História Losing You - Jung Hoseok - Capítulo Onze.

*Hoseok On*

Dois meses passou voando, e nisso fiz boas lembranças. Meu trabalho vai muito bem, Naomi e eu somos próximos, Tae e Near se assumiram para mim abertamente, e claro, os apoiei muito. E hoje Near e Tae Soo completam mais um ano de vida, são praticamente Almas gêmeas nesse quesito. Combinamos da festa ser na casa dos Daves, então eu iria conhecer formalmente os pais de Naomi.

- Com licença, Sr. Jung. - Um dos professores bate na porta. - Naomi Daves está sendo chamada na diretoria.

- Algum problema? - Indago. Estranhando tudo aquilo já que ela é muito quieta.

- Parece que acharam o culpado das pegadinhas feitas nessa última semana. - O homem diz. Os alunos conversam entre si, porém Naomi apenas observa sem esboçar emoção. - Me siga, moça.

- Deve haver um engano. Naomi é uma boa aluna e muito exemplar, ela não faria isso. - Falo. Mas conhecendo, ela faria sim.

- Isso é com a direção. - Naomi levanta e sai da sala junto do professor. Eu poderia estar com ela no momento, mas não posso.

- Yunho não está na sala. Foi ele quem inventou isso? - Pergunto à classe. Todos se olham em busca de resposta.

- Ele viu ela fazer tudo isso, professor. Desde as tintas nos shampoos das meninas e os papéis higiênicos molhados no banheiro dos professores. - Yeeun responde. - Ela não é tão exemplar assim. Por que tentar defendê-la?

- Vocês deveriam ser amigos. Estão parecendo crianças agindo feito idiotas.

- Calma professor. O senhor acha que ela é mesmo inocente? - Yeeun ri. - Deveria colocar óculos.

Prossegui com a aula inteira pensando em Naomi, até que faltando dez minutos para a primeira aula acabar ela voltou para a sala sorrindo.

- E então Daves? - Pergunto. A garota guardou suas coisas em sua mochila e virou para mim ainda sorrindo.

- Fui expulsa por algo que não cometi, mas estou de boa. Nunca gostei de estudar mesmo. - Ela diz dando de ombros. - Meninas, vocês nunca terão esse homem. - Ela aponta para mim. - Ele já me pertence. - Naomi completa. Os alunos ficam agitados com suas palavras.

- Naomi, que porra é essa? - Saio da sala puxando seu braço. - Quer arruinar meu trabalho, é isso?

- Só alertei para essas oferecidas ficarem espertas. - Ela diz. - Vou pra casa relaxar e te ligo mais tarde. Pode ser? - Assinto. - Beijo. - Ela acena ainda rindo.

Adentrei novamente a sala tendo a atenção dos alunos. Eu estava constrangido pelo jeito que Naomi falou para os alunos, mas me deixou aliviado ela não ficar mais aqui para me tirar a concentração.

- Voltei galera. - A voz irritante de Yunho se faz presente. Ele e Yeeun fazem high five antes do cafajeste sentar na cadeira. - Prossiga, querido professor.

Ignorei todos os comentários maldosos, e continuei com minha segunda aula daquele dia. Faltando pouco tempo para a segunda aula acabar, o barulho no corredor atiçou a curiosidade dos alunos.

- Yunho, alguém fez um belo estrago no seu carro. - Um universitário de outra classe alerta. Todos os alunos saíram para olhar, não pude impedir, o que me restou foi olhar também.

- Caralho, olha o tamanho do pau que essa pessoa desenhou no capô. - Os alunos gargalhavam com a situação. Vi Yunho correr desesperado passando pelas pessoas.

- Mais que porra. - A pessoa que havia feito aquilo subiu na moto que estava alí perto e deu no pé. O carro de Yunho estava com os vidros quebrados,as portas amassadas e aquela pintura horripilante de um pênis gigante. - Daves, sua maluca. - Coloco a mão na cabeça. Era óbvio que era ela, se a polícia pegar a culpada Daves está ferrada. Bom, talvez só eu tenha percebido. Entretanto, ela será a principal suspeita por que ele fez uma calúnia.

*Hoseok Off*

*Naomi On*

- A mamãe e o papai não vão brigar por você me fazer faltar aula hoje? - Near pergunta.

- Besteira. Tem mais é que se divertir mesmo. - Termino de retocar o gloss e me viro para o mais novo. Iríamos sair agora a tarde, mas antes precisávamos buscar Tae Soo antes do Hoseok chegar da faculdade. - Além disso, você gostou da ideia.

- Tem razão. - Ele dá de ombros. - Ainda não acredito que você foi expulsa e fez aquela barbaridade no carro do culpado. Você não presta, Naomizinha. - Near gargalha.

- Avisa o Tae que vamos buscar ele agora. - Alerto.

