História Lost Alone - Perdido e sozinho. - Bambi

Talvez foi uma má ideia ter saído assim no meio da noite, andamos por uns 50 metros e o olhar preocupado e arrependido no rosto do Rob não saíra nunca do rosto.  

Eu tenho meus truques pra sair à noite, ele também, mas percebi que eu tenho mais agilidade nessa questão. Não encontramos nenhum andarilho no nosso caminho até então, isso é sorte. Eu poderia andar muito mais, até ficar na madrugada se preciso mas a insegurança do menor tomava conta no nosso ar e aliás, tenho que deixá-lo ficar mais confortável com essa ideia, tudo que não preciso agora é me separar dele.

22:56.

Parecia que já era madrugada, o silêncio absoluto, o frio e o som fraco das folhas caindo... tinha me esquecido como era isso. Já era a 3° vez que Jones bocejava, coçava os olhos e "pescava" querendo dormir. Com certeza essa noite será difícil pra ele, que mesmo com nossos mais de 12 dias juntos, ele parecia ter se acostumado com o banho todo dia, mesa de jantar e principalmente uma cama quente e confortável pra dormir. Não vou me desfazer, eu que estou vivendo isso por 50 dias também me acostumei mas ver aquele mapa "Terminus" com o nome do Glenn (que é um amigo) me fez ter a esperança que tive nos primeiros dias perdidos (estava em falta a muito tempo).

Ele não conversava comigo, preferia ajudar do que bater papo. Pois é, ele se arrependeu de ter concordado com a ideia de ir embora. Não sei o que fazer pra anima-lo, nem vou contraria-lo também, sem brigas aqui. 

Mudei nossa rota, viramos pela floresta até um pequeno túnel (como o de Bob no ep. 13 da 4°) era ali que passaríamos a noite e pra falar a verdade é melhor do que eu havia imaginado. 

Paramos, ele abriu a mochila e pegou uma jaqueta preta que havia encontrado na casa, veste para se aquecer. Checo o local e vejo que é sem perigo, também havia uma cerca caída que eu iria levantar. 

--Ta com frio? -puxo assunto. 

- Pouco... -fica em silêncio. Quer que eu arrume uma "cama" pra dormimos melhor? 

- Seria bom. -sorrio amigavelmente para tentar parecer positivo. Olha, vai dar tudo certo, lembra da promessa, né? 

-  Que vai cuidar de mim? 

- Isso, você está seguro comigo. 

Robbie ri do jeito que eu falava. 

- Se você diz... -sorri.

Acabo de levantar a cerca, nós entramos e eu a prendo novamente. Ele estava ajeitando um cobertorzinho no chão para servir de cama e umas roupas pra usar de traseiro. 

- Vai ser difícil acostumar mesmo.. -olho pra cena. 

- Não é que eu esqueci de morar nas florestas, e sim que agora temos mais oportunidades e pretendo usá-las.

- Tudo bem, está ótimo... 

Pego duas latinhas de comida e o abridor. Nos sentamos um ao lado do outro, ele ainda "pescando" e quase dormindo e eu sem sono, talvez por ansiedade.

- Já tô com saudade do banho. 

- Eu também... - preciso mostrar positividade! Digo, assim é legal também, né? A floresta é bonita...

- Mas zumbis não e eles são nossa ameaça. 

Nos ajeitamos bem e deitamos um ao lado do outro. 

- A gente supera... Valerá a pena. 

- As vezes eu também penso assim, mas as vezes não. Não sei não. -se vira. 

- Da pelo menos uma chance pra essa experiência, Rob.

Ele respira fundo. 

- Darei mas não sei até quanto tempo vou resistir isso sendo que temos um bairro cheio de casas. 

- Estamos perdidos... mas não sozinhos! Vamos ficar bem, agora durma que sei que está cansada... Vai, dorme.  

Acaricio seus cabelos, o encoxo, e faço movimentos com o corpo pra aquecê-lo. Minha cintura fazia movimentos de vai e vem em suas costas e isso estava me deixando excitado, e ele percebeu. Pela sua expressão isso não o incomodava, na verdade ele parecia gostar.

-Você é uma máquina de sexo. -sussurra no meu ouvido. 

- Você que é muito sexy... -falo baixo. 

Vou abaixando sua calça até deixá-lo de cueca. Continuo a sarra-lo com os mesmos movimentos. O deito no meu colo e vou descendo as roupas. Nada que uma rapidinha não resolva. 

☆

As vezes acho que Robbie quer voltar, ele parece incomodado em estar comigo e estava farto disso. Espero que ele tome vontade de continuar nossa busca por Terminus invés de voltar pro nosso bairro. 

Tudo que me importa é encontrar minha família, estou cheio das esperanças e cada vez mais vai aumentando essa esperança. Creio que os encontrarei, em breve...