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História Lost Alone - Perdido e sozinho. - S2 - Deixe a verdade doer


Escrita por: anonimous100

Capítulo 42 - S2 - Deixe a verdade doer


Fanfic / Fanfiction Lost Alone - Perdido e sozinho. - S2 - Deixe a verdade doer

Rob on:

A força de vontade é que o nos mantém vivos, ter e praticar a vontade desde a beber um copo d'água e matar pra viver. Isso nos faz levantar todos os dias da cama, mas não se trata apenas disso, há outros fatores também. Pessoas, ações, gestos, sentimentos... Todas essas coisas podem afetar negativamente a força de vontade, por isso, deixe a verdade doer, para cicatrizar e essa força voltar novamente. 

☆☆☆

Eu não dormi a noite, fiz de tudo pra deixar Carl mais confortável. Ele estava com um grande peso nas costas, por tudo que sempre passou. Ele ficou a madrugada inteira deprimido. Fiz uma massagem em seus ombros e preparei a cama pra ele ficar melhor, mas pareceu ajudar de nada.

Sentia que ele queria dormir sozinho, em seu canto. Ele estava encolhido, nem queria ficar de conchinha. Dormi na outra cama e o observei enquanto dormia abalado. Depois de umas horas, entrei nos seus cobertores e o abracei em forma de conchinha, pela primeira vez eu estava abraçando-o em vez de ser abraçado. Depois disso ele ficou mais calmo e pode dormir.

Mas eu não, eu não conseguia. Fiquei pensando onde Ted poderia estar agora. Isso ficou martelando na minha cabeça. Quando vi o primeiro raio de luz entrando na janela, era umas 5:30 da manhã. Me levantei, vesti uma roupa e calcei um tênis. 

Saí de casa com uma arma e uma faca. Primeiro olhei aos redores e não havia nada. Fui andando pra frente e vi a cratera onde ficavam aqueles zumbis. Ela estava praticamente vazia. Eles haviam subido. 

Fui pro outro lado na esperança de encontrar Ted. Passei por vários lugares e não achava nem rastro dele. Dei voltas e voltas, não tinha nada naquela floresta. Fiquei umas duas horas só andando. 

Me sentei numa árvore e fiquei bebendo minha água. Peguei minha mochila e observei cada objeto que estava ali. Havia cada peça de algum zumbi que eu já matei. Me lembrei de quando Carl disse que isso era besteira, mas não consigo me desfazer deles. Os guardei novamente e continuei minha procura.

💭 Onde você se meteu, ted?... 

Vi que o sol estava mais quente, peguei o caminho de volta pro Carl não surtar achando que eu sumi também. 

Voltei na cratera dos zumbis, passei o olho por lá novamente e vi alguém familiar. Uma mulher morena, baixinha e com uma jaqueta rosa. Tinha certeza que aquela era Angie, uma mulher do meu antigo grupo. Olhando mais reparei num cara de meia idade, tinha uma barba grande, parecia muito o Doug. 

Aquilo me deu um sentimento bem ruim, saber que meu grupo não sobreviveu, que provavelmente eu era o único. Fiquei olhando eles por uns minutos, me fez refletir sobre tudo em relação a mim. Olhei pros objetos da minha mochila, voltei a olhar os meus amigos zumbificados. Joguei cada objeto meu naquela cratera. Tudo que eu guardava dos mortos que matei.

Pensei que agora era a hora de finalmente enfrentar tudo e crescer mais. Ser como o Carl, se eu quero mesmo viver ou me tornar mais um desses mortos vivos. Não devo desistir, tenho que enfrentar tudo melhor. 

Entrei no chalé e Carl ainda estava deitado, seus olhos se fecharam quando eu abri a porta, como se não quisesse falar. Fechei a porta de novo e fui pro teto ficar olhando as coisas e pensando.

Ver aquelas pessoas realmente mexeu comigo, pensar em em tudo que o mundo tornou, e Teddy, ele é só mais uma vítima. Um zumbi estava andando perto do chalé. Olhei pra ele, pra arma e me concentrei no que havia pensado, que devia ser mais forte. 

Desci de lá e estava na direção do morto vivo. Apontei a arma pra ele e esperei se aproximar, eu não apertava o gatilho. Ele estava a cinco metros de mim, abaixei e arma e ele estava bem perto agora. Eu não fazia nada.

Quando ele ficou exatamente na minha frente, o derrubei no chão e peguei minha faca. Dei três golpes nele e morreu. Nunca havia matado assim.

Fiquei sentado ao lado dele por um tempo até que levantei e tudo parecia fazer sentido agora.

Abri a porta e fui direto em Carl.

- Levanta... -sem resposta. Carl, levanta... Eu não posso fazer isso sem você, eu não aguento tudo sozinho. Sei que ele está perdido e você sente que não consegue salvar as pessoas mas... Mas eu ainda tô aqui, então vamos aproveitar esse tempo pra fazer algo melhor do que se lamentar. Porque do mesmo jeito que Teddy está perdido, eu já fiquei e você sofreu. Eu estava vivo, tenho certeza que você não teve nenhum otimismo. Então tenha agora, levante e encare. Deixa a verdade doer e encare. -ficou um silêncio. Eu sou forte. Posso não ser tão forte quanto ou experiente mas eu posso fazer tudo, tudo que eu quiser. Tenho força de vontade... Então levanta daí, aponta o dedo pro universo e me ajuda a te ajudar. 

Carl olhou pra mim, ficou parado. Até que empurra a coberta e começa a levantar. Sorrio de leve e ele fala:

- Você disse... "Eu te amo", você disse. -ele riu bem levemente.

Eu comecei a rir.

- É, eu falei. E você não respondeu do jeito que queria. 

Ele me puxou fazendo eu cair na cama. Ficou em cima de mim e olhava fixamente nos meus olhos.

- Eu te amo, Robert Jones, Ferg, Fergunson... seja lá o quê... eu amo você. 

Nos beijamos devagar...

☆☆☆

A força de vontade é necessária, principalmente em casos em que você está na pior, pra você se levantar e seguir. Deixe a verdade doer e depois da dor, cicatrize.



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