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História Los Taciturnos - Regresso


Escrita por: Litalea_Draak

Capítulo 16 - Regresso


Depois do almoço meu grupo ficou encarregado de cuidar da cozinha. Alethea e Miranda estavam limpando ao mesas, João lavava a louça e Helewidis secava e guardava as coisas, eu limpava o chão e ajudava com as mesas. Karen foi levada até as outras crianças há alguns minutos.

— A nossa prova é daqui três dias, certo?! — João perguntou alto.

— Certo! — Alethea respondeu na mesma altura.

— Como vai ser essa prova?

— Boa pergunta. — Miranda disse parando o que estava fazendo. Alethea olhou assustada para ela. — O que foi agora?!

— Nada não. — Sorriu e foi até a cozinha.

Seguimos em silêncio. Pouco minutos depois vi Litay, Bruno, Jhom e Victor entrando com pressa no refeitório, pareciam vir da sala de pesquisas. Mais três médicos surgiram, em seguida dois homens entraram pela porta principal. Miranda veio até mim.

— Beto! Conseguiram?! — Bruno.

— Chamem a Angel, ela está no carro. — Um dos homens disse, Jhom foi fazer o que havia pedido.

Victor imediatamente correu para fora do refeitório, Litay foi atrás dele.

— Heitor também voltou?

— Ele está ajudando lá fora.

— Terminamos aqui. — João anunciou saindo da cozinha com as meninas. — O que aconteceu?

— Eu acho que são da equipe Sigma.

— Sigma? Tipo Sigma do Megaman?

— Não. Cara, minha irmãzinha fez essa pergunta hoje!

— Finalmente alguém conhece Megaman!

— João, foco agora. — Alethea.

— Foi mal. — Sorriu nervoso.

— É verdade?! — A voz de Angel soou alta, ela estava parada próxima ao corredor.

— Estão falando de mim?

Litay e Victor estavam ajudando uma mulher a andar, ela parece ser mais velha que a Angel e possui algumas cicatrizes no rosto.

Angel colocou a mão sobre a boca e começou a chorar, aquela mulher sorriu.

— Vira macho, Angel.

— Cala a boca, Lia!

— Tá faltando alguém... cadê o Lukas?!

— Deve estar dormindo.

— Porra.... Oh Angel, mulher da minha vida, eu já mandei você parar de chorar. Amores, me ajuda a chegar nessa mulher.

Litay e Jhom riram baixo enquanto levavam Lia até Angel. A médica a abraçou com força, fazendo com que os dois ajudantes de afastassem.

— Você tem noção de quanto tempo eu esperei por isso?

— Tenho sim, dois anos.

Outras pessoas que passavam pelo refeitório estavam observando-as. Muitos exibiam uma face surpresa, a maioria estava parada assim como eu, João e as meninas. Bruno parecia não se importar, estava feliz.

Diversas pessoas entraram, como se esperassem encontrar todos aqui. Um dos garotos me chamou a atenção, estava com Alice e Gabriel.

— Bruno, reúna todos os representantes na sala vinte e três, por favor. Mikha precisa estar presente. — Beto, o aparentemente líder da Equipe Sigma, pediu.

 

∞ ∞ ∞ ∞ ∞

Aproveitei todo o restante do dia para passear com Lari pela cidade, acabamos por nos encontrar com Juliana. Ela trabalha na parte de reconstrução da cidade, como se fosse pedreira mesmo, já devo ter a mencionado alguma vez. Lari se mostrou muito curiosa quando soube que a Juliana não construía casas ou prédios, infelizmente não é muito viável fazer isso nessa situação.

— Moça, então como você reconstrói a cidade sem construir nada?

— Você já viu aquela praça no centro da cidade?

— Vi sim, ela é muito bonita!

— Ela não era bonita.

Ela se referia à aquela praça em que Litay fez um "teste prático surpresa". Naquele dia tudo estava destruído e sem qualquer flor viva, hoje os destroços não estavam lá e o local se apresentava mais limpo, até mesmo se podia ver a vegetação voltando a crescer.

