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História Losing Your Memory - I would have loved you all my life


Escrita por: AddekLovato

Notas do Autor


Olá :)
Gente, preciso desabafar. Vocês viram a homenagem no show de ontem? Foi muito lindo. Meu sonho era ver a Demi cantando Rise Up, to muito feliz. Inclusive indico a música pra lerem esse capitulo, vai fazer toda a diferença.
Tragam lenços.
Amo vocês viu?

Capítulo 5 - I would have loved you all my life


             

                 _ Vocês estão acompanhando o senhor Wilmer Valderrama?

                Minha voz ficou presa na garganta. Meus pensamentos vagaram involuntariamente para a cena do casal de minutos atrás e meu coração disparou. Não, ele não estava... Deus, não! Senti minha visão turvar e não pude sustentar meu corpo. Senti braços, que deduzi serem os do médico, me sustentarem enquanto eu era levada até uma das cadeiras da sala. Marissa trouxe-me um copo com água e lentamente minha visão voltou ao normal.

                 _ O que aconteceu? – perguntei diretamente à Marissa, que sentou-se a meu lado.

               _ A senhorita teve um mal estar, provavelmente causado pela tensão. Como se sente? Precisa de atendimento? - o doutor respondeu, enquanto fitava-me preocupado.

                _ Eu estou bem. Como ele está? – minha voz saiu tremula pela ansiedade.

               _ Eu sou o Doutor Lenns, você é a senhorita Lovato, presumo. – assenti. _ O Senhor Valderrama sofreu escoriações no rosto e no dorso, além de um trauma crânio encefálico, que causou uma concussão grave, mas os exames não apontam lesão cerebral. Porém, devido ao impacto causado pelo acidente, o paciente fraturou três costelas, estas causaram perfurações em órgãos vitais, gerando um quadro de hemorragia severa que, felizmente, pode ser revertido por meio de uma intervenção cirúrgica. Ele está estável no momento e vamos mante-lo sob monitoramento, mas não podemos afirmar quando ele vai recobrar a consciência ou se isso vai mesmo acontecer. Lamento.

                _ Há alguma informação sobre a causa do acidente? – Marissa falou, mas sua voz parecia distante. Minha mente parecia entorpecida. As palavras trauma e hemorragia vagavam de uma lado a outro sem que eu conseguisse formular algo para dizer.

                _ Segundo testemunhas, um veículo em alta velocidade derrapou na pista e invadiu o sentido contrário, atingindo o carro Senhor Valderrama.

                _ Posso vê-lo? – minha voz não passou de um sussurro.

                _ Claro, acompanhem-me por favor.

                O caminho até o quarto pareceu mais lento do que deveria ser, os corredores mais longos, as salas cada vez mais distantes; era como estar em câmera lenta. Precisei respirar fundo antes de girar a maçaneta da porta que me separava do amor da minha vida, minhas mãos tremiam tanto que cheguei a duvidar que conseguiria segurar algo com elas de novo. Girei a maçaneta e o tempo parou. Senti os braços de Marissa a minha volta enquanto me debatia, ouvi seus sussurros, ouvi meus gritos, ouvi meus próprios soluços, mas tudo parecia fora de lugar, como se eu não estivesse ali, como se eu estivesse assistindo a cena de longe. As palavras não faziam sentido, os sons eram indecifráveis. Tudo que conseguia sentir era uma dor insuportável, como se minha alma estivesse sendo dilacerada. Em seu rosto, o sorriso que eu tanto amava dava lugar a uma carranca pálida, coberta por arranhões. O lábio inchado acompanhava um longo hematoma que cobria parte do lado esquerdo de seu rosto. Um corte profundo se desenhava na maçã direita de seu rosto, contrastando com os pontos que fechavam um ferimento em seu supercílio. Uma atadura grossa cobria a maior parte do lado direito de seu dorso, os arranhões do lado esquerdo se estendiam do ombro até a palma de sua mão. Uma máscara cobrindo seu nariz o fazia respirar. E, por um instante cheguei a duvidar que seu coração batia.

