escuto tudo isso. Eu vou ter que te esperar pra sempre? Isso parece egoísta, mas, porra... - Riu soprado, se permitindo finalmente desabar, o que fizera o menor entre eles franzir o cenho. — Do que tem medo? O que... Te impede? Você não me ama o suficiente pra isso?

— Olha, eu sou totalmente grato por tudo que faz por mim, mas não esqueça que não é só você quem faz algo nessa "relação". - Fez aspas com os dedos. — Peço para que tente ver meu lado também. Você acha que é fácil assim começar a namorar estando envolvido com vários crimes? Você sabe que eu nunca vou te visitar justamente para que não me sigam e descubram onde você mora. Porra, tudo que eu faço é para o nosso bem, mais pelo seu, mas ainda assim, é por nós. O que vai mudar se começarmos a namorar de verdade? Sinceramente, só vai ser algo assumido, e se alguém que me odeia descobrir, pode te fazer mal, mas eu só tô tentando te proteger! 

Yeonjun elevou um pouco a voz enquanto falava, afinal, estava uma verdadeira pilha de nervos, a qual parecia que iria estourar. Não queria brigar, não queria discutir, pois achava aquilo tudo terrivelmente exaustivo, no entanto, pelo visto, o Choi mais novo não colaboraria.

— Eu não tenho medo. - Foi tudo o que o mais alto disse, fazendo o garoto bufar em resposta. — Só quero ter a porra de um relacionamento normal, te amar como outros casais fazem, mas parece ser... Impossível. Que se danem essas pessoas que podem nos fazer mal, eu só quero poder ficar do seu lado sem nenhum de nós ter medo ou algo do tipo. Ah, quer saber? Você não vai entender, e a gente não vai chegar em lugar nenhum. Mas eu estou exausto por ter que reprimir o que sinto e ter que te visitar como se estivesse indo ver um fugitivo da polícia e-

— E eu sou o que, porra? - Ali, a paciência do garoto se dissipou, fazendo com que levantasse, respirando pesadamente. Se aproximou do outrem e apontou o indicador para este, em uma certa tentativa de intimidar. — Já estamos nessa merda há mais de um ano, se ainda não se acostumou, não deveria tentar algo comigo. Você deveria, sei lá, tentar namorar com uma pessoa que vive uma vidinha normal, para que vocês pudessem ter um relacionamento feliz e saudável, então, me faz um favor? Vai embora. Eu tô' cansado. Cansado de brigar e nunca chegar em lugar algum, de ter que me justificar o tempo todo para a única pessoa de quem eu esperava algum pingo de compreensão. Eu tô' decepcionado.

— Certo... Quer que eu vá? Eu vou. Mas eu não volto. - E assim, enxugou as lágrimas que rolavam pelo rosto, suspirando fundo e arrumando a postura. — Vou seguir seu conselho. Vou tentar ser feliz, Yeonjun, e eu desejo que você possa fazer o mesmo.

— Apenas seja feliz e eu estarei feliz também.

Foram as últimas palavras trocadas antes do mais novo sorrir pequeno, tentando controlar o corpo que involuntariamente queria ficar, mas precisava tomar caminho para fora dali. Não iria desfazer o que havia dito. Acenou antes de abandonar a pequena residência, encostando a porta devagar enquanto mentalmente pedia para que Yeonjun lhe parasse, mas ele não o fez, e aquilo cortou o coração de Soobin em pedacinhos. Já o mais velho, mordia o lábio inferior no intuito de segurar o choro, se sentindo totalmente estupido por querer correr atrás de quem havia lhe deixado; Se sentia, de certa forma, traído. Queria gritar, chorar, e tudo que qualquer outra pessoa que havia se decepcionado com seu amor fazia, mas, tudo que fez, foi engolir o choro, sentindo o nó na garganta doer de tanto que o segurava. Não iria se humilhar daquela maneira, assim, pensava ele. Desde então, nunca mais souberam um do outro.


August 18; 2h24min


Lá estava Yeonjun, jogado no sofá da sala enquanto assistia algum filme qualquer que passava na televisão, falsamente entretido pela trama de Os Vingadores, estaria quase dormindo e se entregando ao cansaço, quando pôde ouvir as batidas fortes na porta, fazendo com que arregalasse um pouquinho os olhos, confuso e talvez assustado. Temendo ser alguém o qual não tinha uma boa relação ou a polícia, levantou devagar, caminhando sem produzir nenhum ruído até chegar no quarto, onde pegou a primeira pistola que viu e checou se estava carregada. Ao fazer, caminhou a passos lentos até a porta, se encostando atrás dela, tentando se aprontar para qualquer confronto. 

— Quem é? - Questionou em um tom elevado, sem muita paciência, já se preparando para atirar. — Eu perguntei "Quem é?", porra. Se não responder, eu vou te matar!

E então pôde ouvir alguns murmúrios desconexos do outro lado da porta, a voz conhecida fez com que perdesse toda a pose de durão, afinal, se tratava nada mais, nada menos, do que do outro Choi. Pôs o revólver no cós da calça, sentindo o nervosismo e um pequeno frio na barriga se fazerem presentes no próprio cerne. Não acreditava naquilo, e sentia que era alguma peça que sua mente lhe pregava. Por via das dúvidas, destrancou a porta e a abriu, tendo os lábios entre-abertos enquanto encarava a figura bagunçada e aérea do ex-amante. 

— Você...? O que tá' fazendo aqui? - Perguntou, confuso e curioso, afinal, o último encontro havia sido péssimo. — Caralho, precisava bater na porta assim? Achei que era alguém querendo me matar ou me prender.

— Desculpa. 

Foi tudo o que o mais novo disse antes comprimir os lábios, um tanto desajeitado, já que não sabia nem mesmo o que dizer ao outro rapaz. Então tentou arrumar a postura, vendo o menor fazer uma careta e negar com a cabeça.

— Ah, entendi... Você tá' bêbado. Tsc. - Revirou os olhos e riu soprado. — Você tá' fedendo a cachaça, porra. Veio me procurar só pra' se divertir?

— Vim conversar. Conversar sério. - Tentava usar o último resquício de consciência para falar, mas tudo parecia sair em tons incertos, já que a mente do jovem estava nublada graças ao álcool. — Por favor... Me escuta.

— Conversar? Bêbado desse jeito? - O garoto cruzou os braços, franzindo o cenho em um julgamento do maior, o olhando de cima a baixo. — Tá, quer saber? Entra aí. Não quero nem ver o que aconteceria se ficasse mais tempo vagando pela rua podre de bêbado do jeito que você tá'.

O menor fez menção para que entrasse, então Soobin sorriu, um sorriso escancaradamente grande, pois aquela mínima preocupação do garoto demonstrava que, talvez, nem tudo estivesse perdido.  Adentraria a residência, e dali teriam uma longa conversa, esperava ele, que com bons resultados.







Notas Finais


Esse primeiro cap. tá' ruim, mas prometo que ao longo da história, vai ficar mais interessante. Obrigado a quem leu!


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