Peguei o carro do meu pai para buscar Tae Soo e de lá iríamos a vários lugares, um passeio entre meu irmão e o filho do meu ficante.

Hoseok e eu não temos nada além de sexo, uma parada de ficantes (como se tivéssemos idade pra isso). Jung se tornou o meu tipo ideal nesse período, ele super me entende e me apoia, me elogia, sabe dos meus altos e baixos, não me decepcionou me deixando na mão igual meus pais.

- Meu pai vai me matar. - Tae diz ao entrar no carro rindo. - Mas eu gosto quando ele fica irritado com você Naomi, se derrete na hora quando você dá uma explicação qualquer.

- Imagina quando ele souber que eu sou o motoqueiro que destruiu o carro de um aluno dele. - Digo rindo. Dei partida indo direto para um estacionamento, o carro ficará lá o dia todo praticamente e só voltaremos a noite. - Bom, primeira parada sorvete porque eu estou morrendo de fome. - Os meninos se animaram com a ideia. Enquanto tomávamos nossos sorvetes mega diferentes na sorveteria, Hoseok me ligava, até que não aguentei e atendi uma de suas ligações. - Oi meu bem.

- Daves, cadê meu filho?

- Está passeando comigo, oras. Não pode?

- Nao, ele não pode. Sabia que era pra ele estar na escola a essa hora?

- Esqueci. - Disse irônica. - Um dia não vai matar ninguém. Meu bem, fica tranquilo que ele está se divertindo demais com o Near.

- Deixa eu falar com ele.

- Não, não. Ele está bem e é isso que você precisa saber.

- Daves, você aprontou demais por hoje. - Ele diz alterado. - Primeiro a expulsão, segundo estragou o carro do Yunho sabendo que podem investigar, e terceiro levando meu filho pro mal caminho.

- Já acabou? - Indago. - Gostou da pintura no carro? Fiz pensando em você.

- Garota, você vai se ver comigo.

- Ain, adoro quando você fica agressivo. - Eu ri. - Seu filho está sorrindo tanto, deveria ver.

- Me diz onde vocês estão.

- Não vou dizer nada. Hoje é o meu dia com os meninos e você não foi convidado. - Falo e encerro a ligação. Desligo meu celular e faço os meninos desligarem os deles também. Hoseok é esperto para rastrear celulares. Ele é um bom pai, mas as vezes é certinho demais. Sou sim a favor das crianças tirar um dia de folga dessas aulas chatas. - Teu pai puto é muito engraçado. - Nós três rimos.

- E quando vocês vão ter algo sério? - Tae pergunta.

- Como eu sou iludida a gente já está, mas não depende só de mim. - Respondo.

Após a sorveteria passamos o dia no fliperama, almoçamos no restaurante chique e tomamos milkshake, fora os brinquedos que conseguimos andar.

Eu estava adorando ver Near e Tae Soo de mãos dadas, era adorável. O jeito que eles se gostam, se olham, seguram a mão um do outro, é simplesmente perfeito.

- Me esperem alí na frente, vou saber o preço de uma coisa aqui. - Falei para os mesmos que assentiram. Eu precisava encontrar os presentes perfeitos para eles, afinal era o aniversário deles. Além desse dia relaxante, eu quero algo que os faça lembrar de mim e o dia de hoje. Não me agradei de nada e acabei saindo buscando pelos mesmos. - Ei, ei! - Gritei para os dois caras que aparentavam incomodar meus meninos. - Que porra é essa?

- É a defensora dos viadinhos? - Um deles riu. - Por que não ensina a eles o que é ser homem de verdade ao invés de beijar outro cara?

- Não ouse tocar neles, ou não respondo por mim. - Minha reação de imediato é ficar em frente aos menores. - Vocês não têm o direito de dizer quem eles podem beijar ou não. - Disse. Estava anoitecendo, e eu estava com medo da situação, mas jamais deixaria alguém tocar nos meninos.

- É só uma surra, isso vai consertar eles. - O outro cara disse antes de me dar um empurrão. Bati nas latas de lixo do beco.

- Near! - Meu ódio me consumiu ao ver meu irmão levar um tapa e corri para empurrar o desgraçado para longe dele. - Você tá bem? - Perguntei, mas logo corri e chutei o outro cara que bateu algumas vezes em Tae Soo. - Tá maluco? É só uma criança...- Peguei os dois meninos afastando-os dos homens alí. Ninguém passava por perto, o que me deixou mais aflita.

- Essa vadia é uma burra mesmo...

- Pega ela.

- Vou segurá-los. Corram e peçam por ajuda. - Alertei os meninos. Deixei ser pega por um deles e agarrei o outro com toda minha força. Mesmo recebendo socos continuei firme. - Vão! - Gritei.