                Os braços de Marissa deixaram-me e me arrastei lentamente até deitar minha cabeça sobre seu peito. Senti quando minhas lágrimas molharam a roupa de hospital que cobria seu corpo. Ouvi quando a porta se fechou, e estávamos só eu e ele. Não era certo, não era justo, aquele lugar, aquela cama de hospital, todos os fios, aquilo não combinava com Wilmer. Não com o meu Wilmer. Não havia o som da sua risada, ou o seu cheiro. Ele não iria afagar meus cabelos e dizer que tudo ficaria bem. Eu nem mesmo sabia quando ele iria acordar, ou se iria acordar.

                _ Você não vai me deixar, não é? – sussurrei, mesmo sabendo que não haveria resposta. _ Por favor, eu te amo tanto... Eu sinto muito por Nick e pelo bebê. Eu posso viver com você me odiando, eu juro que você nunca mais vai me ver, só por favor, não morra. – E naquele momento me arrependi por todas as vezes que não disse o quanto o amava, por todas as discussões sem importância, por todas as mentiras, tudo. Eu daria qualquer coisa para que pudesse vê-lo sorrir de novo, daria a minha vida, se necessário, porque eu jamais poderia viver sabendo que seu coração não batia mais.

             Quando a porta se abriu, depois de um longo tempo, não haviam mais lágrimas, mas não me afastei dele.  Senti quando Marissa afagou meus cabelos levemente.

                _ Como você está? – sua voz era terna e sua preocupação quase palpável. Lembrei-me de minha mãe e por um instante, quis que ela estivesse aqui comigo.

                _ Bem – quis soar confiante mas a voz embargada e rouca me entregou instantaneamente.

                _ Você é uma péssima mentirosa. – senti o tom de brincadeira em sua voz – Ele vai ficar bem. – neguei com a cabeça.

                _ Sinto que tudo isso é culpa minha.

                _ O que? Como poderia ser culpa sua, amor? – seu tom reconfortante quase me fez acreditar em suas palavras. Quase.

               _ Se eu não tivesse feito tudo o que fiz, não tivesse mentido, nós dois estaríamos em casa agora. Se eu tivesse ao menos tido a decência de dizer a verdade, nada disso teria acontecido. Isso tudo é culpa minha.

                _ Sim, olhe pra ele. Tudo isso é culpa sua, você quase o matou. Você é desprezível, Demétria. – as vozes em minha cabeça insistiam em afirmar aquilo do qual eu já sabia.

                _ Não é sua culpa, não faça isso consigo mesma, Demi. Foi um acidente, essas coisas acontecem.

                _ Eu o amo, eu o amo tanto, não sei como pude fazer aquilo...

                _ Shii, não pense nisso agora. Você precisa descansar, eu posso ficar aqui se quiser ir pra casa.

                _ Não. Eu não vou sair do lado dele. – não poderia, era ali que meu coração estava.

                _ Demi... – não esperei que ela terminasse.

                _ Você está tão cansada quanto eu, vá para casa, eu vou ficar bem.

              Marissa negou com a cabeça antes de suspirar e me dar um beijo na testa, antes de sair pela porta, deixando-me sozinha com Wilmer. Acariciei levemente seu rosto, temendo machuca-lo.

                _ Eu sei que se estivesse acordado, você não iria me querer aqui. Na verdade, acho que não iria me querer nem no mesmo estado. Mas eu prometi que estaria sempre ao seu lado, e eu vou cumprir minha promessa. – Ajeitei meu corpo na cadeira e beijei-lhe os lábios levemente, antes de recostar minha cabeça em seu peito. _ Eu sempre vou amar você, Willy. – e não demorei a adormecer. 


Notas Finais


Joguei e sai correndo.


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