— Então você deixa a cidade mais bonita?

— Eu deixo ela um pouco mais agradável. Está vendo aquele prédio? — Apontou para o outro lado da rua. — Ele estava com todos os vidros quebrados, as pessoas poderiam se machucar muito se entrassem lá.

— E você cuidou disso?!

— Cuidei sim. — Sorriu. — Nossa "reconstrução" não é nada mais que deixar essa cidade segura, transformar o básico sem gastar muito o que temos.

— Entendi.... Isso é muito legal! — Olhou alegre para mim.

— Não se aproximem da saída da cidade, logo vai entardecer. — Mirou o céu por alguns segundos enquanto falava.

— Nós já iremos voltar.

— Papai falava que é muito perigoso ficar andando depois que o sol vai embora.

 

∞ ∞ ∞ ∞ ∞

Hoje levantei um pouco mais tarde, aproveitei que estava "de folga" para colocar meu sono em dia e descansar bem. João e Miranda pareceram pensar da mesma forma, pois quando os encontrei no refeitório seus rostos denunciavam que acabaram de sair da cama.

— Bom dia. — Helewidis disse se aproximando com uma caneca em mãos, ela se sentou ao meu lado.

— Dia... — Miranda apoiou o rosto na mesa. — Eu não me lembro da última vez que dormi tão bem.

— Ou por tanto tempo. — João.

— Bom dia pessoal. — A voz de Alethea soou baixa, ela vinha em nossa direção em passos calmos. — Quais as atividades de hoje?

— Nenhuma.

— Eu vou passar o dia com a minha irmã. — Miranda.

— Eu também.

— Preciso ler um pouco.

— E você João? — Helewidis perguntou colocando a caneca na mesa.

— Acho que vou praticar um pouco... já conheço bem essa cidade e não tem mais nada na minha lista.

— Ainda não sei como...

— Helewidis! — Um homem chamou alto, caminhando com pressa até ela. — O que está fazendo aqui?!

— Nada. — Levantou-se.

— Você deveria ter ido pra Brasília! Por que não foi?!

Ela abaixou a cabeça e não respondeu.

— Ela estava com a gente em São Paulo. — João disse olhando-o. — Fomos com o Delta.

— Eu perguntei a ela.

— Você não citou nomes. — Litay disse entrando com pressa, estava acompanhada de Jhom e Victor.

— João, o Felipe quer falar contigo. — Victor disse. João se levantou e saiu.

— Vai mesmo arrumar confusão por causa disso? — Litay questionou séria, olhando para aquele homem.

— Você sabe muito bem o que pode acontecer se ela ficar tempo demais aqui. Aqueles idiotas são mais inteligentes do que parece!

— Beleza, fodam-se eles. Nós precisávamos dela. Hele vai pra Brasília hoje mesmo, certo?

— Certo.

— São dez horas de viagem. Acha mesmo que eles já não estão desconfiando?

— Pablo, confia. Eu sei como reverter isso. Hele, você vai com o Alpha. Crianças, a sala trinta e quatro os aguarda.

 

∞ ∞ ∞ ∞ ∞

— Por que ela vai pra Brasília?

— Eu tô sabendo que o João já desconfiava, depois vocês contam pra ele. Somente pra ele. Eu não quero que isso se espalhe, hm?

— Prometemos não contar.

— Tranquilo. A Helewidis trabalha pro governo.

Nenhum de nós sabia como reagir a isso.

— O governo manda ela aqui pra coletar informações, mas ela sempre altera um pouco antes de passar pra eles. Nisso ela nos alerta de algumas coisas e as vezes traz algum presente. — Riu baixo.

— Então ela é uma agente dupla?

— Tripla. Erros para o nosso querido governo e acertos pra nosso grupo. Além disso ela tem contatos excelentes na Alemanha.

— Como vocês podem ter certeza de que ela não altera as informações antes de passar pra vocês? — Miranda cruzou os braços.

— Eu não duvidaria das motivações dela.



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